História Rise Up - I don't Wanna lose

I don’t wanna lose
ALLIE 
Interrompi o beijo , me afastando  . E apesar de todo o álcool  que havia ingerido,  me senti imediatamente  sóbria. Fui à mesa que ocupavamos e peguei minha bolsa. Eu precisava  sair dali  . Urgentemente  . 
Giulia  e Pablo , haviam  ido embora  há  muito tempo . E eu devia ter feito o mesmo , antes de fazer besteira  ...
Adam veio atrás  de mim e parecia  perplexo  com a minha atitude . 
Depois que ele pagou  a conta , saímos  para o ar fresco da madrugada. 
Enquanto  arguadavamos o táxi,  abrigados  embaixo do toldo da boate,  permanecemos em silêncio . Mas eu sentia seu olhar .
O táxi chegou,  nos acomodamos  e ele quebrou o silêncio  :
- Allie o que aconteceu  ?! – perguntou  calmamente. 
- Eu não  posso ... Eu tenho namorado  e eu o amo.  Eu não  sei o que me deu ...- falava trêmula e muito  nervosa.  Eu me sentia  péssima  por beija – lo e por ter gostado  do beijo . Onde eu estava com a cabeça  ?!
- Tudo  bem , Allie  . Foi só  um beijo. Você  não  cometeu adultério  ... – segurou minha mão,  tentando  me acalmar com essa tentativa  de humor .
-  Eu sei . Mas é  complicado  ...
-  Então  , me explique.   Nós  temos  todo o tempo do mundo  ...
Acabei por desabafar  com ele  e quando  chegamos ao  hotel ,eu já havia colocado  a par da situação,  resumidamente . Nós despedimos  no saguão  e percebi  que ele me olhava estranhamente. 
 Mas eu está estava me sentindo  tão  culpada, que não  dei atenção  aquele  olhar.
No dia seguinte  , ao nos encontrarmos  , ele foi um cavalheiro  e não  tocou  no assunto . Agindo  naturalmente  comigo. 
Giulia  e Pablo , se juntaram  a nós  e pareciam ter sido  atropelados  por um caminhão.  Na verdade todos nós , em graus diferentes , estávamos ressaca .
E a minha alem de fisica , era moral .
O restante dos dias  foram gastos na biblioteca , onde havia  muito o que explorar e em passeios pela cidade.
Na nossa ultima noite em Londres , fomos os quatro , ao teatro e jantar. Passamos momentos muito agradáveis.  E no final da noite, Giulia e Pablo se despediram , indo juntos para o quarto. Já havíamos trocado nossos contatos,  porque nossos voos eram em horários diferentes.
Adam esperou que eu acabasse de falar com eles e pediu para conversar comigo. Nos dirigimos ao bar  do hotel , nos acomodamos e fizemos nossos pedidos.  Ele não me encarava.
Fomos servidos e assim que o garçom se afastou, quebrei o silêncio opressor em que nos mantinhamos.
-  Então o que você quer me falar ? -  perguntei sorrindo. 
Para minha surpresa , ele pareceu desconfortável,  mas respondeu : 
- Allie , eu já sabia que você estaria nesse grupo ...
-  Já ? Como ?
Ele  disse constrangido : 
- Seu avô pediu que eu tomasse conta de você . Ele estava preocupado com a sua segurança ...
-  Meu avô ?! Agora eu estou  entendendo tudo ... – falei com raiva.
-  Não . O meu interesse por você foi genuíno.  Eu não sabia que  você namorava. Do contrário , jamais teria tentado ficar com você . Eu estou me sentindo mal , com toda esa situação. 
- Só  me responda uma coisa :  meu avô pediu a você que tentasse seduzir ?
-  Não !!! Pelo amor de Deus,  Allie  !!! – disse horrorizado.
- Eu não consigo entender ... – disse com a  voz embargada 
Saí  do bar, se despedir. 
Como meu avô  pôde  fazer isso ?! Ate onde ele seria capaz de ir para me separar do Lucca ? Por que tanto  odio ?
E o pior é que me deixei envolver ... Eu  desejei ...
Eu precisava  voltar para casa e confrontar meu avô. 
EM CASA 
Vovó  Cellie , estava  me esperando no aeroporto  e  parecia  abatida.
Nos abraçamos.  E fomos para  o carro. Durante  o percurso , eu fui falando  sobre a viagem  entusiasmada.  Ela me ouvia , mas estava com um ar de preocupação e não falou muito. O que achei muito estranho ...
Chegando em  casa , fui direto para o banho . Como era bom estar em casa ...
Após o banho, desci e a encontrei na cozinha. Com a mesa posta para o lanche. Minha avó lia meus  pensamentos ... e o lanche estava caprichado , tinha tudo o que eu mais gostava.
Me sentei e comecei a me sevir com um sorriso de gratidão n rosto, por todo aquele carinho .
Vovó Cellie ,  interrompeu o silêncio  .
-  Allie nós  precisamos conversar.  -  disse de forma  resoluta .
Me senti tremer por dentro. O que havia acontecido  ? 
Lucca , eu não havia falado  mais com ele ... o copo tremeu em minhas  mãos. 
-  Allie  , eu conversei  com Marina ...
- Fala vó  , aconteceu  alguma coisa com o Lucca ?! Pode falar ... -  eu a interrompi já  em desespero .
- Alicia  , eu vou falar se você  parar  de me interromper. 
-  Desculpe. – disse sem jeito.
-  Como eu estava dizendo ... Nós  conversamos e ela está  desconfiada que o Lucca esteja com depressão.  Ele está apático , depois que consultaram um segundo médico que o desenganou quanto a qualquer reversão no quadro dele. Ele tem abusado dos analgésicos e ela teve que passar a supervisionar a ingestão de remédios.  Ela disse que o escuta gemer de dor , mas que não pode fazer nada. Não pode permitir que ele  se torne dependente  dos remédios. 
Fez uma pausa, tomando  o chá  de sua xicara , que provavelmente já  estava frio. E contiuou, enquanto eu  permanecia em um silêncio angustiado. 
-  Eu estou te falando tudo isso  , para que você  entenda  que não é  você  o problema.  Ele tem se mantido isolado  de todos.  Você já passou por uma perda e teve o mesmo comportamento . Ele também teve uma perda. Perdeu a esperança e não está sabendo lidar com isso. Portanto , Marina e eu pedimos,  que você não desista  dele. Se o ama realmente.  Ele precisa de você  , mais do que nunca.  Contudo  , você  tem que ter  certeza  dos seus sentimentos.  O Lucca precisa do seu amor e não  da sua piedade  .
-  Esses dias longe dele e de tudo isso  , me fizeram  enxergar  com clareza o que sinto , o que quero  . E principalmente  , o que estou disposta a enfrentar.  Eu conheci outro rapaz e o beijei ...
Observei sua reação,  enquanto  eu falava. Ela pasou da perplexidade  ao assombro , em segundos.  Continuei :
-  Em um primeiro  momento eu gostei e me senti bem . Mas depois  me senti culpada . E o principal  me senti , tomada  por um amor e urna  saudade do Lucca que parcecia me sufocar.  Eu o amo com todo o meu coração  , minha alma  ... Eu sei que passaremos  por dificuldades  , mas eu não  consigo imaginar  minha  vida sem ele. E o vovô  vai ter  que aceitar,  e senão aceitar paciência ... Até porque o que ele fez , não foi digno do caráter dele  .
Minha avó  estava completamente  envergonhada.  Eu continuei : 
-  Eu vou me mudar, está mais do que na hora de ter meu espaço. 
-  Mudar Alicia ?! Por que ?! Voce esta se precipitando ..
- Não  vovó.  Eu quero ter minha casa, meu espaço . Onde vou poder receber meu namorado. Eu já me decidi. Vou usar o dinheiro deixado pelos  meus pais e pedir a  ajuda do sr.Gian  Carlo para encontrar um imóvel adequado.
-  Você parece decidida... e ter tudo já planejado . – disse com a voz embargada. 
-  Sim vovó . Eu sei o quero e o que  preciso fazer para  conseguir. 
-  Você sabe que eu e seu avô , vamos apoia – la sempre. E que te amamos muito.  – disse sem conter as lágrimas.  E
Eu me levantei e a abracei, chorando também.  
Mas estava mais do que na hora de tomar a redeas da minha vida e assumir o controle. 
Liguei para o Lucca decidida  aquela situação.   
Eu esperava que ele fosse frio e até mesmo rude. Mas fui surpreendida com certa gentileza. 
Fui para a casa dele. E não perdi tempo com conversa. Eu precisava dele. Precisava mostrar a ele o quanto eu o amava.
Nós amamos com urgência.  Percebi a surpresa e o alivio ,  em seu olhar.
Meu príncipe , meu amor . Nada e ninguém nos separaria.
Quando terminamos , me deitei por cima do seu corpo. E tive mais certeza do que nunca , que ele era minha pessoa. A pessoa feita sob medida para mim.
Então decidi,  guardar no fundo da memória aquele beijo. Ele não precisava saber. Não a importância.  Só serviu para confirmar o que eu já sabia  : o meu amor pertencia à Lucca Landucci e não seria nunca de mais ninguém.  
MAIS TARDE 
Estávamos  reunidos em volta da mesa jantando , conversando sobre a  minha viagem. Quando decidi comunicar a miha decisão e pedir a ajuda do meu sogro.
-  Eu  decidi que vou morar sozinha.  E que vou comprar uma casa .
As reações foram as mais variadas possiveis , da surpresa à apreensão. 
D.Marina  foi a primeira a falar :
-  Você já falou com seus avós ?! Tem certeza de que está tomando a decisão  certa ?
-  Sim d. Marina  . Me sinto pronta para dar esse passo. Eu quero ter meu espaço , minha independência .
Sr. Gian Carlo disse , como sempre sendo mais prático .
-  Você já tem algo em mente ?  Tipo do imóvel ? Localização ?
-  Não . É justamente aí que o senhor entra ... – disse sorrindo.
Ele retribuiu meu sorriso.
-  Pode contar comigo,  filha.
-  Obrigada . Então , eu pensei em um casa térrea  com fácil acesso e espaçosa . – disse isso olhando para Lucca, que ainda não havia se pronunciado.
-  Mas Allie não  seria melhor um apartamento  ?  Você fica fora a maior  parte do tempo, e um condomínio  te daria mais segurança.  Além  do mais para  que uma casa grande para você  sozinha ?
-  Marina , por favor ... – meu sogro a interrompeu . – Talvez ela não queira morar  em apartamento. Queira espaço  ... e ela com certeza  , não  ficará  sozinha. 
Só  aí  minha sogra pareceu entender  e deu um  dos seus famosos  sorrisos , que contagiavamo a todos  e iluminavam o ambiente.
-  Certamente  . Amore mio, você  tem razão  .
- Mas eu gostaria  que fosse no mesmo bairro. Por inúmeras  razões  ...
-  Pode deixar . Missão assumida : achar uma casa para minha nora preferida .
Nós rimos e eu disse :
-  Se a Carolina ouve isso !!!
-  Mas voces são  as minhas noras  preferidas .
-  Até  porque espero que sejamos as únicas ...
E caímos na gargalhada.  O jantar terminou nesse clima leve e divertido.  A única coisa que estranhei foi o fato do Lucca não dizer nada sobre o meu plano de comprar uma casa ...
Nos  despedimos dos pais dele e fomos para o quarto .
-  Está tudo bem ? Você está com dor ? Ficou em silêncio durante a maior parte do jantar ...
- Estou bem , a dor já é uma constante... Eu só estou surpreso. Você nunca comentou comigo sobre esse  desejo de morar sozinha ...
-  Eu sinto que esse é o meu momento .Pode acreditar  , eu estou pronta para isso.
-  Então só posso ficar feliz por voce e  desecar boa sorte . – porém não parecia nada animado.
Sentei em seu colo de lado , acariando os cabelos de sua nuca e disse: 
-  Eu preciso que você me desene mais do que sorte . Eu ...
-  Você ? 
-  Eu  quero que você venha morar  comigo. – falei nervosa , com uma possivel  negativa e continuei apresentando argumentos para convence – lo .  E  me levantei , andando de um lado para o outro  – Você pode fazer o projeto de reforma para torna – la adquada, nós vamos nos manter perto das nossas famílias e um dos quartos nós podemos transformar  em um estúdio para quando você quiser , trabalhar em casa ...
-  Allie ... Alicia !!! -  me interrompeu sério . – Por favor , vá até o meu closet e pegue na gaveta de roupa íntima , um embrulho.
-  Agora ?! Eu estou no meio de um pedido ... – comecei a falar indignada,  quando ele me interrompeu novamente.
- Alicia , por favor !!! Faça o que estou pedindo .
Saí batendo os pés e bufando. Que falta de sensibilidade !!!
Se ele queria dizer não tudo bem , mas usar de subterfúgios ...  Se ele pensava que eu ia desistir ,  estava muito enganado !!!
Achei um embrulho em um saquinho de seda. Peguei sem dar muita atenção e joguei no colo dele, pronta  para recomeçar  o meu discurso .
- Como você sabe eu havia dito que tinha um presente para te dar , quando fomos para o chalé. Mas foram tantos acontecimentos,  que não achei o momento  adequado para  te  entregar. E  depois todo aquele pesadelo , sua viagem ...  Abre , é para você.  – disse me entregando o saquinho .
Minhas mãos tremiam. Meu coração batia tão rápido , que pensei que fosse sair pela boca. Abri ansiosamente.  E vi o anel mais lindo de toda a mnha vida !!!
Um diamante Tiffany’ s , rodeado por safiras. Eu estava sem fôlego e surpreendentemente sem palavras , o que  era raro acontecer.  E então , ele disse uma da frases mais lindas e importantes da  minha vida : 
- Alicia quer casar comigo , princesa ? 
Me olhava com aqueles olhos azuis , meu oceano particular,  aguardando ansioso minha resposta. 
Me aproximei aproveitando ao máximo aquele momento . Me sentei novamente em seu colo , ainda segurando a caixinha e forcei minha voz a sair :
-  Sim. Sim !!! É tudo o que eu mais quero nesse mundo !!! Eu te amo , meu príncipe !!!
Ele pegou  o anel das minhas mãos que tremiam , como as dele e o colocou no meu dedo com toda a delicadeza.  Nós dois choravamos de felicidade e nos  beijamos por entre nossas lágrimas . 
E depois fizemos amor  como noivos pela primeira vez. Um amor doce, sereno e seguro.
Ele  adormeceu primeiro . Eu fiquei observando os seu rosto , decorando cada pedacinho daquela expressão delicada e o meio sorriso em seus lábios .
Ele realmente havia mudado meu mundo. Iluminando com sua luz tudo ao redor ... “ You are sunshine in my life , “

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