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História Rica Dignidade - Arrecadando Fundos - Parte 2


Escrita por: SWANLIVE

Notas do Autor


Hello luas, voltei porque quero acelerar o processo das postagens, já que provavelmente domingo tem capítulo novo para os que acompanham pelo Nyah, quero que vocês estejam juntos. Então provavelmente tem dois capítulos hoje, espero que gostem hehe.

Capítulo 12 - Arrecadando Fundos - Parte 2


27 de fevereiro de 2015 - 21:30

Depois do que aconteceu, tenho vergonha até mesmo de olhar nos os olhos de Killian e a vontade de sumir é enorme, mas ao mesmo tempo a vontade de ficar e olhar em sua pupila para sempre me consome. Que contradição.

Algo aqui me faz sentir que esse é um erro e que no final vai dar tudo errado, mas essa é sempre a sensação que temos quando iniciamos algo novo, todos meus sistemas de alerta estão a flor da pele, talvez seja algo relacionado ao fato de que ninguém pode saber disso além de nós dois.

— Emma - sinto uma mão agarrar meu braço e olho sem pensar duas vezes. - Estava procurando você.

Encaro Graham e não o respondo, é como se eu tentasse falar algo sairia apenas choros e perdões e no final ele não saberia do que eu estava falando e eu diria, contaria tudo o que aconteceu desde o início.

— Eu sei que já falou com minha mãe e que você deve estar se perguntando o que eu estava fazendo em Storybrooke, e que com certeza deve estar brava comigo, mas pode pelo menos dizer "oi"?

— Eu não estou brava. - respiro profundamente.

— Sua mãe e eu estávamos te procurando, ela disse que talvez você tivesse ido buscar algo no carro mas você não estava lá.

— Boa noite! - meu pai fala no microfone, chamando atenção de todos. - Como vão vocês? Eu espero que bem, assim como nós. Nem todos aqui sabem, mas eu e minha família passamos por alguns apertos esses dias, coisas no banco e enfim, o importante é que agora está tudo bem e minha filha Emma Swan, sempre tem algo novo para nós mostrar e não apenas essa vez, mas essa festa tem grande parte de sua ajuda, assim como do meu braço direito, John Parker, eu agradeço a vocês.

As pessoas batem palmas e esperam que ele continue, e eu não queria, mas é impossível não lembrar de Killian e de como ele disse que as pessoas fingem ouvir tudo isso.

— Minha filha, sempre nos ensinou e nos mostrou que todo espinho tem sua rosa, sempre deixou claro de que amar é muito importante, sempre conquistou a todos com sua simplicidade e o mais importante, sempre nos ensinou a perdoar, a suportar, e não seria diferente dessa vez, eu peço perdão filha por não perceber as coisas antes de te fazer passar por isso tudo. E acima de tudo, hoje nessa confraternização para HANS, ela fez questão de arrecadar fundos para filhotinhos abandonados, mostrando mais uma vez seu grande e sincero coração, eu dedico tudo isso a você filha. Uma salva de palmas para Emma Swan.

Me sinto totalmente constrangida e ao mesmo tempo totalmente grata ao meu pai pelas lindas palavras, por mais que agora meu coração não seja tão sincero assim. Tento sorrir a todos e logo tudo se cessa, então John sobe ao palco e toma controle do microfone.

— Achei você. - Killian sussurra e fica ao me lado, o que deixa um pouco desconfortável, essa é a primeira vez que nos vemos depois do ocorrido. - Estava lá em baixo com meu pai, ele chegou.

— Eu não o vi. Na verdade, vi você com Tinker nesse exato momento.

— Boa noite a todos, eu vim até aqui apenas para agradecer a todos pela presença e apoio, e queria convidar um homem com o coração generoso que fez uma grande doação e gostaria de dar uma palavras.

Um homem bem arrumado subiu ao palco e olhou para tudo antes de começar, passou seu olho por Tinker, as pessoas que estavam ao seu redor e enfim deu um grande suspiro.

— Nunca vi esse na minha vida. - Graham comenta.

— Boa noite a todos. Bem, eu não sou muito bom com muitas palavras, mas meu objetivo aqui não é quantidade, mas sim qualidade. Meu nome é Neal e eu adoro cachorrinhos, filhotes e apreciei a oportunidade de estar ajudando com isso...

— Swan, onde está Davy? - Killian pergunta olhando por cima das pessoas.

— Eu não sei, disse que estava com ele.

— ... Porque uma vez eu prometi a algumas pessoas que eu sempre ajudaria cachorrinhos, e é o que eu estou fazendo, cumprindo com meu dever, pois meu pai sempre me ensinou que quando não fazemos o que prometemos, sofremos as consequências.

— Eu vou procurar.

Killian se vira de costas e se topa de frente com seu pai, que sorri com o encontro inesperado.

— Oi Emma, como você está? Graham, tudo bem? - ele aperta nossas mãos. - Vocês parecem preocupados, por que não um vinho pra mudar isso?

— Eu estou bem, obrigada, já você parece querer aproveitar a festa.

— Swan, porque não vamos comer algo? Lá fora. Eu cansei de ficar aqui, ufa, isso foi muito chato, ouvi demais, sabe, eu prefiro falar.

— Ah isso é verdade, mas vocês já sabem. - Davy comenta e Graham rola levemente seus olhos.

— É, já percebemos.

— Vamos? Vocês podem ir no carro de vocês, meu pai pode ir no carro dele e eu posso ir atrás na minha moto, tudo bem? Encontro você em qualquer lugar de comer, façam votações e continuem juntos. - ele pisca como se tivesse acabado de passar todas as instruções que uma mãe passaria antes do filho sair de casa.

— Nós não vamos a lugar algum, eu e Emma vamos ficar, vocês podem ir.

Killian encarou Graham, e pude ver todo um odeio concentrado em uma simples troca de olhares, mas isso não intimidou Graham, ele apenas retribuiu o olhar.

— Ótimo, nós vamos então. - ele olhou mais uma vez para mim que apenas balancei a cabeça negativamente.

Killian não parece se abalar, talvez porque sabe que nesse momento se tem uma coisa que eu não quero é ficar próxima a ele. Eles saem e nos deixam sozinhos, o que também não é bom.

— Eu vou conversar com Tinker. - saio as pressas e encontro a dona fujona sentada em uma mesa, sozinha.

— Não, não, não, você não pode sentar ai, estou esperando alguém.

Tinker, ah Tinker... Apenas seus olhos me fazem me sentir em casa, sempre me fizeram me abrir por completo, sempre me deixa sensível. Mas eu não posso afoga-la com meus problemas, eu tenho que a deixar livre para fazer o que quiser.

— Tudo bem. - ameaço a sair e ela segura em minha mão.

— Me desculpa, não foi bem isso que quis dizer. Pode sentar, diga-me mana o que se passa para estar com essa carinha de ressaca.

Tento juntar os cacos da forças que eu tive quando fiz uma grande cagada e a encaro séria.

— Eu trai Graham. - sussurro e ela apenas continua me olhando. Não está acreditando. - Tinker, oi? Eu beijei Killian, e não foi um simples beijo, não foi um simples momento, eu sei disso.

— E?

— E? Esse era o momento que você deveria estar surtando.

— E eu estou, internamente estou super feliz por enfim você ter feito algo que presta.

— O que? Você ouve quando você fala Tinker? Você pensa antes de falar?

— Emma pelo amor de zeus, vai me dizer que chama isso de traição. Traição é muito além disso e você sabe, isso foi um... Teste, pense assim, poderia muito bem ter sido apenas uma brincadeira.

Cerro meus olhos e penso no ela fala, qual será o segredo para levar a vida tão tranquilamente como Tinker?

— Você tá falando sério? Tink escuta, eu estou noiva. Vou me casar, olha, eu tenho uma aliança bem aqui. Eu não deveria me sentir atraída por ninguém mais que o meu noivo.

— Você está exagerando, é só isso que eu digo, você se auto esgota.

— O que..?

— Meninas, posso sentar aqui com vocês? - levanto meu olhar e dou de cara com o tal de "Neal", olho para Tinker e ela confirma levemente com a cabeça.

— Claro. - sorrio.

— Posso me dar o prazer de saber o seu nome? - se vira para Tinker, que ergue a sobrancelha, claramente começou seu papel de que é difícil.

— Tinker.

— Tinker... Trouxe isso pra vocês. - ele arrasta os dois ponches e coloca em nossa frente.

Esse é exatamente o momento em que eu devo sair de cena e os deixar sozinhos, por mais que eu não quisesse.

— Eu não posso ficar muito tempo, mas antes de ir gostaria de agradecer de coração pela doação que fez a instituição, é muito importante que pessoas como você queiram cuidar dos filhotes e se importam com isso, não são todos que acreditam que animais também tem sentimentos.

— Ah, isso não foi nada, pode contar comigo sempre.

Me levanto, aceno e os deixo a sós, sei muito bem o que pretendem fazer agora. Procuro por John e depois de alguns minutos rodando o encontro com Graham, conversando com um homem que não sei quem é, assim como a maioria dos que estão aqui.

— Licença. Boa noite. - me intrometo.

— Emma, estávamos te procurando, novamente. - Graham comenta.

— Estavam? - ergo a sobrancelha duvidando de suas palavras.

— Emma Swan, esse é o senhor Gold, ele também viu os anúncios e teve um bom coração para ajudar você com seus fundos. - John nos apresenta, estendo minha mão e o comprimento.

Ele tem belos cabelos devo admitir, lisos que escorrem, e também parece ter uma perna manca, me controlo muito para não perguntar o que aconteceu.

— Que anúncios? - sorrio sem graça. - Prazer em conhecer você.

— Você sabe, as coisas boas, assim como as ruins, também se espalham Senhorita Swan, aqui  é Nova York. E o prazer é todo meu.

— Ele estava nos contando algumas de suas histórias. - John me oferece o camarão que está comendo e recuso.

— Acredito já ter te visto no The New York Times. Emma Swan, certo?

— Sim, era eu. - coro só de lembrar do acontecido.

— Sabia que te conhecia de algum lugar. - ele sorri, o que digo, um sorriso um tanto forçado.

Uma estranha sensação de que aqui não é meu lugar e que eu devia ter ido com Killian fazer sabe lá Deus o que, percorre por todo meu corpo e tenho vontade sair correndo e ao mesmo tempo a outra parte de mim só me diz para ficar quieta onde estou e não ir procurar mais problemas. Eu como sendo eu, ficaria e continuaria cumprimentando pessoas, mas o meu "eu" desta noite está bastante descontrolado, sendo assim, tudo que me resta é ir até Killian.

— Foi um prazer conhecer você Senhor Gold, obrigada mais uma vez, agora eu preciso ir.

— O prazer foi todo meu senhorita Swan, passar bem.

Tento sair de fino mas Graham segura meu braço, me impedindo de caminhar.

— Onde vai?

— Para casa, descansar.

— Descansar de que Emma?

— Você chegou agora de viagem, estava tranquilo sentado por horas em um banco de avião enquanto eu e John passamos a tarde inteira rodando essa cidade e arrumando isso aqui para que ficasse perfeito, seria anormal se não estivesse enfada o bastante. Me desculpa mas...

— Tudo bem, - ele respira sem muita paciência -, pode ir.

Automaticamente sorrio em sua cara e ele parece não entender o motivo, talvez esteja tão acostumado a achar que manda em algo ou alguém que o fato de "pode ir" soa simplesmente normal para ele.

— O que foi?

— Nada.

[...]

Eu tentei, realmente tentei por horas e horas encontrar algum vestígio de Killian ou seu pai, mas a sensação que eu tenho é que eles se mudaram para outro planeta. Nada de vê-los em lugares que provavelmente estariam.

É uma cidade muito grande.

O que me leva a pensar o porque estou tão preocupada, talvez pelo fato de que essa atitude totalmente desproporcional de Killian nunca tenha acontecido antes, o que me leva a pensar mais ainda e me leva a uma conclusão apenas: Foi o beijo. O maldito beijo descontrolado que nunca, NUNCA deveria ter acontecido.

O que eu estava pensando? Que eu beijaria o cara que trabalha para mim e ficaria tudo bem? Sempre tão ingênua... Mas para completar o cúmulo do desespero e ingenuidade, é claro que ainda com todos os pensamentos ruins e humilhantes passando por minha cabeça, eu quero saber onde ele está, não simplesmente por querer, mas por estar preocupada, não que Killian não saiba se cuidar sozinho, mas...

— Tink, são três da tarde, eu estou com fome, por favor vamos comer alguma coisa. - reclamo enquanto andamos pelos corredores do shopping.

— Você tem que relaxar, nós só estamos procurando um presente para o seu noivo. Acha que eu queria estar aqui? Por que você não está gostando? Sempre gostou de prestigiar "meu noivo".

— Mas dessa vez eu não quero, e sabe por que? Porque eu não sou mais uma boa noiva, do que adiante dar presente enquanto o maior presente, que é a fidelidade, já foi jogado por água a baixo?

Tinker para com impaciência, antes de se voltar brava para mim, encara os óculos da loja atrás e logo sei que isso que vamos comprar e logo sairemos daqui.

— Por que beijou Killian?

— Shiiiiu. Por que quer saber?

— Por que o beijou? Não é como se ele tivesse falado "nove meses para nascer e um minuto para te conquistar" e você tivesse caído em seus braços.

Cerro meus olhos estranhando seu comentário. Não faz sentido.

— Porque... Nem tudo tem um porque, ta bom? Por que... Graham foi para Storybrooke e mentiu para sua mãe que havia me chamado para ir junto, chegou na festa e eu fiquei totalmente irada quando vi aquela cara de inocente, tudo o que quis foi...

— Está resolvido seu problema.

Faço minha melhor cara de interrogação.

— Você não fez isso por se sentir "atraída" por Killian, fez isso porque ama tanto Graham e ficou tão chateada que quis se vingar, certo..? - ela gesticula com suas mãos como se agora essa fosse a verdade ao qual eu deva acreditar.

— Certo?

— Ótimo, agora fique com isso na sua cabeça e toda a culpa vai ir embora, agora vamos comprar qualquer coisa e ir comer algo.

Isso não deveria me ajudar, mas decididamente me ajudou em algo. Tirando o fato de que Tinker dá conselhos não muito bons e sempre errados, como coisas que na verdade não deveríamos fazer, isso deve ter sido o máximo de esforço que ela já fez para resolver algum problema.

Eu queria ser como ela. Ela é forte e problema algum pode a abater, ela simplesmente não está nem aí para problemas, vive a vida e a aproveita, diz que vida com problemas não é uma vida aproveitada. Como ela não gosta de seus problemas ela odeia os dos outros, apesar de sempre me ouvir reclamar de tudo e de todos, enquanto no final, todos os erros estão em mim, e com certeza "eu que generalizo todos os meus problemas e os faço parecer uma grande tempestade, enquanto na verdade eu poderia tomar uma xícara de chá e assistir um pouco de tv".

— Isso foi a coisa mais gostosa que eu comi em dias. - Tinker fala com a mão em sua barriga. - Você está pelo menos me ouvindo?

Não mesmo. Disco o número de Killian mais uma vez e coloco o telefone em meu ouvido, pedindo aos deuses que o faça atender o telefone. Mas ele não atende. Desde que sai da festa para ir ao seu encontro o liguei vinte vezes. Vinte. Ao qual todas foram completamente ignoradas.

Três dias se passaram.

Nova York é uma cidade grande.

Eu não aguentava mais. Não podia ficar parada sem fazer nada enquanto Killian estava perdido por ai e ouvia diversas vezes a pergunta "Como estão indo os preparativos com Killian?" Eu tinha que fazer alguma coisa, na verdade, a única coisa que eu não havia feito. Ir até sua casa.

Toco a campainha pela segunda vez e ouço passos em direção a porta, logo Milah a abre e parece até surpresa ao me ver.

— Oi. - falo sem graça.

— Emma, olá. Posso ajuda-la em alguma coisa?

— Não. Quer dizer, sim. Killian está em casa? - espero que ela me chame para entrar, mas ela não o faz.

— Não, faz alguns dias que não o vejo Senhorita Swan.

— E seu pai? Davy Jones, está em casa? Sabe onde ele está?

— Bom. - ela sorri, por mais que o momento não peça um sorriso. - Isso parece uma entrevista.

— Milah, pode a deixar entrar. - ouço a voz de Davy no fim do corredor.

— Mas...

— Pode deixar.

Entro sem muitas delongas e sigo Davy que me pede que o siga. Sem o Killian a casa parece parada, tudo quieto, o máximo que podemos ouvir é o som dos eletrodomésticos irradiando energia. Passando por sua sala posso ver que Davy estava se preparando para o trabalho, me sinto mal por estar o interrompendo, mas extremamente aliviada por saber que eles não mudaram de cidade ou algo do tipo, ou talvez pior.

— Por que não se senta Emma? - ele pede com educação e logo Milah aparece com um jarro de água e coloca em nossa frente, saiu trocando olhares com Senhor Jones, e a sensação de que eu não poderia estar aqui só aumenta, não parece ser a primeira vez que isso acontece.

— Senhor Davy, eu não pretendo...

— Você quer saber sobre meu filho não é? - ele me presenteia com um sorriso reconfortante, o que faz milhares de muros que estavam se formando dentro de mim, caírem, agora ele me parece Davy que conheço, gentil.

— Sim, é que... Sabe, estava na festa aquele dia e ele simplesmente desapareceu com senhor, desde desse dia ele não atende as ligações e nem deu sinal de vida, eu deveria ficar preocupada, certo?

Ele enche meu copo com água e se senta novamente.

— Na verdade não.

— Não?

— Sabe Emma, meu filho, Killian, ele é uma pessoa, como posso dizer... Complicada.

Complicado? Até o dia de hoje e até ouvir isso, Killian nunca me pareceu uma pessoa complicada.

— C-como assim? - sinto o nervosismo percorrer por meu corpo. Será que ele foi embora?

— Não precisa ficar nervosa Emma, ele vai voltar, o que eu estou querendo dizer é que ele nunca foi uma pessoa fácil de lhe dar, ele provavelmente não aprovaria que eu te falasse isso, mas, estou falando mesmo assim. Não é a primeira vez que Killian desaparece dessa maneira, algumas vezes levam cinco dias, enquanto outras vezes leva-se um mês. Sempre temos uma surpresa.

— Mas, como assim? Você está me falando que não sabe onde ele está?

— Sim. Ele provavelmente deve estar com seus amigos, Robin, Smee, em algum lugar por aí, virando a noite em bares, depois chega aqui como se nada tivesse acontecido, trás presentes e segue novamente a vida.

Boom? Isso seria o som de uma bomba explodindo. Isso é uma informação difícil de processar. Amigos? Bar?

— Mas... Por que ele faz isso?

— Eu não sei. Você não deve saber, mas Killian era muito apegado a sua mãe, ele a amava muito, sobre todas as coisas, e também tinha seu irmão e sua namorada, desde o dia do acidente Killian nunca foi o mesmo, eu não posso culpa-lo, não posso impedi-lo de fazer o que quer, ele ainda está se recuperando e está indo bem, se essa é a melhor maneira que ele encontra de fazer isso, eu não me preocupo, eu só quero ver o sorriso em seu rosto novamente, o verdadeiro sorriso, porque a culpa que ele sente é paranormal, por mais que ele não tenha nenhuma culpa sobre isso. Foi um acidente, afinal.

— Isso é... - lembro de nosso beijo e penso que talvez isso tenha o feito fugir novamente. - Tem algo que o faça ficar assim?

— Infelizmente sim, a raiva. Ele fica bravo e eu não sei o que passa por sua cabeça, ele some, se mete em encrencas e faz todas as coisas que sempre fez.

— Que sempre fez?

— Emma, já deve ter percebido que Killian não tem muita dignidade, ele usa as pessoas como escada para chegar onde quer, mas acima de tudo é meu filho, e eu o ensino o melhor, então se veio até aqui para julga-lo...

— Não! Eu jamais faria isso senhor Jones, eu só estou... Chocada. Eu nunca vi Killian com esses olhos e para mim ele não parece tão péssimo como o senhor está dizendo.

Ele sorri e aperta minha mão, fazendo um leve carinho paternal.

— Ele não é. São fases. Ele só precisa de uma salvação, eu sei que ele vai achar uma. O que quero dizer é que possa ser o que for, eu sempre vou apoia-lo.

— Todo espinho tem suas rosas Senhor Jones.

Me levanto sentindo toda sala girar, sinto que meus ossos estão fracos e que não vão querer obedecer meus comandos, apenas dou um sorriso pesado que para mim demorou uma eternidade para ser formado.

— Quando ele chegar quer que eu...

Mas eu já havia saído. Murmurei um obrigada ao passar por Milah e sai em passos rápidos, ouvi a porta sendo aberta novamente, mas eu não podia mais ser vista.


Notas Finais


O que acharam minhas luas? Eu vejo: tretas e mais tretas hehe, estamos entrando agora em uma segunda parte da fic, que vai ser um tanto curioso, aquela coisa de preparativos e tudo mais, já era, se vermos coisas assim vai se de fundo. Mas enfim, obrigada por lerem até aqui e pela paciência. ❤


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