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História Rise. - Reencounter.


Escrita por: hyungwonaly

Notas do Autor


Ei.
Desculpem o capítulo blergh, mas é que eu estou meio blergh mesmo. Hoje eu fui fazer uma visitinha ao hospital, e não foi legal. :c
Ainda estou meio dopada, então perdoem.

Boa leitura. 💕

Capítulo 8 - Reencounter.


Hyungwon acabou chegando mais tarde do que devia naquele dia. Ficar em seus devaneios fez com que seus passos fossem consideravelmente mais lentos. Ele sentia a brisa batendo em suas bochechas expostas, o que de certa forma lhe causava um sensação incrível de frescor. Ele gostava bastante disso; de momentos em que ficava sozinho, apenas devaneando. Só não gostava do modo como seus fantasmas mais remotos ainda o assombravam, mesmo em situações que poderiam ser completamente desconexas. Por fim, ele balançou a cabeça para se livrar daqueles pensamentos quando avistou de longe a sua residência. 

Suspirou, o Chae realmente estava exausto. 

Apressou os passos ao adentrar o terreno, e quando passou pela porta os olhos correram pela sala de estar e fitaram as duas figuras sorridentes atrás da pequena mesa de centro. Uma delas era mãe, que logo viera em sua direção, disparando com perguntas; querendo saber como havia sido o dia do filho, e ele agradeceu a todos os deuses por ela não ter percebido os minutos que demorara. Ela lhe abraçou, aproveitando para pegar a mochila do moreno e colocar no sofá, junto de seu terno azulado. 

Enquanto todas aquelas cenas se passavam, sentia que a todo momento estava sendo observado por um par de olhos insistentes. Aqueles olhar adornado por uma melancolia descomunal não desviava de si, ainda que naquela expressão houvesse um sorriso completamente receptivo. 

Hyungwon se sentia um pouco pressionado com aqueles olhos negros sobre si, fora que era um tanto desconfortável ser observado daquela forma. Ele não gostava, ficava sem saber como se portar e como proceder, mesmo que a mulher ali presente fosse sua conhecida.

— Não vai falar com a Senhora Lee, Hyungwon? — a mãe interviu, vendo o nítido desconforto presente pela timidez do filho: — Ela ficou aqui até agora só para poder te ver. 

A mulher riu ao notar a vergonha que tomara conta da expressão do garoto, suas bochechas corando violentamente, afinal sabia que Hyungwon era completamente introvertido e tímido. 

— Como você cresceu! — disse a de cabelos negros ao se aproximar do Chae, que sorriu ao receber um afago em seus cabelos: — E como está bonito também. 

— Obrigado... — Hyungwon era mesmo terrível quando se tratava de conversar com outras pessoas que não fossem a mãe e Minhyuk, mas admitia que gostava de tentar passar por cima de sua timidez em alguns momentos: — Há quanto tempo eu não a vejo. 

— Não me vê porque nunca mais foi à minha casa. — a outra disse com um ar brincalhão, o que acabou por fazer o garoto e sua mãe rirem.

Era verdade que há muito não ia na casa dos Lee; lembrava de sempre ir lá quando tinha seus cinco anos, ou menos... Mas por algum motivo uma distância se instalou entre as duas famílias. Faziam anos que não via aquela mulher, por exemplo, o que era estranho já que moravam praticamente na mesma cidade. Por isso foi chocante para ele se deparar com aquela nova figura dentro de sua casa. 

Entretanto, não podia negar que havia gostado daquela visita. A presença nova, porém nostálgica, havia proporcionado uma peculiar sensação de conforto ao Chae. Até mesmo se sentiu mais confortável para prosseguir com uma conversa junto das duas mulheres – não antes de tomar um chá de folhas de camomila que a mãe havia feito para si, sabia da preferência do filho pelo sabor adocicado. 

Hyungwon ficou por ali tempo suficiente para que a mulher pudesse lhe cobrir de perguntas e elogios. A mãe apenas assistia, sentada ao seu lado, e por vezes lançando sorrisos para o filho. 

A Chae ali presente realmente gostava de ver quando o filho interagia com pessoas, independente da idade. Sabia da dificuldade que Hyungwon tinha para se envolver com pessoas, era um pouco apático quanto a isso. Desde muito pequeno, quando perdera o pai, o garoto havia se acalentado surrealmente. Até mesmo com a própria mãe só falava o que era necessário. E depois de tantos acontecidos, aquele silêncio todo envolveu-lhe como uma redoma. 

Era uma tarefa difícil conseguir um diálogo com o Chae. 

Por conta disso, ninguém quis incomodar muito o espaço individual de Hyungwon. Ele logo pediu licença às duas mulheres e subiu as escadas, rumando ao seu quarto. Só então ele percebera que havia esquecido completamente de Minhyuk. E quando os pensamentos voltaram ao seu consciente, ele lembrou-se do sumiço repentino do platinado, o que o fez voltar com as preocupações de horas atrás. 

Ele praticamente correu do fim dos degraus ao seu quarto, o peito comprimindo o coração com o medo de acabar não encontrando o amigo. 

E na verdade, ele preferia não ter encontrado. 

Ver aquela cena foi como enfiar uma adaga em seu próprio peito, doeu instantaneamente. Minhyuk estava encolhido no canto do quarto, suas pernas estavam flexionadas e seus braços as abraçavam com uma força visível a metros de distância. Seu corpo balançava de um lado para o outro, e seu rosto geralmente alvo estava avermelhado e seus olhos pareciam queimar com as lágrimas que ali escorriam continuamente. A garganta de Minhyuk deveria estar dolorida, afinal ele soluçava de forma desesperada, causando solavancos constantes em seu corpo. 

Aquilo foi um baque muito forte para Hyungwon suportar. 

Afinal, o que havia acontecido com o amigo? 

— Minhyuk?! — O Chae não sabia o que falar; ele só queria abraçar o platinado e o consolar da melhor forma que podia. Ele se aproximou, sentando-se em sua frente e cuidadosamente pousou as mãos em seus ombros: — Ei, o que aconteceu? Voc- 

Hyungwon não pôde concluir. 

Minhyuk o abraçou com toda a força possível, o rosto rubro escondendo-se no ombro alheio. O garoto podia sentir a dor proveniente do amigo, e aquilo fazia seu coração disparar em uma preocupação que nunca havia sentido antes, nem nos minutos antes de encontrá-lo. Ainda assim, ele preferiu respeitar aquele momento. 

O platinado chorou em seu ombro por alguns minutos, e à medida que parecia se acalmar, Hyungwon ficava se questionando sobre perguntar o motivo ou não. 

— Me desculpe... — Minhyuk tentava se recompor a todo custo, mas realmente lhe machucava. O pior é que ele nem sabia o porquê de tudo aquilo ter acontecido. Ele se afastou um pouco do garoto, passando as mãos pelo rosto no intuito de enxugar os rastros de suas lágrimas: — Me desculpa mesmo...

— Ei, está tudo bem. — Hyungwon mordeu o inferior em visível nervosismo, mas naquele momento ele não hesitou: — O que aconteceu, hyung? 

— Eu... Eu não sei.

— Mas... Como assim não sabe? 

— De repente eu senti muita dor no peito... — o platinado suspirou, uma expressão de pesar tomando conta de seu rosto: — Foi tão ruim. 

Ah, era verdade. Minhyuk estava sendo totalmente sincero com o amigo; ele não sabia o motivo, e mesmo que soubesse, não contaria... Hyungwon tinha problemas demais. Pela curta conversa que ouvira, podia concluir isso. Podia concluir que o garoto era mais um ser perdido. 

O Chae abriu a boca para poder responder, mas foi interrompido. 

— Mas me diz, como foi seu dia? — Minhyuk interviu sem rodeios, não queria que Hyungwon ficasse preocupado consigo: — Ah, e me desculpe por ter sumido...

O platinado se praguejava por ter sido visto naquela situação, mas se praguejava mais ainda por não ter passado o dia com Hyungwon. Ele só pedia aos deuses para que o garoto não tivesse se envolvido em problemas. 

— Foi bem normal... — O garoto disse simplista, velando seu tom de preocupação que ainda insistia em se mostrar visível: — E não se preocupe, não aconteceu nada comigo. 

Minhyuk se deu por vencido naquela noite. Realmente não iria fazer o moreno tirar aquela cena de sua cabeça, e isso era visível em seus olhos. Ele, no entanto, não desistiria de tentar tirar a turbulência de sua mente. 

Ele realmente estava sendo sincero quando dizia para si mesmo que não queria causar mais problemas para a vida já bem sôfrega do mais novo... Era inevitável, ele sabia disso, mas ainda assim queria tentar. 

 

 

• • •

 

 

 

Uma, duas, três, quatro semanas se passaram. 

Os olhares de Hyungwon para Minhyuk ainda eram os mesmos; aquela curiosidade ainda estava presente em seu interior, ainda queria saber o que acontecera com o amigo naquela tarde. Minhyuk, por sua vez, tentava não demonstrar que conseguia ver tudo isso no olhar do moreno. Ele tentava ser o mais extrovertido possível, buscando de todas as formas demonstrar que estava bem. Sorria mais do que o normal, o que parecia deixar o garoto menos tenso diante da situação.

Todavia, o próprio platinado estava inconstante em seus próprios pensamentos e sentimentos. 

Quem era aquela mulher? 

Por que vê-la chorar o deixou naquelas condições? 

Eram perguntas que o rondavam durante os dias que se passavam. Em verdade, o tempo passava, mas as imagens não se perdiam; as lágrimas, o pesar em sua voz embargada pelo choro, a culpa... Tudo estava vivo demais dentro de si. Como queria encontrá-la novamente, como queria poder dizer coisas à ela...

Contudo, outra pergunta surgia; por quê? 

Minhyuk se perdeu mais uma vez, enquanto o Chae se arrumava para mais um dia de aula. Hyungwon estava menos receoso quanto as aulas, parecia mais alegre ao sair de casa pelas amanhãs. Arrumava a gravata – que com um pouco de treinamento, logo havia aprendido a fazer o laço – e naquele dia em especial abrira mão do terno, o que lhe dava um ar um pouco mais despojado. 

O caminho para o colégio foi preenchido pelo silêncio, como em todas as manhãs. 

Minhyuk estava presente apenas em corpo, pois os pensamentos estavam totalmente longe dali. Parecia que seu consciente estava adormecido. O mesmo que despertou assim que uma voz adocicada invadiu seus tímpanos e lhe trouxe de volta para a realidade. 

— Hyungwon! Aqui!

Os cabelos negros esvoaçando, os lábios avermelhados que se curvavam em um sorriso animado enquanto acenava em sua direção. 

Minhyuk piscou algumas vezes. Por que uma garota está sorrindo em nossa direção, e mais, por que está chamando pelo Hyungwon? Ele pensou consigo mesmo conforme se aproximavam da garota. 

O garoto estendeu a mão para ela, mas o mesmo foi surpreendido com um abraço. A garota se colocou na ponta dos pés para envolver-lhe na altura do pescoço e lhe abraçar saudosamente. Minhyuk nem percebeu que direcionava um olhar meio... Enciumado para menina. Parecia que de seu olhar navalhas afiadas eram atiradas em sua direção. 

Afinal, por que pensara isso? Ele suspirou, afastando os pensamentos idiotas e virou o rosto para lado, não gostara nem um pouco daquela cena. Entretanto, ele percebeu quando o par de olhos castanhos o encarou sobre os ombros do Chae. 

— Ei... — ela se afastou de Hyungwon, e apontou na direção do platinado, o que o fez arregalar os olhos: — Quem é ele? Você nunca me disse que tinha um amigo com um cabelo tão legal, Wonnie.

Wonnie? 

Hyungwon estava tão surpreso quanto Minhyuk. Era a primeira vez que Seola e o platinado haviam se encontrado. Era verdade que já a conhecia há semanas, mas ele e Minhyuk ainda ficavam no acordo do amigo não ficar nas dependências do prédio consigo. Não queria correr nenhum tipo de risco, e o platinado concordara plenamente. Por decorrência disso, ele nunca havia se encontrado com a morena. 

Até aquele momento. 

O platinado oscilava o olhar entre a garota e o amigo boquiaberto ao seu lado. Ao ver que não receberia nenhum tipo de resposta, Seola se aproximou do platinado e curvou-se em cumprimento, antes de prosseguir: 

— Eu me chamo Seola, é um prazer. 

Minhyuk ainda estava chocado, mas se curvou sem tirar os olhos da garota. 

— Ele é tímido igual a você? — a garota perguntou ao moreno ali presente com um sorriso estampado nos lábios: — Saiba que eu- 

— Seola! — uma voz conhecida chamara de longe. Um rapaz de cabeleiras azuis vinha na direção da garota com uma peça em mãos; aparentemente não havia percebido a presença dos dois rapazes ali: — Seu casaco, você esq-

— Wonho hyung? — quem dizia era Hyungwon que parecia ainda mais surpreso com tudo o que estava acontecendo. — O que você está fazendo aqui? 

— Hyungie? — o de cabelos azulados esbugalhou os olhos e instantaneamente ficou estático. Há tempos não o via; nem mesmo depois de ter acompanhado Seola tantas vezes.

— Espera, vocês se conhecem? — Seola interviu, agora igualmente surpresa.

No fim das contas, todos estavam muito surpresos com o que acabara de acontecer. Hyungwon, além de surpreendido, também estava um pouco chateado. Faziam anos que Wonho havia sumido, e aparentemente... o abandonado. E de repente, ele surge ao lado de Seola? O que estava acontecendo ali? 

Minhyuk, por sua vez, já havia entendido tudo e por isso sorria terno para Wonho, que parecia tomar para si toda a tristeza presente no olhar de Hyungwon ao vê-lo. 

Ah, ele demoraria muito para explicar tudo aquilo para o garoto. 


Notas Finais


Como ficou meio blergh, eu particularmente não gostei muito. :c
Mesmo assim, espero que tenham gostado.
Vejo vocês no próximo capítulo.
Xoxo. 💕


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