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História Rich boys in love I - Romance gay (Yaoi) - Acabou


Escrita por: observerghost

Notas do Autor


Não me batam! 😬

Capítulo 25 - Acabou


Jonathan P.O.V.

Eu não aguento mais guardar esse segredo, preciso contar ao Morgan que beijei Pandora quando já estávamos namorando, mas não sei como contar, nem tenho coragem pra fazer isso! Sei que quanto antes conversarmos sobre; melhor, porque se souber da boca de outra pessoa, com certeza, ele nunca mais vai sequer olhar na minha cara, e sei também, que mesmo eu falando, as consequências serão grandes. Não quero perdê-lo, este garoto foi o único por quem me apaixonei de verdade e tão rápido. Não terei uma segunda chance, já que ele não me parece o tipo de pessoa que tolera traição. Na verdade, "tolerar" traição ninguém tolera, as pessoas têm dó, "passam a mão na cabeça" e dão mais uma chance; Morgan de longe fará isso! Não custa tentar...

Senti uma vontade enorme de chorar. Respirei fundo e me controlei, pois depois de provavelmente terminarmos, chorar vai ser o que mais vou fazer, principalmente ele, e isso é o maior problema. Não tenho só medo de perdê-lo para sempre; tenho medo de matá-lo. Morgan é depressivo e já tentou cometer suicídio, sem contar as inúmeras vezes que foi abusado sexualmente por um familiar. Esse segredo pode ser um empurrão, um gatilho, um motivo para ele ter a audácia de executar algo que perdeu a coragem de fazer há muito tempo. Creio que após a primeira tentativa, ele pensou e repensou no que fez. Concluo assim, posto quando o conheci, ele era apenas um menino solitário, não apresentava jeitos de autoquíria. Quando eu revelar - se é que vou conseguir - a má atitude que tive naquele dia, posso estar mexendo com algo que está quieto em sua cabeça. E todos sabem que mexer com o que está quieto é a pior coisa que se pode fazer. Estou falando de sua doença, ao falar essa barbaridade, posso desencadear reações em seu corpo capazes de tirar a depressão da sua "toca". 

Armei uma cilada para mim mesmo. Não tenho escolha, terei de contar, não posso arriscar, se ele souber através da própria Pandora, - e eu sei que ela é capaz de contar, em razão de estar completamente apaixonada - será a goda d'Água para ele. Ela não é uma pessoa ruim, sei disso, no entanto, é o tipo de garota que faria tudo - inclusive machucar outros - por quem ama. Acho esse lado dela muito bonito, portanto, sei que é o tipo de pessoa que não sabe falar a verdade, em vez de "contar", "joga", e acreditem em mim, o jeito que se diz certas coisas, é muito significativo. 

Já se passam das três horas, e tudo o que fiz até agora, foi pensar na "merda" e no jeito de contá-la. A única coisa que não apareceu nesse tempo todo foi a "valentia" para fazer isso.  

- Você nunca faz nada certo, não é mesmo, Jonathan? - Me critiquei em tom baixo.

Apenas eu poderia ouvir. A porta estava trancada, o quarto estava um tanto escuro, mas a minha voz não era o único som ali. A janela estava aberta, o vento soprava e as cortinas dançavam de acordo com o quantidade que o ar entrava. Los Angeles é uma cidade quente, na maioria dos filmes, é possível vê-la sendo tomada pelos raios solares, todavia, o céu hoje está nublado e a brisa está mais gelada do que a dos outros dias. Incrível, o dia está péssimo e o clima nem pra ajudar... 

Peguei meu celular e fui aos contatos, fiquei encarando o número de Morgan por uns dez minutos. Fiz força, briguei com meu orgulho e liguei. Tocou várias vezes, na sexta chamada comecei a entrar em desespero; Pandora já havia aberto a boca? 

- Ei! - Atendeu uma voz rouca - Desculpa a demora, eu estava no banho, ia ignorar, mas pensei na possibilidade de ser você! Estou encharcando meu chão... - Ele riu. 

Ele saiu do banho correndo todo molhado apenas porque poderia ser eu? 

Uma facada.

- Ah... - Saiu como um gemido.

- Jonathan, você está ai? - Perguntou por mim.

- Sim! Eu tô a-aqui... - Minha boca estava tremendo e minha garganta doía de tanta força que eu fazia para segurar o choro - Precisamos conversar... tá? 

- Ué, fiz algo de errado? - Questionou, mudando o tom de voz alegre para um preocupado. 

Outra facada... 

- Não, imagina! - Suspirei pesado - Fui eu quem fez... 

Um silêncio se estabeleceu no outro lado da linha. 

- O que você fez?! 

- Posso falar com você pessoalmente? 

- Sim, se for melhor pra você, é claro! - Concordou. 

Ele se importa tanto com o que é melhor pra mim, mesmo depois de, sem dúvidas, ter desconfiado? 

Eu vou levar muitas facadas hoje!

 - Eu te busco daqui a uns quinze/vinte minutos, ok? - Avisei, querendo logo desligar - Não se arrume, não é uma ocasião especial ou algo do tipo. 

- Está bem... 

- Tchau. - Joguei o celular na cama e apoiei minha testa em minhas mãos.

Peguei meu celular de novo e abri a porta. 

- Vou sair, volto depois! - Falei, passando reto pela sala. 

- Onde vai? - Perguntou meu pai. Ele estava largado no sofá.

- Eu disse que volto depois! - Sai, fechei a porta e pude ouvi-lo reclamar. 

- Entrei no elevador e fiquei me olhando no espelho. Como eu queria bater minha cabeça com tudo naquele vidro. Talvez depois... 

- Eu vou machuca-lo tanto... - Sussurrei para mim mesmo.

Me joguei no banco do carro e bati a porta. Fiquei de olhos fechados por alguns segundos. E então, dei partida e dirigi lentamente, não quero ir lá sabendo o que vai acontecer. A minha vontade, é de parar o carro e me jogar no asfalto. 

- Vamos lá, vamos lá! - Incentivei-me, pois estou prestes a dar meia volta. 

Quando cheguei perto, avistei Morgan sentado nas escadas um pouco encolhido. Como ele ainda não havia me visto, aproveitei para observá-lo, já que essa seria a última vez. Apoiando os cotovelos no joelho e com os olhos grandes que tem, observava as pessoas que passavam. Só vestia uma calça jeans um tanto escura, um tênis-botinha e um moletom preto justo, porém, longo. Vocês devem se perguntar porque descrevo tanto ele em meus pensamentos. É porque ele tem a capacidade de ficar perfeito, vestindo roupas simples.

- Ok, ok... - Ergui a cabeça - Vai logo!

Então levei o carro até à frente do prédio e ele me viu, se levantou depressa e veio correndo. Meu coração disparou e rapidamente tentei fingir uma cara menos "acabada" do que essa. Ao entrar e fechar a porta, Morgan se virou para mim, e instantaneamente, o sorriso desapareceu e ele franziu o cenho. 

- Que cara é essa? - Sua expressão era tanto de preocupação quanto de estranhamento - Você está bem? 

- Eu não estou nada bem! - Expliquei em um tom meio nervoso  - Pode... 

-  Fala logo o que aconteceu!

- Podemos conversar quando chegarmos lá? 

- Lá aonde?! - Inquiriu - Você está me assustando! 

- Sei lá, em qualquer lugar, um que seja calmo! 

- Tá, então vai, ache você!

No caminho, para achar um lugar pouco movimentado, pude perceber olhares de canto desconfiados e cheios de raiva dele. Fomos para longe do centro, mesmo que a cidade seja agitada em praticamente todos os lugares, conseguimos achar uma praçinha vazia. Descemos do carro e fomos para o meio do local. Olhei para Morgan que estava com os braços cruzados. Tentei formular frases em minha mente.

- Morgan... - Comecei, todavia, ele me interrompeu. 

- O que você fez, Jonathan?! 

- Eu fiz algo horrível... 

- Você matou alguém, é isso?!

- Ainda não, quer dizer... eu espero que não! 

- Fala logo! - Ele bateu os pés no chão como uma criança.

- Eu fiz algo horrível... e foi c-com você! - Soltei, morrendo de medo de qual seria sua reação.

Ele arregalou os olhos vagarosamente e em seguida, franziu as sobrancelhas e se aproximou. 

- O que você fez? - Perguntou, me encarando. 

- Eu... - Suspirei forte - Eu beijei a Pandora quando já estávamos namorando. 

Morgan incrédulo, foi para trás quase num pulo. 

- Você... beijou?! - Exclamou - Comi assim, por que?! 

- Na verdade, ela é que me beijou... - Expliquei, tentando me aproximar, mas a cada passo que eu dava para frente, ele dava para trás - Eu não queria beija-la, sério mesmo, ela avançou em mim...

- E você deixou?! - O tom de sua voz aumentava cada vez mais. 

- Sim, deixei... mas logo parei, eu não sabia o que estava fazendo, ela me pegou de surpresa! 

Quando notei, Morgan estava com a expressão mais bizarra que eu já havia visto em toda a minha vida. 

- Morgan, espera! - Ergui minhas mãos tentando acalma-lo. 

Eu sabia o que estava acontecendo; ele estava entrando em pânico. Com os olhos vermelhos e extremamente abertos, deixou-se debulhar em lágrimas, tapando o rosto com as mãos. Seu choro parecia mais um grito de raiva misturado com um de dor; era assustador. 

- Eu posso concertar isso, só me de mais uma chance, eu sou novo nesse negócio de namorar sério - Falei desesperado - Tente entender. 

O abracei; foi então, que ele abriu os braços violentamente e me deu um soco no nariz com as costas de sua mão. 

- MORGAN! - Coloquei a mão no nariz, que começará a vazar sangue - Qual é o seu problema?! 

- Qual é o meu problema?! - Questionou ironicamente - Olha o que você fez! 

- O que eu fiz?! Olha o que você fez, quase quebrou meu nariz! 

- Estamos quites! Eu quebrei o seu nariz e você o meu coração... 

- Não... não, por favor, não diga isso! - Limpei o sangue com a manga e tento me aproximar novamente.

Ele é o tipo de pessoa que quando está nervosa fica agressiva.

- Não chegue perto de mim! - Ele mais uma vez arredou-se - Não ouse tocar em mim... 

- Por favor! - Prensei os lábios e tentei segurar os soluços - Eu sei que errei, eu sei... me deixa concertar isso, me dá uma chance pra provar que eu não sou assim. Eu não sou! 

- Não... - Balançou a cabeça lentamente. 

- Não acha que está exagerando? Foi apenas um beijo no começo do namoro!

- Um beijo no começo do namoro, vários outros no noivado, uma transa depois do casamento... 

Ele suspirou, fitou o chão por alguns segundos e pôs-se a olhar pra mim. 

- Não é bem isso que aconte... 

- É sim! - Retrucou - Sabe quem dizia isso pra mim? 

Neguei.

- Meu tio... minha tia traía ele com um dos meus primos. Eu sabia dessa nojeira desde de criança. A primeira de muitas vezes ela disse: "foi só um abraço, foi só um beijo." Aprendi essa frase com ele, acho que é por esse motivo que ele me fodia todos os dias, não suportava a traição dela... e como eu era apenas um menino que jamais teria traído alguém naquela idade, ele gostou de mim... 

Meu pai uma vez me disse, que alguns indivíduos tem o poder de te abalar apenas com palavras. Palavras verdadeiras, sem intenção de assustar. O que Morgan acabou de dizer, foi um grande erro, não se diz uma coisa dessas quando se esta brigando com alguém. A culpa não é minha, porém, ele está agindo como se EU tivesse abusado dele. 

- Eu dei um beijo em outra pessoa, no começo do namoro, não transei com ela! 

- Quando você fala que foi no começo, dá a impressão que nem ligava pro nosso relacionamento. 

- Eu falei que era novo nesse negócio de namorar sério! 

- Não interes... 

Já chega. É muito drama, eu não sei cuidar de gente doente mentalmente, cansei, eu sou normal.

- EU NÃO TE ESTUPRE! - Berrei - Para de insinuar que eu sou um filha da puta como o seu tio só porque beijei uma menina apaixonada. Eu tenho só vinte e três anos, o seu tio devia ter uns quarenta na época, ele era o velho nojento e não eu. Só porque a sua família é desestruturada não venha julgar todas as outras assim! O PROBLEMA NÃO É MEU SE VOCÊ NASCEU COM UMA DOENÇA NA CABEÇA! 

Morgan me fitou sóbrio e pasmo, virou de costas e simplesmente começou a andar. 

- Ei! - Chamei sua atenção - Vai me ignorar, é isso?! 

Ele nada respondeu. 

- Droga, droga, droga, droga! - Agarrei meus cabelos e mordi o lábio. 

Porque caralhos eu fui dizer aquilo? Bem eu que estava "morrendo" de preocupação com esse lance de suicídio. Onde estava com a cabeça? 

Entrei no carro e deitei a cabeça no volante. Me permiti chorar, eu precisava. Fiquei até às seis horas estacionado na frente dessa tal praça tão distante do meão. 

Tentei reorganizar minha cabeça, e foi fazendo isso, que acabei achando nossa briga uma completa idiotice. Todo esse escândalo foi ridículo. Tenho vinte e três e ele dezesseis. Eu parei com a faculdade e ele tá no ensino médio. Sou despercebido, sem experiência com namoros verdadeiros e ele é um melodramático, cheio de problemas psiquiátricos. O que nos fez pensar que ia dar certo?  

Eu não estou me defendendo, tenho perfeita consciência  que beijar uma pessoa e namorar outra é falta de caráter. Eu tenho caráter sim, só não sei o que acontece, as vezes ele foge sem que eu perceba. Não tenho razão, mas Morgan também não! Ele sabe muito bem que cuidar de pessoas como ele é dificílimo. Somos adolescentes, namoramos a um mês e não a um ano, estávamos nos conhecendo. Ele agiu como se fossemos casados e eu o tivesse traído com a secretaria. Afinal, foi exagero ou não?! 

Demasia ou não, pouco durou; acabou! 


Notas Finais


Sinto que os últimos capítulos não ficaram bons (inclusive esse), acho que está faltando algo neles, o problema é que eu não sei o que é, então façam o favor de me ajudar, comentem algo a respeito do andamento da história e da construção dos textos (capítulos). Vocês só vão escrever alguma coisa se quiserem, claro, fiquem a vontade!

Perdoem-me os erros e aguardem mais algumas semanas. Bye! 😙


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