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História Rica Dignidade - The New York Times


Escrita por: SWANLIVE

Notas do Autor


Hey luas! Um novo dia um novo capítulo, espero que estejam gostando e quero também deixar claro que estou adorando os comentários positivos, vocês são o maior incentivo, obrigada. ♡ OBS.: Me desculpem qualquer erro.

Capítulo 3 - The New York Times


01 de janeiro de 2015 - 15:30

Eu daria tudo pelo amor. Sim, eu daria, se tivesse a chance. Eu daria tudo para ter quem eu amo ao meu redor, tudo que precisaria era estar em sua proximidade, em sua proteção, era tudo o que eu ia querer, tudo o que eu ia precisar. Todos necessitam de amor, todos necessitam de alguém para amar, para acompanhar e compartilhar. E era só isso, ou, tudo isso, que eu procurava...

Dividir a mesma cama, a mesma saliva, o mesmo copo ou o mesmo banheiro que alguém, não significa que você a ame ou que é amado, e isso é o pior, saber que tudo de si é entregue aquela pessoa, enquanto o único que é transferido a você, é amizade.

As pessoas não entendem que quando você as amas como algo mais, ela não quer que você a ame de maneira inferior. Machuca, machuca saber que não é entendido, que suas demonstrações são inválidas e que a qualquer momento podem desistir de você.

O começo, ele não é o principal. Tudo é tão lindo e parece que tudo ficará bem, tudo dará certo, mas é incerto, não podemos acreditar, não podemos julgar pela linda capa, não conhecemos ninguém por dentro, o que pensam, o que querem ou o que pretendem para seus futuros. A ligação disso tudo é que você está no meio, já está envolvido, não pode mais se safar, porque se ficar, se machucará, se fugir, se quebrará.

Eu quero acreditar que não preciso de outra pessoa para me sentir bem, eu sei que o Graham pelo o qual um dia eu me apaixonei ainda está aqui. Ele irá dizer alguma coisa, ele irá me impedir de errar... Ou ele irá me ajudar a acertar.

Acertar, isso me lembra jogos, e o campo de golfe que estamos, com certeza tem a grama mais verde que qualquer outro, talvez até seu vento seja mais gostoso, a muito tempo não me sinto assim, livre, natural. Killian parece me ajudar a ser eu mesma, mesmo que tenhamos nos conhecido a menos de vinte e quatro horas, parece original, ele parece real.

Killian também trouxe um amigo, Smee, gordinho, baixinho e super divertido, e com certeza humilde, parece venerar Jones de alguma maneira, é uma relação interessante. Tinker ficou chateada, imaginou que um homem bonito como Killian andaria com um amigo ao nível, acho que ela se decepcionou.

- Você pode observar e tentar fazer igual depois. - Killian aceita o taco do senhor que nos acompanha.

- Posso tentar. - abro um sorriso e o observo se posicionar.

Ele parece ser bom. Bom posicionamento corporal, mãos leves, mas firmes, concentração e foco, tudo como meu pai me ensinou. David sempre adorou me ensinar de tudo um pouco, dizia que uma pessoa que não sabe fazer nada, não vale nada, afinal, em qualquer lugar onde ela estiver, precisará fazer algo. Não que tudo que ele me ensinou esteja sendo inútil, mas as lições que sempre são muito valiosas para mim são as da minha mãe, que sempre me ensinou como ser humilde, até mesmo quando temos que ser mais arrogantes.

Porém, no momento as lições de David me parecem bem úteis, afinal, já cheguei a ganhar um pequeno campeonato de golfe e hipismo, mesmo que tenha lutado muito para isso, para ser mais exata, dedicávamos seis horas por dias em treinar, e três dessas horas meu pai acompanhava.

Killian taca a bola, que rola calmamente e cai dentro do primeiro buraco, ele me olha e ergue uma sobrancelha, quase um desafio.

- Sua vez Swan. - faz um gesto para que eu siga.

Pego o taco e me posiciono, dou uma última olhada a Killian, que está ao lado de Smee.

- Arrasa com ele. -Tinker sussurra ao meu lado, a olho brava pelo o duplo sentido que essa frase pode ser levada. - Se você não o fizer, eu faço.

Sem muitas enrolações e cálculos, taco a bola, que corre sem nenhum bombeio e cai no buraco de número oito. Eu e Tinker olhamos para traz em sincronia, Killian conversa sério com Smee, mas logo percebe que o encaramos, ele bate palmas com um sorriso.

- Oito? Mas...

- Estava autorizada para sair da ordem? - Smee pergunta, claramente quer provocar.

- Não era isso Smee. Por que não falou que era tão boa? - se aproxima - Pensei que você fosse péssima.

- Ela não precisava falar nada, está na blusa dela. - Tinker aponta para minha blusa de golfe, que diz "Número 1, Swan".

Sorrio com o quanto ele parece impressionado.

- Pensei que fosse apenas otimismo.

-Não é tão...

Falaria que não é algo relevante, se meu celular não tivesse interrompido. O pego e assim que visualizo "Graham", saio de perto e dou apenas um aceno com a mão para que me esperem.

- Oi, Graham?

Pergunto curiosa, afinal, ele saiu dizendo ter algo tão importante para resolver, brigamos e pensei que ele não ia nem atender caso eu ligasse, mas cá está ele me ligando.

- Oi amor. Como está o jogo de golfe com o Killian Jones?

Paraliso com o quão direto ele foi. Como Graham está sabendo de Killian, aliás, como ele sabe que estou com ele agora, ou foi apenas uma suposição? Mas ainda assim, ele sabe seu nome, o que aconteceu?

- Como sabe de Killian Jones? - falo nervosa.

- Bem, vocês estão no The New York Times, não está muito difícil.

- O que? - dou um grito.

Emma Swan e Killian Jones estão no site e jornal mais lidos de NY? Por que? Se nós estamos é porque foi algo relevante, e se tem algo relevante sem nem mesmo ter acontecido algo relevante, o que deve ter na legenda? Automaticamente não sei mais o que falar, o que pensar ou o que comentar com Graham, e o pior, eu estou Killian agora, então qualquer insinuação de um "novo casal", pode estar crescendo contando que saímos de novo.

- Vai pra minha casa amor, te espero lá de noite. Tenho que desligar, beijos.

Desligo sem nem mesmo responder. Graham não parece bravo, na verdade ele não está bravo, eu sei quando ele está, e nesse caso eu nunca o vi tão tranquilo, ao contrário de mim, que estou tão nervosa que nem sequer tenho qualquer reação.

A única coisa que passa por minha cabeça agora é o quão suja estou me sentindo saindo com outro homem que não seja meu marido, quer dizer, eu saio com outro homens, mas Killian... Killian é diferente, ele claramente parece querer algo mais de mim, e eu, por mais que evite, me sinto atraída e balançada por ele, e esse é o problema, mesmo sabendo do perigo, o aceitei. A minha consciência já estava pesada, agora ela está passando do chão.

Volto para o jogo e os três sorriem como se estivessem em uma boa conversa. Tento não parecer tão assustada como estou, não parece funcionar já que todos me olham preocupados.

- Podemos falar por uns minutos? - pergunto Killian, que franze seu cenho.

- Sim, eu acho.

Antes de sair olho para Tinker, que me pergunta o que aconteceu com o olhar, apenas abaixo a cabeça e me afasto. Depois de me afastar bastante, Killian me segura pelo braço levemente e me faz o encarar.

- Acho que aqui já está bom. - ele parece impaciente por míseros segundos, depois sorri.

Respiro fundo. A única razão de ter andado tanto é o fato de estar pensando em como começar essa conversa, nunca fui de machucar o coração de ninguém.

- Killian eu... - sorrio nervosa - não sei muito bem como te falar isso, mas é que...

- Aconteceu alguma coisa? - ele fica preocupado.

- Não, sim, não.

Por que eu tenho que ficar assim? Sinto meu estômago embrulhar mais rápido do que de costume, minhas mãos gelam e fico mais inquieta do que de costume.

- Olha, eu sei que acabamos de nos conhecer, mas você não pode me procurar mais. Eu quero que me entenda Killian, eu vou me casar e... E eu amo meu noivo, isso que estamos fazendo não é certo. Você pode falar que não estamos fazendo nada de errado, mas eu sinto suas segundas intensões. Você é uma pessoa super legal, mas o caso é que...

- Eu cheguei tarde demais. - ele abaixa seu olhar.

Fico surpreendida com seu comentário, ele só confirmou tudo o que eu disse, e isso me assusta.

- É só isso que eu peço.

- Foi a ligação que recebeu? Eu não vou desistir assim Swan, me dê uma chance, apenas uma e se não funcionar eu te deixo ir.

O que esse homem tem? Ele é bonito, divertido, sexy, poderia arrumar tantas mulheres melhores e solteiras. Eu sei que ele não está apaixonado por mim, não deu tempo nem sequer de se apegar, nem colegas somos, por que ele parece tão ligado a mim? Por que ele "não vai desistir"? Mas talvez eu seja a mais louca por estar seguindo seus passos.

- Uma chance? - indago ainda em dúvida - Uma, apenas uma, depois disso... Foi muito bom te conhecer.

Killian abre um sorriso de lado mais cheio de adjetivos que já recebi. Sexy, misterioso, feliz, perigoso, sexy e sedutor, muito mais que isso.

- É só disso que eu preciso. E de tempo.

- Tempo? - pergunto.

- Você vai ver.

Ele se vira para sair e o chamo novamente.

- Pode falar para Tinker que tive que sair por favor?

Ele apenas concorda e some de vista. Saio do campo e vou diretamente ao café mais próximo que encontro, não pretendo falar com ninguém tão cedo, gosto de ficar apenas eu e meus pensamentos.

Não é que eu duvide de Killian ou pense que ele é um assassino em série, eu apenas não posso sair com qualquer que acabo de conhecer, a minha situação não permite isso, afinal, modéstia a parte mas meus pais são uma das pessoas mais ricas de Nova York, o que me leva a ser também, talvez até mais.

E essa é a parte mais chata de ser bem de situação, nunca aparecem pessoas verdadeiras em sua vida, apenas interesseiros, você nunca sabe quando estão realmente sendo educados ou se estão apenas querendo algo em troca. E acredite, ninguém nunca está sendo realmente educado, ou seja, você tem uma vida que se segue só, e se não, você sabe que as pessoas ao seu redor são falsas, mas a necessidade de contato humano fala mais alto que se preocupar com isso.

No meu caso não houve uma transição de "nível médio" para "nível rica", ou seja, as pessoas que me conhecem sempre souberam quem eu sou. Tinker e eu somos amigas de infância, não acredito que uma criança entenda algo sobre interesse, e Graham... Graham estava apaixonado por mim, certo?

E tem meu noivo, eu não posso fazer isso, eu não sou assim, e tenho que acreditar nisso.

[...]

20:20h

Entro na casa de Graham depois de procurar a chave por cinco minutos na minha bolsa. Tudo está como sempre, limpo, perfeito, intacto e ainda tem o cheiro dele. A casa está calma, não devo ter chegado tão tarde como achei que chegaria.

Depois do café da tarde, fui para a biblioteca e me dei o luxo de ficar por lá até agora, lendo algumas páginas diversas, sorrindo comigo mesma e dos personagens, nem mesmo vi o tempo passar.

Coloco minhas coisas em cima do criado e ando acendendo todas as luzes, que são muitas, quer dizer, para alimentar uma casa tão grande com luz, realmente precisa-se de muitas.

- Achei que não ia vir. - Graham aparece no fim das escadas e me abre um sorriso.

- Desculpa a demora. - falo seca, não é como se minha raiva já tivesse passado - Precisa me falar alguma coisa?

Ele desce as escadas correndo e quando chega no primeiro piso se aproxima devagar e segura meu rosto com as duas mãos.

- Desculpe por hoje mais cedo, eu apenas precisei sair. Eu sinto sua falta.

Abro a boca surpresa e Graham aproveita para juntar nossos lábios. O afasto cuidadosamente para checar se não está bêbado e ele apenas sorri.

- O que foi, está com medo de mim? - ele afasta meu cabelo.

- É claro que não, só estou... Eu não sei, não posso respirar - o provoco.

- Mas nem começamos ainda.

Graham sela nossos lábios novamente, dessa vez, com mais certeza do que está fazendo, eu retribuo e sigo seu ritmo, que esquenta a cada estalar de beijo. Antes que nossa língua pudesse ter algum contato, Graham leva sua boca ao meu maxilar e se desvencilha como se fosse o pior pecado que estivesse fazendo.

Ele me pega em seu colo e vai em direção ao seu quarto.

- Essa noite, você é apenas minha.


Notas Finais


CURIOSIDADE: O nome Rica Dignidade na verdade pertencia a uma história outlawqueen que eu supostamente iria escrever, porém, a falta de afinidade com o casal, me fez desistir. Quando tive a ideia dessa história achei que o nome se adaptaria da mesma maneira, então o utilizei. Obs.: Não se enganem, pois eu shippo outlawqueen, porém minha afinidade maior é mais com a Regina do que com o casal em si.


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