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História Rica Dignidade - Vestido


Escrita por: SWANLIVE

Notas do Autor


Hey luas, passando aqui para deixar mais um capítulo para vocês, espero que estejam conseguindo acompanhar com rapidez que estou publicando. Aproveitem porque depois do capítulo dezoito só de uma em uma semana ou quinze em quinze dias hehe. Espero que gostem do cap e desculpem qualquer erro.

Capítulo 7 - Vestido


04 de janeiro de 2015 - 18:20

Isso é amor?
Vale a pena fazer tudo que estou fazendo? Vale a pena amar e não receber o mesmo amor de voltar? Afinal, não é amor quando é tão fácil ir embora e dizer adeus, não é amor quando nós desistimos sem tentar, não é amor quando você só chora, não é amor quando você se sente quebrado e espatifado internamente, não é amor quando você deseja ficar sozinho pois sabe que aquela pessoa estará lá, mas você ainda sim estará sozinho.
Onde estão os fogos de artifício? Onde estão os olhares apaixonados? Onde está a adrenalina? Onde está o amor perigoso, cheio de chamas, que consome e reconstrói, que te faz gritar quando a pessoa não está por perto, esse amor igual a um mar agitado, que se agita, mas nós sabemos, a calmaria sempre estará lá.
Por que me sinto esquecida, pisada, humilhada, apaixonada... 
Vale a pena dar tudo de mim e receber nada de você? Vale a pena correr atrás e sempre ultrapassado no meio do caminho? Pense bem, e se você não achar o caminho de volta?

Nunca pensei que seria fácil, nunca imaginei que tudo seria perfeito, mas eu pensei, pensei mesmo que Graham seria melhor que isso, que faria melhor do que ele faz. Por que eu só reclamo mas não tenho coragem de fazer nada a respeito? Por que me sinto presa? Eu preciso de alguém que me ajude a liberta-me. Por favor. Liberte-me.

- Psiu. - Tinker me chamou e me virei - Vem aqui.

Paro pra que Tinker me alcance. Estamos no estacionamento da loja de vestidos, em direção ao elevador, apenas aguardando o encontro de Killian.

- Pode falar. - entrelacei nossos braços.

- Você está bem? Contou de Graham para John?

- Sim, ele já sabe de tudo. Eu não estou bem, mas preciso me animar.

- Emma, você sabe que pode desistir desse casamento agora se quiser não é? Basta querer. - ela segura em meu braço - Você não tem que fazer nada por se sentir forçada a fazer, embora eu vá te forçar a fazer algo agora.

- Eu sei Tinker, obrigada pelo conselho mas eu não posso ser tão egoísta, eu não tenho provas de nada.

- Você não precisa de provas para nada. O seu coração já é a prova, se ele não quer mais, você tem que obedecer.

Sorrio me lembrando do que John me disse sobre seguir o contrário do meu coração se ele me manda ficar com Graham.

- Há pessoas que digam o contrário.

- Eu não importo. Vem cá. Eu tenho novos planos em minha cabeça.

Tinker abriu o zíper do meu casaco e o tirou, assim, simplesmente do nada.

- O que você está fazendo? - murmuro pausadamente, variando meu olhar entre Tinker, John e o casaco.

- Guarda isso. - revirou os olhos e abriu os botões da minha blusa, deixando um decote significante.

- Tinker. - comecei a fechar novamente enquanto ela batia em minha mão - Eu não vou andar assim!

- Você vai sim. Sobe a manga. - praticamente me ordena.

- Não.

- Sim.

- Não!

- Você está perdendo seu tempo, Killian está vindo aí.

- Ah então isso tem a ver com Killian?

- Você estava parecendo uma criancinha, olha para ele, aquele terno... Olha só o cabelo!

- Tinker eu já entendi.

Abro os botões novamente com raiva, subo as mangas da blusa social, e dou uma leve bagunçada no meu cabelo, o que não fazemos por uma amiga? Aliás, eu fiz mesmo isso por ela?

- Me da isso e vai logo. - pegou minha blusa e me empurrou.

Ando até Killian que já se encontrou com John na porta do elevador. Quando me viu, John franziu seu cenho e oscilou seu olhar por mim, Tinker e o pior, por Killian!

- Oi. - fui até o olhos azuis e o envolvi em meus braços.

- Vejo que parte dessa nossa formalidade foi quebrada. - ele sussurra no meio do abraço e me desvencilha.

Olho para minha roupa nem um pouco discreta e me arrependo instantaneamente por ter feito o que Tinker pediu.

- Não é como se na primeira que nos vimos eu estivesse com uma roupa de esquimó. - arrisco uma resposta.

John limpa sua garganta e me lembra de que ele está aqui e que Tinker acabou de chegar.

- Acho que já se conheceram, mas mesmo assim, John esse é Killian Jones, meu assessor, e Killian, esse é John, meu amigo.

- E eu sou Tinker, prazer a todos. - ela fala e arranca alguns sorrisos.

- Tinker. - Killian olha em seus olhos e assente, recebendo de volta o mesmo gesto.

- Vamos lá então, experimentar alguns vestidos. - John me faz voltar a minha realidade. O casamento. Por um mísero momento eu imaginei isso como um pequeno encontro de amigos.

- Espero que me impressione hoje. - falo enquanto entrávamos no elevador.

- A única que vai impressionar aqui hoje, é você Swan.

O elevador toca uma música ambiente e automaticamente olho para Killian, me lembrando do momento em que ficamos preso no de seu prédio. Ele provavelmente pensou o mesmo que eu, pois me olhou e deu uma piscada.

A porta se abre e junto à minha boca também. O lugar é simplesmente maravilhoso, sem contar no tamanho e na quantidade de vestidos e brilho que posso ver. Nós entramos e logo um homem chique vem em nossa direção com uma mulher de terninho rosa.

- Você deve ser Emma Swan. - eles estendem suas mãos - Nós esperamos muito por seu presença senhorita Swan. - a mulher informa.

- Prazer. - abro um sorriso simpático.

- Eu sou Jack e ela é Rose. Eu sou agora, seu estilista por um noite, posso te indicar as melhores opções para o seu corpo, que eu posso dizer, todas. Com todo respeito senhorita Swan.

- Sem problemas Jack.

Tinker me cutuca com seu cotovelo e reclamo baixo pela força que ela utilizou.

- O que nos indica primeiro Jack? - Killian pergunta.

- De início indico que olhem no catálogo e que Emma aponte os modelos desejados, logo então nós os pegamos e Rose ajudará Emma com todo o resto.

- Hm. Simples e rápido. - comentou Tinker.

[...] Quatro horas se passaram. 
Quatro horas!
E adivinha? Eu ainda não escolhi vestido nenhum. Os de casamento são tantos modelos, e os de festa são tantas cores. Eu estou perdida, não espero ficar aqui até as uma da manhã.

- Emma, olha esse. - Tinker apontou para outro vestido no catálogo, eu sinceramente não sei de onde ela tira tanta energia.

- Esse é bonito. - John boceja.

- Interessante. Não tanto quanto o passado, mas interessante. - Killian passa a mão pela revista. 

- Eu estou cansada. - bebo um gole do suco que nos trouxeram.

- Mas você tem que escolher um Emma, não tem essa de cansada, é seu casamento. - Tinker continua passando as páginas junto com Killian.

- Não precisa ser assim, você pode olhar isso amanhã. A pressa é inimiga da perfeição. - os olhos azuis comenta.

- Exatamente. - John responde algumas mensagens no celular - Na verdade, eu espero um bom lanche depois disso.

Killian parou de uma maneira diferente e olhou para Tinker, que olhou para mim com um sorriso travesso no rosto.

- Que?

- Você precisa ver esse. - Killian chama e vou até eles.

- O que? - vario o olhar desesperadamente entre os dois - Eu não posso usar isso, que dizer, olha esse decote.

- Não é como se na primeira vez que nos vimos você estivesse com uma roupa de esquimó. - Killian repete minha frase com um sorriso provocador.

- Emma, você está de roupão na frente de John e Killian, o que te impede?

Sinto minhas bochechas queimarem mais do que já senti em toda minha vida.

- De qualquer maneira, não é esse o vestido. É esse - ele aponta.

E sim, ele é simplesmente lindo! Seu espartilho possui pedras brancas e redondas, assim como sua manga que é longa e transparente, um decote considerável, mas não chamativo demais. Sua saia é branca, mas não quer dizer que seja comum. Ele tem seu charme.

- Rose! - a chamo e nós vamos para o vestiário.

Assim como os outros vestidos, demoramos alguns seis minutos para arruma-lo completamente em meu corpo. Não posso dizer que ficou perfeito porque sou suspeita para falar, afinal, essa sou eu ou não?

Me analiso no espelho e me sinto... Sexy? Talvez. No ano novo a minha intensão era parecer sexy para Graham me notar, mas em vez disso, muitos outros homens bonitos, inclusive Killian, me notaram, menos Graham, o que me faz pensar, do que adianta a escolha de um vestido perfeito se a pessoa principal não notará o quanto ele está bonito?

- Algum problema Emma? - Rose pergunta.

- Não, está ótimo, vamos? - a chamo para mostrar a todos que me aguardam na sala de espera.

- Não sem o sapato.

Eu me sento em uma poltrona e Rose coloca em meus pés os sapatos que com certeza, são os mais bonitos que eles já tiveram o prazer de calçar.

Nós vamos pra a sala e a primeira pessoa a quem penso em olhar é Killian, que está de costas, mas ao John arregalar seus olhos ele se vira e tudo para.

Sabe quando o olhar da pessoa a você é tão profundo que você se sente totalmente desprotegido e transparente? Como fosse um código de barras e estivesse sendo lido por completo, sem faltar uma parte sequer, como se em vez do mundo ao redor ter congelado, você congelou? Sim, nos filmes isso é lindo, mas aqui, agora, isso é péssimo. Percebo que as assistentes trocam alguns sorrisos e olhares, e adivinha só? Eu sou uma figura pública. E adivinha mais? Eu vou me casar, e esse alguém não é ninguém presente nessa sala.

Killian volta de sua longa viagem e se vira para trás novamente, enquanto Tinker e John falam o quanto estou linda, nem sequer ouço, presto atenção em Killian que vira um copo da água como se fosse algum tipo de bebida e só depois se levanta e vem até mim.

- Você...

- Eu sei. - dou um sorriso tímido.

- Não você não sabe. Mas eu também não sei expressar. - ele passa a mão por meu braço - Você está linda.

- Me digam que já escolheram um entre aquelas duas opções do de festa. - John fala quase desesperado.

De todos os vestidos de festa, ficamos em grande dúvida entre um azul marinho com mangas grandes que começam um pouco abaixo do braço e uma saia com rendas de flores e um vermelho com manga curta e totalmente liso.

- Vermelho. - anúncio e John vem para o meu lado, dizendo escolher o vermelho também.

- Azul. - Tinker e Killian ficam lado a lado.

- E agora Jack? Você é o estilista, qual ficou melhor? - indago.

- Emma, sem querer te decepcionar, mas o azul ficou maravilhoso em você. Ele com certeza destacou muito mais seu peitoral e deixou seus ombros de fora, sem contar na cintura e na saia com detalhes de renda. Enquanto o vermelho...

- Enquanto o vermelho se fosse preto parece vestido de funeral, pode falar. - Tinker, a desbocada, comenta.

- Vermelho. - levanto a sobrancelha para Killian.

- Azul. - ele devolve o desafio.

- Vermelho.

- Azul.

- Vermelho. - bato o pé de leve em uma brincadeira.

- Tudo bem, a escolha é sua Swan... - ele dá totalmente de ombros. Cerro os olhos e respiro fundo.

- Nós vamos ficar com o azul. E com esse que está no meu corpo.

- Está decidida?

Sério?

- Sim...

Depois de acertar tudo que deveríamos, como os preços, a entrada, a data e todo o resto, já eram onze e meia da noite, nós éramos os últimos na loja, e com certeza tão cansados quanto os funcionários.

- Eu estou sem carro. - murmuro para Tinker enquanto saímos do elevador.

- Eu posso levar você Emma. - John se fez de voluntário - E você também Tinker.

- Mas você mora longe John, Emma pode ir com Killian. - Tinker fala e lanço um olhar fatal a ela.

- Mas você mora próximo dela, qual a diferença?

- É Tinker, qual a diferença? - pergunto - Aliás, eu não quero incomodar Killian com isso.

- Você não vai. - Killian fala por fim.

- Tudo bem vocês querem a verdade? - Tinker abre a boca e tudo que eu quero é que ela a feche novamente - Eu acho que Emma e Killian tem que se conhecer melhor, afinal, ainda não tiveram a oportunidade de conversar, e eles precisam disso agora.

John cerra e olhos e encara Tinker, eu sei que ali eles transmitem milhões de mensagens apenas no olhar. Mas o que diabos Tinker está tentando fazer?

- Olha, eu realmente não quero te incomodar Killian...

- Mas Tinker está certa Emma, acho que tem que ir. - John a apoia.

- Mesmo? Eu acho que vou ter que ir. - tomo meu casaco da mão de Tinker.

- Obrigada por virem. - Killian aperta a mão de todos.

- Sempre que precisar. - John o responde e entrelaça o braço de Tinker no seu - Vamos Tinker.

Tinker dá uma piscada e sai. Eu quero matá-la.

- Tudo bem - suspiro como quem acabou de perder uma guerra - qual seu carro?

- Gostaria de poder falar todos, mas não é, então...

- O que você faria com tantos carros se poderia dirigir apenas um por vez?

- Ótima pergunta Swan. - ele parece realmente pensar no assunto.

Nós entramos em seu carro e seguimos até minha casa. O caminho todo nenhum de nós quis puxar algum assunto, estava um silêncio, mas um silêncio confortável, eu sinto isso e sei que ele sente o mesmo. É como se ele soubesse que eu guardo tanta coisa que só o silêncio pode preencher, assim como sinto o mesmo com ele. É demais, mas ele parece entender tão bem o meu silêncio que me dá vontade de gritar, gritar tudo o que sinto, todos meus sonhos, tudo que quero fazer um dia, o futuro inesperado que tanto desejo, contar como Graham me faz sentir, como... Eu tenho vontade de estar com ele, algo nele é tão secreto, tão... perigoso? Eu não me sinto totalmente segura mas ao mesmo tempo me sinto nas melhores mãos. Ele é tão contraditório por si só, isso é incrível.

- Você pode entrar e comer alguma coisa. - pergunto, mas admito, sinto meu nervosismo atacar meu estômago.

- São quase meia noite, não acho que seja bom.

- Eu tenho café, você pode tomar um pouco e ir embora.

- Você está com medo? - ele se encosta no volante.

- Eu deveria?

- Eu não quis dizer de mim. Eu não sei, você é tão na sua e está tarde, não faz seu tipo me pedir para entrar.

Ele está certo. Acontece que por mais que seja assim, eu não gosto de estar sozinha, o que acontece quase todos os dias, já que Graham sempre está trabalhando.

- Tudo bem então se não que vir. - pego minha blusa e aperto sua mão - Obrigada pela carona, eu realmente não queria incomodar.

Eu desço do carro e Killian desce junto, o que me deixa em dúvida.

- Bem, você parece estar em uma luta interna, - sorrio -, se não quiser vir está tudo bem, não vou ficar chateada.

- Eu posso te acompanhar. - ele dá um pequeno sorriso de lado.

Não arrisco entrar em meu apartamento, mas Killian parece entender perfeitamente. Peço que levem um café até nós na cobertura, que fica acima do meu apartamento. Nos sentamos em uma mesa com a vista maravilhosa para Nova York, com tantas luzes e para o lindo céu coberto de estrelas e uma lua perfeita, embora esteja bastante frio, é ótimo ficar por aqui.

- Eu adoro ficar aqui quando... tudo parece perdido. É como se a as estrelas me dissessem o que devo fazer. - quebro o gelo depois de alguns minutos.

- Você sempre tem a sensação de que tudo está perdido? - Killian pergunta e o encaro.

- Algumas vezes.

- E você segue o que as estrelas te dizem para fazer?

- Algumas vezes.

- Você costuma sempre responder a mesma coisa quando na verdade quer falar outra coisa?

- Algumas vezes. - brinco.

- Por que mais você gosta de ficar aqui? É tudo tão solitário. - ele olha ao redor, não tem ninguém.

Eu devo mesmo me abrir pra Killian? Ele parece tão disposto a saber mais, descobrir, ajudar. Se Tinker estivesse aqui na minha cabeça agora, ela com certeza diria "você tem que fazer com que seus pensamentos sobre Graham parem de te impedir de viver". É tão chato saber que ela está certa.

- Não é mais solitário que ter aquele apartamento inteiro só pra mim.

- Você tem a Graham, e agora você também tem a mim.

- Você? - respiro fundo - Não sei se gostaria de ficar aí. Graham sempre está viajando e isso é tão chato, eu sinto que...

- Que não tem ninguém por você. - Killian completa minha frase.

- Isso. Sabe, da maneira que eu falo parece que apenas o amor de Graham vale, mas... Você não vai entender.

- Eu te entendo. - Killian segura minhas mãos apoiadas na mesa e as esquenta com seus dedos quentes.

- Por que você me entende?

- Eu já tive uma namorada que...

Killian parou de falar e soltou minha mão quando Amélia se aproximou de nós. Amélia é a garçonete do restaurante do prédio, uma pessoa não muito agradável, mas não que já tenha me incomodado.

- Deseja mais alguma coisa senhorita Swan?

Olho para Killian que nem sequer tocou em seu café e ele ergue os ombros.

- Sim. Você pode trazer por favor duas taças de vinho. - sinto o olhar de Killian sobre mim.

- Qual senhorita Swan?

- Qualquer um que não seja forte demais.

Amélia sai e Killian ergue sua sobrancelha pra mim.

- Qual a ocasião? - pergunta.

- Você ora. É meu convidado, meu assessor e me deu carona, o mínimo que posso fazer é te oferecer algo agradável de beber.

- Espero que não esteja tentando me embebedar senhorita Swan. - ele brinca.

- Nem se eu quisesse, não acho que seria tão fácil.

Amélia volta e deixa as taças em cima da mesa, e sai novamente sem dizer nada.

- E agora eu me sinto em um daqueles filmes hollywoodianos e românticos. Onde está a música? Todo o resto nós temos, inclusive a química.

Dou uma gargalhada.

- Essa foi péssima Jones. - dou um gole do vinho e arrepio com seu gosto concentrado, o que faz Killian sorrir - Mas você ia dizendo...

- Sim. - ele limpa sua garganta - Uma vez eu tive uma namorada, ao qual prefiro não citar nomes, e ela... Ela era impecável, eu a amava com todo meu coração.

Sinto uma sensação estranha dentro de mim, talvez a inveja da maneira como Killian fala de sua ex-namorada.

- Mas acontece que ela não sentia exatamente o mesmo. Ela gostava de mim, era perceptível, mas não da maneira como eu gostaria que ela gostasse. E eu estava realmente apaixonado, sabe quando o seu mundo gira em torno de uma pessoa e sem nem perceber tudo que você é, é prol daquela pessoa, tudo que você faz tem a ver com aquela pessoa? - ele bebe alguns goles de seu vinho.

- Sei... - penso em mim mesmo com Graham, tão compatível.

- Não tenho uma grande história, mas quero dizer que eu te entendo, eu tinha a minha mãe, eu tinha o meu pai, eu tinha meu irmão e eu tinha tudo que precisava pra ser feliz, mas a minha felicidade dependia apenas dela. E é assim que você se sente.

- E o que você fez pra superar? - arrisco perguntar.

- Eu não sei. Aconteceu.

- Foi outra mulher?

- Foi outra situação. - Killian encostou nossas taças, fazendo um barulho com o vidro - A sua alegria, aos seus sonhos e ao seu futuro.

- E tudo em dobro pra você.

- Bem, - Killian da seus últimos goles e se levanta -, creio que tenho que ir agora.

Eu não me importaria se ele ficasse mais, porém Killian está certo, Graham pode chegar e nos ver assim, não seria nada bom.

- Espero que esteja terminando sua lista de convidados, e que me enviei ela até amanhã.

- Estou quase lá. Obrigada Killian, por tudo e mais um pouco.

- Eu é que te agradeço por tudo Swan, inclusive por esse momento, faz algum tempo que não coloco isso para fora.

Sorrio ao saber que não apenas Killian me ajuda, mas eu também sou uma pessoa ao qual ele se sente bem em compartilhar sua história, por mais que essa tenha sido a primeira, acredito eu que muitas outras virão por aí.

- Tudo bem por mim, é bom saber que eu não estou sozinha nesse mundo dos apaixonados.

Killian sorri quase ironicamente.

- Eu conheço uma pessoa apaixonada, e você, você não está.

Qualquer vestígio de sorriso que eu tinha antes se torna em curiosidade, talvez até preocupação.

- Como assim não estou? Nós vamos nos casar. - falo o óbvio.

- E porque você acha que as pessoa se casam senhorita Swan? Paixão?

- Sim? - tento convencer mais a mim do que a ele.

- Não. Nós nos casamos porque precisamos de uma testemunha para nossa vida. Há um bilhão de pessoas no mundo, que importância tem a vida de cada pessoa na verdade? Mas, no casamento, você promete cuidar de tudo, das coisas boas, das ruins, das péssimas, das coisas mundanas, de tudo. O tempo todo, todo dia. Você diz: "a sua vida não vai passar sem ser notada porque eu estarei lá para notar, a sua vida será testemunhada porque eu serei sua testemunha".


Notas Finais


Então anjos o que acharam do capítulo? Espero que tenham curtido e que estejam gostando do desenrolar da história. Aliás não posso deixar de falar que a última frase que o Killian disse, sobre o casamento, eu tive que pegar de um filme (Dança Comigo?) porque achei extremamente genial. Então até o próximo capítulo, mil beijos.


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