O menino olhava a TV quase que anestesiado, não parecia ligar para aquilo, mas ao mesmo tempo sentia no fundo as vozes na sua cabeça o falando para sentir raiva, para fazer alguma coisa e contornar aquilo, eram tempos extremos, aonde a comida e água eram poucas, vida era tratada como um nada, mortes e mais morte todos os dias, pessoas estavam vivendo escondidas em casa, sem saber o que fazer, muitos não podiam pegar em armas e ir as ruas lutar por direitos iguais, eles tinham famílias, tinham que proteger seus filhos, ter um emprego e dar comida as crianças, não era nada fácil, então se oprimiam a esses sistema que dava salários baixos e explorava o trabalho humano no máximo, Sehun não queria aquilo, apertou o sofá com raiva vendo pessoas jogadas nas ruas mortas e os jornalistas falando o quanto o povo deveria se submeter logo aquilo além de desperdiçar suas miseras vidas em mais lutas em vão, mas o menino ali não ia parar de lutar, ele iria a rua e morreria por aquilo se fosse necessário, não ligava.
— filho você deve ir pra escola – sua mãe falou da cozinha e ele voltou a realidade.
—claro mãe eu já vou – pegou a mochila se levantando e indo até ela e deixando um beijo em sua testa – se cuide – saiu fechando a porta e indo até o ponto de ônibus da esquina. Era um caminho demorado então ele colocou os fones como todos os dias e esperou até chegar a seu destino mais conhecido como escola.
— e ai – entrou na rodinha de amigos formada por Minseok, Baekhyun e Chanyeol, os quadro juntos eram os lideres de um time de revolucionários, eram amigos desde pequenos e sempre tiveram as mesmas ideias, então não foi difícil eles todos se unirem, estudavam em um colégio de elite frequentando por filhos de pessoas importantes, era o jeito deles se manterem informados e conseguirem horários, nomes, eventos onde estivessem presentes pessoas importantes, o colégio era uma central de informações para eles.
—udo certo para hoje? – Byun Baekhyun perguntou olhando para os lados garantindo que ninguém estava olhando.
— acho que sim, parece que metade dos pais de todos aqui estará hoje no jantar de formandos, incluindo vocês sabem quem – Minseok falou se referindo ao grande Yagami, dono dos bancos Snine, maior parte do mundo estava a seus pés, seu filho estudava ali, mas ninguém sabia quem era ao certo, era tudo mantido aos segredos, o que havia era apenas especulações, mas nada concreto que pudesse ser afirmado.
— não tenham tanta certeza, não acho que ele apareceria assim em uma reunião qualquer de escola – Sehun explicou.
— e se nos mudássemos de plano e sequestrássemos o filho dele? Não seria difícil ter certeza de quem é, seria fácil hackear o sistema da escola, eles trabalham com código simples e todos os computadores estão ligados a uma rede, se conseguirmos nós infiltrar em um, teremos acesso a rede toda.
— isso tem que ter planejamento, não podemos mudar de plano da noite pro dia e colocar em pratica sem ter pensado nos detalhes e possíveis falhas – Sehun era a cabeça de tudo, e não era atoa, ele era extremamente calculista e pensativo, se não fosse por ele provavelmente eles já teriam sido pegos.
— se colocarmos um vírus em um pen drive e conectar no computador da biblioteca...
— porque a biblioteca Chanyeol?
— aquela mulher é moleza, era se distrai fácil, além de ser louca por qualquer menino daqui, ali seria fácil entrar.
— mas as câmeras?
— nada que eu não consiga fazer – Minseok respondeu com as mãos no bolso. – só me deem tempo até o almoço, eu gravo uma parte das câmeras normais e altero o a hora, então vocês podem agir.
— tudo bem então, Chanyeol você vai distrair ela, Byun fica responsável pela criptografia necessária e deixem que eu entro na biblioteca.
— tudo bem – todos concordaram e foram para suas salas, Sehun foi para a aula de biologia a onde estaria sempre com a pessoa mais agradável para ele, Luhan, eles tinham muito em comum, e pelas mesas em dupla eles poderiam conversar boa parte da manhã sobre assuntos diversos sem preocupação.
— bom dia Lu.
— bom dia Oh Sehun – ele falava com um sorriso no rosto.
— Já disse que pode me chamar só de Sehun – o menino tirava os materiais da mochila enquanto o olhava.
— não entenda mal, só acho que o bom dia combina com seu nome inteiro ...
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