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História Rise - Amor? O que é essa palavra?


Escrita por: LuaaChan

Notas do Autor


Antes de tudo, queria agradecer por tudo o q vcs me concederam. Sinceramente, não achava q iria conseguir alguma coisa com "Rise" por aqui.

Para muitos, o q eu já faturei pode ainda ser pouco, mas acreditem, pra mim foi uma ótima conquista. Muito obrigada ♡

Capítulo 12 - Amor? O que é essa palavra?


Não avistei, obviamente, o etéreo, mas era como se sua missão tivesse sido cumprida. Segurei a cabeça de Nigel e a apoiei em meu colo.

-M-me desculpe! -Gritei, como se ele pudesse me ouvir -Eu não queria que isso acontecesse com você. Era o único que me entendia do orfanato, meu melhor amigo.

Notei sons de passos vindos atrás de mim. Eram os outros peculiares. A srta. Jay pediu para as crianças não se aproximarem -seria trágico, para eles, ver um cadáver. Ainda assim, alguns deles arriscaram alguns passos.

-Não! -Jasmine gritou, procurando se ajoelhar ao redor do corpo gélido de Nigel, seus olhos estavam abertos e eu os fechei. Pearl não permitiu que aproximasse.

-Jas, volte para os outros. Não há nada para ver aqui. -Pearl vestia uma máscara de frieza, mas por dentro, seu coração se derretia.

-É tudo... é tudo culpa minha. -Sussurrei, meus olhos não piscaram em nenhum momento.

-Não diga isso, Eno-

-Preciso trazê-lo de volta! -Gritei, antes mesmo da senhorita terminar sua frase. Peguei uma bisturi que passei a carregar no bolso e quase a enfiei na pele do garoto, mas fui parado.

-Enoch, você, mais do que ninguém, sabe o quão doloroso isso é. -Marie alarmou, abraçando Jasmine que não parava de chorar. Caleb e mais um garoto, cuja peculiaridade se relacionava ao controle do clima, me seguraram pelos braços. Fiquei imóvel por alguns segundos.

-Me larguem, eu quero meu amigo de volta! -Vociferei, exalando toda a dor que sentia. Estava chorando feito um louco, fiquei tão mal -Me deixem, me soltem! Eu deveria ter sido atacado por aquele etéreo! Eu deveria estar no lugar dele. Ele não merecia morrer! -Enterrei meu rosto na barriga de Nigel, deixando vestígios de lágrimas nela.

-Grace, faça, por favor. -Srta. Jay suplicou e eu sabia o que significava. Grace iria configurar minha memória, só não sabia como ainda.

-Não! -Esperneei numa convulsão.

Apareceram estranhos flashes na minha cabeça. Nigel estava em alguns deles. Ele sorria para mim, segurando sua inseparável faca de bolso. Em outros deles, o rosto de uma bela menina radiante emergia.

Eleonor.

Eram pessoas importantes para mim e que não estavam mais na minha vida. Aquilo me deu uma sensação de paz, como se eu precisasse disso para livrar da minha angústia.

Finalmente, adormeci nos braços de alguém.

-

Quando abri meus olhos, as primeiras palavras ditas saíram involuntariamente.

-Nigel? El? -Disse, olhando de um lado para o outro -O que houve?

Uma garota simpática me examinava como uma médica profissional. Seu sorriso aqueceu meu coração.

-Eles se foram, En. -Replicou com um olhar triste -Você está bem?

Ela ficou mais próxima de mim e olhou no fundo dos meus olhos, como se fossem atravessá-los. Senti o mesmo quando vi Eleonor pela primeira vez, mas pensar que isso poderia ser amor fazia meu estômago revirar.

Mas "amor"? O que é essa palavra? Agora nem mesmo eu a compreendo direito...

Ela corou. Por um breve e estúpido momento, esqueci que Marie era capaz de ler meus pensamentos. Abaixei o olhar, evitando pensar em qualquer coisa que me constrangesse.

-Acho que sim. -Tossi. Minha voz soava mais adulta, mesmo que eu estivesse preso no corpo de um moleque de 16 anos.

-Que bom... -Um silêncio foi implantado. Felizmente, Marie se arriscou em falar algo -Se quiser, posso ficar mais um pouco com você aqui. A não ser que seja incômodo.

-N-não, claro que não.

Marie se aconchegou no meu ombro direito. Não queria isso. Não queria me apaixonar de novo, mas algo dentro de mim me empurrou para o seu lado. Minhas irregulares respirações esquentavam sua testa, desenhada com listras de preocupação.

Por que quer ficar comigo aqui, Marie? Pensei, esperando uma resposta. Dessa vez, sendo intencional.

-Acho que seria muito rude deixar um amigo sozinho. Ainda mais quando ele precisa de ajuda. -Seus olhos da cor de avelã brilhavam, emocionados.

Você me deixa feliz. Há muito tempo não sou o centro das atenções. Sorri fracamente, ainda pensando. Ela repetiu o gesto.

-Eu gosto de você, Enoch. -Disse -Muito.

Fiquei calado. Não pensei, não falei. Só deixei que o silêncio pudesse responder por mim.

Beijei o cume de sua cabeça e fiquei calado. Deslizei minha cabeça até seu colo. Seus dedos escorregavam pelos meus cabelos negros e então...

... nos beijamos.

Por que parecia tão errado?


Notas Finais


Até o próximo capítulo :)

Avisos: "Paralelos" estão chegando.


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