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História Rica Dignidade - Arrecadando Fundos - Parte 1


Escrita por: SWANLIVE

Notas do Autor


Olá luas. Queria informar que ontem eu refiz meu twitter para as fic, quem quiser me seguir o @ é (@xjenswanlive), provável que lá eu publique spoilers, eu converso com quem quiser, posso começar a falar sobre a nova fic, enfim, tudo relacionado a isso, então quem tiver tt, as portas estão abertas. Agora, aproveitem a leitura.

Capítulo 11 - Arrecadando Fundos - Parte 1


27 de fevereiro de 2015 - 09:00

— Por favor, você tem mesmo que ir comigo nessa festa, é um super favor que faria por mim. Imagina só, um jazz, champanhe, vinho, mulheres com vestidos decotados, danças e tantas outras coisas legais. Como na noite em que nos conhecemos.

Imploro a Killian pela décima vez, e agora meus argumentos definitivamente parecem ter acabado, eu não tenho mais nada para convencê-lo, ele não vai.

— Você esqueceu de citar os discursos enormes que as pessoas fingem ter paciência de ouvir por estar saindo da boca de velhos bilionários, isso inclui seu pai, quer dizer, não no velho.

— Sabe, Graham não está aqui, Tinker vai só que ela nunca fica comigo, você sabe, tem todos aqueles filhos dos "velhos bilionários", só me resta você.

Me estico na cama e acaricio Ava que está dormindo no meu braço livre.

— Tinker vai? Hm... E o John?

— Killian, é um evento da empresa do meu pai, John é a perna e o braço do meu pai, eles não se desgrudam, não posso contar com meu melhor amigo, pelo visto, com você também não. Já sei! Você pode levar seu pai, leve Davy, eu tenho certeza de que ele vai adorar ir em algo assim. E também tem o fato de que estamos arrecadando fundos para animais abandonados na rua ou nas adoções.

Ele respira fundo e posso ver nitidamente a imagem de Killian bagunçando seu cabelo para trás com impaciência.

— Tudo bem eu vou. Por você e apenas por você, porque sabe que eu faria qualquer coisa para te ver sorrir, mas isso não estava nos meus planos.

— Killian, você é maravilhoso. Obrigada, de verdade, juro que vai ser legal. Esteja no eu prédio as oito e eu já te enviei a localização.

— Que assim seja. Acho que vou ter que comprar um novo smoking para o nosso encontro.

— Te vejo mais tarde.

Desligo o telefone e mexo em algumas fotos antigas, algumas lembranças passadas, umas que eu queria lembrar e outras que poderiam ficar enterradas para sempre. Ouço uma batida na porta do quarto e Ava corre em sua direção, sente o cheiro e começa a balançar o rabinho de alegria, como ela sempre faz quando chega alguém que gosta, como Tinker, John ou meus pais.

— Eu já entrei. - a voz de John ecoa pelo quarto.

— Ah, eu não acredito, John Parker está no meu quarto! Por favor, por favor me de um autografo! - brinco como sempre fazia e vou em sua direção.

— Para uma mulher linda como você eu dou até cinco minha querida. Dez dólares cada.

— Dez dólares? Você está valendo muito pouco, não acha?

— Quantos deveria ser então? - John me puxa para a cama, tira seu sapatos e se senta.

— Muito dinheiro, muito mesmo. Como vai a preparação da festinha? Vocês precisam de ajuda? - pego o controle e já ligo jazz que sei que John adora.

— Estamos indo bem, agora são apenas os últimos detalhes. Eu estava indo pegar meu terno, mas passei aqui em frente a casa do seu pai e imaginei que estivesse aqui. Estava com saudades.

— Eu também estava. Mas enfim, me conte as novas, alguma mulher..?

— As mulheres da minha vida continuam sendo minha mãe, você e algumas vezes, quando não está chata, Tinker. - ele sorri com seu comentário. - Mas, como está indo, com... - ele fica sério e já sei do que se trata.

— Nós estamos bem sabe, acho que parte dessa festa é meu pai querendo mostrar que essa situação não nós atingiu, que estamos bem.

— Mas isso é perigoso, você sabe disso, eu não posso falar nada para o seu pai porque ele ainda acha que foi você, mas você está sabendo que é loucura e não faz nada pra mudar isso.

— Eu sei... Mas, seria muita loucura dizer que eu concordo com ele? Eu não sei, não quero parecer uma medrosa, ou uma coitada porque isso aconteceu.

— Mas você não é e nunca vai ser. Mas vamos mudar de assunto, onde está a sua sombra?

— Tinker? Deve estar ind...

— Eu quis dizer sua outra sombra, Killian.

— Ah, certo. Ele está por ai, saiu com o pai dele e a Milah. O convenci a ir comigo na festa, e levar o pai dele.

— Que ótimo, eles dois parecem ser bem próximos né?

— É a única pessoa que resta pra ele, acho que é por isso que o protege tanto.

— Minha Emma - John acaricia meu cabelo. - Você está tão radiante esses dias. Gosto de ver você com esse sorriso e gosto de ver você animada.

— Bem, meu melhor amigo a alguns dias disse que queria ver a Emma que faz todos sorrirem de volta, acho que isso está acontecendo.

— Aguardo ansiosamente. Quer ir buscar minha roupa comigo?

— Só se passar e buscar a minha também.

— Fechado.

John e eu pegamos o que tínhamos que pegar, como as roupas e os sapatos, o que nos tomou uma manha quase toda, então fomos almoçar juntos, o que eu adoro porque ele come as mesmas coisas que eu, e depois tomamos um sorvete e fomos direto ao prédio onde a festa aconteceria daqui a algumas horas.

Fomos para o terraço enorme e como sempre, fiquei maravilhada com a visão da linda cidade. É parecido com o lugar onde passamos o ano novo, mas não é o mesmo.

— Isso está muito lindo! - jogo minha bolsa em uma das mesas e analiso o lugar.

As mesas estão todas com ramos de flores e panos tão brancos que parecem nunca terem sidos usados, tem um pequeno palco montado e por alguns lugares tem molduras de fotos espalhadas, onde algumas mulheres colocam fotos de cachorrinhos abandonados.

— Sabe Emma, eu queria entender qual a fissura do seu pai com terraços de prédios.

— Na verdade, ele prefere os salões fechados, quem gosta de terraços sou eu. Vai me dizer que aqui em cima não fica tudo mais lindo? Olha essa visão, olha esse céu.

— Mas algumas pessoas não tem medo de altura?

— Você tem?

— Claro que não.

Me aproximo do palco e a primeira coisa que eu vejo é um microfone, uma coisa que eu não sou muito fã, porém, tem uma coisa que eu sempre quis fazer com objetos que amplificam sons, gritar nomes de pessoas que eu conheço, é uma vontade estranha, mas ela me segue a anos.

— Senhoras e senhores, olhem só para Jooohn Parker. - grito no microfone, chamando atenção das decoradoras que arrumam tudo.

— O que está fazendo? - ele falo baixo e não tenho nenhuma dificuldade para fazer uma leitura labial.

— John Parker, não só um amigo, não só um colega e não só parceiro de trabalho e consequentemente a cabeça inteira do meu pai. Ele é um gênio, é de exatas e humanas e insira aqui qualquer outro tipo de inteligência. Maaaas, o que ninguém sabe é que John chorou depois do seu primeiro beijo.

Algumas risadinhas e John me olha desafiadoramente.

— Venha aqui John, venha falar oi para as garotas, eu sei que elas querem ouvir algumas palavrinhas.

John subiu no palco e fingiu agradecer pelo discurso, aceitando o microfone da minha mão.

— Agradeço a todos, obrigado, obrigado. Há controvérsias nessa história, mas estou aqui para falar de Emma. Ah a doce Emma, ela sempre me amou e eu sempre a amei, mas nunca tivemos coragem de admitir, mas hoje, hoje é um grande dia.

Finjo curiosidade, e as mulheres entram na brincadeira também, fazendo sons como "OH" ou "AI MEU DEUS" e se abanando com as próprias mãos.

— Emma Swan, aceita se casar comigo? - ele se ajoelha e abre uma caixa invisível.

— Sim, sim, sim, sim mil vezes.

John se levanta e me da um beijo na bochecha. Ouço palmas e gritinhos, e quando tudo para, algumas palmas continuam, de uma pessoa apenas o que chama nossa atenção.

— Bravo. Agora, a noite de núpcias.

— Como chegou até aqui? - sinto minhas bochechas queimarem.

— Seu pai disse que provavelmente estariam aqui, já que não estão em casa desde cedo.

Killian viu toda a encenação, o que por algum motivo me deixa extremamente constrangida.

— Aliás John, você fez tudo errado, nenhuma mulher aceitaria um pedido assim. - Killian fala em tom sério, mas percebe-se que está brincando.

— Ah, é mesmo? - John cruza seus braços. - Manda ver então Jones.

— Hey, hey, hey espera! Eu não vou ser cobaia de ninguém.

Killian ignorou e pareceu nem sequer ouvir meu pedido de socorro, simplesmente colocou seu capacete em cima da mesa e subiu até o palco.

— Ou vou. - sussurro um pouco, talvez muito, desconfortável com a situação.

— Pra começar, vocês tem que estar próximos, muito próximos. - Killian me puxou pela mão e juntou nossos corpos de uma maneira como nunca havia antes. - E tem que olhar no fundo dos olhos dela, até que ela se perca, até que em vez de desviar o olhar, ela o mantenha firme.

— Você está enrolando Jones. - John comenta e sorri, mas logo percebe que as mulheres observam atentamente a cada detalhe.

— Emma Swan, eu que não tenho sido o melhor para você, sei que duvida de mim e sei que queria me descobrir por completo, saber meus passos passados, saber os meus passos futuros, mas a sinceridade é algo extremamente profundo. Eu não peço que acredite em mim, mas agora, eu me arrependo por todos os meus atos, me arrependo por ter te conhecido, porque você, você é a única coisa normal no meu universo caótico, e a última coisa que eu podia fazer agora, era me apaixonar. Mas o amor é como sarampo, todos estamos sujeitos a ter, e assim aconteceu. Eu me odeio por te amar mas sinto que é a melhor coisa que está me acontecendo, até que você pense que eu não tenho sido o melhor para você e desista de mim, eu não vou desistir de você, porque isso seria loucura. E em meio a tantos segredos, a tanta mentira, a tanta desgraça, você é a minha única verdade, que eu nunca provei, mas ainda assim, quero ter para sempre ao meu lado. Emma, aceita se casar comigo?

Killian entrelaçou nossas mãos e as levou até nossos corações, logo então deu o sorriso mais sincero que alguém poderia ter dado a mim em toda minha vida.

Tudo o que Killian falou me parece tão real, parece que ele se abriu diretamente para mim, se aproveitou da situação para falar coisas que não teria oportunidade de falar, e o que ele fez comigo, com meu coração, me faz simplesmente não aguentar mais, não dá para mentir para mim mesma de que eu estou perdidamente apaixonada por Killian Jones, de que no fundo do meu coração tudo o que eu queria era poder saber se ele sente o mesmo, sem empecilhos, só nós dois, é assim que ele me faz sentir. Parece tão cedo, mas acontece que não é, estudos afirmam que quando se olha no olho da pessoa por mais de dois segundos há possibilidade de se apaixonarem mais rápido, se for verdade, eu e Killian devemos estar no ápice do amor.

Killian Jones tirou minhas palavras, estraçalhou minhas expectativas, fez meu coração bater tão forte que parecia que iria quebrar meus ossos e chegar até ele. Tudo de defeito que ele poderia ter, sumiu, eu só vejo o Killian que eu quero mais que tudo, mais do que eu sempre quis qualquer outra pessoa.

— E-Eu...

— Aceita? - ele sussurra como para me lembrar das palavras que eu quero dizer.

As mulheres aplaudem forte, assim como John que nos observa incrédulo.

— Isso foi bom, mas claro, nada comparado com o meu. Legalzinho.

Por fim, Killian desviou seu olhar e me soltou, e como posso dizer uma das primeiras vezes, ele realmente parece estar desconfortável com algo.

— Sim, nada comparado. - ele saiu do palco e pegou seu capacete. - Nós vemos a noite então.

— Killian, você veio aqui por algum motivo? David deu algum aviso? - John o perguntou.

— Não, nada, ele não disse nada. Eu só passei por aqui porque queria ver como estavam sendo os preparativos para a festa e tentar evitar que colocassem fotos de cachorros como decoração, mas acho que é tarde demais.

Sorrio com seu comentário. Killian não é lá um grande fã dos cachorros.

— E se você for de moto eu mesma mato você. - comento.

— E se você não souber dançar eu mesmo cancelo seu casamento.

— Uma pena ela saber. - John sussurra, mas posso o ouvir, e tenho certeza que Killian também, pois ele abaixa sua cabeça e então aperta a mão de John com um sorriso.

— O que você disse?

— Fui. - Killian sai e me volto para John.

— Eu não disse nada.

John e eu ajudamos em alguns detalhes e paramos com as brincadeiras, o que me deu muito mais tempo para remoer o que havia acabado de acontecer. Será que isso teve o mesmo efeito para ele como teve mim? Será que ele pensa como eu e que está apaixonado? Difícil, mas: O amor é como o sarampo, todos estamos sujeitos a ter...

Saímos do prédio quase na hora de voltar, cansados, porém como Tinker costuma dizer "manda o próximo". Fui para o meu apartamento e fiz o máximo para terminar o mais rápido que pudesse, e assim fiz, não queria me atrasar e depois ouvir meu pai falando sobre eu ser sua filha e ser muito importante ali. Desci e Killian já estava a minha espera, encostado na maldita moto que eu pedi que não viesse.

— O que eu disse sobre vir nisso dai? - aponto para a moto.

— Swan, você está realmente e sinceramente linda. - ele mexe na pequena gravata do meu vestido, parece realmente se divertir com o modelo.

— A prefeita da minha cidade natal me perguntaria se estou querendo conquistar mulheres. Algo que está totalmente fora dos meus planos.

— Então a prefeita da sua cidade natal era uma invejosa porque você está perfeita, e com certeza super mulher que... Quer conquistar um homem? - ele se confunde com sua palavras. - O que eu quis dizer é que eu adorei sua trança, e seu vestido.

— Obrigada. - é único que consigo dizer.

— Então, vamos?

— Eu não vou de moto Killian.

— Então vamos no seu carro, eu dirijo e, não pense que está se safando da grandona aqui, é que meu pai vai chegar um pouco mais tarde e precisaria do carro, não foi a intensão, me desculpe.

— Não só estou pensando como sei que vou. E sobre seu pai, fico feliz que ele vá.

— Eu nunca desisto.

Quando chegamos no prédio seguimos para a garagem que estava separada, Killian abriu a porta do carro para mim e ficou com chaves, eu o permiti. A garagem está cheia, a cada minuto um carro chique passa, o monte de gente que sorri para mim mas eu não sei nem mesmo quem são.

Subimos para o terraço e meu olho corre direto para o céu, todo estrelado e cintilante, é lindo a noite, assim como a cidade acessa.

— É, vai ser uma longa noite. - Killian suspira. - Pelo menos estamos juntos.

— Ah não reclame Killian, nós vamos encontrar algo para fazer.

— É?

— É, tipo... Dançar, você gosta de dançar?

Seguro em sua mão e o puxo atrás de mim em busca de encontrar meu pai, minha mãe, Tinker ou qualquer pessoa que eu conheça, até que na curva me topo com uma morena, bonita e que eu conheço muito bem, é a mãe de Graham.

— Emma! Eu estava mesmo procurando por você.

Isso era tudo o que eu não queria agora. Reviro meus olhos internamente e imploro para que Killian me tire dessa, o mesmo ao qual eu acabei de soltar de sua mão como se fosse algo proibido segurar a mão de meu assessor. Mas ele não parece muito a fim de me tirar dessa situação, na verdade me parece bem curioso.

— Senhora Humbert. - a dou um rápido abraço. - Como vão as coisas no trabalho?

— Ainda um saco, aqueles advogados de meia tigela continuam achando que mandam em algo, enquanto na verdade não mandam nem na cadeira onde sentam aquelas bundas moles.

Dou uma risada sem graça, por educação, assim como Killian, que só agora parece ter sido notado.

— Ah, oi querido, você é o famoso... - ele estende sua mão para ele.

— Jones.

— Quem? - ela franze seu cenho e levo minha mão a minha cabeça, que esnobe.

— Killian Jones, já deve ter ouvido falar, é um dos melhores assessores de casamento aqui de Nova York, inclusive o nosso. Quero dizer, meu e de Graham.

— Ah... - a morena o olha de cima pra baixo.

— Swan, na verdade a definição de famoso é uma coisa complicada, vamos supor, como poderá a Sr. Humbert conhecer a mim enquanto assiste programas de pilates para pessoas de idade?

Seguro meu sorriso e minha garganta arranha, desesperada para soltar uma gargalhada.

— Então, Graham tem te ligado? Faz alguns dias que não falo com ele. - indago na esperança de que ela desvie o foco de Killian.

— Não querida, ele ainda deve estar chateado por não ter ido com ele.

Ido com ele? Do que ela está falando?

— Ido com ele? Ido com ele pra onde?

— Pra Storybrooke claro, ele disse que te chamou mas você não quis ir.

— Como? - elevo meu tom de voz e percebo seu susto. - Aliás, claro, sim, ele deve mesmo estar chateado. - sinto minhas bochechas queimarem de raiva.

— Então, a senhorita Swan e eu tínhamos muito a resolver sobre o casamento do seu filho, mas não se preocupe a raiva dele vai passar. Nesse momento eu acabei de ver o cara da... Cortina. Cortina que vai ficar no salão, temos que escolher não é. Boa sorte no trabalho.

Killian me puxa e eu desejo imensamente dar um soco em qualquer coisa que aparecer em minha frente, mas isso é uma coisa que eu não irei fazer. Desde quando Graham está em Storybrooke eu sei disso? Aliás, desde quando ele vai para Storybrooke e pior ainda, desde quando ele me chama? Isso é loucura.

— Você está bem? Se quiser ir embora e ligar para Graham eu vou enten...

— Vamos dançar? - pergunto e ele franze seu cenho.

— Você não está... Brava? Com Graham, ou com a velha, quer dizer, com a mãe dele? Porque você parecia que iria explodir a qualquer momento.

— Não. - sorrio. - Já passou. Estou trabalhando nisso.

Sim, eu estou mesmo trabalhando em algo dentro de mim, o famoso "pensar em mim". Killian abre aquele sorrisos sexy/perigoso e estende sua mão para mim.

— Vamos então.

A "pista de dança" tem alguns casais, inclusive Tinker com um homem que eu nunca vi na minha vida, ou talvez tenha visto e não me lembre. Ela está linda, como sempre, o vestido faltando panos, mas a cara de bebê nunca pode mudar.

Killian hesita em colocar sua mão sobre minhas costas, então o ajudo com isso.

— Que foi, sabe dançar não? - pergunto ao perceber que estou sendo encarada.

— Eu não posso te ensinar a dançar aqui Swan, dançar de verdade.

— Eu acho que você convencido demais.

— E eu acho você ingênua demais, e dai? - ele ergue sua sobrancelha.

— E você também é prepotente. - dou de ombros.

— Educada demais, se preocupada demais com o bem dos outros e esquece do seu. Gostei desse jogo. - Killian provoca.

— Você é um livro fechado, o que eu sei sobre você? Isso mesmo, nada.

Piso em pé por querer, e espero sua próxima revelação.

— Você sabe muita coisa, todo mundo tem segredos, você também tem, a diferença é que eu sei os seus porque você não sabe esconder suas emoções. - ele fala sem olhar no meus olhos.

— Bem, talvez seja melhor ser assim do que usar as pessoas como escadas para chegar onde quer.

— Como sabe que eu faço isso?

— É sua cara.

— Mas pelo menos eu deixo transparecer o que eu sou em vez de fingir o que eu não sou, e o que eu não sou, eu não sou tímido, nem bobo e nem finjo que não vejo o que está bem na minha cara.

— Eu transpareço ser boba?

— Não é certo falar isso para um mulher. Eu sei o que você fazer agora, esse papinho não está te ofendendo, por que? Exato, você quer algo e eu sei o que é, você sabe o que é, mas está sendo boba o bastante para deixar algo te impedir.

— E ninguém me impediria? Você tem certeza?

— Apenas você e mais ninguém.

— Então eu posso tentar. - paro nossa dança.

— Mas acontece que para tudo tem sua hora. E Graham está aqui. - sigo seu olhar e vejo Graham pegando uma taça de vinho.

Junto todas as forças que tenho e puxo Killian para um lugar mais afastado, que tenta me parar por alguns segundos mas uma energia estranha percorre meu corpo todo, como se eu estivesse bêbeda ou não dentro de mim. Eu não sei o que estou fazendo, minhas pernas estão andando, minha mente trabalhando, meu coração saindo pela boca, está tudo errado, adrenalina demais, mas não consigo parar.

Nos enfio em um corredor estreito que ao se olhar para baixo é direito para baixo e mais para baixo, até que chegamos no fim apertado que mal cabe nos dois, porém a festa ficou quase toda para trás, se pode ver as luzes e a música, mas as pessoas, nenhuma.

— Ai meu Deus isso é muito errado.

— Realmente, eles deveriam fazer corredores da morte um pouco maiores.

Seguro seu rosto e dou um beijo em sua boca, esperando do fundo do meu coração que seja correspondido, porque agora, Killian Jones é o malfeitor, que fez mais bagunça no meu universo já caótico.

Mas não é como se ele não soubesse exatamente o que eu queria desde o momento em que ele "me pediu em casamento", e no mesmo momento ele retribui meu beijo como se já estivesse esperando por isso a dias e tudo fizesse parte do seu plano. Sem teatros ou enrolação sua língua pede passagem e eu com a mesma pressa aceito sem problemas. Suas mão exploram meu cabelo, e eu faço o mesmo, apreciando cada detalhe disso. Killian é feroz, mas ainda assim me parece a coisa mais calma que já senti, hora ele tem pressa e hora tudo o que faz é repousar seus lábios sobre os meus.

Tudo o que eu queria era poder apreciar esse beijo da melhor maneira possível, mas Killian é o problema, e em vez de fugir dele eu estou correndo para seus braços. Está tudo errado, eu estou fazendo tudo errado, as atitudes de Graham estão refletindo em mim, e assim como as pessoas acham que ele é, agora eu sou uma infiel.

Quando tudo em mim se entrega totalmente a Killian e tudo o que quero não é mais um simples beijo de teste, paro tudo e encosto minha testa em seu peito, tentando manter minha respiração estável.

— Isso foi... - Killian decide quebrar o silêncio, coisa que eu não queria que acontecesse. - Emma, você está bem? - ele levanta meu rosto.

Não, eu não estou porque eu nunca estivesse tão dividida na minha vida.

— Você não quer chorar, quer? - ele pergunta ao secar uma única lágrima do meu rosto. - Você está se sentindo culpada.

— Como eu nunca estive na minha vida.

— Eu posso resolver isso pra você, isso não é com
você Emma, a culpa foi minha e você pode me culpar por tudo.

— O que vai fazer? - sussurro.

— Um baile de máscaras da vida real, onde algumas vão cair.


Notas Finais


OBS MUITO IMPORTANTE.: Relendo os caps eu percebi um erro feito em alguns caps atrás (que eu não vou citar porque talvez nem tenham percebido) que influenciam nesse cap, e como você leram ele somente a alguns dias atrás, deve estar bem fresco na cabeça, porém, eu já concertei hehe, parabéns para mim que fui burrinha. Enfim, espero que tenham gostado.


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