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História Rise Up - SAD BLUE Eyes


Escrita por: Sasciofa

Notas do Autor


Ai muito apaixonada por esse príncipe.

Capítulo 12 - SAD BLUE Eyes


Fanfic / Fanfiction Rise Up - SAD BLUE Eyes

SAD BLUE EYES

POV LUCCA

Se é  possível morrer e continuar respirando  , foi isso o que aconteceu  comigo. Quando  vi a Allie naquela  pista de dança, eu simplesmente  morri. Nem mesmo  quando  Dr. Edward  deu o meu  diagnóstico  eu me senti assim.

Tudo  ficou claro , eu compreendi o porquê  das suas atitudes,  do seu afastamento  ... Eu também não  posso exigir que ela fique comigo , fique  com o que restou  de mim . Mas acho que ela  devia  ter sido honesta.  Nossa história,  tudo o que vivemos,  merecia um final mais  digno. Ela costumava me dizer que eu era o seu Sol , parece que me desintegrei  e perdi a capacidade  de manter o seu mundo aquecido  e iluminado. 

Eu me perguntava , como o amor dela pôde  ter acabado?! Será  que realmente  existiu ?! Ou era só  por estar com o cara popular, com o atleta ?! Não  é  possível  que ela tenha fingido por tanto tempo  ...

Se era por conta da minha  atual condição  , eu estava dando tudo de mim nas sessões  de fisioterapia,  mesmo quando  eu sentia  que  não  ia aguentar.  Suportava as noites em claro por conta da dor e quando  nos  falávamos,  sempre tentava ser positivo e não  sobrecarrega – la com o que eu estava sentindo, com meus  problemas . Onde eu errei ?! Sei que estávamos  sem uma vida social  e até  entendo  que  ela sentisse falta, afinal antes do acidente,  a mesma era intensa ... mas será  que era só  isso  que sustentava nossa relação  ?! E a amizade, a sintonia que tínhamos, o sexo que era maravilhoso  , como  tudo isso se perdeu ? Eram muitas perguntas  e nenhuma resposta.

Eu rememorava o nosso  último  encontro e cada vez que o fazia , sentia que a dor aumentava, era como se me faltasse  o ar .

No dia  seguinte ao nosso término  , me  recusei a sair do quarto  , não  queria  ver ninguém e comecei  a sentir  um mal estar, calafrios e muita dor no pé  esquerdo. Já  havia vomitado e a dor que era minha parceira constante, havia ultrapassado todos os limites .Não achava posição  para ficar e quando  não  consegui mais aguentar  , chamei  meus pais. Minha mãe  mediu minha temperatura  e ficou  apavorada, percebi  por sua expressão.  Depois disso  , tudo começou  a ficar nebuloso e acho que  desmaiei. 

Acordei no hospital,  com um acesso  no braço  por onde corria a medicação.  Minha mãe  cochilava sentada em uma poltrona. A chamei suavemente,  me sentia confuso.

- Mãe , mãe  o que aconteceu  ?! – minha garganta também  doía. 

Ela levantou  em um pulo.

- Meu amor, graças  a Deus você  acordou !!! Nós  tivemos  que trazê  - lo para o hospital  . Os pontos internos da cirurgia  do seu pé  esquerdo  infeccionaram e  você  estava  correndo  o risco  de ter uma infecção  generalizada ... Dr. Edward falou na possibilidade  de amputação,  caso você  não  reagisse aos antibióticos. Mas , graças  a Deus o quadro regrediu ...

- Há  quanto  tempo estou aqui ?

- Quatro dias.

- Hum  ... e foi necessário  amputar ? – perguntei tentando  manter a voz firme e prendendo a respiração. 

- Não  filho. Graças  a Deus você  é  muito  forte. E vai  sair dessa também.  Mas se nós  tivéssemos  esperado  mais um pouco para vir ao hospital ... Não  quero  nem  pensar. Mas você  já  devia estar com dor há  algum tempo, o Dr. Edward disse que  o quadro  de infecção  já  estava adiantado , porque  você  não  disse nada ?

-  Eu não  queria  dar mais trabalho  para vocês  e achei que conseguiria suportar ... – disse sem jeito , ao me dar conta da burrada que havia cometido. 

- Filho você  não nos dá  trabalho  !!! Nós  poderíamos  ter te perdido  ... Por favor  nunca mais faça  isso ... – minha mãe  começou  a chorar e eu me senti péssimo. 

-  Mãe  , vem cá  me dá  um abraço.  – assim que ela me abraçou  , eu disse – Me perdoa !!! Eu prometo nunca mais  esconder nada de vocês !!! Eu te amo muito. Eu amo vocês  !!!

Depois de mais sete dias de internação,  recebi alta com a recomendação  de repouso  absoluto , a qual eu pretendia seguir à  risca. Mas posso  dizer que já  estava cansado  de tantos altos e baixos, na verdade  somente  baixos !!! Eu sabia que a minha  rotina agora seria ainda mais dolorosa, a Allie não  fazia mais parte da minha vida, mas ainda estava em mim.

Os dias se passaram e pedi ao meu  pai que me desse algo em que trabalhar, já que a minha fisioterapia estava suspensa ate segunda ordem ,e eu precisava ocuparNiminha mente com algo saudável  e não ficar remoendo pensamentos em relação  a Allie e suas atitudes. Assim quem sabe o tempo passasse mais rápido  e de forma produtiva.  Ele me deu um projeto para desenvolver  de moradias populares  para portadores de deficiência  física.  Mergulhei de cabeça  no projeto e descobri que a questão  de acessibilidade  era de suma importância. Eu passava de oito a dez horas trabalhando  e me sentia bem assim. Até  comecei  a dormir um pouco melhor , isso quando  não  sonhava com a Allie e acordava  de madrugada com o coração  disparado e a garganta seca... Não  tenho vergonha  de admitir que chorava nesses momentos  como um garotinho.  Era como se faltasse  um pedaço  de mim... e eu tinha  certeza que sem ela, eu nunca mais me sentiria inteiro.

Eu estava contente, meu irmão  estava voltando  de viagem e eu teria  com quem desabafar. E eu também  queria  saber como havia sido a viagem, afinal , ele havia ido com a Carolina para um simpósio  de arquitetura e designer em Nova Iorque  e aqueles dois juntos soltavam faíscas. Nunca vi o Fabio reagir assim a uma mulher .

De repente  meu celular  vibrou , me tirando dos meus devaneios,  o peguei e quando olhei a tela , me senti  congelar ... Allie havia me mandado uma mensagem. 

O que será  que ela queria ? Justo agora que eu estava quase conseguindo não  sentir dor ao respirar ... 

Após alguns minutos  de indecisão,  decidi ler a mensagem  ...

“ Lucca sei que você  me pediu para nunca mais  entrar em contato, mas  precisamos conversar. Eu preciso ... Por favor, por tudo  que você  disse sentir por mim um dia. Posso ir te buscar  para irmos a algum lugar calmo e conversar ?

Allie “

Digitei rapidamente, antes que me arrependesse :

“ Ok. Te aguardo às  17 h.”  e enviei. Agora não  havia mais volta.


Notas Finais


Ai, meu povo por favor comentem !!!


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