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História Rich boys in love I - Romance gay (Yaoi) - Erva doce


Escrita por: observerghost

Notas do Autor


Não vou mentir pra vocês... esse capítulo poderia ser melhor, mas foi o que consegui. Desculpa!

Capítulo 12 - Erva doce


Jonathan P.O.V. 

A noite foi um inferno pra mim! Dormi pensando em Morgan. Até sonhei com ele. Eu não queria admitir, mas acordei com a imagem do seu rosto em minha mente, então sim; estou apaixonado. Quando levantei para comer, pensei onde poderia levá-lo a qualquer dia desses; ou melhor, onde eu poderia levá-lo hoje. Seria uma boa ideia trazê-lo aqui em casa para conhecer meus pais? 

- Mãe - Chamei fitando a tigela de cereal a minha frente.

- Sim? - Ela deu um gole do suco de laranja - Que cara é essa?! 

- Você gostaria de conhecer ele?

- Ele quem? Seu namorado? - Meu pai se meteu na conversa.

- Ele não é o meu namorado... ainda.

- Trás ele aqui hoje para almoçar com a gente - Ele enfiou um morango inteiro na boca. 

- Tudo bem então? - Os olhei um tanto surpreso.

- Claro, por que não? - Minha mãe me olhou confusa.

- Eu digo... é um menino e... não uma menina. E-Estou apaixonado por um menino, entendem? - Disse inseguro.

- Tudo bem, eu preferia que você namorasse uma menina, mas se você gosta de uma... cenoura - Disse malicioso e minha mãe o encarou brava.

- Não se fala esse tipo de coisa na mesa! 

- Pai! Não deixa o Jude escutar isso se não...

- Jonathan gosta de pintooo! - Tarde de mais. Jude veio saltitando faceiro.

Meu pai soltou uma gargalhada.

- O que foi que eu falei pra vocês?! - Minha mãe estava irritada com o desrespeito à mesa.

- Se ele vir aqui vocês não vão fazer esse tipo de piada! - Repreendi.

- É claro que não - Meu pai balançou a cabeça - É só você que a gente vai zoar.

- Mas eu sou seu filho - Fiz bico e ele deu de ombros.

Tá, não deu certo! 

Meus pais com certeza preferem que eu namorasse uma menina - como ele mesmo disse - mesmo assim, eles não são nem um pouco homofóbicos, muito pelo o contrário, sinto que eles estão me apoiando, mas isso não significa que eles não gostem de tirar sarro de gays. Principalmente meu pai e Jude, eles não tem problema nenhum com gays, bissexuais ou transsexuais e sei lá mais qual merda existe, eles me zoam por ser eu mesmo. Coisa de família bagunceira. Gosto disso, somos bem unidos. Eu não podia ter família melhor.

Terminei o café e voltei para o quarto. Peguei o celular do criado mudo e sentei na cama pronto para mandar uma mensagem para Morgan; mas tinha um pequeno problema. Não tenho o número dele. 

JONATHAN SEU IDIOTA!

Mandei uma mensagem para Pandora.

Você sabe de alguém que tenha o número de Morgan?

Cadê meu bom dia?

Bom dia, sabe de alguém que tenha?

Morgan é aquele menino esquisito?

É, quero o número dele

E pra que vc quer o número dele?

Porque eu quero

No começo eu queria comer ela; agora eu quero matar.

Você não está conversando com ele, está? Porque é nojento :/ 

Eu falo ou não falo que estou apaixonado por ele pra ela parar de ser chata?Não, não vou falar. Eles vão me zoar muito por causa disso.

Só me dá o número

Porque está sendo tão grosso com sua princesa?

Pandora

Fala querido 

ME DA A PORRA DO NÚMERO! 

Aí, eu só te dou o número se prometer sair comigo >.<

Droga! Mas ok, tudo por ele. Tudo para ter Morgan mais perto de mim.

Ok, eu saio com você, agora me dá o número. 

Sério? Own <3 promete?

Prometo, claro! Agora me dá o número

Que insistência dessa menina, caralho! Consegui o número dele, isso é ótimo, porém fiz a baita cagada de chamar um pra sair com outra, mas foi por ele. Eu vou fazer qualquer merda por ele. 

Sinto que agora estou entrando em uma enrascada e não vou conseguir me livrar dela.

Oi Morgan, é o Jonathan!

Jonathan? Que Jonathan?

É, não lembra de mim?

Cinco minutos depois.

Ah sim, lembrei, desculpa haha

Tudo bem?

Tô bem e você?

Tô ótimo
eu vou direto ao assunto

E eu tbm, como conseguiu meu número?

Pedi pra uma pessoa aí 

Tá, mas quem?

Pandora

Como é que ela tem o meu número?

Eu não sei, enfim...
Não quero ser descarado,

mas quer almoçar aqui em casa?

Na sua casa? Tipo, com sua família e tals?

Sim :)

Aí, eu não tenho certeza.

E por que não?

Seus pais vão gostar de mim?

Isso não é um encontro para conhecer os pais do namorado kkkk

-.- eu não disse isso 

Por favor

Tá tá, eu vou 
 

Sério?

Aham 

Te espero aqui então, sabe onde é né 

Sei sim e com qual roupa eu vou? Que dizer, eu vou na sua casa, você tem alguma preferência?

Não kkkk você pode usar o que quiser

Ah, ok 

Até mais 

Até 

- Mãe! - Chamei. Meu coração estava pulando de alegria.

Nada.

- Mãe?!

Nada tbm.

- OH MÃE!

- O QUE?! CARAMBA! - Ela gritou da sala.

- Ele vem!

- HÃ?!

- O Morgan vai vir almoçar aqui!

- VEM AQUI MOLEQUE, VOCÊ SABE QUE EU NÃO ESCUTO! 

Minha mãe fica puta com esse negócio de berrar longe.

- Eu disse que ele vem aqui almoçar! 

- Ah bom - Ela me olhou um tanto irritada - Da próxima vez eu arranco teu pinto, já falei que eu não escuto de longe.

- Não é você que reclama de falar coisas indevidas? - Rebati com a sobrancelha arqueada.

- Não estamos a mesa - Retrucou.

- Estamos na cozinha e você está fazendo comida, não acha isso um desrespeito?

- Jonathan, eu vou te bater...

- Também te amo, mãe - Depositei um beijo em sua bochecha macia e voltei para o quarto. 

(Quebra de tempo) 

Estava quase na hora dele chegar e eu ainda estava tomando banho. Me atrasei. Fiquei pensando como seria almoçar com ele junto a minha família e perdi o horário. 

Tudo bem, tenho certeza que quando ele chegar minha mãe avisará...

Não. Ela não me avisou que ele tinha chegado. Quando sai do banheiro, com a toalha enrolada, peguei Morgan xeretando meus livros. Eu tive a chance de voltar para o banheiro e me trancar lá antes que ele percebesse minha presença, porém, preferi ficar observando sua "descoberta" pelo meu quarto. 

Ele mexeu nos meus livros que ficavam em uma pequena estante, mexeu nos meus materiais de faculdade, abriu meu guarda-roupa, cheirou a tampa de todos os meus perfumes, mexeu no meu computador. Fez tudo isso em silêncio, sem notar que eu estava ali, encostado na batente da porta todo molhado apenas de toalha o observando. 

Vamos ver o tamanho do susto?

- Oi! - Falei de repente.

Já assistiriam aqueles vídeos de gatos que quando levam um susto pulam a dois metros do chão? Então; ele não foi muito diferente. 

- Você não estava tomando banho?! Morgan estava completamente vermelho e desajeitado - A-Ah, você está s-só de toalha - Ele tampou os olhos com uma das mãos. 

Como eu adoro vê-lo corar assim.

- Eu sou menino também, tenho as mesmas coisas que você, relaxa. Aliás, não vai adiantar muito botar a mão na frente com olhos desse tamanho - Brinquei.

- Engraçadão você! 

- Eu me troco rápido - Me sequei, coloquei uma calça jeans e uma blusa vermelha de manga comprida - Pronto!

Ele tirou as mãos lentamente da frente do seus rosto. 

- Desculpa por fuçar seu quarto, eu não queria... sou curioso, sabe? - Morgan coçou a nuca.

- Tudo bem, eu faria o mesmo. Já conheceu minha mãe, não é? 

- Sim - Ele estava com os pés juntinhos - Ela é bem legal.

- Meu pai e meu irmão... já conheceu eles? - Perguntei torcendo que a resposta fosse "não".

Ele balançou a cabeça negativamente. 

Bufei aliviado. Poderia os apresentar e ter a oportunidade de mandar um olhar grosseiro caso eles pensassem em fazer alguma piada sem graça. 

- Venham! - Minha mãe gritou anunciando que o almoço estava pronto.

Nós dirigimos a sala, e pra variar, ele estava muito bonito, mesmo com roupas simples como as minhas. Ele vestia uma blusa cinza de manga comprida, uma calça jeans e seu tênis vans preto de bonitinha. A primeira vez que o vi, ele usava esse tênis.

Fomos almoçar. Morgan conheceu toda a minha família e eles o adoraram, principalmente Jude, o que mais me zoava por causa dele. Ele estava bem desconfortável, mas com o tempo, se ajeitou. 

Agora, estávamos em meu quarto novamente, conversando sobre assuntos aleatórios, as vezes, o silêncio pairava, mas eu dava um jeito de inventar outro assunto. 

- Vamos pra piscina? - Tive a ideia de repente.

- P-Piscina? Mas eu não trouxe roupa de banho - Ele parecia um tanto preocupado com essa ideia.

- Vai com essa roupa mesmo - Dei se ombros.

- Como eu vou voltar pra casa? 

- Eu te empresto.

- Eu não acho que seja uma boa ideia - Se encolheu um pouco. 

- Ah, vai ser legal - Levantei da cama. 

- Não. 

- Sim - O puxei e ele resistiu.

- Não! Eu não quero ir! 

- Vem, por favor, vai ser legal, a gente vai na térmica já que você é cheio de frescura. 

Na segunda vez, o puxei com mais força, fazendo ele saltar para frente, dando de encontro comigo. Nossos corpos se chocaram violentamente. Eu gostei daquilo, mas ele ficou irritado e extremamente envergonhado. Descemos para a sala de lazer do prédio, onde ficamos as piscinas. Morgan ainda estava emburrado.

- Esta bravo comigo? - Questionei mesmo sabendo qual seria a resposta.

- O que você acha? - Ele me encarou com raiva.

- Desculpa - Aproximei meu rosto do dele - Não precisa ficar com vergonha.

- E-Eu... eu não estou com vergonha - Enfiou a cabeça no meio de suas pernas e as cobriu com os braços.

- Então por que está vermelho? - O cutuquei.

- Para! - Ordenou com a voz abafada.

- E por que esta se escondendo? - O cutuquei de novo. 

- Eu disse pra parar! 

- Tá bem - Cedi e parei para observar a piscina. Já estava de noite. O fundo da piscina estava iluminado com luzes azuis - Vamos entrar? 

- Não quero... - Ele ergueu a cabeça.

- Você disse que ia entrar! 

- Eu não disse nada - Negou, empinando o nariz.

- Vai entrar por bem ou por mal! - Ameacei.

- Não vou entrar! - Repetiu com firmeza.

- Você que pediu... 

O empurrei na piscina e logo em seguida entrei também. Ele submergiu e foi então que percebi que jogá-lo subitamente não foi uma boa ideia. Morgan havia se engasgado seriamente. Entendi que ele é o tipo de pessoa frágil. Qualquer coisa machuca. Confesso que isso me irrita. 

- Ei, não aconteceu nada - O segurei por trás. Ele se debatia muito - Você só se afagou.

- NÃO TOCA EM MIM! - Berrou. 

- Eu estava só brincando, não quis te machucar! - Fiquei assustado. 

Ele nadou desesperado até a borda. Se apoiando, permaneceu ali. 

- Eu quero ir embora...

- Morgan! Não, espera... foi sem querer, eu só queria brincar com você - Droga. Deu tudo errado, ele não podia ir embora agora. 

- Brincou errado - Ele me encarou com birra.

- Eu não quero que você vá embora, eu quero que você fiquei comigo, eu gosto de você - Perdi o controle da minha boca - E antes que pergunte... gosto de você mais do que um amigo.

Que merda, Jonathan, que merda. Devia ter ficado quieto. E se ele não gostar de você como você gosta dele?

Morgan permaneceu em silêncio, apenas me encarando incrédulo. Ele estava completamente corado. Seu lábios não estavam juntos, como se uma palavra estivesse prestes a sair, mas estava sendo repreendia. 

- J-Jonathan - Ele sussurrou.

- Olha, esquece o que eu falei, tá? Eu devia ter conversado melhor com você... - Parei no momento em que vi que sua expressão de supresa mudou rapidamente para uma expressão de choro - Ei, por que está chorando?

- Ninguém... - Ele se debulhou em lágrimas.

Puta que pariu! O que eu faço agora? 

- Morgan, tá tudo bem - Me aproximei bem - Desculpa se disse algo errado, não foi minha intensão te deixar triste - Eu estava falando qualquer coisa que dava na telha.

- N-Não... Não brinque comigo por favor - Ele mal conseguia falar de tanto que  soluçava. Doía muito ver aquilo. Como naquela vez que ele caiu na rua.

- Brincar? - O olhei confuso - Como assim?

Ele me fitou. Seus lindos olhos azuis, tão grandes, estavam super vermelhos. 

- Tanta gente já disse que gosta de mim, mas era tudo mentira - Ele fechou os olhos com força e começou a chorar com mais intensidade - Só para fazer brincadeiras de mal gosto e postar nas redes sociais o quão eu sou idiota! 

- O que?! Não, não - Coloquei as mãos em seu rosto, o fazendo olhar diretamente para mim - Eu jamais faria isso com você. 

- Mesmo? - Soluçou - Promete que não vai destruir minha vida como todos os outros? 

"Promete que não vai destruir minha vida como todos os outros?" 

Isso escoou pela minha mente por alguns bons segundos. Senti a responsabilidade pesar sobre mim de uma maneira quase insuportável. Eu tinha a vida dele em minhas mãos. Neste momento, ele se tornou um problema meu. 

- Prometo. 

Sorrimos. 

- Voc... - Ele foi interrompido pelo próprio solução - Opa! 

Começamos a rir como se um momento tenso nunca tivesse existido agora pouco.

- Eu? - Continuei sua frase.

- Você... - Ele corou levemente - Você gosta mesmo de mim? 

Agora eu senti meu rosto arder em vermelho.

Mais uma vez, ficamos nos encarando sem dizer sequer uma palavra. Notei que nossos corpos estavam colados, e a única coisa que impedia nossas peles de se tocaram, eram nossas roupas. Coloquei minhas mãos em sua cintura.

- Tá fazendo o que? - Ele arregalou os olhos. 

- Você sabe o que eu estou fazendo - Sorri malicioso.

- Não, espera... - Sua mãos se espalmaram em meu peito me afastando - Não acho que seja uma boa ideia ir assim tão rápido

- Você sempre diz isso, mas sempre acaba topando no final - O puxei para mais perto. Muito perto. Nossos corpos colaram de novo. Eu podia sentir sua respiração acelerar a cada segundo.

- A-Ai - Morgan gemeu em desespero.

- Calma, garoto - Uni nossos lábios em um beijo calmo e cuidadoso para não assusta-lo.

Ele grunhiu baixo. O trouxe ainda mais perto de mim. Nossos corpos estavam literalmente grudados. Eu podia sentir tudo o que pertencia a ele. Sua boca tinha um gosto delicioso de erva doce. Coloquei suas pernas em volta da minha cintura e ele, os braços em volta do meu pescoço. O beijei mais rápido, ele pareceu atrapalhado no começo, mas logo acompanhou. 

Não era apenas um beijo. Eu senti muito mais que um beijo. Aquilo foi um aviso. Um aviso que eu teria que ser alguém que nunca fui. Atencioso, paciente, cuidadoso e carinhoso. Morgan não é como todos os outros, não. Ele é bem diferente. Com ele, vem de bônus uma grande responsabilidade. E por que sempre digo responsabilidade? Bem, vamos admitir que Morgan sofreu coisas que hoje fazem ele agir de modo anormal, pensar diferente, enxergar as coisas de um ângulo deturpado e entender muitas coisas erradas. Eu seria o responsável por torná-lo mais forte para interagir melhor com o mundo que tanto o pressiona. 

Senti medo. Confesso que estou com medo. Entendam, estou lidando com uma pessoa. E como meu pai disse para mim uma vez: 

"Quando não se cuida de forma certa de uma pessoa diferente e importante, você acaba se ferindo também". 


Notas Finais


Perdão pelos erros.


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