1. Spirit Fanfics >
  2. Rich boys in love I - Romance gay (Yaoi) >
  3. Coincidência lazarenta

História Rich boys in love I - Romance gay (Yaoi) - Coincidência lazarenta


Escrita por: observerghost

Notas do Autor


Esse capítulo ficou puro drama! Ideia de uma certa pessoa aí... boa leitura.

Capítulo 31 - Coincidência lazarenta


Jonathan P.O.V.

Recebi alta há dez dias, mas ainda não posso levar o ritmo que eu levava antes. Tenho que ficar "quieto", disse o médico. Ou seja, não posso ficar saindo de casa. No entanto, quem disse que a gente realmente segue as ordens de um profissional? Quando digo "a gente", estou incluindo meus pais. 

- Já está pronto? - Questionou minha mãe, parando na porta.

- Quase. Eu não consigo me mexer rápido - Expliquei a minha demora. 

- Ainda dói muito? 

- Não. Quero dizer, sim. Um pouco. É uma dor chata. As vezes parece que minha cabeça vai estourar. 

- Tá bom...  - Ela riu com a discrição que fiz quanto a dor. É, foi um exagero - Estamos te esperando. 

- Ok. 

Vesti um conjunto de moletom preto Adidas com uma camiseta branca por baixo. Calcei um tênis Nike Lunarconverge. Diríamos que estou "largado", se é que entendem. Minha roupa é a roupa de uma pessoa desleixada. Acho que essa é a palavra certa.

Terminei de me arrumar. Demorei quase uma hora para tomar banho e colocar uma roupa. A coisa tá feia. 

Fui para a sala e todos eles estavam lá, sentados.

- Achei que você tinha morrido naquele quarto - Disse Jude.

- Quase - Ri. 

- Tá. Vamos logo - Meu pai foi em direção à porta. 

- Para onde vamos exatamente? - Indaguei curioso.

- Long Beach - Respondeu ele. 

Long Beach, se não estou enganado, é uma cidade, que fica no condado de Los Angeles. Lá tem um centro comercial bem grande. Cheio de hotéis e restaurantes. Não é tão perto, mas imagino que não seja nada mais que duas horas de viagem de carro. 

Fomos até a garagem e entramos na Mercedes preta c180 2017 da minha mãe - que ela acabou de comprar, por sinal. Porém, quem iria dirigir é o meu pai. Ela não gosta dirigir longas distâncias. 

No caminho para a tal praia famosa, eu e Jude colocamos nossas músicas favoritas, dos estilos de: Eiffel 65 - I'm blue e T-Wayne - Nasty Freestyle. 

Ao chegarmos, meu pai diretamente deixou o carro num estacionamento. Fomos procurar um restaurante andando mesmo. Assim dá pra conhecer mais o local, que a propósito, não tem prédios muito altos, mas bem largos. Tem um céu super azul, e na praia, existem milhares de lanchas pelo mar. 

- Que tal aquele? - Apontou minha mãe, para um restaurante com o estilo um "marinho". 

- Ótima ideia! Tô bem afim de comer frutos do mar - Comentou meu pai. 

Nós entramos no lugar, que era muito lindo e aconchegante. Na hora e sem dúvidas, resolvemos realmente ficar. 

Escolhemos uma mesa, perto da janela, para poder observar os carros e as pessoas que passavam. 

- Eu estou morrendo de fome - Disse Jude pegando o cardápio.

- Você é gordo, isso sim! - Brinquei, rindo. 

- Eu? Ha-Ha-Ha. Olha esse corpinho - Ele passou as mãos pela cintura. 

- Sonha. 

Passei os olhos pelo local. Não estava cheio, mas também estava longe de estar vazio. A maioria das pessoas aqui, pareciam pessoas de bem. Digo, famílias e jovens universitários ricos. 

E foi analisando o ambiente, que avistei um indivíduo, que me fez chegar a conclusão instantânea, de que a minha vida; é uma pura coincidência lazarenta. Christian, aquele loiro, amigo de Morgan, está aqui. Amiguinho do meu namorado. Como eu odeio esse ser. Para vocês verem, como o capeta é incompetente. Deixou esse demônio escapar do inferno. 

Não vou deixar ele estragar o meu dia. Ele nem sequer me viu. E vou continuar torcendo para que ele não note a minha presença. 

- Eu quero camarão ao molho Curry - Falei. Já tinha em mente o prato que queria desde que entrei aqui. 

Todos escolheram o que queriam comer e o queriam tomar. Minha vida não é só coincidências. Ela também é feita de cagadas e amnésias. Eu pedi um drink de suco de morango e vodka. Qual o problema? Ninguém sabe disso, a não ser os meus pai e eu, óbvio. Há uns quatro anos atrás, quando eu tinha uns dezenove anos, tive muitos problemas com álcool. Eu quase me tornei um alcoólatra, mas graças a atenção e a dureza de meus pais, isso não aconteceu. 

Não que eu vá voltar para esse caminho de "quase dependência" alcoólica só por tomar um drink, mas os psiquiatras e psicólogos - médicos em geral - não aconselham tomar nem pequenas dozes. Por que de acordo com eles, o vicio que está "dormente" em algum lugar do cérebro, pode "reativar", diremos assim. 

Nossos pedidos chegaram. Não me espantei com a rapidez. Parece ser um restaurante muito organizado e prático. 

- Então quer dizer que você e seu namorado voltaram? - Questionou meu pai, enfiando um pedaço de peixe na boca. 

- Sim - Abri um sorriso - Mas... ainda sinto que alto está errado. Me sinto inseguro. 

- Como assim? - Ele franziu o cenho. 

- Sinto que mesmo estando juntos agora, Morgan, ainda está muito chateado. Como se ele estivesse decidindo se realmente vai ficar comigo. Não sei explicar ao certo.

- Tá. Eu juro que estou tentando entender o que está dizendo. 

- Ele bateu a cabeça, pai. O que você esperava? - Jude se intrometeu na conversa com suas gracinhas. 

Meu irmão é o tipo de criança que vive dizendo coisas engraças em momentos sérios. Isso pode até parecer que o menino não recebeu uma boa educação, mas eu não vejo assim. Ele está sendo super espontâneo. Quebra o gelo. 

Terminamos de comer. Ficamos mais ou menos uma hora conversando, até decidirmos levantar e pagar.

- Que merda - Falou meu pai apalpando seus bolsos - Esqueci minha carteira no carro. Jonathan, pega pra mim, faz o favor. 

Balancei a cabeça, peguei a chave do carro e fui até o estacionamento, que tão estava não perto dali. 

Fui andando normalmente, eu não podia correr mesmo. Fiquei observando as construções e as pessoas. Long Beach em si. Como queria estar com Morgan neste exato momento. Infelizmente - ou felizmente -, o mesmo passou o dia com os pais também. Em outra cidade, a tal Santa Ana, no condado de Orange

Entrei no estacionamento, e um tiozinho gordo, com o rosto sujo de graxa, me "mandou" um oi animado. Eu apenas retribui o mesmo. Abri a porta do carro. Demorei mais ou menos, meia hora para achar a porra de uma carteira. 

- Precisa de ajuda? - Uma voz estranha, maléfica, se fez voluntária. 

Pelo tom, era mais do que óbvio que não era uma boa coisa. Virei-me lentamente para a pessoa, que supostamente estava em pé atrás de mim. 

- Ah, olha só, você me notou - Falei irônico, fechando a porta do carro. 

- Por que não notaria, não é mesmo? - Christian se apoiou no carro. Eu só olhei de canto para a sua mão - Você é um sujeito, tão agradável.

- Imagina você... - Soltei, em tom baixo. 

- Parece- me que Morgan cometeu uma besteira. 

O encarei. Qualquer coisa que venha da boca dele envolvendo Morgan é preocupante. 

- Do que está falando? - Questionei sério. 

- É simples. Ele voltou com você. Foi o maior erro que ele cometeu. 

- Você está com ciúmes! 

- Ciúmes, você tem de mim. Você fica doido quando eu e Morgan estamos juntos - Provocou. 

- Posso até ficar, mas o perdedor aqui é você. Por que ele é o meu namorado, e não o seu - Sorri vitorioso. 

- De qualquer forma. Ele é muito precioso para estar em suas mãos. Se errar com ele mais uma vez, eu mesmo o tirou de você! 

Aquilo foi a gota d'Água para mim. Meu sangue ferveu, me tirando toda noção e toda a paciência. 

Fechei meu punho e o levei com força até a bochecha de Christian, que caiu para trás com o nariz escorrendo. 

- Qual é o seu problema?! - O loiro se levantou com a mão no rosto.

- O meu problema?! Que tipo de pessoa indiretamente fala que vai roubar o namorado da outra?! - Me aproximei demais, e isso foi um erro. Ele me deu um soco no estômago de súbito. 

Fui pra trás com as mãos na barriga, me segurando para não vomitar. Aliás, meu estômago está cheio. 

- Olha só o que fez com ele - Continuou Christian com sua conversa moralista - Acha que ele não me conta o que você faz? Ele conta tudo! Sou o melhor amigo dele. Lembra aquela festa que você foi quando tinha acabado de chegar em Los Angeles? 

Eu sabia muito bem do que ele estava falando. O loiro fala da festa do Mike, onde encontrei Morgan deitado no chão de um quarto escuro. 

- Eu estava lá. Recordo-me muito bem de ter ouvido você mandar ele se matar! 

- Ah, já chega! - Acertei um soco, literalmente, no meio da fuça daquele filho da puta. 

Fiquei ereto, olhando Christian caído no chão, gemendo de dor.. Olhei para os lados. Por incrível que pareça, ninguém viu a nossa briga. Nem mesmo o tiozinho do estacionamento. 

Fechei o zíper do casaco, pois minha camiseta estava ensanguentada do sangue dele. E como ela era branca, só chamaria mais atenção o contraste do tecido claro e daquela cor escura do líquido. 

Na volta, todos olhavam para mim assustados. Eu nem liguei. Estava mais do que satisfeito de ter dado um murro naquele garoto. Não sei se foi certo, mas me sinto bem. Mesmo com a minha cabeça latejando, por causa do corte recém costurado. 

Entrei no restaurante como se nada tivesse acontecido. Fui até os meus pais e meu irmão , que deixaram o queixo cair. 

- Mas que diabos aconteceu com você, meu filho?! - Inquiriu minha mãe desesperada. 

- Nada não - Sorri. 


Notas Finais


Sou uma pessoa terrível... minha fanfic chegou a 200 favoritos e eu nem fui capaz de agradecê-los. MUITO OBRIGADA, DE VERDADE! 💛


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...