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História Ring of Fire - (A) Solitary Man


Escrita por: Madison_Mermaid

Notas do Autor


Oi pessoal :)
Não vou conseguir postar nada provavelmente até quarta-feira, então como tava com tempo resolvi adiantar este cap.
Este capítulo me fez pensar muito em um ditado "das internets", que diz:
"Você acha que a vida é como um professor do cursinho de inglês que fala devagar pra você entender? A vida, meu amigo, é um Americano do interior do Texas".
Espero que gostem.

Capítulo 3 - (A) Solitary Man


Fanfic / Fanfiction Ring of Fire - (A) Solitary Man


Don't know that I will
Não sei se irei

But until I can find me
Mas até que eu encontre

The girl who'll stay
Uma garota que ficará comigo

And won't play games behind me
E que não brincará pelas minhas costas

I'll be what I am
Serei o que sou

A solitary man
Um homem solitário

A solitary man
Um homem solitário

O Cavaleiro de Fênix havia chegado em Dallas horas atrás.
Ele descansava um pouco em seu quarto, no hotel onde ele e Shaina ficariam naquela noite antes de seguirem para uma cidade no estado do Arizona. Estava sentado sobre a cama king-size, encostado na cabeceira, de olhos fechados, sem camisa e sem sapatos. Queria aproveitar ao máximo os últimos momentos de paz que teria.
E ele pensava isso não pelo fato de estar saindo em missão. Sua vida andava monótona e aquela missão cairia bem. Acreditava que não seria nada muito difícil, mesmo depois de ler os relatórios enviados por Athena sobre o tal artefato e os problemas que vinha causando.
O que iria acabar com sua paz e provavelmente sua paciência era que ele teria um parceiro.
Preferia ter sido escalado sozinho, mas como não queria desafiar as ordens do Santuário, teria que lidar da melhor forma possível com o fato de ter alguém grudado a ele naquela missão. Aliás, alguéns. Como se ter um parceiro já não fosse irritante o suficiente, ele teria ainda a companhia da tal arqueóloga mencionada nos documentos.
Fora o fato de que Athena havia tido a brilhante idéia de enviar a mulher-cavaleiro Shaina como sua parceira. Ou seja, seriam duas mulheres tagarelando em sua orelha, o que ele detestava.
_ Parceiro de missão mais duas mulheres faladeiras. Matemática dos infernos! - murmurava.
Ikki não se lembrava muito de Shaina em combates, mas lembra-se de sua fama de ser uma das mais fortes entre as mulheres defensoras da Deusa. Também se lembrava do fato dela ser idiota o bastante para se apaixonar por Seiya, o que o fez dar um risinho pelo canto de sua boca.
Seu descanso foi atrapalhado pelo tocar do pequeno despertador que havia em um criado mudo ao lado da cama. Athena havia sido enfática com o fato de Shaina estar preocupada com a língua do país, então ele resolveu que a buscaria no aeroporto para evitar maiores problemas.
Seria um preço justo a se pagar para quem sabe ter mais um pouco de sossêgo.
Ele se banhou, se vestiu e pedindo um táxi se dirigiu até o aeroporto para encontrá-la.
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Uma hora e meia já havia se passado desde que Ikki estava no aeroporto esperando por Shaina, sentado em uma das cadeiras perto da porta onde as pessoas saiam após o desembarque. Àquela altura o vôo dela já deveria ter aterrizado e ela não teria passado desapercebida por ele, que esperava atento.
A chegada do vôo foi confirmada pelo painel de decolagens e aterrizagens, quando ele resolveu checá-lo.
_Mas que caramba, onde está essa mulher? - disse, ao ler que o vôo já havia chegado há mais de 45 minutos.
Ele então resolveu esperar mais um pouco.
Meia hora depois, nada de Shaina. Fênix se levantou e se proximou do local onde ficava a esteira de malas, talvez ela tivesse passado por ele, o que era improvável, e estivesse por ali. Foi quando reconheceu uma voz, que alterada, vinha do balcão de assistência de uma das empresas aéreas.
E lá estava ela. Encostada no balcão, batendo uma das mãos no topo do mesmo e segurando o dicionário que havia comprado, na outra. Tentava falar com os atendentes que, um pouco afastados do balcão, olhavam para ela com espanto e tentavam em vão acalmá-la.
Shaina, de tão nervosa e cansada que estava, misturava grego, italiano e um pouco de seu precário inglês, o que dificultava ainda mais que fosse entendida. Apontando para o dicionário, ela tentava dizer:
_Aonde estão as porcarias das minhas coisas?? Vocês perderam minha mala e a caixa com o ítem histórico, vocês estão loucos? Bando de desgraçados, dessa empresa aérea de bosta! Exijo saber onde foram parar as minhas coisas, senão eu juro que destruo tudo isso aqui!!
Os atendentes falavam mas ela não entendia nada, ainda mais com aquele sotaque dos infernos que eles tinham.
_ Eu exijo saber aonde estão as minhas coisas! - e tacou o dicionário no chão, que caiu bem aos pés de Ikki, que se aproximava.
Ele o recolheu e o entregou para ela, sem nada dizer. Depois começou a falar com os atendentes, que pareceram aliviados por estarem se comunicando com alguém que conseguiam entender.
_Pois o que está acontecendo? Perderam as malas dela, é isso que entendi?
_Senhor – respondeu um deles – o senhor conhece esta senhorita?
_Conheço sim, agora me expliquem o que está acontecendo. – disse Ikki, com um tom muito sério.
Shaina ia começar a falar quando ele levantou a mão fazendo um sinal para que ela se calasse. Ela não gostou muito da atitude do Cavaleiro de Fênix, mas pelo menos ele parecia entender e ser entendido por aqueles idiotas, então deixou que ele continuasse a falar com eles.
_Senhor, estávamos falando para ela que as bagagens foram extraviadas, e foram localizadas no Havaí. A previsão de chegada é em dois dias, portanto a cia. aérea pede desculpas pelo transtorno e irá providenciar compensações, como um cheque para que ela compre algumas roupas e uma passagem cortesia. O senhor poderia explicar isso a ela? - e entregou a Ikki alguns papéis.
_Hum... - respondeu o Cavaleiro, colocando uma das mãos em sua cintura e com a outra massageando sua testa, de olhos fechados. - A caixa de prata com o item histórico está sob cuidado de vocês? Está segura?
_Sim, senhor. Infelizmente pela logística de voôs não temos como trazê-los antes, mas está segura e toda documentada, tratando-se de propriedade da Fundação GRAAD seremos extra cuidadosos.
_Tem algo mais que possam fazer sobre isso? - perguntou.
_Infelizmente não, senhor. - respondeu o atentende.
Ikki então se virou para Shaina e disse, em grego:
_Shaina, vamos para o hotel. Sua mala e a Armadura foram extraviadas e estarão aqui em dois dias.
_O quê? Como assim, Ikki? Onde que foram parar? - gritou ela.
_Ora mulher, acalme-se! - disse, em um tom mais alto – Elas estão no Havaí e vão chegar aqui em dois dias. Vamos ter que esperar. Já que você não consegue se comunicar com eles eu vou providenciar que mudem nosso vôo de amanhã para daqui dois dias e fazer com que paguem as noites extras no hotel, além de algumas outras compensações que já irão lhe dar.
Shaina começou a balançar sua cabeça, incrédula. Mas deixou que Ikki cuidasse então da situação.
Ele conversou novamente com o atendente, e depois de 20 minutos havia resolvido os demais problemas. Fora o ar intimidador de Ikki, era muito forte o peso que o nome da fundação tinha, o que fazia com que as coisas fluissem melhor.
_Agora, vamos para o hotel. Eles emitiram um cheque para que você possa comprar roupas e alguma coisa mais que necessite nestes dois dias, e pode ir até uma loja depois. - disse para a Amazona, que estava ali, parada ao lado dele, olhando atenta a toda a conversa, mesmo sem entender muito do que era dito.
_Mas Ikki, escute ... - dizia ela, quando percebeu que ele já tinha dado as costas e estava caminhando para a porta de saída.
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O leonino já estava do lado de fora quando ela o alcançou, e fazia sinais para que algum taxi parasse.
_Ikki, obrigada pela ajuda, mas tem certeza de que eles trarão as coisas em dois dias? A caixa com a Armadura está segura?
O Cavaleiro, que soltou um suspiro (pois pensava: “mas mal chegou, já me deu problemas e está tagarelando na minha orelha”) disse (tentando manter certa cordialidade, afinal eles estariam juntos por alguns dias):
_Sim, Shaina. Sua Armadura está segura. Não temos o que fazer portanto trate de se conformar.
Shaina estava contrariada e por isso fechou seu semblante. Eles entraram num taxi e seguiram para o hotel.
Durante a corrida, ela acabou soltando um pouco daquele semblante sério e bravo ao observar as paisagens do caminho. Reparou como tudo era muito bem organizado em relação à sinalizações de trânsito, como as ruas eram limpas e algumas construções que pareciam enormes lojas eram muito distantes uma das outras, e como não haviam pedestres. Reparou também nas várias árvores e flores que contrastavam com os grandes arranha céus que podia-se ver aos fundos da auto estrada. Outra coisa que lhe chamou a atenção foi o fato de quase todos os carros serem enormes. Geralmente os carros na Grécia, ou outros locais da Europa e no Japão eram bem menores. Mas ali, a abundância de grandes caminhonetes que tinham enormes rodas e pareciam muito maiores devido a este aspecto chegava a ser ridícula. Ela acabou soltando uma risadinha, pois pensou: “Este tamanho todo dos carros deve ser para compensar a falta de tamanho de certas partes”.
Ikki, que estava calado até então, percebendo seu riso comentou:
_Vejo que está mais calma. Não sei se reparou mas você quase matou aqueles atendentes de medo.
_Nem me fale, Ikki, como eles conseguem fazer isso com a bagagem de alguém? É a unica coisa que eles fazem da vida, e conseguem fazer errado.... E isso vai acabar prejudicando nossos planos, pois iriamos sair amanhã para buscar a tal Arqueóloga, certo?
_ Sim. Mas não há o que possamos fazer, então já está resolvido – disse ele, olhando pela janela.
_Tem certeza? Não tem nada mesmo que possamos fazer para resolver mais rápido? Tenho medo que prejudique na missão....
A insistência de Shaina em comentar pela segunda vez sobre aquele assunto o deixou bravo e fez com que dissesse com rispidez em sua voz:
_Mas que coisa, mulher, já não lhe falei que não há o que fazer? Tenha paciência, você está agindo como uma pessoa despreparada, nem parece uma mulher cavaleiro!
_Do que me chamou? - perguntou ela, ajeitando-se em uma postura mais ereta no banco e encarando o Cavaleiro de Fênix.
_Mulher Cavaleiro. Está surda, Shaina?
A expressão que tomou o rosto de Shaina foi tão brava que fez com que o taxista que curioso observava os dois pelo retrovisor, se encolhesse em seu banco.
_ “Mulher Cavaleiro”? “Mulher Cavaleiro”? Ora Ikki de Fênix, pensei que você fosse muito mais esperto que isso! - gritou ela, fazendo com que o motorista desejasse que seu taxi fosse do modelo que tinha uma janelinha separando os passageiros do motorista.
Ikki havia sido pego de surpresa com aquela resposta, afinal, ele era acostumado a ser muito mais respeitado do que aquilo e em raríssimas vezes alguém levantava a voz para ele daquela maneira. Por isso, arregalou os olhos e sua reação demorou alguns segundos, afinal de contas quem ela pensava que era? Ele disse então, já com a voz bem alterada:
_Que diabos está dizendo, mulher? Como assim você me diz que não sou esperto? Ou seja, como ousa me chamar de idiota? Você perdeu a droga do juízo?
E apontando seu dedo para o rosto de Ikki, ela disse:
_Pois Mulher Cavaleiro não existe, seu parvo! Eu sei que era assim que alguns nos chamavam na época de Ares, o que sempre foi muito ridículo afinal o correto é Amazona. Entendeu? A-MA-ZO-NA. Nunca mais me chame de Mulher Cavaleiro. Isso é muita falta de respeito!
_Olha Shaina, eu sabia que seria um martírio trabalhar com alguém, só não achava que começaria a ser tão cedo, francamente... – respondeu o leonino, olhando pela janela ao seu lado, franzindo seu cenho e cruzando os braços.
Shaina também cruzou seus braços e começou a olhar pela sua janela, com uma expressão nada boa.
O motorista mentalmente agradecia por eles estarem a menos de cinco minutos do hotel de destino.
Continua...
 


Notas Finais


Link do cap: https://www.letras.mus.br/johnny-cash/437886/ (Solitary Man)

OBS: A série do Kurumada parece as novelas da Globo, onde o pessoal viaja instantâneamente (mesmo sem ser o Mu, o Kiki ou o Shaka) do Japão pra Grécia, da Grécia pra Asgard e etc. E eles falam uma lingua universal, que pode ser o japonês mas que seria muito mais lógico que fosse o Grego, não concordam? Embora em algumas etapas algumas palavras em grego aparecesse e a galerinha ficava discutindo a tradução, nervosos (afinal que raios é AXIA heim Shun??), eu tomei uma pequena Liberdade a mais coloquei que eles se comunicam em grego, sendo essa a língua comum entre todos os 88 cavaleiros de Athena, que vieram de tudo que é canto do mundo.

Outra coisa, Gota Mágica que começou chamando de Amazona e mudou pra Mulher Cavaleiro. Never Forget.

Beijos e muito obrigada!


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