História Reviva-me - XIII - Através da porta;

Eu queria socar a cara daquele maldito! Mas Naruto fez o trabalho sujo e muito bem feito. Pena que ele ficou todo fudido com queimaduras por toda a extensão do corpo. Chegamos ao hospital próximo, achamos melhor não sermos atendidos pela ambulância e deixar que as pessoas que nos ajudaram fossem atendidos primeiro.

– Ai minhas santas costas... – resmungou o loiro sendo levado pela maca, ri levemente achando graça o jeito dele de falar.

– ...Parece que teremos que fazê-lo tomar um soro para combater o veneno. É simples, mas se não conseguirmos descobrir que tipo é... será difícil. – o médico que atendia Sasuke explicava a família sobre tudo necessário para o tratamento contra aquele veneno estranho de cobra. – Preciso que me defina como ele é.

– Não era roxo como a maioria das cobras daquele tipo. Era um vermelho, como sangue, só que mais claro. – descreveu com um rosto pensativo que atraiu olhares.

– Talvez seja sangue... – comentei e o profissional me olhou curioso. – Se for um tipo de sangue, com substâncias tóxicas, deixando-o mais claro?

– É um argumento muito bom. Pretende seguir medicina?

– Claro! Meu sonho de infância!

– Muito bom! Apoio totalmente.

– Ei! Eu ainda tô aqui, ok? – a voz do moreno saiu meio falha, considerando o fato dele apenas estar com um veneno estranho no corpo.

– Ok... – riu o moço. – Vamos para um quarto enquanto eu falo com as enfermeiras da farmácia. Falando nisso, senhor e senhora Uchiha, preciso que assinem uns papéis da estadia.

– Hai. – consentiram com a cabeça.

[...]

Eu andava de um lado para o outro, com as mãos suando e respirando fundo, eu não tinha ideia de como andava tudo lá dentro. Abracei Itachi por longos minutos, esperando para que tudo aquilo terminasse, e óbvio que eu dormi. Quando acordei, as duas portas na minha frente se abriram e de lá saíram enfermeiras e médicos, levando Sasuke para um quarto via maca.

– Nossa, foi realmente difícil essa... – comentou uma das enfermeiras que segurava nas mãos um pequeno saquinho de soro.

“Eles acham que é brincadeira isso...” Pensei os olhando conversando animadamente. “E se ele morresse? Iriam ficar assim também?”, o médico chefe que antes conversou conosco passou por mim e eu o cutuquei no ombro.

– Posso vê-lo agora? – perguntei apertando os dedos uns aos outros.

– Só membros da família a gente pode deixar fazer a visita depois de uma coisa assim. – explicou quase fechando a porta, mas eu a segurei antes de ser fechada, com o pé.

– Eu... sou a namorada dele. Estou preocupada e preciso vê-lo! – o encarei, não acho que ele deixaria a “pobre indefesa namorada” não ver seu queridíssimo namorado que agora estava doente. – Posso?

– Ok, ok... – ele saiu de perto da porta, se retirando. Escutei uma conversa lá dentro e decidi escutar.

“Nossa dobe, você tá horrível!”

“Olha pra você teme! Tu que fez cirurgia! Não eu!”

“Para de gritar imbecil!”

“Teme...?”

“Oi porra!”

“Eu não sou porra seu viado!”

“Eu eu não sou viado seu porra!”

Risos dentro do quarto foram ouvidos, enquanto eu espiava através da porta.