1. Spirit Fanfics >
  2. Rise >
  3. The Fire

História Rise - The Fire


Escrita por: FicsInformal

Notas do Autor


Hello people ^^

Capítulo 2 - The Fire


Fanfic / Fanfiction Rise - The Fire

                                                               F O G O

 

De todos os locais que aquela ilha apresentava, eu podia andar por apenas um terço dela. Isso se deve a minha habilidade. Aquela que nos queima, nos esquenta e provavelmente, nos atormenta. O fogo.

Por algum motivo, nós fomos deixados de lado no momento em que começamos a demonstrar as nossas habilidades, em coisas que talvez os outros não estivessem tão satisfeitos. Posso sugerir queimar as plantações, queimar pessoas e tudo que envolva o verbo queimar.

Ao contrário do que eles pensam, não estamos vivendo aqui só com o objetivo de prejudicar alguém. Temos nossas responsabilidades, nossos deveres e coisas que eles realmente precisam que a gente ajude. Como por exemplo, quando o inverno chega, o local mais quente de toda aquela ilha, é o nosso prédio.

Eles pedem que a gente ajude acendendo algumas tochas nos prédios deles. Há muito tempo eu não vejo mais ninguém ajudar, pelo simples fato deles nunca retribuírem. Não queremos dinheiro ou algo do tipo, queremos apenas um “obrigado”.

O pessoal do ar tem uma implicância natural com a gente, o pessoal da terra tem receio, e o pessoal da água não tem nenhum tipo de medo ou insegurança quando o assunto é “fogo”. Eles podem apagar todas as chamas que estão no nosso local, não conseguimos fazer muita coisa contra eles.

Sendo assim, a maior parte das pessoas que possuem essa habilidade, optam por ficar estudando ou se divertindo dentro do prédio. Evidentemente, alguns gostam de sair por aí para causar algum tipo de problema. É assim que protestamos, mesmo que seja da forma errada.

Meu nome é Alice Walker. Por incrível que pareça, sou a representante desse incrível elemento que todos odeiam por algum motivo. Sim, faço parte do pessoal que causa encrenca, em vez de estudar como outros. Moramos nessa ilha de catorze até os vinte e dois anos, e agora completarei dezoito.

                Meus cabelos são castanhos escuros, assim como meus olhos. Minha pele é um pouco clara, mas que eu prefiro quando ganha um bronze. Acho que fica mais charmoso, não entendo o porquê de eu achar isso.

----***----

Acordei sentindo alguém me cutucando.

Nem em final de semana eu conseguia ficar em paz. Desde que me formei no colegial, estou acordando o mais tarde possível. O que não está sendo possível, porque minha querida amiga e colega de quarto, Thalia me acorda ás seis horas da manhã.

Que garota chata, sinceramente.

-Aconteceu alguma coisa? –perguntei esfregando os olhos.

-Sim. –ela falou se sentando na cama à frente da minha- O estoque de comida aqui está acabando, precisamos ir ao centro.

Revirei os olhos.

“O centro” é o pior lugar dessa ilha. Pessoas de todos os elementos dessa ilha ficam rodeando por ali, negociando comida, roupas, aparelhos e etc. Claro que eu vou lá ás vezes, mas nunca sou recebida com tanta alegria.

Todos mantém respeito. Se você agredir a alguém só porque você não gosta da habilidade dela, lamento, mas você será expulso na hora. Não tem negociação, apenas aceitação.

Por isso eu não agrido ninguém, apenas infernizo.

-Precisamos mesmo ir? –indaguei ainda irritada.

Ela assentiu com a cabeça. Algum dia eu mato essa garota, estou falando sério. O problema de ser representante é que você que se responsabiliza por essas coisas. Eu nunca pedi para ser isso, mas ás vezes é bom ter um poder sobre alguns.

Ainda cansada, levantei e peguei algumas roupas. Tomei o meu “banho” e me vesti. Não, nós não molhamos as nossas mãos na hora do banho. Sempre usamos luvas especiais para isso, porque por algum motivo, nossas mãos “foguinhas” (como minha querida amiga Isabelle apelidou) não podem ter contato direto com a água.

-Você não é obrigada a ir. –falei a encarando, enquanto andávamos pelo caminho na floresta para chegarmos ao centro- Você sabe disso. Por que está querendo ir ao centro?

-Precaução. –ela respondeu, olhando para os próprios pés.

Eu conheço essa garota, sei que ela está escondendo alguma coisa. E eu não admito isso.

-Ontem você leu o jornal? –ela perguntou mudando de assunto. Que ridícula, escondendo coisas de sua melhor amiga- Sobre o caso daqueles dois de elementos diferentes que estavam namorando.

Sim, eu tinha ouvido falar sobre isso. Ainda não entendo o motivo de todos ficarem tão chocados quando escutam algo sobre isso. Meus avós paternos não eram do mesmo elemento, meu avô era de Terra e minha avó de Fogo.

Nunca achei isso errado, na verdade, acho até bem divertido.

-Claro que eu li. Sou representante, preciso estar ciente de tudo que está acontecendo aqui nessa ilha. –retruquei- Só não entendo o porquê daquela polêmica. Pensei que estávamos em um século onde não existiam pensamentos assim.

-Pensou errado. –ela cruzou os braços- Ainda há pessoas que não aceitam duas pessoas de elementos diferentes tendo um caso.

Sim, eu conheço muito bem a minha amiga. Ela quase nunca se esquenta com essas notícias, porque ela sempre foi ciente de como as coisas são por aqui. Por isso eu sei que tem algo errado.

Provavelmente, ela está apaixonada por alguém de um elemento diferente. Hm... Não é uma teoria tão ruim. Levando em conta que esses últimos dias ela têm saído muito. Essa garota acha que eu não sei nada sobre ela.

                Quando me toquei, já estávamos ouvindo várias vozes. Risos, discussões e conversas, uma sociedade quase completa. Podíamos notas os tons de amarelo, verde e azul por ali, e nenhum de vermelho.

-Respira fundo. –murmurei a Thalia- Não será tão fácil quanto você pensa.

Ela assentiu.

-Nunca achei que fosse fácil. –ela respondeu.

Então finalmente chegamos ao local. O centro como sempre, estava completamente cheio. Há tempo que não venho aqui, não sei por onde começar. Olhei mais a frente e vi as feiras que eu com certeza temos que ir, não poderia fugir.

Então senti alguém me cutucando. Era Thalia, ela parecia meio receosa.

-O que foi? –perguntei.

-Eles. –ela retrucou- Eles estão nos encarando.

-Eu não me importo. –falei dando de ombros e prosseguindo meu caminho até o lugar onde eu deveria ir.

Realmente, muitos nos olhavam com aquelas mesmas caras de sempre. Não sei se eles sabem, mas nós somos as pessoas que mais os ajudam quando sentem frio. Mas é claro que o governo desse lugar nunca revelou isso.

Fui até a barraca onde estava negociando o lance da comida. A pessoa que me atendeu usa verde, com certeza é do elemento terra.

A mulher que estava cuidando dali mordeu o lábio inferior, parecia bem desconfortável.

-Bom dia. –falei, sem ouvir resposta- Quando será a entrega do novo estoque?

-Mês que vem. –ela respondeu friamente. Fiquei parada à frente dela, até ela resolver perguntas se eu queria encomendar. Percebendo isso, ela falou com má vontade- Deseja encomendar?

Assenti sorrindo ironicamente.

A ruiva, que estava com um mau humor chato e estava me atendendo, virou para o lado e começou a anotar algumas coisas. Logo me entregou o papel e pediu que eu assinasse.

Quando eu acabei de assinar, percebi que Thalia não estava ao meu lado. Droga, eu não posso me perder dela.

-Muito obrigada pela sua ótima assistência. –despedi-me da ruiva- Espero que você não seja assim com todos. Têm alguns com uma personalidade como a sua que merecem ainda pior.

Sim, estou chateada. Mas tenho meus motivos.

Fingindo nem ouvir o xingamento da ruiva, fui atrás de Thalia. Com certeza seria bastante complicado de acha-la por ali. Todos os que me viam passando, tentavam sair de perto. Legal, assim eu não me esbarro em ninguém.

Ou pelo menos, eu não me esbarro na maioria.

Senti alguém se chocando contra mim. Pelos cabelos castanhos e pele bronzeada, achei que era Thalia. O que na verdade, eu estava bem enganada.

Era a irmã do representante do elemento água. Ela tem a mesma idade que eu, a pele bronzeada, cabelos castanhos que geralmente aparecem cacheados e olhos azuis. Uma garota metida, exibida e fresca. Sei disso porque pelo menos, não éramos proibidos de estudarmos no mesmo colégio que os outros, então eu pude conviver por vários anos com ela.

-Impressionante te ver aqui, Walker. –ela falou cruzando os braços e com desprezo- Achei que você soubesse que nenhum de nós queria ser queimado.

-Não começa Campbell. –indignei- Toda vez que você me encontra, faz um comentário ridículo e tenta me inferiorizar.

-É o certo. –ela falou.

Certo? Certo seria eu já ter dado um soco nela, mas eu nunca fiz isso. Só nunca fiz isso porque Thalia é uma pessoa certinha até demais, então ela nunca me deixa fazer coisas absurdas que poderiam gerar uma expulsão.

                -Desculpa caso eu tenha te incomodado pelo simples fato de eu estar aqui. –falei sorrindo com ironia e arqueando as sobrancelhas. Ela revirou os olhos e continuou irritada- Audrey Campbell, querida, você não fica tão bonita quando está irritada. Dá um sorrisinho.

-Você está de brincadeira com a minha cara?- ela indagou.

Sim, estou.

-Claro que não. –respondi rapidamente- Mas acho que eu tenho muitas coisas para resolver, e não vou perder meu tempo aqui discutindo com você.

Para variar, Thalia apareceu agora. Nos momentos certos ela não aparece.

Campbell e Thalia nem se falaram. Thalia não consegue odiar ninguém, mas Audrey Campbell é uma exceção.

-Espero que a gente não se esbarre mais. –Campbell falou se retirando com suas fiéis amiguinhas e seguidoras.

-Digo o mesmo... –murmurei.

E com isso, eu e Thalia deixamos aquele local com várias pessoas nos encarando, cochichando e até mesmo falando bem alto para que ouvíssemos.

Já aviso que eu não esquentarei ninguém no inverno.

                

                

                         


Notas Finais


Espero que tenham gostado <3
Beijinhos ^.^


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...