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História Ride or Die - Fama, curativos e desejo


Escrita por: jokerlilmonster

Notas do Autor


Olá minhas cabrinhas. Bom, eu tava lendo a história e pensei : porra, eles demoraram muito pra se pegar, na verdade, todo mundo demorou muito pra se pegar e convenhamos, todos nós gostamos de ver o circo pegar fogo, né ? Então eu prometo a vocês que vou compensar e encaixar o máximo de contato humano nos próximos caps muahahaha.
Sorry as Kehlani haters, mas hoje vocês vão querer me matar.
Boa leitura <3

Capítulo 11 - Fama, curativos e desejo


Fanfic / Fanfiction Ride or Die - Fama, curativos e desejo

            KEHLANI POV ON *

Após Joker ter saído do banheiro, fique refletindo no que eu havia acabado de fazer. Ele tem razão, eu estou agindo feito uma pirada, mas se o que ele pensa é que eu vou ser uma cadelinha de estimação como a Harley é, ele está muito enganado. Apesar de gostar das sessões com Harley em Belle Reve, apesar de admirar todo o sentimento que ela tem pelo palhaço – mesmo não sendo saudável – eu não admirava o que ela havia se tornado, mas se como ela mesma diz, que amar por dois não é um problema e que ela é feliz assim, não sou eu quem vai tentar botar juízo na loucura. Me levantei da banheira com as pernas trêmulas sem noção do quanto havia ficado ali e em quanto sangue eu havia perdido, me apoiei nas paredes e caminhei pra fora do banheiro, vendo toalha, roupas e uma caixinha de primeiros socorros na cama, ao lado havia uma cômoda pequena que continha uma bandeja de comida em cima. Arrastei minha carcaça ferida e cansada até lá e me enrolei na toalha, caindo deitada na cama logo em seguida. Eu estava exausta e Coringa me deixaria quieta por um tempo, até eu me recuperar pra me machucar novamente. 

Me cansei de ficar deitada ali olhando pro teto pensando no que iria acontecer, então me sentei na cama, sequei meu corpo e estanquei os ferimentos com as poucas gazes que haviam na caixinha, fazendo um curativo pra que não houvessem problemas mais avante, mesmo que ainda ardesse e causassem incomodo. Vesti as peças de roupa que estavam ali e ataquei a bandeja de comida enquanto vasculhava o quarto com os olhos a procura do controle da pequena TV em que ficava de frente pra cama, assim que achei, liguei a mesma e fiquei assistindo uma edição do jornal local de Gotham.

“ (...) E mais uma vez, Espantalho escapou do Arkham. Segundo informações de uma fonte confiável, ele obteve ajuda de uma gangue do subúrbio e ataques terroristas estão previstos, fiquem atentos...”

Eles continuaram falando, mas eu não dei atenção. Eu já havia sido seqüestrada por cerca de duas semanas ou mais, eu não sei como o tempo passa aqui, parece que eu estou drogada e quando fico sóbria já se passaram 10 anos, mas ninguém havia me procurado ? Qual é, querendo ou não eu era responsabilidade do Governo. Talvez tivessem abafado o caso, ou até mesmo dito que eu estava morta e não haviam encontrado o corpo. O sanduíche em minhas mãos me parecia bem mais interessante até que ouvi o âncora do jornal pedir atenção novamente.

“Agora sobre a jovem que desapareceu no resgate de Arlequina em Belle Reve, a policia fez buscas e acharam um corpo há 30 km no sentido Oeste, não foi confirmada a morte mas no momento a família já foi chamada para reconhecer o corpo. Mais atualizações assim que recebermos a confirmação de que o corpo pertence ou não a jovem”

Eu não estava surpresa, mas o meu medo é de que minha família achasse que era eu, apesar de a chance ser uma em um milhão, eu tinha esperanças de que um dia eu sairia desse buraco imundo aonde Joker e Harley me meteram, nem que eu tivesse que tentar os matar pra isso. Mudei o canal da Tv, decidi que não queria pensar nisso agora, eu já estava ficando entediada com esse drama todo então deixei em um canal em que passava um desenho qualquer e fiquei rindo até terminar de comer o que me trouxeram. Me levantei da cama resmungando pela ardência de meus machucados e dei o fora daquele quarto rápido, subindo as escadas da mesma maneira o quanto pudesse, eu estava exausta e quando cheguei em meu “quarto”, cai no colchão e apaguei.

JOKER POV ON *

Cheguei em casa batendo a porta, como sempre meu humor não estava dos melhores, Espantalho fugiu do arkham e provavelmente me traria problemas com seus ataques, ele jogava sujo demais e as brincadeiras não tinham nem graça, as pessoas ficavam alucinadas e começavam a delirar, digo, qual a graça em aterrorizar alguém sem ferir ? Isso mesmo, nenhuma. Eu não consegui o encontrar, não consegui fazer acordo, o que era bem falso de minha parte porque claro que se Bat-bobo não o prendesse de volta, eu o mataria. Balancei a cabeça afastando meus pensamentos, eu precisava beber e ouvir música pra ignorar um pouco os problemas que eu tinha agora. Peguei uma das minhas garrafas caras de whisky no pequeno bar da sala e fui direto até meu escritório, fechei a porta e me joguei na cadeira atrás de minha enorme mesa, deixei apenas as luzes noturnas ligadas e liguei o som enquanto bebia do meu whisky na boca da garrafa mesmo. Infelizmente a bebida já não continha o mesmo efeito sob meu corpo, os ácidos alteraram meu organismo então o fato de ser alcoólatra não era algo que me traria grandes problemas, um dia todos nós vamos morrer mesmo, mas enquanto eu viver nesse mundo ridículo, o caos a ser espalhado é por minha conta. Fechei os olhos enquanto cantarolava alguns trechos de  The Neighbourhood - Daddy Issues, aproveitando um dos poucos momentos de tranqüilidade que eu tinha, ultimamente minha atenção toda era dividida entre Harley, negócios e agora Kehlani. Encarei a porta sendo aberta e fechada bruscamente enquanto a garota de cabelos curtos se aproximava da mesa com uma careta, os machucados sangravam e logo iriam manchar meu carpete.

                    — Kehlani, primeiro de tudo : quem te deu o direito de entrar aqui, e ainda mais, sem bater. Segundo, mande a Harley arrumar esses curativos pra você, terceiro e não menos importante – umedeci meus lábios fazer uma pausa – se você sujar meu carpete, vai limpar cada gota com a língua – conclui com um sorriso malicioso, a boca da menor era maravilhosa e depois da conversa que tivemos hoje mais cedo, eu já havia cogitado várias vezes enquanto me perdia em meus pensamentos a idéia de senti-la passeando por meu corpo, mas logo acabei rindo enquanto a menina revirava os olhos em resposta ao meu sorriso malicioso.

                    — Eu já pedi a Harley, mas ela disse que se eu morresse sangrando agora era um favor que eu fazia pra ela. Ela ainda está com raiva – murmurou séria, mas logo começou a rir quando disse sobre Harley ainda estar brava – Albany desapareceu de vista e eu não quero ser estuprada por um dos seus homens, então só sobrou você. – Ela sorriu como uma criança e jogou a caixa de primeiros socorros na mesa, se sentando sob a mesma ficando de frente pra mim. Revirei os olhos e suspirei derrotado, eu só queria mais alguns momentos quieto então o quanto mais rápido resolvesse isso, mas rápido eu estaria livre.

                    — Eu estou profundamente ofendido porque, além de não ter alguém que preste pra merda nenhuma nessa casa, eu ainda sou sua ultima opção – indaguei enquanto abria a caixinha e observava a menor levantar a blusa exibindo os curativos encharcados de sangue, os retirando com cautela logo em seguida – Me diga que não manchou a casa toda com essa merda, porque se manchou é bom essa sua língua ter bastante saliva, não vai ser só aqui que vai limpar. – completei enquanto pegava tudo o que precisava, os machucados precisariam de pontos. Voltei a encarar o rosto da garota enquanto enfiava a linha no buraco da agulha, Kehlani já limpava o excesso dos ferimentos e fez uma careta ameaçando chorar quando enfiei a agulha em um de seus diversos ferimentos.

                    — Desculpe, não sabia que você era tão sensível assim, Coringuinha – o sarcasmo não dava trégua mesmo com uma agulha na mão perfurando sua pele, isso era o que mais me prendia a Kehlani. Eu estava mesmo dando atenção demais a ela, e ela nem pedia isso, ao contrário da Harley que é grudenta e agora decidiu agir como uma adolescente. – Porra, santa delicadeza – resmungou com a voz afetada, eu havia perdido a paciência com aquilo e comecei a ir mais rápido, embora ainda continuasse com a mesma precisão. Olhei em seu rosto, algumas lágrimas escorriam e isso me deixou extremamente contente.

                    — Ah, amor, não faz assim, certo ? Sabe que é um imenso prazer te ver chorando e com dor, isso não vai adiantar de nada, não me bajule assim – indaguei ainda costurando sua pele com certa agressividade, era mesmo muito prazeroso ver a expressão sendo esculpida aos poucos, a cada ponto que eu fazia em seu ferimento, era como se ela estivesse me presenteando – Cadê minha cadela nervosinha, orgulhosa e fria ? – perguntei voltando a olhar para o ferimento, eu havia acabado nesse então comecei no outro a ouvindo arfar e dei um pequeno riso.

                    — Não é você que está sendo costurado pelo seu próprio agressor – a garota murmurou parecendo estar pensativa e riu, parecia me observar – quanta ironia, hum ? – ela perguntou e eu confirmei com a cabeça me concentrando nos machucados e claro, analisando mais de perto as coxas grossas da garota, manchadas por preto das tatuagens e vermelho do sangue – Me deixou famosa, Joker. Soube que supostamente acharam meu corpo hoje...

Por incrivel que pareça, eu não tenho nada haver com isso, mas resolvi tirar proveito da situação.

                    — Ah, é mesmo ? Até que enfim, um problema a menos- murmurei sem dar muita importância, eu acabei os pontos e coloquei o remédio e os curativos na garota, porém permaneci com as mãos em suas coxas, contornando as tatuagens com os dedos. Kehlani se arrepiou e eu ri, a encarando, as lágrimas já haviam secado e ela me observava de volta, sem graça por eu ter notado a resposta de seu corpo aos meus toques.

                    — Você é mesmo podre... Não sei como a Harley pode gostar de você – Kehlani soprou baixo, bem na lata. Eu acabei rindo e apertando suas pernas, a menina desviou o olhar buscando algo que atraísse sua atenção mais do que eu naquele momento, puxei suas pernas e a fiz ficar ainda mais perto enquanto eu aproximava a cadeira da mesa – Não sabia que gostava desse tipo de música, aliás, não sabia que você é capaz de gostar de coisa qualquer – ela voltou a me encarar, a musica estava na metade e eu a encarava a todo momento, ela pareceu sem graça novamente mas manteve a postura, deixando um leve sorriso brincar em seus lábios.

                    — Há várias coisas sobre mim que você e o resto do mundo não sabem – murmurei simples sem dar importância a isso, eu queria chegar a outro ponto e seria direto – Isso é simples, Harley se sente atraída por mim. Talvez e muito provavelmente não pela beleza, mas sim pela insanidade, firmeza – apertei suas coxas novamente e a puxei com força, a deixando cair em meu colo enquanto mantive um sorriso sarcástico nos lábios subindo as mãos até a cintura da garota que parecia estar em choque com meus atos – Pelo que sente quando está comigo, a sensação de que não existem regras e que a liberdade é o único sistema que funciona. Harley me ama, mas você ...- comentei ainda a encarando nos olhos mas logo desci o olhar para os seios da garota, umedecendo meus lábios e cheirando a pele pouco queimada pelo sol da garota em meus braços, deixando com que meu nariz deslizasse por sua pele somente para lhe causar arrepios – você sente desejo, essa é a diferença entre vocês. A Harley já está adestrada, e você está no caminho.

                    — Isso não é verdade- Kehlani tocou meus ombros com suas mãos trêmulas e me afastou, tentando negar a verdade a si mesma – Eu não vou ser como a Harley, jamais. Sabe que eu te mataria sem problema só pra me ver livre de você, eu tenho uma vida pela frente e não vou vivê-la por você.

Um sorriso enorme brotava em meu rosto, e eu não fiz questão de esconder.

                    — Eu não quero que você seja como ela, você está ficando burra ou o que ? Gosto do modo como me desafia, mesmo sabendo que todos os seus planos darão errado e que eu posso te matar como quiser, você ainda se ilude – a respondi grosso, mantendo o mesmo sorriso em meus lábios. Apertei sua cintura e colei ainda mais nossos corpos, mordendo o lábio inferior da garota com certa força, vendo-a fechar os olhos e suspirar pesado enquanto arranhava minha nuca –Você me diverte, Parrish...Mas, como já disse, não quero mais uma Arlequina... Percebe, Kehlani ? Você não negou desejo, amor – sussurrei como se fosse um segredo entre nós e soltei seu lábio, a encarando permanecer de olhos fechados – pode enganar a si mesma, mas a mim não.

Então, cansado desse joguinho, eu colei meus lábios aos da garota em um beijo urgente, descendo minhas mãos até sua bunda na qual eu apertei com força, o que a fez despertar do transe e corresponder a todos os meus estímulos e toques da mesma forma, intensa e voraz. Quando o ar se fez preciso, a garota desceu os lábios, distribuindo mordidas por meu maxilar e pescoço, passando a revezar chupões leves por minha pele também, me causando arrepios o que me fez sorrir e movimentar seu quadril contra o meu, proporcionando ainda mais calor a aquele momento enquanto a sentia arfar contra minha pele, porem eu queria mais, Kehlani beijava muito bem, era agressiva e parecia matar a fome, quase como eu. Puxei seu rosto com uma das mãos e colei nossos lábios novamente, deslizando as mãos por suas costas nuas, arranhando com a ponta de meus dedos chupando o lábio inferior da menor com força. Kehlani arfou novamente e arranhou minha nuca e mordeu meu lábio inferior com força, separando nossos lábios deixando que o calor consumisse nossos corpos pelo desejo de levar aquilo adiante, mas ela resolveu bancar a difícil.

                    — Ainda bem que você sabe que não sou como a Harley – ela piscou com um dos olhos e saiu de cima de mim, recolheu todos os curativos sujos e a caixa, abaixou a blusa e saiu dali sem me olhar uma ultima vez. Ri alto e voltei a beber meu whisky ainda direto da garrafa, minha cadelinha já tinha uma utilidade afinal.


Notas Finais


O que acharam ? Muito mais está por vir haha, até o próximo <3


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