História Right from wrong - A bad childhood

POV’s Hailey White

01 de Novembro de 2013.

Flashback ON

  -E mais uma vez essa puta da Melanie me deixou trancada fora de casa pra ir dar o rabo, que inferno. – Sussurrei comigo mesma. – Essa desgraçada vai ter o dela, tô morta de cansaço e ela ainda me apronta uma dessa.

  Sentei na frente da porta de casa e esperei a bonita aparecer. Enquanto isso, bom, meu nome é Hailey Sttwart White, tenho 17 anos e moro com minha amiga Melanie Blair numa parte mais humilde de Los Angeles. Estou no último mês da faculdade e como tenho que me bancar, pois moro longe dos meus pais trabalho depois do almoço até às 20:00 numa loja de conveniência de uma senhorinha muito fofa que me deu esse emprego. Já Melanie? Essa daí caga dinheiro, os pais são donos de uma empresa multinacional, mas mesmo assim ela sempre foi humilde e nunca deixou de correr atrás da sua independência. Tivemos que sair de Strattford por ser uma cidade pequena, pra os nossos sonhos tão grandes, então o jeito foi esse, mesmo tendo saudade dos nossos pais...

  - Que os diabéticos se retirem, porque o docinho chegou monamurrrrrr. – Já sabem que é, não é mesmo?

  - Mano que desgraça, sai e não deixa a desgraça da chave na desgraça do lugar que é pra deixar quando uma de nós sai. – Disse puta da vida entrando em casa e deixando as coisas no chão, logo em seguida me jogando no sofá incrivelmente morta.

  - Que a desgraça te acompanhe e te dê cachaça, fila da puta. – Disse Melanie rindo da minha cara enfiada na almofada e indo pra a cozinha.

- vai se fuder vai. – disse rindo abafado.

- Man, a gente tá tão morta que não vimos, o que é isso aí do lado da porta? – Melanie perguntou pra mim olhando pra a porta ainda aberta que da de frente com a cozinha. Era uma caixinha parecida com uma caixa de sapato encostada com um envelope colado atrás.

- É seu aniversário ou alguma data especial? – Perguntei já imaginando que a resposta seria não.

- Que eu saiba não, abre aí. – Ela disse sentando no sofá juntamente comigo e pegando a caixa preta pra abrir. – Primeiro o envelope. – Ela disse pegando e abrindo.

“Querida Hailey”...

  “Deve estar se perguntando quem sou eu né? Acho que nunca ouviu falar de mim, mas eu mesmo tomei a liberdade de falar com a minha sobrinha favorita. Deixa eu te contar uma história... A 17 anos atrás, os seus pais me pediram uma ajuda com dinheiro porque iria criar uma linda família (own), mas infelizmente não tinham renda para te criar. Eu, como uma pessoa boa os emprestei o que pediram e até mais um pouco, mas você já é bem grandinha pra saber que toda dívida deve ser paga não é mesmo? Então, seus pais tiveram muitooo tempo para me pagar o que deviam, mas não tiveram responsabilidade suficiente para pagar o que devia então eu tive tomar as devidas providências não é mesmo? Aproveite sua vida em quanto pode, amorzinho. E nunca se esqueça, o Titio te ama... <3

      “Com Amor, P.W.”

   Eu me encontrava sem reação, a cada palavra soava como um tiro na barriga, como se eu imaginasse o que estava por vir, mas não queria acreditar. Eu olhava o papel em minhas mãos suadas, enquanto recebia olhares de choque de Melanie sobre mim. Sem esboçar nenhuma emoção, peguei a caixa e abri, me deparando com um pen-drive de coração. Peguei meu computador correndo enquanto Melanie esperava ansiosa no sofá, e apertei em iniciar.

   Eu vi a pior cena do mundo, eu me encontrava sem chão, sem reação, sem nada. Parece que um filme passou na minha cabeça, desde imagens do passado, até o último “eu te amo”. Por que tanto ódio? Por que tanta crueldade? Meus pais estavam mortos, cada um numa cadeira amarrados, de frente um para o outro vendo o sofrimento. Eu vi parte por parte em choque, enquanto Melanie não se aguentou e saiu correndo em meio aos soluços para o banheiro vomitar. Aquela cena era deplorável e eu sentia que a única coisa pela qual eu lutava para ter uma vida, a única coisa que me fazia acordar toda manhã agradecendo a deus por ter uma família, estava diante dos meus olhos, enquanto eu não podia fazer nada quanto a isso. Esse meus amigos, foi o dia em que meu coração ficou cinza, e que P.W. Assinou sua sentença de morte, custe o que custar.

Flashback OF.