Estava frio, o vento fazia meu nariz ficar gelado e os olhos arderem, a garoa molhava aos poucos minha roupa, pele e a relva seca em volta, estava ao ar livre, pela quantidade de capim, provavelmente em algum campo, a lua estava bem a minha frente, não sabia se era antes ou depois da meia-noite, poucas estrelas se espalhavam pelo céu poluído da capital como sempre. Meu dedos estavam em volta de algo, mas não conseguia distinguir sua forma, pensei em levantar o braço para saber o que era, mas eu estava fraco, não conseguia me mexer, queria ficar deitado naquela posição pelo resto da vida e não fazia ideia do por quê.
Minha têmpora começou a doer aos poucos, até ser insuportável, parecia que minha cabeça iria explodir, fechei os olhos e foquei na dor, tentando inutilmente controla-la, nunca tinha sentido uma dor tão forte quanto aquela.
Abri os olhos e o céu não estava mais sob mim, na verdade, nem noite era mais, estava ainda com as roupas úmidas, mas uma iluminação alaranjada cobria minha visão, junto com folhas secas a ponto de cair, estava deitado embaixo de uma árvore, ainda tinha algo na minha mão direita.
Forcei meu cérebro erguer a mão, mas minha visão não focava, a dor estava muito forte e nem enxergar conseguia, era tudo o que precisava. Tentei ficar de pé, meus joelhos me obedeceram, mas no momento em que levantei a cabeça para olhar para frente a dor aumentou, fazendo tudo ficar escuro, a última coisa que senti foi o impacto do meu corpo nas folhas secas no chão.
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