1. Spirit Fanfics >
  2. Rica Dignidade >
  3. Não Foi Eu

História Rica Dignidade - Não Foi Eu


Escrita por: SWANLIVE

Notas do Autor


Oi luas cintilantes. Queria já pedir desculpa se alguém aqui está bravo com Killian por ele sempre estar fugindo, e inventando coisas como "tenho algo pra fazer" "você não me merece", se fazer de lobo, ME DESCULPE É CULPA DA HISTÓRIA HAHA.

Tenham uma boa leitura e desculpa qualquer erro.

Capítulo 10 - Não Foi Eu


17 de fevereiro de 2015 - 09:09

Roubados... Roubados. Puff, parece até uma linda e grande piada. De anos de vida do me pai, da minha mãe e meu, nunca, NUNCA fomos roubados, e para começar, claro que tinha que ser um valor tão grande.

Os policiais estão investigando e tentando descobrir quem fez isso, mas cá entre nós, quem o fez, sabia onde estava pisando, com certeza é um grande assaltante profissional que sabe todas as manhas para não ser pego, caso contrário, não entraria em uma briga tão grande.

Abro a porta da casa dos meus pais e logo vejo minha mãe conversando com duas polícias, enquanto meu pai está tentando ligar para alguém no telefone e quando me vê seu corpo relaxa de uma maneira que nunca vi antes.

— Emma, graças aos céus você está bem. - ele vem em minha direção e me envolve em um abraço de urso.

— Eu também estava preocupada com vocês. - afago suas costas. - Pai você tem que me explicar o que aconteceu.

— Vem aqui. - me puxa para a mesa da cozinha. - Eu não sei Emma, e esse é o problema, eu realmente não sei o que aconteceu. Eu estava preocupado de alguém tê-la forçado a falar algo e agora que sei que está bem, o dinheiro nem me importa.

— Pai, vai dar tudo certo.

Sabe quando falamos que vai dar tudo certo, mas nós mesmo não sabemos se vai, mas a vontade de ver aquela pessoa bem é bem maior do que a lógica do que está falando? Eu sempre falo isso em casos onde não sei o que falar, "eu sinto muito", não ajuda ninguém, e eu sei disso, mas mesmo assim o falo.

— Se procurar esse dinheiro significa colocar a vida da minha família em perigo, eu não quero Emma, eu quero apenas a proteção de todas vocês, e eu morreria antes que deixasse que algum mau se aproximasse.

— Pai, eu sei disso. Nós sabemos disso. Como minha mãe está? Desesperada?

— Por incrível que pareça, de início eu pensei que morreria de problemas no coração, mas agora ela parece estranhamente calma, mais do que eu. - virei-me e analisei Mary, que ainda batia um papo sério.

— Acha que ela... - sussurrei.

— Se ela tomou algum remédio? Eu não sei, acho que sim.

Me levanto e coloco água em dois copos, entregando um para David, que parece não ter fechado os olhos e muito menos colocado alguma comida na boca.

— Como foi? Como descobriu?

— Bem. Havia algum tempo que não mexia nessa conta, alguns sete meses talvez, eu não sabia seus paradeiros. Eu iria movimenta-la, tirar um pouco e colocar um pouco mais, como sempre faço com as outras, mas acontece que a mulher que trabalhava no banco me perguntou se eu realmente queria movimenta-la de novo.

— E não era você. - falo e meu pai estrala a língua em afirmação.

— Eu perguntei há ela como assim "de novo" e ela me explicou que cem mil haviam sidos desviados a exatamente duas semanas.

— Duas semanas? - engasgo com minha água. Como duas semanas? Isso parece ter sido a séculos atrás.

— Yup. Duas semanas. Louco, não?

— Ah merda, isso é loucura. Eu vou conversar com Killian e avisar que vamos parar com os preparativos por um tempo, até pelo menos descobrirmos alguma coisa. - me levanto e meu pai segura em meu braço.

— Filha, eu não acho que tenha que parar com sua vida por isso. Nós podemos resolver sozinhos, além de que, eu não tenho esperanças, talvez nunca saibamos.

— A esperança é a última que morre. - bato de seu ombro.

— Para mim ela continua sendo sempre a primeira.

— Hm... Não deixe mamãe ouvir isso.

Entro no meu carro e fecho os vidros. Percebo que minhas mãos tremem e que eu tenho uma vontade incontrolável de chorar, a máscara ao qual eu estava usando com meu pai, calma, tranquila, pé no chão, eu não preciso dela sozinha. Sou consumida por uma raiva extraordinariamente forte e soco o volante do carro.

— Arrrh. - resmungo.

"Você vai ouvir agora, I'll Let You Know".

Carro idiota.

A música, a mesma música que marcou o meu ano novo, começa a tocar e logo o som preenche todo o carro. O desligo com raiva.

Observo a rua da casa. O vento bate nas árvores de maneira dramática e alguns pássaros voam juntos em forma de V no céu. Will, o vizinho, está tocando suas músicas clássicas no violoncelo, posso ouvi-las. Tudo parece tão normal, tudo é tão normal. É apenas cem mil Emma, quem precisa de cem mil? Você não. Quem o roubou precisa mais que você. Quem é? Quem está por trás disso tudo? Sabe meus passos? Sabe o que eu faço, o que está acontecendo na minha vida? Me segue? Perguntas demais para resposta nenhuma. Não era bem esse o meu futuro inesperado.

Olho ao redor novamente, com medo. Não tem ninguém, a rua está vazia e solitária, a não ser por Will na janela e os carros de polícia estacionados. Enfim ligo o carro e vou até o apartamento de Killian. Vejo seu carro e sua moto, confirmo que ele está aqui, então subo, apertando a campainha depois de respirar profundamente. Milah atende.

— Oi, Emma. - ela olha em sua agenda.

— Oi Milah, eu precisava ter "marcado" algum horário? - falo um tanto irônica.

— Não, só estou checando se tem algum aviso. - sorri e abre mais a porta. - Ele está na cozinha.

— Obrigada.

Vou até a cozinha ouvindo o barulho dos meus saltos ecoarem pela casa vazia. Encontro Killian -para minha não surpresa- de terno, fazendo algum tipo de suco verde.

— Então é para isso que me pede para chamar John, para ser fitness. - percebo que o assusto, mas ele disfarça bem, bom ator.

— Se eu disse que não nos veríamos hoje, é por que provavelmente não a queria ver hoje. - ele se vira para mim e vem com um suco.

— Aunt. - limpo minha garganta. - Não te incomodarei então. Eu fui roubada. - sou direta.

Killian para o suco no ar e me encara por alguns segundos. Agora consegui sua atenção Killian Jones?

— Como?

— Foi isso que ouviu. Eu foi roubada. Cem mil desviados.

— E porque está me contando isso? - ele parece surpreso.

— Por que eu quero parar por alguns dias com os preparativos do casamento, não muito, talvez só dois dias ou uma semana.

— Sem dinheiro? - ele se senta e posso ver o V em sua testa.

— Não, não. Eu tenho. O caso é que, eu estou com medo Killian, eu estou realmente com medo. Essa pessoa que roubou esse dinheiro provavelmente é um profissional, caso contrário todas aqueles policiais já o teriam achado, e se souberem de toda minha vida? Onde eu moro, os lugares que eu frequento, podem ter a chave do meu apartamento, podem me seguir, saber todos os meus passos.

Killian me analisa e ficamos em silêncio por alguns segundos.

— Swan, não acha que está generalizando as coisas?

— Está tocando Moonlight no clássico? Boa escolha. - desvio meus olhos dos seus por alguns segundos, ainda não acostumei com essa de olhos fixos. - Você sabe que isso pode acontecer.

— Acontece que eu não deixaria que nada te acontecesse, entende? Nada. Eu protejo você, seja lá do que for que esteja com medo. Ande com seguranças, mude o trinco da porta, mude os trajetos, faça diferente.

— Então você acha que é sério?

Ele pensa por alguns segundos, se levanta e me abraça, forte, por minutos. Tudo que eu queria era ficar dentro dele por toda a eternidade.

— Acho que não. Esses ladrões só querem dinheiro para vendas de drogas, transporte e taxa alfandegária, pagam mulheres gostosas e velhas inocentes para fazer o trabalho, não matam, preferem a vida.

Cerro os olhos e o encaro.

— E se alguma das mulheres gostosas ou velhas inocentes fizerem algo errado? Preferem a vida ainda assim?

Killian sorri de lado e não sei por que, no fundo vejo aquele sorriso sexy e perigoso de sempre.

— Eu não sei Swan, eu não trabalho com isso. Vai ficar tudo bem. - mais uma vez fico hipnotizada com seu olhar. - Eu vou distrair você, sabe, precisa esquecer isso, seu pai pode resolver.

— Sim, meu pai pode resolver. - confirmo como uma bobona. - Você não tinha coisas para resolver hoje?

— E eu tenho, não fica bem na cidade. Eu ia sair agora, mas você chegou.

— Você ainda pode ir, eu já estou de saída.

— Obrigada por me contar isso.

Sorrio e Killian mexe em seu terno, logo então coloca algo no pequeno bolso da minha calça.

— É meu novo número, se precisar, eu venho correndo. - ele da um beijo em minha bochecha.

— Ótimo.

Volto para casa e tranco a porta em todos os trincos, logo então fecho todas as janelas e ligo minhas músicas de sempre. Ligo o MacBook e abro o Safari para fazer algo completamente fora do normal, mas ainda assim, o faço. Pesquiso "Killian Jones" no google.

"Acidente ocorrido na estrada, um carro se explode por vazamentos de gasolina. Morrem todos presentes. [..] Killian Jones".

"Sr. Jones, da palestras de como administrar seu dinheiro. Ano 2002".

"Killian Jones deixa seu comentário sobre livros expostos..."

"Killian Jones ajuda uma empresa a se fechar..."

"Venda de ingressos para palestras, Killian Jones".

Nada de interessante. Na verdade, eu me sinto uma inútil por pelo menos desconfiar de Killian para algo tão grande assim. Tudo que eu preciso é esquecer, me distrair como ele disse. Ouço uma batida na porta e percebo o quanto estou assustada quando meu coração bate tão rápido que posso senti-lo em minha garganta. Olho pelo olho mágico e permito que Graham e Tinker entrem. Ava corre até os dois e faz um grande show de recepção.

— Você voltou! - tento falar animada para Graham, mas ele me olha sério e me envolve em um abraço reconfortante. Ele já sabe.

— Emma! O que aconteceu? - Tinker fecha a porta.

— Emma, está tudo bem com você? - Graham segura meu rosto e da beijos em minha bochecha e testa.

— Eu estou bem, nem foi na minha conta. - tento resumir.

— Quando foi isso? - Tinker anda em direção a sala e se senta no sofá preto que poderia ser usado como cama também.

— Seu pai já descobriu alguma coisa? - Graham para e pensa. - Eu preciso ir ajudá-lo.

Eu sabia que se ele descobrisse ia querer entrar no caso, não entrar, mergulhar.

— Graham, por favor, não mexa com isso, eu te imploro. Não quero que nada aconteça com você. Eu estou preocupada com a segurança de todos, - me viro para Tinker -, inclusive quero minha chave de volta.

— O que? Acha que eu vim aqui no meio da noite, peguei os dados de suas contas e fugi?

— Não! Claro que não Tinker. Eu só quero proteger você. Eu não quero que... Eu não sei. E se você estiver aqui e alguém entrar e sei lá te ameaçar de qualquer coisa? Eu não quero isso.

— Emma, não acha que está indo longe demais? - Graham indaga.

— Sim, mas eu tenho que pensar em todas as possibilidades Graham. São profissionais.

— Nós vamos descobrir, vamos prendê-los.

— Eu espero que sim. Algum de vocês contou pra John?

— Seu pai deve ter contado.

E assim foram, por uma longa semana. Graham e os policiais se juntaram com o banco, buscando registros e mais registros. Avisei a Killian que ficaria parada por um tempo e ele aceito tranquilo, não tentou me impedir. Tinker devolveu o chave e eu me senti extremamente aliviada por isso. Na terça feira, dia vinte e quadro, eles me ligaram, pediram que eu fosse até o banco, e eu fui.

— Emma Swan, certo? Sente-se por favor. - pediu Kim, a bancária que havia falado e nos informado de toda a situação durante os dias.

Me sentei e podia sentir que meu estômago logo sairia com todo meu intestino pela minha boca. Eu estava nervosa, por que chamaram apenas a mim? E porque tantos seguranças? As câmeras viradas em nossas direções e o olhar fixo de Kim.

— Emma, você pediu que investigassemos isso até o fim, até descobrir algo, certo? Disse que faria de tudo para saber a origem disso. E não sei porque as coisas estavam bloqueadas no início, a conta e seus registros, mas nós conseguimos burlar o sistemas e destravar tudo.

— Isso é otimo. - sorri nervosa.

— E foi você quem sacou o dinheiro.

Tinha engasgado pela bomba que Kim havia acabado de jogar em mim. Eu saquei cem mil dolares? Eu?

— Eu? Senhorita Kim, eu não me lembraria se tivesse feito algo assim? Se visse tanto dinheiro em minha mão? As máquinas não permitem a retirada de tanto dinheiro, e se eu tivesse saído da minha casa e sacado tanto dinheiro, eu com certeza me lembraria.

— O dinheiro foi retirado em pequenas parcelas e em datas variadas, tudo pareceu que haviam concentrado em uma data só, mas as informações estavam erradas. A alguns dias você vem movimentando a conta.

— Mas...

— Começamos com uma no dia quatro de janeiro, foi um dinheiro considerável.

Quatro de janeiro, quatro de janeiro... Quatro de janeiro. O que diabos eu havia feito no dia quatro de janeiro? Salão? Não. Vestido. Sim, o meu vestido. A encarava surpresa.

— Se lembrou de algo senhorita Swan? Eu sabia que conseguiria.

— Mas...

— Senhorita Swan, nós não estamos aqui para brincar, eu não sei exatamente que tipo de brincadeira foi essa ou que joguinho pretendia fazer, mas aqui nós não toleramos esse tipo de coisa. Seu pai paralisou metade dos investigadores e ficou desesperado a semana inteira, para no final ter sido apenas você?

— Mas eu não fiz as compras por essa conta. - esbravejei em minha defesa.

— Você também não havia retirado todo esse dinheiro. - ele ergue uma de suas sobrancelhas, assustadora.

Controlo minha vontade de pular em sua mesa e gritar com ela, em minha defesa, falar que eu não havia usado aquele cartão, falar que essa comprar não era minha. Mas não valeria a pena, a sala estava coberta de seguranças e eu já estava sendo julgada, eu não queria aumentar as especulações.

— Está dizendo que eu sou a culpada?

— Sim. - ela fala sem mais.

— E o que vai fazer agora? Me prender por pegar o meu próprio dinheiro? - falei desafiadoramente.

— O dinheiro de seu pai.

— Investigue melhor senhorita Kim. Está no nome de David Nolan, Mary Margareth e Emma Swan. Você não pode fazer nada comigo, a não ser é claro que eu vá presa por fazer vocês trabalharem em excesso, existe algo assim? Bem, talvez nós tenhamos escravizados vocês, isso é proibido por lei. Me leve presa, anuncie a todos.

Kim cerrou seus olhos e passou os olhos por seus seguranças, se encostando em sua cadeira giratória, mostrando estar rendida.

— Esperamos não ver esse tipo de comportamento novamente, ou teremos que tomar outras medidas.

Sorri sarcástica.

— Eu e minha família guardamos muito dinheiro nesse banco, a não ser que desejem que mudemos nossos caixas, peço que contente-se em ver uma "mulher mimada que rouba o dinheiro dos pais".

— Passar bem senhorita Swan. - ele esticou seus braços indicando a saída.

— Passar bem Kim.

24 de fevereiro de 2015 - 15:15

Graham acaricia minha bochecha e meu queixo. Já faz algum tempo estamos assim, apenas deitados na cama, conversando. As coisas entre nós parecem ter decidido se acalmar um pouco. Na verdade, nem eu sei, as vezes ele parece o melhor noivo do mundo, e as vezes o maior babaca, uma pena o babaca estar ali na maior parte do tempo, porque Graham como o melhor noivo do mundo, se sai muito bem.

— Você podia ter dado um soco naquele nariz torto dela. - ele me puxa mais para o seu corpo e eu sorrio de seu comentário.

— Se e fizesse isso você teria que me tirar da prisão.

— Não que a prisão seja um lugar que você odeie, não é? - ele brinca.

— Eu gostava da delegacia de Storybrooke, daquele nossa mesa e das suas algemas, e só, você não pode me zoar por isso.

— Eu não estou te zoando, seu pai te zoa. Mas eu tenho certeza que ele adorava nos pegar dando alguns beijos naquela delegacia, dava uma certa vida.

— Graham!

— Como vai explicar isso a eles? - ele fica sério novamente.

Respiro fundo e dou um beijo em sua boca, apenas para distrair desse assunto chato.

— Eu não sei. Eu posso falar que eu queria roubar todo o dinheiro e jogar a culpa em você para que estivesse eternamente preso a mim atrás das grades.

— Ei, eu estou falando sério. Se você falar que não foi você eles vão querer continuar a investigar isso, e Kim não vai querer levar a sério, então seu pai vai se irritar e fazer algo estupido que qualquer homem em se lugar faria.

— Eu sei... Mas eu não posso simplesmente mentir e esquecer esse dinheiro pra sempre, né?

— Emma, e se tiver mesmo sido você? Talvez nós tenhamos confundido os cartões, você sempre carrega todos eles.

— Graham. - me sentei rapidamente, o que o assustou. - A fatura dos outros cartões! Se eu não tiver usado ele os preços virão na fatura, então eu posso provar a Kim.

— Mas você pode ter usado para outras coisas Emma. Como por exemplo, pode ter pago o vestido nele, e pode não ter sido o vestido.

— Está duvidando de mim?

— Não, eu só acho que deve considerar tudo.

— Graham, eu não saquei esse dinheiro. Eu me lembraria, eu tenho certeza que sim.

— Faz assim, vamos voltar com os preparativos do casamento e a viver a vida normal, isso nós deixamos assim, depois que casarmos, abrimos tudo novamente.

— Eu continuo com medo.

— Mas não deveria. Por mais que eu odeie admitir, você tem a mim, sua mãe, Tinker, John e até mesmo... Até mesmo...

— Killian?

— Esse mesmo. Para proteger você. Nada vai te acontecer Emma. Passou, esse tipo de roubo acontece o tempo inteiro em todos os países, só que as vezes nós não conseguimos acreditar que está acontecendo com nós mesmos.

— Obrigada por isso.

Graham me puxa para me deitar novamente e me beija delicadamente, com certeza quer me fazer esquecer todo esse drama. Eu retribuo da melhor maneira que posso, embora minha mente esteja a km e km de distância. A campainha toca e eu tiro minha mão de dentro da camisa de Graham, o empurrando levemente.

— Sério? Agora? - ele resmunga.

— Vamos logo, temos uma grande mentira para inventar, nós podemos aproveitar melhor depois. - proponho.

— Se envolver algo com danças e tudo mais.

— Eu posso tentar. - sorrio e o puxo.

Nós descemos e abro a porta, chamando meus pais para se sentarem na cozinha, para conversamos e comermos alguma coisa.

— Então... Vai falar ou não? - minha mãe sempre foi impaciente, ela com certeza não aguentara comer nada enquanto eu não contar o que Kim disse.

— É sério? Eles descobriram algo?

— Calmem senhores apressadinhos. - Graham comenta e recebe um olhar fatal da minha mãe, o que me faz querer rir.

— É... - olho para Graham ainda insegura. - Ela me disse que o dinheiro foi sacado por mim.

— O que? E foi?

— Hã...

— Emma, como assim? A alguns dias não sabiam nem sequer se havia sido sacado ou transferido. Ela te mostrou gravações?

Não. Vadia. A vadia mentiu para mim? Eles querem apenas abafar o caso?

— Essa é a maneira de descobrir se alguém sacou dinheiro? - pergunto olhando para todos.

— Sim. O local onde foi sacado e gravações confirmando que foi você, caso contrário, não foi.

Ótimo, o dinheiro não foi sacado.

— Mas e ai? - meu pai incentiva para que eu continue.

— Sim, sim, eles tem gravações. Não precisa voltar lá sabe, está tudo resolvido, eu troquei os cartões e boom, grande bagunça. O primeiro saque foi para a entrada dos vestidos, dia quatro de janeiro.

Minha mãe me encara e eu me sinto totalmente nua, será que ela percebe que eu estou mentindo? Que na verdade essa bola de neve não poderia estar apenas crescendo mais ainda em vez de diminuir.

— Bem, é isso. - suspiro, desesperada para que alguém fale algo.

— Pizza? - Graham interfere.

— Isso está estranho. - meu pai fala.

— Estranho é não acreditar em mim.

Na minha casa nós sempre tivemos a cultura de falar a verdade e apenas a verdade, eu não costumava mentir e muito menos gostava, e ainda nos dias de hoje eu odeio fazer isso. Uma vez quando tinha seis anos, eu usei alguns cremes escondidos de minha mãe, e digo que fiz certa bagunça, ele fez eu e papai sentarmos no sofá e nos perguntou:

— Quem fez isso?

— Não foi eu. - meu pai logo ergueu seus braços em um sinal universal de rendição e olhou para mim, a que havia sobrado.

— Ei, também não foi eu.

— Então foi o senhor fantasminha.

Ela saiu da sala e eu fui para o meu quarto, eu tinha um trabalho escolar para fazer, não consegui me concentrar enquanto não fui até minha mãe, chorando e pedi desculpas por mentir em sua cara que não havia mexido em seu creme. Ela me perdoou, mas depois disso eu quase nunca mentia.

— Tudo bem então. - os dois se entreolham. - Espero que não confunda mais os cartões.

— Pizza? - Graham pergunta novamente.

Pizza.

Vamos fingir que está tudo bem e comer pizza como uma família normal.


Notas Finais


QUE BAGUNÇA! Gente isso está tão confuso, mas tão confuso, que até eu estou confusa, omg! O que acharam luas? Eu particularmente acho que Emma tem e vai esquecer essa história de lado, afinal, não tem nada que ela possa fazer né? Enfim, espero que tenham gostado. ♡


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...