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História Rich boys in love I - Romance gay (Yaoi) - Uma conversa entre irmãos


Escrita por: observerghost

Notas do Autor


Um capítulo fofo para vocês. Boa leitura!

Capítulo 11 - Uma conversa entre irmãos


Jonathan P.O.V.

Saímos do hospital e em seguida o levei para casa. Morgan pediu desculpa mais umas vinte vezes no caminho. Ele se sentia extremamente culpado, porém, eu estava tranquilo em relação ao que aconteceu. A culpa não era dele. 

Quando voltei para casa, já era oito horas da noite. Meus pais me cercaram de perguntas sobre o menino com quem saí, mas não consegui responder nada direito. Eu só conseguia pensar nos seus pés branquinhos e na sua boca fina e rosada. Fui para o meu quarto e Jude de instantes em instantes aparecia na minha porta para zoar com a minha cara. 

"Gaaay!"

Cinco minutos depois...

"Ha-ha-ha! Jonathan gosta de pintooo!"

Cinco minutos depois... 

"Viadão!" 

Cinco minutos depois... DE NOVO!

"Bicha locaaa!"

Na quinta vez eu taquei meu chinelo nele. Strike! Acertei bem no meio da cara dele, que foi chorando até minha mãe dizendo que lhe dei um soco. Mentiroso! O mais legal foi ouvir ela dizer: 

"Ninguém mandou encher o saco dos outros". 

Toma, lazarento! 

Ele berrou, bateu o pé e se trancou no quarto. Irmãos mais novos; a gente ama, mas as vezes da vontade de tacar pela janela. 

- Tá... - Disse em pensamento - Vai lá falar com ele. Ele é só uma criança carente. 

Bati três vez em sua porta. 

- Me deixa! - Ele gritou.

- Eu quero falar com você, só isso.

- Não qué não! 

- Jude! 

Ele abriu a porta violentamente com uma "cara de cu". Me segurei pra não rir. 

- O que você quer? - Ele perguntou com um tom grave.

- Falar com você - Fui entrando no quarto e ele fechou a porta. 

- Eu só estava brincando. 

- Eu sei, relaxa - Fiz o gesto com as mãos.

- Então o que você quer?! - Jude cruzou os braços. 

- O que você acha de eu namorar um suicida? - Perguntei simplesmente, como se uma criança de dez anos soubesse responder uma coisa dessas.

Ele fez uma cara de "hã?" e depois olhou para o teto azul de seu quarto como se a resposta viesse dele. 

- Acho que se você namorar um suicida... - Jude assumiu a pose de um filósofo que estava prestes a soltar uma de suas baboseiras - Você também é um suicida. 

Eu juro pra vocês que ele não tem problemas mentais. 

- E por que? - Arqueei a sobrancelha curioso.

- Provavelmente ele vai se matar, você vai ficar triste e vai se matar também. Fim da história, pode ir embora agora! - Ordenou, novamente fazendo uma "cara de cu".

Isso pode até ter um pouco de lógica e ser um tanto deprimente, mas achei engraçado. 

- Jude, para de ser chato - O empurrei na cama - Eu estou falando sério! 

- E eu também. 

- Não, não está - Balancei a cabeça e me sentei na cama. 

- O que você quer exatamente? - Ele sentou do meu lado de uma maneira adulta. 

- Quero saber a sua opinião sobre... o que você acha de eu namorar um menino que é suicida? 

- Olha, eu preferia que você namorasse uma menina, mas se você gosta de um boy.

- Boy? - Ri incrédulo - Aonde você aprendeu isso?

- Sei lá - Ele jogou as mãos para o alto - Tem certeza que você é gay?

- Não - Olhei para o chão pensativo - Mas se tratando de Morgan em específico, acho que sim. Acho que sou bissexual na verdade.

- Isso é um saco - Meu irmão revirou os olhos indignado.

- O que? - Franzi o cenho.

- Esse negócio de gostar só de mulher, ou só de homem, ou dos dois. Não dava pra ser uma coisa só, não? Isso só me confunde - Sua expressão era séria, como se ele precisasse resolver um problema. 

- O mundo está problemático, Jude. 

- Nem percebi - Disse irônico. 

- Agora é sério... o que você acha? Quero saber sua opinião antes de falar com papai e com a mamãe. 

- Vai em frente - Deu de ombros - Só que é uma responsabilidade e tanto.

Uau!
 
          - Por ele ser um menino ou por ele ser suicida?

- Suicida, dã! 

Fiquei em silêncio pensando a respeito. Essa foi uma das conversas mais sérias que tive, e não foi com um adulto; foi com uma criança. Meu irmãozinho. 

- Se você gosta mesmo dele, vai em frente, como eu disse antes - De repente, Jude fez uma cara de nojo - Mas ainda acho esse negócio de namorar garotos meio esquisito, aceite! 

- Ninguém é obrigado a gostar, sei disso. E lembre-se, eu sou bissexual e não uma bicha loca. 

- Ah sim, sem problemas então. Porque tem uns que exageram na purpurina.

 - Tem certeza que você não é gay? - Perguntei rindo.

- Absoluta - Ele confirmou enchendo o queixo.

- E da onde tanta certeza? 

Jude ficou vermelho.

- Ah... sei lá! - Deu de ombros.

- Tá gostando de alguém né? - O fitei malicioso - Qual é o nome dela, em, em?!

Ele baixou a cabeça como um perdedor. 

- Droga... me descobriu. Beatrice! 

- AH, SAFADO! 

- Shhhhh! - Pediu silêncio com o dedo indicador nos lábios - Papai vai me zoar pro resto da vida de souber que eu tô apaixonado por uma menina e não por video-games. 

- Ok, ok... como ela é? 

- Loira, tem olhos azuis e é cheirosa. Ela é muito legal! - Ele fitou o teto sonhador. 

- Cheirosa?! Jude! Como você sabe disso?!

- Ela senta na minha frente, dai dá pra sentir o cheiro do seu maravilhoso cabelo. 

- Parece bonita - Lhe dei uma cotovelada insinuativa - Mas quer um conselho? Aproveite sua infância, eu nem devia estar falando sobre isso com você. 

- E por que não? - Jude me encarou confuso.

- Crianças não devem pensar nisso, não está na hora e é errado! Você vai ter o resto da sua vida para se preocupar e pensar se gosta de meninos ou meninas, se vai ter filhos ou não, se gosta mesmo daquela pessoa ou não. Entendeu? Mas brincar... depois de criança, você não vai mais! 

Tive poucas certezas na minha vida, mas o que eu estava dizendo para o meu irmão nesse exato momento, era a mais pura verdade. Indiscutível! Fato. Ele é muito novo para pensar em quem ele realmente é agora e o que vai ser no futuro. Jude não tem mentalidade para isso. O certo para essa minha "mini cópia" - porque ele é parecidíssimo comigo - era apenas se divertir e não entrar nessa conversa ridícula e revolucionária que o mundo nos trás hoje. 

Apenas divirta-se, Jude. Só isso. Seja feliz, meu pequeno. 

- Sabe... - Começou vago - No seu caso, você está apaixonado por uma pessoa bem complicada pelo que me parece, certo? - Fiz que "sim" com cabeça e fiquei apreensivo - As vezes temos que sacrificar nosso cotidiano e nosso jeito normal para podermos ficar perto de quem amamos. Nem todos as pessoas tiveram a sorte de ter uma vida agradável e... justa.

Involuntariamente, um sorriso se abriu em meu rosto. Eu podia ter irmão melhor? Não, claro que não. Caralho, como eu amo esse menininho.

O abracei de súbito. Ele se assustou, mas logo colocou seus bracinhos em volta da minha cintura. 

- Eu te amo, pirralho.

- Eu também te amo... VIADÃO! 


Notas Finais


Se contentem com isso. 😬


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