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História Rise. - Hope.


Escrita por: hyungwonaly

Notas do Autor


Yo!
Gente, como vocês sabem hoje é aniversário de um serzinho muito maravilhoso e que a cada dia fica mais maravilhoso. Como infelizmente eu não posso estar diante dele para dizer que o amo e lhe dar um abraço, eu decidi atualizar a fanfic com um capítulo que eu sinceramente julgo como meu favorito.
Acho que de todos, o único que realmente me emocionou enquanto eu escrevia era este. Então, leia com carinho, leia colocando o seu coração de fã do Minhyuk em primeiro lugar.
Me desculpem se houver algum erro de escrita, mas escrever com a visão embaçada é meio complicado - sim, eu estava chorando.
Me desculpem também se eu não atingir a expectativa, mas é que meu coração está a mil. Imaginem só quando chegar o aniversário do Hyungwon? Talvez eu vá a óbito. ~'laugh
Enfim, desculpem pela nota enorme.

Leia e me encontre nas notas finais. ~ Boa leitura! ♥

Capítulo 4 - Hope.


Hyung... onde você está?

Peculiarmente, suas mãos formigavam ao mesmo tempo que tremiam, estava ansioso, ao mesmo tempo que o nervosismo o corrompia.

Para o platinado, todas essas sensações eram novas, rodeadas de pensamentos que ele não era capaz de descrever, muito menos de processar.  Ele nunca acreditara nas falácias de pessoas que rodeavam as vielas empobrecidas em que ele costumava vagar durante as noites deprimentes, as quais ele via-se sem rumo e, mais do que nunca, um ser completamente invisível.

Não que essa não fosse a realidade, mas ele acabava por se sentir invisível para si mesmo.

Ele sofrera durante anos, mas agora ele estava ali... tentando compreender como sua vida mudara tanto em questão de poucos minutos.

Seus olhos mórbidos e curiosos esquadrinhavam cada detalhe daquele novo ambiente, que aos poucos ganhava a quase nula iluminação do novo dia que era presenteado com seus primeiros raios solares, ainda que fossem completamente cobertos pelas nuvens de inverno.

O sol era persistente.

Ele suspirou, levando seus dedos gélidos e trêmulos à vidraça da janela. Ali, eles deslizaram, precisos e expressivos, habilidosos como o rapaz lembrava que eram. E em questão de pouquíssimos minutos, desenhos se formavam ali. Completamente distraído, o homem solitário se perdera totalmente no seu pequeno mundo, onde ele poderia criar suas próprias ilusões frias e, para o olhar alheio, sem sentido algum.

— Por que você não desenha em um papel? — a voz sonolenta invadira os ouvidos do platinado, que rapidamente dispersou-se de seus infames devaneios e deixou que seus olhos buscassem a figura infantil atrás de si: — Têm vários papéis na escrivaninha, poderia ter pego alguns.

— E por que você não tente dormir mais um pouco? — ele tentou mudar o rumo do assunto, afinal se surpreendera com o fato do menino não se assustar com a sua presença: — Ainda está muito cedo.

— Eu realmente gosto de acordar cedo no inverno. — o menino riu, passando as mãozinhas pelo rosto levemente amassadinho: — Você já viu o nascer do sol em dias de inverno? É coloridinho, eu acho muito bonito.

Era verdade que o platinado nunca tivera tirado um minuto de seu tempo para apreciar a beleza daquela estação que fora um presente para si. Durante sua vida toda, ele acreditara que o frio, a ausência de cores... Para ele, tudo isso era um tremendo erro.

Ele era um erro.

Todavia, naquela manhã ele se sentia mais estável consigo mesmo, e pela primeira vez ele podia ver que de fato havia algo para desfrutar nos dias gélidos e obscuros de inverno.

— Por que você está aqui? — o garoto quebrara o silêncio ao se aproximar do mais alto. Suas mãos pequeninas repousaram sobre o parapeito da janela e ele se pôs nas pontas dos dedos para poder enxergar com mais detalhes os desenhos feitos pelo outro, estes que gradativamente escorriam pelos vidros e se desfaziam em forma de gotas que pingavam em seus dedos: — Acho que a mamãe não ficaria muito feliz em ver uma pessoa estranha no meu quarto.

— Acho que sua mãe também não ficaria nada feliz em saber que o filho dela estava andando pelas ruas sozinho durante a noite. — O mais alto o respondera sem pensar, e por um momento ele se praguejou por isso ao ver que o garoto abaixara a cabeça em completo lamento: — Me desculpe...

—  Você vai contar para ela?

— Não é como se eu pudesse fazer isso, mas...

O platinado fora interrompido por uma batida que viera da porta, o que fez o garotinho ao seu lado sobressaltar-se com o susto. Ele virou-se para o outro, com um leve aceno de mão, induzindo-o a se esconder, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa uma mulher de longos cabelos negros abriu a porta. Aparentava ter cerca de seus trinta anos, mas ainda assim era muito bonita aos olhos críticos do rapaz.

— Hyungwon? — ela lhe procurou, antes de finalmente adentrar o quarto ao ver que o menino estava próximo à janela. Seus olhos que antes estavam inchados e pequenininhos por conta do sono, agora estavam arregalados pelo susto. — Ouvi sua voz, então imaginei que você estaria acordado.

 O pequeno Chae não a respondeu.

Estava tão assustado que não era capaz de proferir uma palavra. E ao seu lado, o platinado se encontrava; em completo silêncio, com os olhos tranqüilos e o meio sorriso direcionado para aquela cena de afeto entre mãe e filho.

Ele pôde concluir que Hyungwon era mesmo um garoto amado, visto que sua mãe o enchia de mimos, como o café da manhã que acabara de levar para ele. A família em si não parecia ser rica, mas conviviam bem com um pouco que tinham.

O platinado apreciou todo aquele momento há poucos centímetros de distância, o suficiente para ver o olhar confuso do mais novo ao perceber que sua mãe passava ao lado do rapaz inúmeras vezes e sem perceber a sua presença.

O menino fez seu desjejum ao lado de sua mãe, esta que logo após deixou que o garoto recuperasse sua privacidade.

O pequeno levou a mão até o peito e suspirou fundo, como se estivesse aliviado.

— Então é você? — ele perguntou, voltando a olhar para o platinado.

— Eu o quê? — o rapaz ergueu uma das sobrancelhas e cruzou os braços ao indagar-lhe: — O que eu sou?

— Wonho hyung me falou sobre você. — ele respirou fundo: — Ele disse que o homem do gelo viria até minha casa.

— É mesmo? — O platinado novamente se aproximou do menor, e se sentou no chão, bem em sua frente: — E o que ele disse para você?

— Disse que você viria para cuidar de mim... — Hyungwon se lamentou.

— Você não parece muito feliz com isso.

— Eu gosto do Wonho hyung, mas saber que ele foi embora me deixa triste...

— Como sabe que ele foi embora?

— Ele não está aqui...

— Pode ser que ele volte.

— Agora você está aqui, então ele não vai voltar.

O platinado nem sabia mais o que dizer, afinal Hyungwon estava certo; Wonho não voltaria mais, pelo menos não com a freqüência que ele provavelmente comparecia antes da chegada dele. Afinal, ele possuía a sua própria criança. No entanto, conhecendo o pouco da sua gentileza, sabia que ele não seria capaz de desistir completamente do menino.

— Como você se chama? — Chae novamente proferiu, quebrando o silêncio que os tomara por alguns minutos: — Se você será o responsável por mim, eu preciso pelo menos saber o seu nome.

— Bom... — agora fora a vez do platinado suspirar. Ele nunca se sentira tão cabisbaixo com uma pergunta antes: — Seria muito estranho se eu dissesse que não tenho um nome?

— Seria triste...

— Infelizmente, a minha vida é triste.

— Então eu vou te chamar de... — O menino levou uma das mãos à testa e fechou os olhos, como se estivesse pensando muito. O platinado não podia negar que aquela cena era... fofa: — O que você acha de Minhyuk?

— M-Minhyuk?

— É, você gosta?

— Eu... — A verdade era que o mais alto gostara demais do nome. Ele se sentira especial: — Por que Minhyuk?

— Você não vai rir, não é? — O garotinho se encolheu, e olhou com um ar de preocupação para o mais velho que rapidamente negou com a cabeça: — Eu sempre fui muito sozinho, por isso eu... eu tive um amigo imaginário.

— E então?

— O nome dele era Minhyuk... ele cuidava de mim quando eu estava muito triste por ser... sozinho.

— Sozinho...

Agora o platinado finalmente conseguia entender o que aquilo tudo significava. Desde o principio, nunca percebera o que se passava com Hyungwon e o porquê dele precisar de um guardião.

Ele e o menino não eram muito diferentes, muito pelo contrário; eles eram iguais.

Ele se surpreendera com o quão inteligente Hyungwon podia ser, mesmo com a pouca idade. Ele caminhava para os seus doze anos, mas a sua mentalidade se assemelhava com a de um jovem de dezoito anos.

Ao contrário do que poderiam pensar, isso não era uma coisa boa; significava que Hyungwon havia perdido a sua áurea infantil. Ele fora obrigado a crescer muito rápido, ainda que o seu corpo não acompanhasse esse crescimento precoce.

Chae Hyungwon era mais uma das muitas crianças que haviam se perdido no mundo cruel e opressor, e por isso ele precisava de ajuda para se encontrar.

 

 

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Dois anos se passaram.

Minhyuk e Hyungwon se tornavam mais próximos a cada dia, e esse laço se tornava ainda mais forte. Era uma amizade muito bonita de se ver.

Minhyuk havia aprendido a sorrir com mais frequência, afinal agora ele não era mais solitário. Na realidade, ele e o garoto eram solitários juntos. Ele via que o mais novo vivia sem amigos, mesmo depois do tempo que passara, mas mesmo assim ele não se importava, afinal ele tinha Minhyuk.

Hyungwon, por sua vez, a cada ano que passava, ele ficava mais gracioso; o garoto já não era mais raquítico, sua expressão já não era mais entristecida, e agora ele já era acostumado a se defender sozinho.

Minhyuk sempre o acompanhava durante os dias de inverno, e até mesmo nas outras estações; ele havia parado de se esconder. Ele sentia que precisava de Hyungwon durante os seus dias eternos.

Naquela manhã de novembro em questão, os dois estavam no mesmo lugar onde se conheceram; Hyungwon estava sentado no chão, com Minhyuk ao seu lado. Eles estavam assistindo o nascer do sol juntos; o garoto nunca perdera seu habito, e acabara por corromper o outro.

— Hyung... — Won chamou, quebrando o silêncio que existia entre os dois e capturando a atenção do outro rapaz: — Quando você faz aniversário?

— Como?

— É que você esteve comigo nos meus últimos aniversários, mas eu ainda não sei quando é o seu...

— Bom, isso nem eu sei. — Minhyuk riu.

— Isso não é engraçado... — Hyungwon fechou sua expressão ao olhar para o amigo e não demorou para puxar um caderninho da mochila que carregava. Era um caderno diferente daqueles que Minhyuk costumava ver em suas mãos; era cheio de números e pequenas tabelas: — Olha, hoje é dia três de novembro.

— O que tem?

— Hoje faz exatamente dois anos que nos conhecemos, Hyung. — O Chae deu um leve soco em seu ombro: — Você realmente é muito esquecido.

— Me desculpe. — Minhyuk riu novamente, antes de formar uma falsa expressão de tristeza: — Mas mesmo assim... O que tem?

— O que você acha de tirar esta data para comemorar o seu aniversário?

— Mas Hyungwon, e se eu não tiver nascido neste dia?

— Você é capaz de provar isso?

— Não, mas... — ele suspirou: — Por que isso é tão importante?

— Porque o aniversário de alguém é uma data especial, Hyung. — fora a vez dele suspirar, antes de continuar a explicação: — Minha mãe me diz que é uma data que diz que você está ficando mais experiente.

— E se eu não tiver ficado mais experiente?

— É simbólico! — ele protestou, jogando o caderninho na direção do platinado: — Deixa, por favor.

— Hyungwon, eu não sei...

— Você nem tem que pensar, sabe. — Hyungwon era mesmo um garoto teimoso, mas por algum motivo ele fazia Minhyuk sorrir com essa teimosia: — Eu sei que você não é um ‘’ser humano normal’’... — Ele fez aspas com os dedos: — Mas isso não significa que você tem que agir e viver como se não fosse um. Posso te garantir que você vai se divertir muito em ter um dia para chamar de seu.

— Certo, você venceu. Mas...

— Mas o quê?

— Quantos anos eu estou fazendo? Você sabe que a cada ano que passa é só mais um ano, afinal eu não envelheço.

— Você parece que tem dezoito anos, no máximo... — Hyungwon ficou pensativo durante alguns segundos: — Todo ano será seu aniversário de dezoito anos, e quando eu ficar mais velho, você terá que me respeitar.

Com a última sentença que abandonara os lábios de Hyungwon, os dois acabaram se entregando às risadas.

Durante esses dois anos que haviam se passado, o platinado ainda não podia ser visto, mas isso simplesmente parou de lhe incomodar. Ele não precisava que ninguém mais o visse, além de Hyungwon. O garoto havia lhe mostrado durante aquele tempo que ele podia ser feliz com pouco, e que o pouco podia se tornar muito.

Afinal, ele não tinha apenas ganhado um nome e uma data de aniversário simbólica, ele tinha ganhado mais cinco amigos além do pequeno Chae – que já não era mais tão pequeno assim.

Sua relação ainda era um pouco complicada com Jooheon, mas até mesmo ele aprendera a lidar com o espírito competitivo do guardião dos dias pascoais.

Minhyuk havia aprendido o que é felicidade; um sentimento que ele jamais seria capaz de conhecer sem ter deixado que Hyungwon passasse pela sua vida.

Em todos os dias ele agradecia à Lua por ter lhe ensinado o que é esperança. 

 

 

 


Notas Finais


Yo again;
É o capítulo ficou um pouco curtinho, mas é que eu realmente queria postar antes deste dia acabar. Eu passei o dia todo no twitter ajudando com a hashtag #MINHYUKDAY, inclusive, se você está lendo isso e ainda é o dia dele, não deixe essa tag morrer, pls. ♥
Outra coisa, agora serei um pouco mais séria... Dêem muito amor para o Minhyuk. Não apenas para ele, mas para o Monsta X todo. Eles precisam de nós, os fãs, assim como também nós precisamos deles. Apoiem eles com unhas e dentes, porque tudo que eles fazem é para nos alegrar... Eles pensam na gente, e eles sabem que nós existimos sim!
Então, por favor, não deixe de votar neles para o MAMA 2016: http://mama.mwave.me/vote?page=home
Também não deixem de apoiar eles com as visualizações em Fighter: https://www.youtube.com/watch?v=5jTtU9VNALs
Não vai machucar ninguém tirar uns minutos para ouvir essa música maravilhosa.
Amem muito o Monsta X, porque podem ter certeza que eles nos amam muito. ♥ E mais uma vez, lembrem de tirar um minuto para enaltecer o Minhy em público hoje. ♥ ~laugh

Bom, eu falei de mais, mas acho que eu finalizei com os avisos.
Espero que vocês tenham gostado do capítulo, que tenha significado para vocês tanto quanto significou para mim.
Muito, muito, muito obrigada a quem favoritou, a quem comentou, e também a quem apenas leu. Muito obrigada mesmo! ♥
Me deixem recadinhos?

Obs: Eu criei um twitter hoje (na verdade, reativei a minha conta), então, se quiserem conversar comigo, fiquem à vontade. Juro que sou legal ♥: twitter.com/Wonb4b


Sayo. ~♥


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