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História Rewriting Dreams - Cidade de Minnesota - 08:15 am


Escrita por: Agathinha_sama

Notas do Autor


Bom dia pessoal!!
Tenho a alegria de apresentar uma obra original.

Espero que gostem de verdade... sem delongas hoje ta bem!!

Bjos linduras e boa leitura a todos!!

Capítulo 1 - Cidade de Minnesota - 08:15 am



Capítulo 01
    

O dia amanhecera chuvoso, mais uma vez. As nuvens acinzentadas encobriam o céu quase por inteiro, deixando apenas pequenas brechas de raios de sol passarem e chegarem ao solo. A semana toda fora de tempo nublado e, segundo a meteorologia, seria assim por mais algum tempo, sem previsão de melhoras. O inverno estava sendo esmagador aquele ano.
    Apesar do aquecedor ter ficado ligado a noite toda, o quarto estava frio, assemelhando-se à temperatura do lado de fora. Haviam cobertores e almofadas jogadas pelo chão do quarto todo, todas trazidas por sua preocupada mãe, porém sobre a cama, restara apenas uma manta marrom. Patch não fazia ideia de como seu quarto ficara tão bagunçado. 
    Na cama, com o braço descansando sobre a cabeça, fitava as já desgastadas estrelas no teto de seu quarto. Faziam mais do que dez anos que elas ainda estavam lá, pensou, testemunhando sua história de vida feito uma silenciosa platéia. Nem sabia o porque de ainda não tê-las retirado, mas isso foi apenas um de seus pensamentos relâmpago em sua mente entorpecida pelo cansaço. Não pregara o olho a noite toda.
    Todo adolescente tem seus problemas comuns de adolescente. A maioria dos da idade de Patch tem problemas com garotas ou com os amigos, ou talvez com as notas. Para Patch esses tipos de problema não existiam, afinal tinha um alguém que podia ao menos chamar de amigo e isto já bastava. Não tinha problemas com as garotas. Se quisesse, ficaria com qualquer garota a qualquer momento e suas notas eram excelentes, mesmo ele não se dedicando tanto aos estudos quanto deveria. Não, essas 'coisas' eram triviais. 
    Seu problema que não o deixava dormir, era uma charada em uma folhe de nomes. Aquela lista passou em suas mãos por mais de dois anos, não ficando mais do que um minuto em seu poder. Era um simples lista de presença, passada todo dia de carteira em carteira, confirmando os presentes e os ausentes. Uma lista que ele assinava sem nem olhar direito. 
    Porém, no dia anterior, quando Noah resolveu dar-lhe um susto o pegando por trás, Patch deixou a lista cair acidentalmente no chão, e enquanto praguejava até a segunda geração do amigo de longa data, este que ria sem parar da braveza do rapaz, Patch, ao se abaixar para pegar a lista e passar adiante, não pode deixar de notar o vazio entre dois nomes. Uma linha permanecia em branco, e em sua frente, um nome que ele desconhecia. Sua mente vagou por alguns segundos naquele nome, tentando de algum modo reconhecê-lo. 
    Só voltou a realidade quando Noah o cutucou no ombro esquerdo, chamando seu nome. A sua frente, uma menina de cabelos ruivos também o chamava, pedindo para que passasse a lista adiante. Ainda atordoado com a descoberta, Patch entregou a lista, encarando a garota de expressão enfezada. Pouco importou-se com a ruiva, estava curioso. Quem era a dona daquele nome que ele desconhecia? Virou-se, correndo os olhos pelas carteiras espalhadas pela sala. 
    Avistou um grupo de colegas conversando animadamente mais ao fundo, gesticulando de forma teatral suas falas; ao lado das janelas, mais dois dormiam debruçados sobre seus livros abertos. Um grupo de garotas acenou gentilmente ao perceber a atenção que recebia do olhar de Patch, mas nenhum estranho, nenhum aluno novo. Todos os seus colegas de dois anos atrás estavam lá. Levantou-se, ainda intrigado, correndo novamente os olhos pela sala com mais atenção. Nada. Todavia havia um nome em branco na lista, um nome de alguém que ele não conhecia. 

- Ei Patch, o que você tem cara? Perdeu alguma coisa? 

Por mais que procurasse, nada encontrava de diferente. Tudo estava igual a todos os dias. Estaria vendo coisas? Não, ele realmente viu um espaço em branco na lista. 

- Patch? - Noah estava chamando-o, ele ouvira, mas estava perdido em sua confusão mental, procurando e raciocinando, sem nada encontrar. - Patch eu tô te chamando sabia.

- Foi mal. - disse, sentando-se, inconformado e confuso, perguntando-se porque tamanha preocupação por algo tão banal. - O que foi? - perguntou dando olhadelas para os lados enquanto debruçava-se sobre sua carteira.

- O que foi? É você que levantou do nada. Eu é que pergunto o que foi que te deu. - inquiriu apoiando os cotovelos sobre a carteira. A cabeça apoiou-se entediada sobre as mãos.

Patch nada respondeu a inquisição do amigo, permaneceu com o rosto sobre o antebraço, pensando naquele diminuto espaço branco da lista de presença. Era ridículo perder tempo com algo que não fazia sentido ele se preocupar, mas porque ele sentia-se assim? Como se fosse acontecer algo muito ruim se ele não descobrisse quem era a dona daquele nome. Sem dizer nada, levantou-se novamente as pressas, cruzando as carteiras a sua frente mais rápido que o normal, chamado a atenção de alguns alunos que passaram a observá-lo, indo em direção a mesa de seu professor.

O homem não era muito de conversa, sempre quieto, sempre na dele, sendo conhecido como 'O Coveiro'. Silencioso como um túmulo e cruel como a morte quando não batia com o espírito de alguém, mas não era de todo uma pessoa ruim. Patch aproximou-se, ficando frente a frente com seu professor coveiro. 

- Riverson, o que quer?

Sua dúvida era uma só, e sem saber o porque estava se cobrando tanto para descobrir algo que não agregaria nada de importante em sua vida naquele momento, percorreu o pequeno trajeto com apenas uma questão em mente: quem era Milla Ive Lorn?

Agora, frente ao famoso coveiro da Universidade Hardinson Charlies, a pergunta simplesmente sumira, como se nunca houvesse existido. Vagou em pensamento sem direção quando seus olhos chocaram-se ao tom acinzentado dos olhos do senhor coveiro. Sabia o que queria, sabia exatamente o que estava fazendo ali, mas as palavras não formavam frases em sua boca. Parado diante da exagerada mesa de mogno do professor, com a cara de um perturbado, podia ouvir as conversas de seus colegas, misturando-se e embaralhando-se em sua mente, o deixando mais confuso. 

- Riverson, se não tem nada a dizer, sente-se e... - antes que pudesse terminar sua sentença, o sinal da saída disparou pelos corredores, cortando o professor. Como numa manada alvoroçada, a sala toda levantou-se, causando um estrondo de sons de cadernos e bolsas chocando-se com a madeira das carteiras. Cadeiras eram arrastadas, vozes altas eram proferidas, deixando qualquer conversa inaudível a aquela altura. 

A sua frente, sem entender a expressão do rapaz, o professor ainda o encarava. Patch permanecia parado, com a posição dos braços em alerta, como se fosse ser atacado a qualquer momento. Sua mente estava travando uma batalha um tanto desnecessária. Era tão importante assim para ele descobrir quem era a tal Milla?

Um leve empurrão o tirou de seus devaneios e um papel conhecido cruzou seu olhar, sendo depositado na mesa de mogno. Quase não tinha mais alunos na sala bagunçada, restando apenas a garota que já se dirigia para a porta de saída e Noah, seu amigo. Este ainda arrumava os cadernos dentro da bolsa e fitava Patch sem entender muito bem o que estava se passando. De Noah, os olhos de Patch passaram novamente para aquele pedaço de papel há até pouco tempo sem importância alguma, agora nas mãos do professor, que guardava-o em uma pasta azul.

- Riverson, o que faz aqui ainda? - perguntou o homem sisudo.
- É, o que faz aqui ainda Patch? - disse Noah logo atrás, jogando a bolsa sobre o ombro. Irônico como de costume, aproximou-se de Patch. - Vamos perder o ônibus.

Cansado de espera por uma resposta, Morisson levantou-se e reuniu seu material, guardando boa parte dos papéis de sua mesa em uma maleta preta. Noah cutucava insistentemente o ombro de Patch, chamando-o para irem embora dali de uma vez. Já Patch ainda permanecia paralisado feito uma estátua, simplesmente emudecera sem razão aparente. Os ombros tensos caíram levemente enquanto suspirava, chegou a conclusão de que estava desperdiçando seu tempo com algo que nem era problema seu. 

- Nada. - respondeu finalmente. - Até amanhã senhor Morisson. 

Com a mão agarrou a bolsa oferecida por Noah e jogou-a sobre o ombro. Deixou a sala fitando o vazio seguindo o rastro de Noah, esbarrando no vão de madeira da porta. 

- Nossa o que te deu? Tá ficando doente ou o quê?

De início, Patch pensou em compartilhar o que descobrira, mas conhecendo Noah como só ele conhecia, não valia a pena, pelo menos agora.

- Não é nada demais, vê se esquece.


Notas Finais


Por hoje é só pessoal, essa história em particular postarei quando os capítulos que eu fizer ficarem satisfatórios o suficiente pra mim OK!!
Obrigado de verdade por lerem!! BJoss


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