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História Rich boys in love I - Romance gay (Yaoi) - Surpresa


Escrita por: observerghost

Notas do Autor


Essa capítulo ficou meio bosta. Fazer o que...

Boa leitura.

Capítulo 30 - Surpresa


Jonathan P.O.V.

Ficar o dia todo olhando para um teto branco, num quarto cheio de aparelhos que imitem sons irritantes, é angustiante. 

Minha mãe sempre tenta me animar. Trazendo filmes para eu assistir na televisão grudada na parede. Ela também trás coisas proibidas, como meu iPad, notebook e algumas guloseimas. O único aparelho permitido aqui, é o celular, para comunicação. 

- Você está bem, querido? - Perguntou ela.

- Sim. Por que não estaria? 

- Parece entediado.

É incrível como as mães percebem fácil.

- A senhora tem razão. 

Ela deu um riso nasal. 

- O que exatamente aconteceu entre você e o Morgan?

Outra coisa incrível é o poder delas de fazer perguntas sobre pessoas com quem você está tendo algum problema. 

- Nós terminamos. Foi isso. 

- Jonathan, você sabe muito bem do que estou perguntando - Ela se levantou da poltrona e veio até a mim - Qual o motivo? 

- O motivo é simples. Eu sou um idiota.

- E por que você é um idiota? 

- Mãe... - Olhei bem para ela.

- Eu só estou tentando te ajudar. 

- Não vai querer me ajudar depois de saber o que fiz - Dei um sorriso de nervoso.

- Tente - Deu de ombros uma vez. 

- Tá bom - Respirei fundo - Eu beijei uma garota. Por pena. 

- Ou seja, você traiu ele - Ela arqueou a sobrancelha. 

- É. Mais ou menos isso - Olhei para o lado e voltei os olhos a ela - Sim. Eu o trai.

Minha mãe riu balançando a cabeça. Como se o que eu tivesse feito fosse uma bobagem tola. 

- Você já tentou falar com ele? 

- Já, mas quem disse que ele me escuta? 

- Ah. Quer dizer que o Morgan é difícil? 

- Isso. Exatamente - Sentei-me na cama. 

- Eu posso tentar falar com ele. Que tal?

- Não. Não, não - Neguei com a cabeça - Nem pensar. É ridículo mandar a mãe resolver a cagada do filho. 

- Pode até ser. Mas se um dia você precisar de ajuda, pode contar comigo - Ela sorriu e eu devolvi o mesmo. 

Eu adormeci aos poucos. Quando se está num hospital, super machucado, é isso o que se faz. É o que tem de melhor para fazer. 

(Quebra de tempo)

Comecei a despertar aos poucos. Com uma voz abafada. Parecia estar falando de mim. Abri os olhos devagar, dando pela centésima vez, de cara com aquele teto branco.

Pelo jeito, não dormi muito. Ainda está bem claro. Isso significa que não se passam do meio dia. 

- Dormiu pouco, que pena - Comentou minha mãe - Mas isso é até bom. Poupa a espera dele. 

- Poupar o que de quem? - Olhei para a mesma, que possuía um sorriso enorme no rosto. 

- Tenho uma surpresa para você - Ela olhou para a porta do quarto. 

- Surpresa? - Franzi o cenho. 

- Pode entrar. 

A porta se abriu vagarosamente. Dela entrou um garoto com calça jeans e moletom extremamente largo. 

- Você chamou ele?! - Questionei a ela com os olhos arregalados.

- Sim. Vou deixar vocês a sós - Disse, saindo às pressas do quarto. 

Olhei para ele, tentando conter a felicidade.

- Oi... - Deu um sorriso tímido. Aquele sorriso que eu adoro. 

- Morgan, por favor, não vá embora correndo. Nós precisamos conversar. 

- Eu sei. Não se preocupe. Hoje não há nada para me impedir de ficar aqui mais tempo. 

Minha alegria era tanta de ver aquele rostinho perfeito, que apenas fiquei o observando. Sem dizer uma palavra sequer. 

- Não vai falar nada? - Ele olhou para o chão - Pare de me olhar assim. Está me deixando constrangido. 

- Desculpa. Não consigo - Deixar de te olhar. Eu diria. Mas o mesmo se aproximou desesperado de mim.

- Me perdoe, me perdoe. Você podia ter morrido e a culpa seria minha. Não. A culpa é minha. Me perdoe, Jonathan - Ele tocou meu rosto com o maior cuidado.

Eu peguei sua mãos. Elas estavam fracas. Morgan é frágil. Cheio de problemas alimentares, porém, aquela fraqueza não era nem normal para ele.

- Me esquece agora - O fitei sério - Você parece cansado. O que aconteceu? 

- É que... - Ele mordeu os lábios - Eu não comi nada de manhã.

- Você precisa comer! - Briguei. 

- Eu sei. Mas eu estava sem fome. 

- Não interessa, você precisa comer. Prometa-me que vai se alimentar direito? 

- Eu vou tentar.

- Não. Tentar, não. Você vai comer! 

- Jonathan, vamos parar de falar de mim. Quem está no hospital é você e não eu.

- Tá - Me acalmei e olhei em seus olhos - Morgan, estou tão arrependido do que fiz. Eu não devia ter beijado aquela garota. Não é dela que eu gosto; é de você. Me perdoe por não tentar te entender. 

Seus olhos estavam bem abertos. Marejados. Brilhantes. É sem dúvida, o par de olhos mais lindos que eu já vi. Minha vontade era de parar de falar e ficar olhando para aquelas pedras azuis enormes. 

- Jonathan... - Ele limpou as lágrimas que estavam prestes a escorrer - Você não é o único culpado. Eu errei muito também. Por mais que eu tenha problemas, não posso pensar só em mim. Isso não é motivo para a atenção vir apenas para mim. Fui egoísta sim. Nós dois fomos idiotas. Nós dois devemos desculpas um para o outro. 

É quase impossível explicar a felicidade e o alívio que estou sentindo. 

- Por que não tivemos essa conversa civilizada antes? 

- Porque somos babacas. 

Rimos. 

- Morgan...

- Quieto! - Ele colocou seu dedo indicador em meus lábios. 

O mesmo olhou para a porta. Com uma expressão suspeita e desconfiada, mas logo seus olhos voltaram a mim.

- O que foi? - Questionei confuso.

Ele subiu em cima da cama, colocando suas pernas em volta do meu corpo. Sentou em cima do meu colo e colocou suas mãos frias em meu rosto. 

- O que está fazendo? 

Morgan sorriu malicioso. Seus olhos tinham uma expressão sexy e sádica ao mesmo tempo. Então, eu entendi o que ele queria fazer. Era algo que eu queria fazer a tempos. 

- Meu corpo está com saudades do seu - Disse, e logo em seguida, ele uniu nossos lábios. Devagar, mas com vontade. 

Agarrei seu quadril, o empurrando contra a minha cintura. Ele colocou seus braços em volta do meu pescoço e começou a rebolar. Eu entranhei sua safadeza, mas eu estava gostando. E muito. Não tinha do que reclamar. 

Desci minhas mãos até sua bunda e a apertei. Morgan gemeu em minha boca e logo depois começou a rir.

- Eu não acredito que vamos fazer isso aqui - Falou envergonhado. 

- Qual problema? Não estamos em casa. Não tem outra cama, então vai nessa. 

Voltei a beija-lo. Passei as mãos agora, por sua costas, por debaixo do moletom.

- Meninos?! - Era minha mãe. 

Nós arregalamos os olhos. 

- Droga, droga, droga - Morgan desceu de cima da maca rapidamente. 

Ajeitei o cobertor, e ele, as suas roupas um tanto amassadas. 

Minha mãe entrou no quarto e se deparou com a gente. Com cara de palhaço. 

- Você podiam ter esperando... mas enfim. O doutor está aqui. Quer te dizer algo importante. 

Um homem de jaleco passou pela porta e parou a nossa frente.

- A boa notícia, é que o Sr. Martinez receberá alta amanhã. 

 



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