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História Ring of Fire - Ain't no Grave


Escrita por: Madison_Mermaid

Notas do Autor


Boa noite pessoal!
Espero que gostem do cap... depois leiam minhas notas finais por favor!
E não me matem, rs.

beijos e obrigada por lerem S2

Capítulo 11 - Ain't no Grave


Fanfic / Fanfiction Ring of Fire - Ain't no Grave

There ain't no grave can hold my body down

Não existe túmulo que consiga manter meu corpo deitado

There ain't no grave can hold my body down

Não existe túmulo que consiga manter meu corpo deitado

When I hear that trumpet sound I'm gonna rise right out of the ground

Quando eu ouviu o som do trombone irei me levantar do chão

Ain't no grave can hold my body down

Não existe túmulo que consiga manter meu corpo deitado

 

O helicóptero retornou ao aeroporto e após o reabastecimento, seguiram em direção à zona do vulcão. Todos estavam calados. Principalmente Milo, que ainda digeria a bronca que havia levado de Shaina.

_Está uma zona de guerra lá embaixo – disse o piloto – A vila está completamente destruída, e as emissões tóxicas estão aumentando. Creio que não seja seguro que fiquem muito tempo por lá, pois isso indica que uma nova erupção está prestes a acontecer.

Todos o ouviram com atenção.

Eles foram levados até cerca de 10 km do local, e deixados em um campo aberto. O piloto entregou-lhes um rádio comunicador para que fosse feito seu resgate assim que tudo estivesse normalizado.

Ao longe, a montanha na qual o vulcão estava localizado era extensa e se erguia majestosa e terrível. Podiam observar as nuvens negras que se formavam no topo do maior de seus picos e alguns clarões, que ao serem dispersos iluminavam-no. Um leve cheiro de enxofre era sentido, conforme o vento batia em seus rostos. O sol já havia nascido, mas brilhava tímido entre as densas aglomerações de fumaça e cinzas que se espalhavam pelos céus.

Ikki se lembrou, com raiva, da Ilha da Rainha da Morte, pois aquele cenário era como um dia comum por lá. Isso o fez cerrar seu punho, sem ao menos perceber.

Shaina viu o gesto do cavaleiro de bronze e rapidamente ligou os pontos. Aquilo provavelmente lhe trazia lembranças dolorosas de seu passado, e então, colocando as mãos sobre seu braço disse, olhando em seus olhos:

_ Ikki... vamos enfrentar isso juntos, tá bem?

Ikki lhe respondeu através de um olhar surpreso. Ele sempre fora quem tomava conta de tudo e todos ao redor: Esmeralda, seu irmão Shun... mas aquelas singelas palavras da Amazona o tocaram. Ela estava cuidando dele. Ikki queria beijá-la mas sabia que não era o momento certo.

O grupo começou a correr e a pular sobre as pedras e outros obstáculos do local, se dirigindo mais próximo ao pé do Colima. Milo levava a jovem arqueóloga em seus braços, para que ela não ficasse para trás pois obviamente jamais conseguiria seguir o ritmo dos demais.

Cerca de 15 minutos depois chegaram até a vila. O cenário era desesperador e triste. Casas, carros, tudo estava destruído. Havia lava seca por alguns locais onde ainda podiam ser vistos fios de fumaça subindo. Eles podiam sentir o cheiro de morte, com certeza havia corpos por ali. Pelo estado do local, parecia impossível que houvesse sobreviventes.

_ Estou sentindo um Cosmo, muito fraco e distante – disse Milo.

Os outros dois guerreiros prestaram atenção. Havia realmente um Cosmo, muitíssimo fraco, mas que logo cessou. Acharam que talvez fosse devido ao artefato, e seguiram adiante.

Mais 5 minutos e chegaram ao pé do Monte. Eles podiam sentir a terra tremer sob seus pés devido à vibração de seu interior. Então um grande estrondo ocorreu, e uma pequena rajada de lava foi arremessada. Os três cavaleiros, com reflexos impressionantes, conseguiram se desviar das pedras e do fogo, e Sialea acabou sendo salva por Shaina, de quem estava mais próxima.

A arqueóloga tremia:

_Shaina... muito.... muito obrigada.

_Você faria o mesmo por mim, tenho certeza. - respondeu a Amazona.

Depois de se recompor do susto, ela, pegando as coordenadas topográficas, disse:

_De acordo com isso, existem 3 túneis que foram abertos recentemente, no sopé da montanha, e que provavelmente levam até próximo ao vulcão, por dentro. Eles podem ou não ter lava, isso só saberemos quando os acharmos.

O grupo então começou a procurar os tais túneis, e achou dois deles, um a cerca de 50m do outro.

_ É melhor que nos separemos – disse Ikki – assim ganhamos tempo na busca.

O Cavaleiro de Bronze ia falar mais alguma coisa, quando eles sentiram um Cosmo. E não era o mesmo cosmo fraco que haviam sentido antes. Era um Cosmo poderoso, cheio de ódio e desconhecido, que vinha da montanha.

_ Estão sentindo isso? - Perguntou Shaina – Será que é a ressonância do cosmo de Hefesto?

_ Não pode ser – respondeu Milo – É um cosmo muito forte... eu creio que não estamos sozinhos.

_ Isso é assustador. Mas precisamos continuar, não podemos perder tempo – expressou-se a arqueóloga.

Saíram correndo para os túneis em duas duplas, Ikki e Shaina, Sialea-lea e Milo. Quando estavam prestes a se separar, a índia parou de repente, ficando estática.

Eles olharam surpresos para ela.

Sialea-lea, como havia sido dito por seu pai a Ikki e Shaina, possuía os mesmos dons do avô. E embora ela não tivesse demonstrado nenhum deles, pois aconteciam espontaneamente e não quando ela queria, naquele mesmo momento ela estava tendo uma visão.

Sombras se movimentavam, numa luta tensa e mortífera. Um clarão foi visto, que aumentou até se expandir, formando uma grande bola de fogo. Sentiu um grande ódio e rancor, que vinham desse clarão. Ela ouviu gritos e um dolorido lamentar, e então, despertou de seu transe, trêmula. Olhando para Ikki, e disse:

_ Ikki… por favor lembre-se... Uktena – e voltou a correr para a entrada do primeiro túnel, sendo seguida por Milo.

Ikki a ouviu com atenção e acenou em positivo com a cabeça, lembrando-se da conversa com  o velho índio.

 Shaina e ele então se dirigiram até o segundo túnel quando Ikki parou de correr.

_ Shaina, espere – disse.

Fênix a pegou por um braço e a girou, trazendo o corpo da Amazona colado ao seu. Deu-lhe um beijo cheio de sentimento, onde sua língua buscou a língua da Amazona com afinco e paixão, fazendo o corpo de Shaina estremecer de cima a baixo. Ao separar seus lábios dos dela, Ikki encostou sua testa de Shaina, a olhou dentro dos olhos e depois se afastou.

_ Agora, vamos – disse ele.

Correram então para dentro do túnel escavado pela lava na rocha.

 

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Milo e Sialea-lea corriam, seguindo o caminho do túnel. Estava escuro, e a única iluminação era apenas causada por alguns clarões que podiam ser vistos ao longe, no fim do caminho que seguiam. Ela abriu sua mochila, e de lá tirou um capacete com uma pequena lanterna, colocando-o em sua cabeça. Ao mesmo tempo, Milo acendeu levemente seu Cosmo, iluminando o local, o que fez com que ela o olhasse e risse, pela inusitada situação. 

_ Quem precisa de lanterna quando se é um dos Cavaleiros de Athena, não é? - brincou a índia.

O Escorpião retribuía seu riso, quando passos foram ouvidos e eles foram cercados por muitos homens, que saíam da escuridão.

Os tais homens usavam armaduras simples, parecidas com as dos soldados do Santuário.

Silea-lea se assustou, e Milo a trouxe para perto de seu corpo.

_Vocês estão cercados – disse um deles – se rendam agora!

O dourado riu.

_ Isso é sério mesmo? - perguntou ele, com deboche.

_O quê? Que pergunta idiota, cale a boca! – respondeu o homem.

_Vocês sabem com quem estão falando? Vocês são como baratas sob meus pés, fujam daqui se quiserem viver. Vou lhes dar apenas uma chance. Fujam! - respondeu o Cavaleiro.

_Ataquem! - gritou o mesmo homem.

Sialea-lea mal pode ver o que aconteceu em seguida. Milo se mexeu com velocidade tal que, quando ela percebeu, todos os homens estavam no chão, mortos com um pequeno buraco em seus peitos.

Ela fitou o Escorpião, surpresa. Nunca havia visto os tais Cavaleiros de Athena lutando e aquilo havia sido incrível, surreal e além de qualquer lógica que sua cabeça conseguia encontrar. Ia falar alguma coisa quando um tremor muito forte aconteceu, rasgando o solo e fazendo com que ela caísse, juntamente com alguns dos corpos, em um grande buraco que se formou. Milo pulou logo em seguida, para salvá-la.

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Shaina e Ikki corriam, iluminando com seus cosmos o local onde estavam. Era um imenso túnel, e cheirava muito a enxofre. Shaina se sentiu um pouco tonta devido ao cheiro e a toxicidade, mas isso não a impediu de acompanhar o ritmo de Ikki. O Cavaleiro de Fênix era muito mais resistente àquela atmosfera, visto seu histórico e sua armadura.

Sentiram novamente o tal Cosmo forte e raivoso e foram surpreendidos com uma imensa bola de energia, foi arremessada em suas direções, se espalhando ao redor em um feixe de luz, quebrando várias das rochas.

Conseguiram se desviar, pulando para as paredes.

_ Releve-se, seu maldito! - Gritou Ikki.

Um riso foi ouvido, seguido de passos.

_ Então os lacaios de Athena conseguiram desviar do meu primeiro golpe, estou surpreso... - disse a voz masculina.

_Quem é você? - era a vez de Shaina falar – apareça!

Caminhando do fundo do túnel, eles puderam ver finalmente a quem a voz pertencia.

Um homem alto, de cabelos loiros, curtos e esvoaçantes, se apresentou.

Ele usava uma máscara amarela como ouro e um pequeno elmo em sua têmpora. Estava vestido com uma armadura prateada, com detalhes pretos, e sobre ela, usava uma pequena túnica laranja, com um cinto preto em sua cintura, no qual um símbolo estava desenhado, mas que pela pouca iluminação do local não era possível saber ao certo o que era. Havia ainda uma capa branca que estava enrolada e descia de um de seus ombros.

_ É uma pena que não teremos muito tempo para essas conversinhas mas, deixe-me que eu me apresente. Meu nome é Atlas.

_ Atlas... porquê está nos atacando? – perguntou Shaina.

_Oras mas não seja burra, mulher... porque acha que estou aqui? Vim buscar o mesmo que vocês e agora eu vou matá-los, para que saiam do meu caminho.

 

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Milo conseguiu segurar na mão de Sialea-lea enquanto eles caíam na imensa fenda formada. Com um giro rápido, ele se pôs abaixo dela, e ao atingirem o solo sua sagrada armadura amorteceu a queda de ambos. A jovem índia precisou de alguns minutos para se recuperar da dor do baque.

_Você está bem? - perguntou ele, ao ajoelhar-se ao lado dela.

_Sim, estou –  a índia tinha uma das mãos na cabeça - Milo, você matou todos aqueles homens e eu mal vi você se mexer – ela olhou ao redor, vendo que alguns corpos estavam por ali, e eram iluminados com a luz da lanterna de seu capacete, cujo vidro agora estava quebrado.

_Olha, indiazinha, quando sairmos disso tudo eu lhe explico o que aconteceu, com muito prazer… – disse ele, com certo duplo sentido, mas que foi totalmente ignorado por ela. Alguma coisa chamara a atenção da índia, que havia engatinhado a até um dos corpos, e mexia no cinto da precária armadura do mesmo.

_Algo errado? - perguntou ele, se aproximando.

_Não pode ser... - ela continuou revirando o corpo procurando mais alguma coisa – é impossível, eu... eu achei que fossem só lendas... não existem estudos, nem muitas evidências físicas, apenas histórias...

_O que foi? O que está havendo?

A índia olhou a nuca do cadáver, levantando seu cabelo para ver melhor. O mesmo desenho do cinto da armadura estava ali, e fora marcado a ferro quente.

_ Milo, se eu estiver certa, estamos lidando com um dos mais antigos Deuses... tão antigo que quase não há nada sobre ele.

Milo fez cara de quem não estava entendendo nada.

Sialea-lea começou a contar a seguinte história:

_Quando Zeus casou-se com Métis, sua primeira esposa, ele teve dois filhos. Um deles foi Athena. O outro, foi um Deus chamado de Abel. Zeus depois se casou com Temis e Hera, e teve mais filhos, mas a lenda diz que seu primeiro filho homem foi Abel.

_ Abel? Mas quem raios é Abel? - perguntou Milo, incrédulo – nunca ouvi falar!

_ Eu sei – respondeu ela – eu mesma achei que tudo isso fosse apenas histórias, já que não existe nada muito comprovado nem documentado... enfim, Zeus teve outros filhos, como se sabe, mas Abel, seu primogênito, cobiçou sua colocação como rei das divindades e se auto-denominou Deus do Sol. Dizem que fez isso devido ao receio que tinha dos irmãos e de Hera, que como sabemos, era extremamente ciumenta e possessiva... Abel era um Deus forte, mas foi atacado por seu irmão Apolo, que o venceu e ganhou de Zeus o título de Deus do Sol. Hera fez com que Zeus apagasse quase tudo que se sabia sobre Abel e sua existência, e pelo que dizem as lendas, ele havia sido exilado no Tártaro com seu Cosmo enfraquecido, quase como um cosmo de um mortal.... as poucas coisas que já li sobre Abel citavam essa gravura, de um sol com cinco raios... exatamente como esse. Dizem que ele possuía seguidores entre os humanos, que queimavam com ferro quente seu símbolo em suas nucas... mas.. eu sempre achei que fosse apenas lenda!

_Isso tudo parece besteira, que história maluca! 

_Milo, pode sim ser besteira e talvez Abel não passe de lendas dos antigos gregos, mas estes homens estão com seu símbolo em suas vestes... e em suas nucas! Além do mais, estão atrás do artefato. Não sabemos o que aconteceria caso um artefato deste caia nas mãos de mortais, imagina nas mãos de um Deus que deve estar muito bravo e vingativo! Se realmente a história de Abel for verdadeira, ele voltou do exílio e do Tártaro... corremos grande perigo!

_Mesmo que isso não passe de besteiras, você tem razão, vamos tentar sair daqui e continuar procurando – disse o Escorpião - Segure nas minhas costas, vou nos levar de volta lá pra cima.

Continua….

 


Notas Finais


Amigos, por favor nao me matem!!
Eu sei que muitos odeiam o fillme e a história do Abel, que foi totalmente inventada pela Toei e cia. mas por isso mesmo eu resolvi usa-la! Humildemente estou disposta a tentar algo mais plausível e mais legalzinho do que o mote horrivel daquele filme!
Beijos e obrigada aos que continuarem lendo haha (nao me deixem hehehehe)!

LINK: https://www.letras.mus.br/johnny-cash/aint-no-grave/#mais-acessadas


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