História Ride or Die - Intro Telefonema

*VOCÊ ON*
 

~ Telefone ~ 
 

- Eu não quero saber, Sehun! - Grito - Ah! Agora você vem falar que eu entendi errado? Vai dizer que eu sou cega, surda o que mais? Eu vi você comendo ela! Eu ouvi você gemendo o nome dela!
            *Para de gritar, porra! - Grita Sehun, na linha - Cala a boca!*
            - É o quê? - Arregalo os olhos - É por isso que eu não aguento você! Você acha que pode falar comigo desse jeito?
          *Caralho! - grita mais ainda - eu comi ela mesmo e sabe por quê? Porque ela não é fresca igual a você! ela não faz cú doce, mas um cú que é uma bele...*
           - VAI SE FODER, SEHUN! - Grito e choro - Eu quero que você se foda pro resto da sua vida!
 

Sehun é aquele tipo que cara que tem a completa certeza de que consegue pegar quem ele quiser. Até mesmo o melhor amiguinho dele, Baekhyun.
             Eu não suporto esse tipo de pessoa. Nem sei por quê eu mantenho contato com ele.
         Ultimamente minha vida não estava como eu queria (e quando é que realmente esteve?). Cansei de seguir as regras feitas pela sociedade. Há duas semanas tentei matar três caras que foderam com a vida do meu pai.
             Meu pai é traficante de armas. Eu o amo demais.
          Acontece que esses três escrotos filhos da mesma puta, armaram uma pro meu pai ser morto, sem sujarem suas próprias mãozinhas nojentas. O combinado era meu pai chegar no mesmo local onde sempre se reúnem, um pouco mais tarde e, quando menos esperasse, explodiriam a cabeça dele.
            É claro que eu acabei ouvindo tudo isso de um telefonema. Infelizmente, não matei os caras. Merda.
           Mandei meu pai fugir pro cú do mundo pra que ninguém achasse ele. Não sei o que ele fez, mas ele é meu pai. O único que "cuidou" de mim (sim, eu usei aspas porque eu me criei praticamente sozinha).
          Agora, voltando ao canalhinha (Sehun), ele não é bem uma boa pessoa. Eu também não sou, mas o que quero dizer é que ele é um drogado que "mora" no puteiro. Não sei, sinceramente, o que me fez gostar desse infeliz.

- Merda. - Resmungo pra mim mesma - Polícia de novo.
Chego em casa e me deparo com dois carros da polícia.
             - Senhorita... - O policial começa.
            - É meu pai de novo? - Levanto uma das sobrancelhas - Meus amigos, eu já lhes disse que ele fugiu... pra puta que me pariu - Abro um sorriso claramente falso.
             - Pare de falar desse jeito - Um dos policiais passa sua mão sobre seu cacetete, que está pendurado em seu cinto. - A gente sabe que mandou ele pra algum lugar... Sua vagabunda.
              - Eu sei que sou prodígio, super inteligente, um gênio da física e da estratégia, mas me desculpe... - Dou uma risadinha, ironizando todas as minhas palavras - Não sei mesmo pra onde ele foi - Minto.
                - Você tá querendo dar uma voltinha na cela hoje, (s/n)?
             - Não vai ser possível - Coloco minha mão sobre o ombro de um deles - Eu preciso encapar cocaína no meu quarto - Falei brincando.
                - (s/n) - O policial tira minha mão dele - Está brincando com pessoas erradas.
                - A quanto tempo a gente se conhece mesmo? - Mordo meus lábios - Somos íntimos...
                - Nem se você me pagasse eu ia querer ser alguma coisa de uma garota-problema como você - O policial arregala os olhos.
              - Bom, o papo está muito bom, mas eu preciso entrar... - Ando em direção à porta - Já tá bem tarde e não quero ser nem abusada, nem roubada... Porque daí teria que chamar a polícia e ela é imprestável... - Nesse momento, sinto que zoei um pouco pesado com eles.
               

Eles me conhecem bem. Não tenho medo de ninguém. Nem mesmo deles e se quiserem me prender eu vou de boa... Seria mais um aventura pra minha vida.
           Eu tenho uma ótima ideia, porque simplesmente cansei desse país, dessa vida... Eu vou pra Coreia do Sul. Daí já até aproveito pra caçar o Sehun e, quem sabe, picá-lo todinho e comer no jantar.