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História Rise. - Heart.


Escrita por: hyungwonaly

Notas do Autor


Yo. ~
Eu admito que pensei que atualizaria a fanfic com mais rapidez, mas infelizmente não deu. Eu peço desculpas.
Mas por agora, eu prefiro apenas que vocês leiam com carinho e me encontrem nas notas finais, okay?

Boa leitura! 💕

Capítulo 5 - Heart.


Hyung... Onde você está?

Já havia anoitecido, e a casa pequenina e isolada no alto das montanhas se encontrava iluminada unicamente pelas velas que estavam perdidas pelos cantos dos cômodos. O local era devidamente obscuro, bem como seu dono que estava sentado no parapeito da janela de seu pequeno quarto, contemplando a noite que para si era o momento mais admirável e revigorante. 

A brisa gélida e noturna batia contra os cabelos negros de Changkyun e adentrava diretamente em seu corpo, fazendo com que a jovialidade presente em si se revigorasse. 

Ah, como ele adorava a noite. 

O sobretudo igualmente negro se encontrava jogado pelo chão, permitindo assim que seus braços se encontrassem desnudos e livres para receber aquele refresco que só cabia àquela hora. 

Changkyun estava em paz, livre de qualquer pensamento. Apenas reservado para si e para seu momento de rei, onde as auras obscuras e maldosas vagavam por aquele ambiente e o faziam sorrir, feliz em poder aprisionar todas dentro de si. 

Para muitos, ele era maldoso, mas era através deste mal que o bem vinha à tona. 

— Oh, então você está aí. — A voz quebrara o momento solicito de Changkyun, que levantou, debruçou-se sobre o parapeito da janela e sorriu para o céu, afinal já conhecia o pertencente daquela tonalidade tão leve e gentil. 

— Eu moro aqui. — Changkyun riu sarcástico antes de virar-se para o outro e prosseguir: — Mas a pergunta que não quer calar é: o que o Senhor Certinho está fazendo aqui? Suas crianças precisam de ti. 

— Eu acho que já consegui me desfazer de todo o seu trabalho sujo. 

— Meus parabéns, Kihyun. — Changkyun bateu palmas, completamente irônico. 

— Me poupe do seu sarcasmo, Changkyun. — O menor revirou os olhos, cruzando os braços e bufando logo em seguida: — É justamente sobre isso que nós precisamos conversar. 

— Eu não tenho absolutamente nada para conversar. — Changkyun deu de ombros. — Você deveria ir embora. 

— Mas você vai me ouvir! — Kihyun nem percebera quando seu tom de voz se elevou e fez com que aquele sorriso irônico crescesse nos lábios do outro. — Por que você é tão idiota? Você está machucando o psicológico das crianças. Você não pode criar ilusões tão assustadoras e...

— Kihyun, esse é o meu trabalho. 

— Não! — Ele o contrariou, irritado com a serenidade de Changkyun: — Você não pode fazer isso! 

— Você deveria me agradecer, afinal se não fosse por mim grande parte dessas crianças que você tanto ama hoje estariam completamente perdidas em um mundo caótico e desprezível. Você deveria estar feliz por alguém como eu estar disposto a puní-las. 

— Punir é uma coisa, Changkyun, mas você é um ridículo. Hoje eu fui obrigado a lidar com lágrimas, e você sabe que eu não consigo fazer isso direito, eu... 

— Ah, então isso tudo é por você, e não pelas crianças. 

Neste momento, uma risada igualmente sarcástica se manifestou através dos lábios sorridentes de Changkyun, o que fez Kihyun arregalar os olhos pequeninos e engolir suas próprias palavras. 

— Eu... 

— Você é tão egoísta quanto eu, Kihyun. — E então, fora a vez de Changkyun se aproximar do outro. Estava não próximo que conseguia olhar diretamente em seus olhos e sentir a respiração alheia batendo contra o seu rosto: — E eu gosto disso. 

— O-O quê?! — Kihyun riu soprado, achando completamente ridícula aquela sentença de Changkyun. Ele não era egoísta, e pensar nisso realmente o fizeram rir por dentro: — Pare de blefar, eu acho que... 

Kihyun não conseguiu finalizar. 

Ele fora interrompido pelos lábios de Changkyun sobre os seus, que lhe interrompera seus dizeres.

Suas mãos pousaram sobre o peito alheio, enquanto sentia as semelhantes grandes do outro lhe tomando pela cintura enquanto os lábios se envolviam em um beijo latente de sentimentos até que a respiração se tornasse escassa e Changkyun novamente pudesse lhe expor aquele sorriso maldoso que agora, para Kihyun, passara a torná-lo completamente sedutor. 

— Eu acho que você me quer. — Changkyun sentenciou, o puxando para mais perto de si. 

— Eu odeio você. — Kihyun ofegou. 

— Eu adoro quando você fica irritado desse jeito.

Assim, o diálogo dos dois rapazes se finalizou com mais um beijo. Dessa vez, o mesmo fora iniciado por Kihyun, que enlaçara seu pescoço com os braços, almejando aprofundar aquele contato. 

A verdade era que a relação dos dois era baseada unicamente nisso: brigas e mais brigas, que resultavam em uma noite tomada por desejos. 

Aquela não era a primeira vez que isso acontecia, e provavelmente não seria a última também. Kihyun adorava o modo como fazia Changkyun sair do seu estado de solidão e frieza para tornar-se caloroso e receptivo. Bem como Changkyun gostava de ver Kihyun saindo do seu estado de serenidade e encarando um outro mundo completamente cheio de loucura e luxúria. 

As mãos de Changkyun passeavam pelo corpo do outro como se criasse uma trilha e desenhasse cada um de seus membros, com detalhes. 

Kihyun apenas suspirava com os beijos sugestivos que recebia, que exploravam sua pele e, por fim, o marcavam em tons avermelhados. 

E lá estava ele mais uma vez, nos braços daquele rapaz obscuro que tanto atiçava seus nervos e o deixava irritado. Lá estava ele, sendo carregado para uma cama novamente, onde as roupas de ambos eram descartadas e se encontravam no chão. Lá estava ele afastando as suas pernas para envolver o corpo desnudo e bem delineado de Changkyun. 

Ele estava viciado, viciado naquela envolvência das peles suadas e desgastadas pelo desejo evidente de ambos. 

 

Kihyun e Changkyun eram amantes que possuíam uma relação de amor e ódio. E no fim das contas, ambos amavam isso. Amavam ser irresistíveis ao ver do outro. Adoravam tornar-se apenas um na penumbra da noite. 

Para Kihyun, aquele era de fato o único momento que podia ouvir a voz grave e rouca de Changkyun bem próximo de seu ouvido lhe dizendo coisas bonitas que não fossem veladas por ofensas que sempre lhe eram dedicadas durante as incontáveis brigas. 

Nada era mais gratificante do que ouvir os gemidos frenéticos sendo ecoados pelo quarto inteiramente iluminado por velas. 

Em momentos como aquele, não existia eternidade, não existia magia, não existia criança, não existia maldade ou bondade... Existia apenas aqueles dois rapazes presos em seu mundo de luxúria e desejo. 

As costas empalidecidas de Changkyun eram como uma tela perfeita para que as unhas de Kihyun pudessem desenhar num perfeito tom de rubro, enquanto os lábios do amante marcavam a sua pele com nódoas arroxeadas. 

E àquele ato só se findava no momento que ambos se desfaziam em completo êxtase. 

Changkyun, por fim, deitava-se ao lado de Kihyun e o acolhia em seus braços e o fazia se sentir amado, de alguma forma, por mais que em nenhum eles se confessassem ou pudessem distinguir algum sentimento além do desejo sexual e carnal que gritava em ambos. 

Dessa maneira, Changkyun se despedia da sua tão amada noite ao fechar os olhos e relaxar com as carícias do seu confidente. 

 

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 

Mais um dia começaria para Hyungwon, ou seja, mais um desafio. 

Naquela manhã, o garoto finalmente iria se despedir de suas férias. Ele estava tenso e não conseguia ver através do espelho uma imagem que o agradasse. Estava nervoso por finalmente ter que encarar o assustador ensino médio. Em todas as vezes que ouvira sobre o colegial, sempre era a mesma coisa: um lugar horrível, com pessoas horríveis e com os hormônios gritando. 

Hyungwon não estava preparado para isso, ele queria simplesmente parar no tempo e esquecer que precisava crescer e encarar um novo padrão de vida. 

— Olha só pra você... — Disse Minhyuk ao entrar pela janela do quarto do garoto, o que fez Chae se sobressaltar com o pequeno susto: — Você está muito bonito. 

— Não precisa mentir para mim. — Hyungwon contrariou, virando-se para o outro, o que condenou o desastre que era quando se tratava de dar nó em uma gravata; ele não sabia fazer isso: — É impossível!

— Vamos, deixe-me fazer isso. — Minhyuk se aproximou do garoto e levou suas mãos até a gravata azulada que o mesmo usava. Sem muito esforço, o platinado jogava a peça de um lado para o outro, até que rapidamente o laço havia se tornado: — Pronto. 

— Como que você conseguiu fazer isso? — Hyungwon questionou, embasbacado: — Pensei que você não sabia fazer coisas assim. 

— E não sabia. — Minhyuk riu. — Mas eu já vi muitas pessoas fazendo, e acho que acabei aprendendo. 

Hyungwon concordou com a cabeça e sorriu em resposta. Era verdade que o menino achava Minhyuk incrível de todas as formas possíveis; ele era bonito, conseguia fazer coisas muito legais no inverno, e ainda assim, mesmo sabendo que não era como ele, conseguia se comportar devidamente como um ser humano... Até melhor do que ele mesmo. O Chae era um verdadeiro admirador de Minhyuk, e não era capaz de negar isso.

 E por um momento ele se viu com a visão presa no platinado. 

Ele achava que Minhyuk era um rapaz realmente muito rico em beleza, mas naquele momento ele estava diferente... Estava reluzente, com o sorriso brotando em seus lábios. 

Desde quando ele tinha um sorriso tão bonito? 

Aos quatorze anos de idade, Hyungwon ainda não sabia o que aquilo significava... Sabe, achar uma pessoa bonita e sentir que sua respiração está desregulada apenas por isso. Era estranho, mas ele preferia ignorar e voltar-se para o seu maior problema: tornar-se apresentável para o primeiro dia letivo do colegial. 

— Eu não consigo gostar do que vejo no espelho. — Ele se lamentou. 

— Eu acho que já sei onde está o problema. — O platinado levou suas mãos aos cabelos umedecidos do garoto e bagunçou-os um pouco, mas sem deixá-los totalmente desarrumados: — Você não combina com cabelo lambido. 

Dito isso, ambos riram e Hyungwon concordou ao olhar-se mais uma vez no espelho: 

— Fala isso pra minha mãe. — Disse entre risadas.

— Falando nisso, você já não deveria estar indo? 

— É mesmo! — Hyungwon juntou suas coisas, jogou algumas outras dentro da mochila e colocou o pequeno terno enquanto novamente voltava a encarar Minhyuk que, para seu surto de estranheza, novamente estava sorrindo: — Eu queria que você fosse comigo. 

— Eu estarei lá, basta me procurar. 

— Não, Hyung... Eu queria que você fosse como eu, entende? — Hyungwon acabou por se arrepender instantaneamente do que dissera quando viu aquele sorriso tão bonito se desfazendo nos lábios de Minhyuk: — Me desculpa, eu... 

— Não, está tudo bem... 

O platinado entendia o que se passava com Hyungwon. Ele já não era mais a criancinha que havia conhecido há anos atrás; ele estava crescendo e precisava de amigos como ele. Precisava de pessoas de sua idade e que seriam capazes de compreendê-lo pela convivência gerada pelas idades parelhas. 

E infelizmente Minhyuk não era capaz de lhe suprir neste quesito, ele era insuficiente. A todo modo, isso o deixava deprimido, afinal não existia nada que o deixava mais feliz e completo do que o sorriso daquele garoto que tanto aprendera amar. 

Era um amor fraterno. Ele seria capaz de dar a sua vida por Hyungwon, se isso fosse possível e necessário. 

Hyungwon, por sua vez, não entendia isso com tanta clareza. Para ele, era algo ruim sentir que precisava mais do platinado. Ele se sentia deslocado com a nova rotina com que estava prestes a ser obrigado a lidar. Era tudo tão novo pra ele, que ele simplesmente se praguejava por às vezes dizer coisas tão idiotas. Ele também adorava ver o sorriso de Minhyuk. 

Portanto, ele lutaria para que esta cena parasse de ser rara. 

Sendo assim, ele rapidamente se aproximou do platinado e, surpreendente, o abraçou. Não um abraço normal e comum, mas era claro que Hyungwon se desculpava pelo que acabara de acontecer, por mais que Minhyuk realmente o compreendesse. 

— Tenha cuidado. — Hyungwon disse com um tom de angústia em sua voz; ele não gostava de se despedir, ainda que fosse por um curto período: — Eu volto logo. 

Minhyuk assentiu, assistindo o garoto findar aquele abraço e se afastar, pegando suas coisas para descer as escadas e ir ao encontro de sua mãe que já o esperava na porta da casa com seu lanche em mãos. 

Ele se sentia um pouco diferente após aquele abraço. Era errado se sentir acolhido nos braços de um garoto tão novo? 

Ele se questionava sobre isso, enquanto seguia, escondido, Hyungwon pelas ruas da pequena cidade. 

Assim que chegaram na escola do garoto, de longe Minhyuk pôde ver o receio nos seus olhos ao ver a quantidade de pessoas desconhecidas, e principalmente ao perceber o quão difícil seria para ele ter que conquistar alguma amizade. 

Minhyuk sabia o quão tímido Hyungwon era. 

Seu coração se partia, mas ele sabia que aquilo serviria como um aprendizado para o garoto que se tornava mais maduro a cada dia que passava. 

Ele gostava de apreciar o crescimento de Hyungwon. 

 

— Hyung... Em breve as aulas irão começar. 

— É mesmo? E você está preparado? 

— Não, e eu não vou. 

— Por que você não vai? 

— Porque ensino médio me assusta um pouco. 

— Isso é questão de costume, Hyungwon. 

— É, mas eu sei que não vou conseguir me adaptar com aquele monte de gente que eu não conheço. 

— Você também não me conhecia, e olha aí. 

— Você é diferente... 

— Não, eu não sou. 

— Tudo bem, você venceu. 

— Eu sempre venço. 

— Mas você quer saber a verdade? 

— Diga. 

— Eu não quero ficar longe de você, Hyung. 

 


Notas Finais


Okay, eu estou um pouco constrangida porque é a primeira vez que eu escrevo insinuando e mencionando algum ato sexual. Mesmo assim, o que vocês acharam?
Eu decidi começar com ChangKi porque nee... O Hyungwon ainda é muito novinho. ~'laugh
Eu pretendo desenvolver mais os ChangKi da vida. 💕
Por fim, espero de verdade que vocês tenham gostado deste capítulo.
Mais uma vez obrigada aos que favoritaram e comentaram! 💕

Vejo vocês no próximo capítulo. Xoxo. ~

Ps: não esqueça de votar no Monsta X pro MAMA 2016. 👍


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