História Rise Up - Hapness

Hapness 
POR FÁBIO 
Eu estava feliz. Feliz ? É  pouco !!! Sorria  sem motivo.
Me pegava olhando  para o nada  e relembrando os momentos  que estava ao lado dela.
Como riamos , a facilidade  que tínhamos  em saber em que o outro estava pensando ...
Em como nossos  corpos se encaixavam. Ah, e o sexo ? Maravilhoso  !!!
Eu estava amando. E era recíproco.  Eu acho ... Eu espero  que seja  !!!
Nós  não  nos desgrudavamos . No trabalho  sempre  nos afinamos  e depois que assumimos o nosso  relacionamento,  a parceria só  se tornou mais forte.
Eu passava mais tempo na casa dela , do que na minha. Meus pais já  haviam até  comentado sobre esse fato. Eu estava me tornando um visitante na minha casa. Mas era tão  bom estar com ela. Eu me sentia  completo. 
A única  coisa que me incomodava, era o fato de Carol  nunca tocar no assunto de me apresentar  aos seus pais ... e toda vez, que eu tentava ela mudava de assunto.  E isso havia sido  o motivo  de nossa primeira  discussão,  hoje pela manhã. 

Flash Black on
Estávamos  tomando  café  da manhã,  fazendo  planos para a viagem  ao chalé  dos meus pais, quando toquei no assunto. 
-  Você  vai  para a casa dos seus pais no feriado de Ação  de Graças  ?
-  Não  sei ... ainda não  pensei sobre isso.  Por que ?
-  Eu pensei em convidamos seus pais e  almocarmos todos lá  em casa. Assim seus pais , conheceriam os meus . O que você  acha ?
-  Ah, eu tenho que ver quais são  os planos deles ... e ...
-  Ótimo.  Ligue para eles agora e pergunta. – disse sorridente. 
Ela não retribuiu o sorriso.  Muito ao contrário, fechou a cara. 
-  Olha , eu não  vou ligar agora. Estou atrasada. 
-  Mas é  rápido.  Cinco minutos  a mais ou menos, não  vão  fazer diferença.  Eu garanto a segurança  do seu emprego . – disse rindo abertamente. 
-  Não. 
- Por que não? 
-Porque não  quero ter que falar  com pressa ...
-  Eu não  estou te entendendo  Carolina.
-  Não  há  o que entender.
-  Por que você  não  quer realmente  ligar ? Você  já  falou  com eles sobre nós  , não  é  ?
-  Eu ... 
-  Você  ?! Sim ou não  ? Simples assim.
-  Não  é  tão  simples  ...
-  Eu não  acredito  Carolina  !!! Nós  estamos  juntos há  meses e você não falou com seus pais ... – eu me sentia com raiva e magoado.
-  Eu estou esperando  um momento  mais  propício  ...
Será  que ela se dava conta de que estava falando  e agindo como aquele  idiota que havia a magoado ?
-  Momento  propício  ?! ... Eu achei que estava falando  com a minha namorada,  mas parece que me enganei.  Era Henry o nome daquele  imbecil , não  é  ? – perguntei  em um tom calmo.
- Sim. Mas  por que ...
-  Então ou estou falando com o espírito  dele e não havia percebido  , ou você  aprendeu direitinho  com ele como agir como  agir como uma imbecil  .

Flash back of
Percebi o choque e a mágoa  em seu olhar.  Mas não  dei tempo para  que dissesse  mais nada. E sai batendo a porta.
Agora , estava sentado em minha sala arrependido,  mas sem saber o que dizer  ou fazer para me desculpar.
Eu havia sido cruel deliberadamente.  Quis feri – la , como  ela havia me ferido. Só  que  ver a dor que causei a ela ,  estava  me machucando muito mais .
Decidido , interfonei à minha  secretária  , pedindo  que ligasse e avisasse que eu queria ver Carolina imediatamente  em minha sala. Eu sabia que se não parecesse algo relacionado  ao trabalho  , ela não  viria .
Alguns  instantes depois  , ouvi baterem à porta da minha sala. Meu coração  disparou , eu  sabia  que era ela.
-  Pode  entrar .
Ela  entrou séria. 
-   Pois não ? – perguntou  friamente.
Sem rodeios , falei :
-  Desculpe  por hoje mais cedo. Eu me excedi. Fiquei  muito  nervoso e magoado. 
Ela não nem mesmo pestanejou , ao me responder : 
-  Estamos  em ambiente e horario de trabalho , portanto,  não  é  o momento  adequado para tocar nesse assunto. 
- Carolina  , por favor ...
-  Algo mais ? – me olhava duramente.  E percebi  , que era melhor não insistir.
-  Não. Conversamos em casa, entao .
Ela assentiu , virou as costas e saiu , sem olhar para trás. 
E agora, o que vou fazer ?! Passei as mãos  pelo cabelo , completamente  perdido. 
Tentei  trabalhar , mas não  conseguia me concentrar. 
Decidi ligar para o meu irmão.  Quem sabe  , ele podia me ajudar ... afinal ,  ele tinha  mais experiência  nessas  coisas  de relacionamento. 
Ele atendeu o celular ao terceiro toque.
-  Oi amor , ansioso pela minha  ligação? ! – falei rindo.
-  Fábio. Idiota . O que você  quer ? – respondeu  rindo. 
-  Uau !!! Isso  lá  é  jeito de tratar seu irmão  mais  velho ? – fiz uma pausa – Cara preciso de um Conselho ...
-  O que aconteceu ? Você  e a Carol brigaram ? – ele me conhecia bem e isso só  facilitava as  coisas.
-  Nós  discutimos ... – o coloquei  a par do que havia  ocorrido.
Ao terminar de falar, já  estava preparado  para o  esporro que ele iria me dar.
-  Cara , atualmente, eu tenho agido  como um imbecil com a Allie. Não tenho o exemplo de maturidade  ou sensatez.  Mas acho que você  deve  conversar com ela e dizer  como  se sente com essa situação  , sem subterfúgios.  Ouvir o que ela tem a dizer , sem julgamentos. E acima  de tudo  , tentar respeitar  o tempo dela ...
-  Obrigado  irmão.  Eu vou tentar . Eu te amo cara.
-   Eu também  . Agora dessa melacao e me deixa trabalhar.
Depois dessa conversa , me senti mais tranquilo. E consegui me concentrar  no trabalho.

MAIS  TARDE
Fim do expediente  . Eu estava cansado  e com a impressão  de que iria ficar  gripado. 
Mais essa para ajudar !!!
Dirigi ate o apartamento  de Carolina  , ensaiando mentalmente  o que dizer. Peguei um trânsito  pesado, a hora  do rush normalmente costumava  me  deixar de mal humor  ... mas hoje não . Serviria para me dar mais  tempo  de me preparar  para enfrentar  a fera.
Quarenta  minutos  depois cheguei ao condomínio, entrei direto , ela já  havia autorizado minha entrada e alugado  uma vaga de garagem  , afinal  estávamos praticamente , morando  juntos. 
Subi para o apartamento  , pensando  se devia  ter trazido  flores ... Decidi não  usar minha chave  e tocar a campanhia.  Ela abriu a porta e parecia surpresa.
-  Por que você  não usou sua chave ?
-  Achei melhor assim  ...
-  Ok.
Pareciamos não saber o que falar ou fazer . E o clima estava pesado entre nós. 
Tomei a iniciativa. 
-  Carolina  me perdoa. Eu fui longe demais. Quis te magoar , como  você a feito  comigo. Eu sei que agi infantilmente. 
-  Eu também  te peço desculpas ... eu tenho  sido covarde.  Mas tenho medo de te perder. Perder a felicidade que  você  me  faz  sentir. 
- Eu estou  disposto  a enfrentar  o que for necessário  para ficar  com você.  E não vou deixar nada nos separar. Só  preciso  saber  se você  quer o mesmo  que eu ... se estamos  na mesma página  ...
-  Eu quero tudo com você.  – disse enquanto se aproximava. – Eu tenho  certeza de que eu sou sua ...
-  E eu sou seu. -  completei  amorosamente.  E a abracei , colando  nossos  corpos , selando nossos  lábios. 
O clima foi esquentando e quando dei por mim, já  estávamos fazendo amor. 
Um amor intenso, cheio de carinho e devoção. 
Tive  mais certeza ainda de que a amava e de que ela era a mulher  da minha vida.
DIAS DEPOIS 
Liguei para Allie  , para saber a quantas andava a “operação  viagem “. Se ela já havia  falado com meu irmão  e conseguido convencê  - lo.
-  Oi , minha cunhada  preferida !!! Tudo bem ?
-  Oi Fábio.  Tudo indo. – notei o abatimento  em sua voz. 
-  O que aconteceu Allie ? -  perguntei  ficando  preocupado. 
-  Ah ... eu mandei uma mensagem  para o seu irmão  , falando sobre a viagem ...
-  E ?!
-  Ele topou.  Mas em seguida me mandou uma mensagem , falando que precisamos  conversar sobre as questões  práticas  referente  à  viagem ...- seu tom permanecia sem entusiasmo  algum.
-  Allie , nós  já  esperávamos  por isso  . Agora  é  só você  falar sobre a solução  que encontramos...
-  Só  isso  ?! Eu  sei que ele não  vai aceitar. E não  quero mais  brigar ...
-  Mas quem disse que vocês  vão  brigar ?
-  Você  conhece muito bem o seu irmão  , sabe como ele é  cabeça  dura.
-  Então  deixe que  eu falo com ele.
- Por isso  você  é  meu cunhado  preferido  !!! – disse  rindo
-  Sou o único  ... Sério,  deixa comigo. E vai  arrumando  a mala.
-  Obrigada.  Te adoro Fábio.
-  Eu também  Allie.
Desliguei sabendo  que minha missão  não seria fácil.  Mas eu iria usar todas as armas  possíveis,  incluindo  o meu charme irresistível.  Dei risada de mim mesmo.
Fui para casa dos meus , quer dizer minha casa ... enfrentar  a  fera. 
Ele estava na academia  , fazendo exercícios  de fortalecimento e parecia estar cansado  e com dor. E provavelmente  de mal  humor ... mas é já estava aqui e não ia perder  a viagem.
-  E ai cara ? Tudo  bem ? 
-  Se sentir dor o tempo todo , for normal , está  tudo bem , sim.
-  Hum ... estamos  de mal humor ...
-  Fábio  ... – disse  me olhando com a expressão  carregada.
-  Ok. – levantei as mãos  em sinal de rendição  e me sentei à  sua frente , continuando – Eu vim saber se a Allie já falou com você  sobre a viagem  para o chalé  ...
-  Já. 
-  Então,  você vai ? -me  fiz de desentendido. 
-  Acho que vocês estão esquecendo  de alguns detalhes ...
-  Tipo ?! – fiz uma minha melhor expressão  de estranhamento. 
-  Tipo as escadas das duas únicas  entradas ou fato de todos  os quartos serem no andar superior.  – falou com certa irritação. 
-  Ah , isso ...
-  É  isso. – deu um sorriso sarcástico.  E eu tive vontade  de dar um soco naqueles  dentes perfeitos. 
-  Eu estive  pensando ...
-  Que surpresa !!!
Continuei , ignorando sua ironia :
-  E isso  não  será  problema.  Eu e os caras , podemos carregar você. E você  e a Allie , ficam no quarto principal,  que tem o banheiro maior e é  mais espaçoso. 
Ele ficou me olhando em silêncio  por um tempo e parecia  estar ponderando  sobre o  que eu havia  falado.  E então  me surpreendeu. 
-  Ok.
-  Ok ?! Você  topa ?!
Eu não  estava preparado  para uma rendição  . Pensei que teria que insistir , argumentar. 
-  Sim.
-  Legal !!! Vou avisar  o pessoal  !!! Vai se fantástico  !!!
-  Fábio  liga de novo para a Allie e diz que eu aceitei  e que você não precisou tentar me convencer . – disse isso com um sorrisinho ,filho da puta.  Ele me conhecia mesmo. E para piorar, eu devia estar vermelho. 
- Ahn... pode deixar. – saí  ouvindo sua gargalhada. 
Bom , o que interessa é  que teremos  quatro dias  de descanso  e diversão. 
E eu iria aproveitar  para convencer Carol a me apresentar  os seus pais , trazendo -os para a Ação  de Graças
Que Deus me  ajudasse ...