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História Revolução - Plano B


Escrita por: Ochaveiro

Notas do Autor


Olá,
Eu sou o Chaveiro.
Através da escrita encontrei uma maneira de ser tudo que sempre sonhei... parafraseando Júlio Verne: Sonhei ser astronauta, mas não pude; sonhei ser marinheiro, mas não pude; sonhei ser inventor, mas não pude; sonhei ser artista, mas não pude... Mas em minhas estórias fui astronauta, marinheiro, inventor e artista.
Espero que você leitor também possa deixar a imaginação fluir e embarcar nas estórias que tenho para te contar.
Boa leitura!

Capítulo 8 - Plano B


Fanfic / Fanfiction Revolução - Plano B

Ferro e concreto, abruptamente, desabaram em cima de mim. Mão ou pata, não sei bem como chamar o que levou, em apenas um golpe, toda aquela estrutura ao chão.

Eu corri como se não existisse amanhã, quando estava próximo ao portal, tudo veio ao chão em um piscar de olhos. Meu corpo caia em pleno ar e antes que desse por mim havia chegado ao solo, tendo apenas a escuridão ao meu redor.

Mas o estranho é que não havia um único entulho sobre mim, apenas meu corpo tocando o chão. A escuridão deu lugar a dois pontinhos azuis, senti uma respiração pesada e uma energia tão forte, que cheguei a pensar que tudo iria explodir. A luz agrediu meus olhos e levei a mão para proteger o rosto... foi então que notei que... a Aequus havia despertado.

Aos poucos tentava discernir o que acontecia, um ser colossal jogava para o alto as pedras que compunham a torre de vigilância. Músculos, que faziam do seu corpo um tanque de guerra, farrapos de farda se penduravam pelo seu corpo, nas costas um exoesqueleto, semelhante a uma coluna vertebral, se destacava. Esse estranho aparelho alimentava com pura energia todos os músculos daquele ser.

- Se mexa garoto! – a barba branca e os cumpridos cabelos grisalhos fizeram os meus confusos sentidos discernirem que, aquele mostro era Bjorn. – Temos uma luta pela frente! – um rugido fez o chão tremer, me coloquei de pé imediatamente, o grito do kaiju liberou a adrenalina dentro de mim.

- Como vamos vencer essa criatura? – eu estava eufórico, ansioso, sentia as pernas formigarem.

- É simples. – respondeu Bjorn pegando um dos entulhos revestido de aço. – Vamos bater nesse bicho até ele parar de respirar!

Quando estava para lutar, era comum sentir uma certa euforia e nervosismo, a boca fica seca, frio na barriga e um certo formigamento nas mãos e nas pernas. Mas nada se comparava a isso, a criatura diante de mim era algo estarrecedor.

A pedra que Bjorn arremessou foi de encontro ao rosto do monstro, o pedaço de rocha e aço se espatifou no rosto do kaiju e apenas serviu para deixa-lo ainda mais irritado. A criatura rugiu arregalando seus quatro olhos, dois pares de cada lado da cabeça, um em cima do outro.

O chão tremeu por inteiro, se não tivéssemos rolado para o lado a pata da criatura nos esmagaria por completo, uma mão composta por três dedos. De punho fechado o mostro socou o chão e fez abrir um buraco no solo.

Placas de concreto se levantaram, com o impacto do golpe a criatura rugia tão alto que era quase impossível pensar, em meio a morte iminente e meus sentidos, já atordoados, eu vi o cinto de explosivos de Bjorn caído, entre os entulhos.

Levei a mão ao peito e notei que ainda estava com o meu, então um plano suicida passou pela minha cabeça. Em outras circunstâncias nunca teria concordado com uma ideia dessas, mas as chances de morrer eram grandes para ambas as situações e se uma delas desse uma possibilidade de sobreviver, mesmo que essa chance fosse pequena... eu teria que tentar.

- Como acha que poderíamos matar essa criatura? – perguntei a Bjorn que estava um pouco mais a frente.

- Acho que esmagando a cabeça dela... – disse ele, deixando um o sorriso escapar.

- Então segura ela pra mim! – foi questão de segundos, a distração do momento e o Kaiju despejou sua ira e força sobre Bjorn, com a mão fechada socou como uma marreta. O chão estremeceu e fendas se abriram no solo, no momento do impacto o ar se deslocou com tanta força que me jogou ao chão. Assustado em presenciar aquela cena, meus lábios tremiam e o ar preso em meus pulmões saiu pela boca.

- VAI LOGO GAROTO! – o punho da criatura se levantava do solo, contra a vontade do monstro. Bjorn havia segurado a pata da besta e resistiu um golpe de tamanha magnitude. Seus músculos enrijecidos eram alimentados por pura energia.... incrível, a Potis alojada em sua coluna vertebral dava-lhe uma força imensurável. – VAMOS GAROTO, SE MEXA!

Procurei onde estava o cinto de explosivos e o vi caído próximo de mim, pendurado em uma placa de concreto, que havia se soltado do chão. Respirei fundo, eu precisava me mexer... era agora ou nunca!

Sem dar voz a razão ou tempo para pensar nos riscos pulei a placa de concreto com o cinto de explosivos em minha mão. Corri com todas as forças ate as pernas da criatura. O monstro, percebendo minha aproximação, tentava soltar a pata que Bjorn segurava.

A criatura que parecia ser desprovida de raciocínio, demostrou esboçar um pensamento e tentou me golpear com a outra mão. Com um movimento rápido e seco, ele me atacou, mas antes que pudesse armar o golpe já havia previsto seu movimento.

Não sei explicar ao certo mas meus sentidos estavam extremamente aguçados e eu sabia que, assim que a criatura socasse, placas de concreto se levantariam do solo e serviriam como plataforma de salto.

Não sou adivinho, mas posso dizer que essa foi a primeira premonição que tive, assim que o monstro tocou o chão, por entre seus dedos surge uma protuberância no solo e eu corri até a sua extremidade e saltei, passando por cima da mão do Kaiju.

Existe uma máxima, em qualquer arte marcial, e essa é: “Uma boa base, um bom equilíbrio. Se você conseguir tirar o ponto de apoio do seu adversário, não importa o tamanho, ele vai cair. Me agarrei no joelho esquerdo da criatura.

A Aequus havia envolvido meus braços e com ímpeto soquei a rótulo da besta, até abrir uma fissura entre suas escamas, e sujar minha mão com seu sangue esverdeado. O monstro gritava e balançava a perna para que o solta-se.

Tirei as travas de segurança dos explosivos e os enfiei na fissura que abri. A criatura agitava a perna com força e então não pude mais segurar. Fui arremessado com violência para longe, rolei por entre os escombros e mesmo avariado e atordoado me coloquei de pé.

Desorientado procurava a direção da batalha, quando uma forte explosão me devolveu o norte, as bombas abriram o joelho da criatura, obrigando-o a se abaixar e curvar a cabeça diante da dor. Bjorn, concentrando toda a energia, em um salto, com as mãos juntas, desabou em um único golpe sobre a cabeça do Kaiju, enterrando-a no solo, rasgando-a da nuca até o maxilar.

Eu sentei no chão e deixei o ar preso nos pulmões sair, em alivio. Não conseguia acreditar que estava vivo, o silencio que se estendia por toda parte parecia um sonho, levando em conta o que acorrera há alguns minutos atrás.

- Vamos garoto, tem muita coisa pra acontecer ainda. – era um paradoxo pra mim, ainda a pouco Bjorn era munido de energia, a expressão da força em pessoa e agora diante de mim um velho fraco, vestido com farrapos de farda. – Temos que resgatar sua irmã e o Ivan. – diante de tudo havia me esquecido o motivo que me fez vir a esta missão, mas mesmo tendo o corpo frágil, Bjorn se mantinha lúcido no meio de tanto caos.

- Você tem um plano? – perguntei a ele.

- Mais ou menos! – passamos pelo corpo imóvel da criatura, mal podia acreditar que ela estava morta. – Consegui pensar em uma maneira de entrarmos.

- E de sair?

- É essa parte do plano que está faltando. – em uma corrida ritmada fomos até a Warthog. – Desativar camuflagem! – a imagem do ambiente a nossa frente começou a distorcer, até se revelar o veículo de combate.

- Vamos invadir o território dos Aliens dirigindo um Jipe? – Bjorn, sem perder tempo assumiu o volante da viatura.

- Acabei de esmagar a cabeça de um Kaiju com minhas próprias mãos! – diante dessa argumentação o plano dele me pareceu bem plausível.

- Essas criaturas não são burras, logo eles vão chegar aqui para descobrir como o Kaiju morreu, já fomos detectados, isso pode servir como distração para o Ivan resgatar sua irmã. – Bjorn acelerava o carro usando toda a potência da máquina.

- Acha que iremos conseguir? -  minha alma tremia por dentro em pensar no fracasso.

- Garoto, essa missão não é para aqueles que perderam a fé! – palavras simples e de tamanha força, firmaram o meu espírito.

- Alguém na escuta? – uma voz conhecida veio do comunicador da viatura.

- Ivan? – disse Bjorn aumentando o áudio. – Onde você está?

- No inferno. – as palavras do russo nos fizeram calar, mal sabíamos o que pensar. – Eles mudaram a natureza dos homens e transformaram a sua imagem e semelhança.

- Você encontrou minha irmã? – eu estava aflito o coração parecia sair pela boca.

- Sim... – foi tudo o que o russo disse.

- Vamos criar uma distração pra que você possa fugir, ok? – Bjorn havia tomado a palavra, e confesso que meu desejo era perguntar como Sofia estava, mas tive medo da resposta.

- SAIAM DAQUI! – antes da comunicação cair ouvimos disparos.

- Ivan, Ivan! – Bjorn mexia no sintonizador de frequência da viatura.

- Droga! – me sentir impotente é uma das coisas que mais odeio.

- Como vai a missão Ivan? – Bjorn sintonizou o rádio em outra frequência.

- Como vai... Capitão Claudio? O Ivan tá meio ocupado agora. – no horizonte já podia ver as torres de vigia dos campos aliens.

- Como assim ocupado? – dava para notar, pela voz, que o capitão da colônia 55/11 estava assustado.

- É uma longa história, bom preciso que vocês venham nos resgatar. – conforme íamos nos aproximando da casa do inimigo as nuvens perdiam a cor avermelhada e davam lugar a um cinza fosco.

- Vocês sabem que não posso fazer isso, essa missão é secreta e no caso de falhas... é sem volta!

- É nós sabemos, mas alguns imprevistos aconteceram e tivemos que mudar o acordo de última hora.

- Não posso fazer nada soldado.

- Ok... então o senhor vai ter que explicar para o alto comando do G20 como os portadores da Aequus e da Potis morreram! – um silêncio do outro lado, apenas o rilhar dos dentes.

- Onde vocês estão?

- Entrando na base inimiga! Acho que antigamente aqui era a avenida paulista, não sei ao certo, mas vai ser fácil de nos encontrar, siga as explosões!

- Você está....

- Cambio desligo! – Bjorn interrompeu a comunicação pois a nossa frente uma horda de criaturas infernais nos esperava. – Está pronto garoto?

- Eu não vou viver para sempre.... Que se exploda vamos lá!

- Então pula do carro! – os olhos de Bjorn estavam com um intenso brilho azul, a energia corria por todo seu corpo.

Abri a porta e me joguei com o carro em alta velocidade, em meio as pedras eu rolei, um salto nas mãos da sorte, mas estava tão determinado que assim que meu corpo parou, me coloquei de pé.

Ao olhar para frente vi Bjorn saltar do veículo, mas em plena transformação, ele segurou em uma das grades de proteção do carro, aproveitando o movimento do corpo arremessou o jipe como se fosse um frisbee.

A Warthog foi de encontro as criaturas, essa era nossa maneira de apertar a campainha. O carro, cheio de explosivos e munição fez uma bela explosão, as labaredas de fogo carbonizaram muitos desses imundos.

- Está pronto garoto?! – Bjorn se colocou do meu lado, a vontade de lutar era tamanha dentro de mim que sentia a Aequus viva.

- Vai ser do jeito que eu gosto! – em poucos minutos estávamos rodeados por um tipo de humanoide, sem pálpebras, olhos amarelados e esbugalhados, dentes a mostra, pele cinza, troncos, pernas e braços alongados... apenas na forma física lembravam, em partes, um ser humano.

- Está ficando difícil não cometer nenhum erro, não é!? – do meio das criaturas uma figura se destacava. Apesar desse ter uma forma que lembrava um homem de média estatura, seu corpo parecia ser formado de algum tipo de metal, cinza fosco, da cor das nuvens acima de nós. Ele vestia um sobretudo verde com um capuz que ocultava sua identidade. – Acho que querem seu amigo de volta! – preso pelo pescoço, nas mãos desse ser estava Ivan, todo ensanguentado, o Alien inclinou seu rosto até o ouvido do russo e sussurrou algo que o fez gritar, esboçando prazer ao ver o sofrimento da vítima ele arremessou Ivan aos nossos pés.

- Vai pagar por isso desgraçado! – eu estava cheio de raiva, queria afundar a cara desse maldito com minhas próprias mãos.

- Se vocês se renderem e se curvarem diante de mim, eu lhes darei a honra de se tornarem a minha imagem e semelhança. – cada palavra que saia da boca desse verme, nutria em mim ainda mais a vontade de destruí-lo.

- Não nos curvamos, muito menos desistimos, hoje você vai morrer! – tão certo quanto estou vivo, nem que seja a última coisa que faça, vou apagar da existência esses que ousaram nos desafiar, machucando nossos amigos.


Notas Finais


Obrigado pela Paciência de vocês de terem lido aqui... Por favor, me perdoem caso a narrativa não tenha sido do agrado de vocês e por qualquer erro de português. Se possível deixem aqui seu comentário e sua sugestão. Favoritem se possível! Agradeço a todos...
Atenciosamente,
O Chaveiro.


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