História Rich boys in love I - Romance gay (Yaoi) - Toques

Jonathan P.O.V.

Como tomamos sorvete logo de manhã, - isso não é nem um pouco saudável, eu sei - então nem almoçamos. Fomos para minha casa; mas antes, fomos a casa de Morgan pegar seus materiais de escola pois ele tinha um trabalho importante pra fazer. 

- É isso mesmo?! - Perguntei, fechando a porta do meu quarto - Vai fazer trabalho na casa do seu namorado e deixar ele de lado?

- Ah... sim! - Ele deu de ombros e tirou seus cadernos de dentro da sua bolsa de couro preta.

- Isso é muita sacanagem! - Reprovei com a cabeça. 

- Você aguenta! - Gargalhou e então se sentou em minha mesa de estudos - que nem uso mais já que estou de "férias".

Me joguei na cama e fitei o teto. Um silêncio preencheu o quarto. O único barulho era o dá lapiseira de Morgan roçando o papel. Olhei em sua direção. Ele havia colocado um óculos preto grande de armação quadrada. Meu geniozinho é tão estiloso! Vê-lo concentrado me deixava tão excitado...

Uma energia estranha percorreu por todo o meu corpo. Me levantei rápido, fui até ele sem que percebesse, e lhe abracei por trás.

- Jonathan, agora não! - Repreendeu, tentando me afastar com as mãos.

- E por que não? - Esfreguei meu nariz em seu pescoço.

- Porque eu estou fazendo trabalho!

- Depois você faz... - Mordisquei sua orelha e pude senti-lo se arrepiar. 

- N-Não, não... - Levantou da cadeira com fraqueza. 

- Ah, não? - Coloquei meus braços em volta de sua cintura o trazendo para mais perto.

- Jonathan, eu não gosto disso! - Ele espalmou suas mãos em meu peito e tentou me afastar mais uma vez. 

- É claro que gosta - O puxei para mais perto novamente. Sem brincadeira, eu estava perdendo o controle. 

- É sério, para... para... PARA! - Gritou de repente - EU DISSE NÃO! 

Seu berro me despertou. Minha mente estava enevoada pela excitação. 

- O que foi que eu fiz de errado? - Ergui as mãos em sinal de dúvida - Eu só estava tentando...

- Me levar pra cama?! - Ele me interrompeu colocando as mãos na cintura - Eu já não deixei claro que pra mim esse tipo de coisa não é simples?!

- Deixou, mas... - Olhei para o chão - Me deixe te amar! Você não deixa ninguém se aproximar, é por isso que está sozinho! 

Morgan arregalou os olhos de um jeito triste.

- Sabe por que... - Começou a falar choroso - Sabe por que eu não consigo me relacionar com ninguém?!

Fiz que "não" vagarosamente.

- Eu lembro do meu tio... - Ele fungou - Lembro do meu tio me levando a força pro quarto... tirando minha roupa... me tocando... eu não sabia o que era, mas não gostava. Todas as vezes que me tocam eu lembro dessas coisas. Você tem noção da força que faço para não me jogar de todo lugar alto que vou?

Fiquei sem palavras. E é incrível como as conversas vão de alheias à sérias em um piscar de olhos. 

- Desculpa, eu... - Eu não fazia a menor ideia do que dizer - Eu... 

- Tudo bem, Jonathan - Morgan sorriu e se aproximou de mim - As pessoas não sabem o que dizer quando conto isso. 

- Mas eu quero te ajudar!

- E você está! Só tenha um pouco de paciência... - Suas bochechas rosaram levemente - Eu não faço a menor ideia de como reagir a toques, beijos e... você sabe... sexo em geral.

- Você fica uma graça quando está com vergonha - Falei, acariciando seu rosto - Posso acostuma-lo? 

- A-Agora?

- Sim - Afirmei - Eu vou devagar, prometo! 

- É, acho que tudo bem... 

Eu lhe abracei não tão forte, e ele, deitou sua cabeça em meu ombro. Ficamos assim por alguns segundos. 

- Posso? - Pedi sua permissão.

- A-Ah, pode...

Enfiei minhas mãos por de baixo de sua camisa. Morgan estava tremendo muito.

- Ei, pense em mim, tá? Sou eu que estou aqui! 

Deslizei meus dedos vagarosamente por suas costas e pude escuta-lo grunhir bem baixo. 

- Isso é-é... isso é bom - Ele gemeu em um suspiro. 

- Viu? - Olhei bem para ele - É como eu falei antes. Não sou seu tio, sou seu namorado, e amo você.

Morgan sorriu. 

Para alguns, ele é um garoto mimado que adora fazer drama, porém, eu o vejo de outra forma; vejo ele como uma pessoa que experimentou o pior da vida. Não acho que ele seja fraco, os problemas dele é que são muito grandes. Nós não suportaríamos metade do que ele passou. Vou fazer o possível para ajudá-lo, mas tem um problema...

Perseverança e compreensão nunca foram o meu forte.