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História Rise Up - Fear


Escrita por: Sasciofa

Notas do Autor


Fábio , Fábio ...

Capítulo 45 - Fear


Fera 
FÁBIO  
Assim  que a vi , senti minhas pernas  fraquejarem .
Seu olhar  tinha tanta decepção  e tristeza ...
Mas não  era nada disso  que ela estava pensando  .
Eu sei , bem clichê  ... porém  , era a mais  absoluta verdade  .
Barbie  , quer dizer  Bárbara  , apareceu para uma visita surpresa na casa dos pais e como havíamos  sido namorados no  colégio  , resolveu  passar em casa .
Eu estava indo para o carro  , decidido  a voltar para casa e pedir novamente  a Carol  que se casasse comigo  após  ter conversado  com meu irmão  e meu pai , quando  a vi saindo  do carro.
Nós abraçamos  e,  começarmos  a conversar sobre a vida .
Ela  estava  noiva , morando definitivamente em Paris . E havia vindo  trazer os convites  do casamento  para a família  e acertar os últimos  detalhes  para que todos  viajassem para a França  à  época  da realização  do casamento. 
Eu contei que estava  praticamente  noivo , o que provocou nela uma gargalhada  . Me fiz de ofendido  e rimos juntos.  Falei  ainda que já  estava morando  junto  com a minha namorada há  algum tempo . E  depois passamos  a falar dos conhecidos  em comum.  
A convidei  para entrar  , mas ela recusou. Estava  indo para o aeroporto  e  só  tinha  arriscado  parar por ter visto  os carros  na garagem. 
Estávamos  nos despedindo  , quando  vi Carol e Allie  , paradas nos olhando  .
Tudo aconteceu  tão  rápido  .
Carolina saiu correndo  , entrou no carro e saiu cantando  pneus. Eu ainda corri , tentando  impedi – la , gritando  seu nome. Mas ela não  parou.
Barbie sem graça  , se despediu e foi embora. 
Allie ficou  me olhando,  sem esboçar  reação . E de repente  , tonteou e se eu não  a segurasse teria ido ao chão  .
-  Allie , o que foi ?!
-  Fábio  vá atrás  dela ... Eu  sinto que vai acontecer  algo ruim .
Ela estava gelada e tremia muito. 
Gritei  por meu pai que estava na sala e conseguiria  nos ouvir  . Não  podia  deixar Allie , ali sozinha  , naquelas  condições  . 
Ao mesmo  tempo em que a segurava com um braço  , apertava o botão  de discagem  do celular  ligando para  Carolina. 
Meu pai saiu e ficou  assustado , quando  viu aquela cena.
-  Filho o que aconteceu  ?!
-  A Allie  ... a Carolina  ... pai depois eu explico . Por favor  ajude a Allie . Eu preciso ir atrás  da Carol !!!
Coloquei  uma Allie quase inconsciente  em seus braços  , deixando  - o perplexo e entrei no meu carro , saindo à  toda velocidade. 
Nesse  instante  meu celular tocou  e o atendi imediatamente  , sem olhar  de quem era a chamada. 
- Carolina , amor não  é  nada disso  que você  está  pensando  ...
-  Sr. Fábio  Landucci  ?! 
Ao ouvir  aquela  voz estranha senti  meu coração enregelar .
-  Sim . Quem  é  ?
-  Estou ligando  do Pronto Socorro  do Mercy , o Sr conhece Carolina Braga Smith ?
-  Sim . O que aconteceu  ?! Ela está  bem ?!
Me senti  sufocar de medo .
-  Ela sofreu  um acidente  e deu entrada na emergência  . Seu número  era o último  que  constava nas ligações  e também  no  contato  para emergência . É  melhor o Sr vir  para cá. 
Desliguei pensando  , no porquê  de eles nunca  responderem as perguntas  diretamente. 
Eu não queria pensar no que aconteceu  a Carolina  .
Liguei  para o meu irmão  , que atendeu  no segundo  toque  . Por certo , Allie  já devia ter contado  o que havia  acontecido.
-  Fábio tudo  bem ?
-  Lucca  ... a Carol  sofreu  um acidente , está  no Mercy. Estou indo para lá  .
-  Nós  já estamos indo. Tente ficar  calmo ...
-  Eu não  posso perde – la ... – eu chorava. 
-  Você  não  vai  perde- la. Vai ficar  tudo bem .
-  É  vai  ...
Cheguei  ao Mercy , estacionei e  corri para a emergência. 
Carol , ainda estava sendo  atendida. E a recepcionista me  disse para  aguardar , que logo um médico  viria falar  comigo. Fui para a sala de espera  e não consegui ficar parado.
Pouco  depois meus pais , Lucca  e Allie  chegaram. Ao vê – los  desmoronei .
Depois  que me acalmem , contei a eles o que havia  acontecido. 
Allie  permaneceu quieta , olhando  pela janela . Será  que ela me culpava pelo acidente  ?!
O  médico  responsável  pelo atendimento de Carolina , até  que enfim  , veio  falar  conosco. 
-  Familiares  de  Carolina  Braga ...
O interrompendo , falando em  uníssono :
- Sim !!!
-  Ela está  bem ?! – me adiantei ,
-  Ahn . Está.  Teve uma leve concussão  , mas nenhum ferimento  mais grave. Por sorte , ela usava o cinto de segurança  e o outro carro envolvido  na  colisão , estava em baixa  velocidade. 
-  Eu posso vê – la ?! – perguntei  , tentando  aparentar calma.
-  Sim. Eu o acompanho.
Segui o médico  e a cada passo , sentia que podia explodir  de tanta angústia  e temor.
Entrei no quarto e quando a olhei  tão  frágil  e indefesa naquela  cama, quase  caí  no choro novamente.  Mas me contive , ela precisava  da minha força. 
-  Oi anjo ... – falei suavemente  .
Ela abriu os olhos  , mas não havia emoção  neles.
-  Eu senti tanto medo de te  perder ... Como você  está  se sentindo ?
Ela me  olhava , mas parecia não  me ver.
-  Carol , fala comigo ...
-  Falar o que ?! Que eu vi ...
-  Não  é  nada disso  que você  está  pensando ...
-  Ora , por favor. Eu vi !!!
-  Você  me viu conversando  com uma amiga.
-  Amiga ou ex namorada ?
-  Ex namorada dos tempos  do Colégio.  E amiga há  muitos anos . Ela  ...
-  Não  me interessa !!!
-  Anjo ...
-  Eu não  sou seu anjo. Eu te odeio !!!
Não  esperava por isso. Mas eu entendia.
Me aproximei da cama e a  abracei.
-  Mas , eu te amo !!! E sou e  sempre  serei seu.
-  Meu e de quantas  mais ?! – disse chorando.
Misturei  minhas lágrimas às dela , enquanto a beijava sofregamente. 
Ela tentou resistir , mas acabou cedendo e retribuindo meu beijo  com ardor.
Quando  nos separamos em busca de ar , eu disse :
-  Por favor , acredite em mim , eu nunca traí você !!! O que você viu foi uma conversa inocente.  Eu não posso viver sem você !!! Eu te amo , anjo. Você é  minha vida. Desculpe – me por não conseguir dar o tempo que você precisa , mas por favor , casa comigo ?  Eu ...
Não  consegui  terminar , caindo em um choro copioso.
Chorei  por toda angústia , mágoa  e temor que havia sentido. 
Carolina  acariciou meu  cabelo e levantou o meu rosto , secando minhas  lágrimas com beijos. 
-  Eu sinto  muito pelos meus pais . Por ter saído daquela  maneira ... Por não conseguir demonstrar o quanto você é importante para mim ...
-  Anjo  , nós  dois erramos mais  uma vez  ao não  sermos sinceros ... Ao tentarmos  esconder  um do outro  , nossos medos  e  inseguranças. 
-  Eu confesso que  achei , mais uma vez , que podia lidar com tudo isso  sozinha  ...
-  Mas você  não está  sozinha  . Você  tem a mim !!! Aliás  a nós  todos.  Minha  família  está  aí  fora , todos preocupados com você. 
-  Eu só  tenho trazido problemas  para eles  ...
-  Nunca  diga isso !!! Nós  te amamos !!!
Ficamos  em silêncio abraçados , até  que cobrem a minha  resposta . A resposta que iria  mudar a minha  vida .
-  Carolina , você  não me respondeu ... Casa comigo ?!
-  Sim !!! Anjo , sim !!!
Nós abraçamos  , mas alguém  bateu  a porta  .
-  Desculpe  atrapalhar  o casal, mas temos  uma família  aflita  por notícias  aqui fora . – disse sorrindo  uma enfermeira .
-  Por favor , peça  a eles que entrem . – Carol respondeu  , também  sorrindo.  Enquanto  eu tentava me recompor.
Ficar excitado em um quarto de hospital  , com a mulher  da sua vida usando um avental  verde , seria pouco provável  para qualquer  um. Menos para mim !!!
Eles entraram e Allie logo a abraçou  . Em seguida  meus pais e Lucca segurou sua mão com carinho  ao aproximar a cadeira  de rodas da cama .
Allie  e minha mãe choravam. E meu pai foi logo dizendo  :
-  “ Bambina “ que susto você  nos deu !!! 
-  Ainda  bem  que não  aconteceu nada grave . Mas eu espero que você , aliás  que vocês  parem de testar nossos  corações  !!! – disse minha mãe  , sorrindo  por entre as lágrimas  .
-  Desculpe  ... – Carol  estava envergonhada. 
-  Carol , não  os leve a sério  . – falou  Lucca rindo .
-  Os quatro  devem me levar a sério  . Porque o próximo  a aprontar  vai  levar umas  boas  palmadas !!!
Rimos . E  continuamos  conversando  , até  o médico  vir dar alta  à  Carol.
-  Srta . Smith ,  apesar de ter sofrido apenas uma concussão,  deve fazer  repouso ,ingerir alimentos  leves  e ficar  atenta a qualquer  sinal de tontura , dor de cabeça  intensa. Deve vir para cá  imediatamente.  Se necessário ,  pode tomar esse analgésico.  – disse  entregando  - lhe a receita.  
Depois  de uma  certa discussão,  acatamos a sugestão  dos meus  pais e Carol e eu fomos ficar com eles. 
Minha mãe me considerava incapaz de  prestar os cuidados  que Carolina precisava . E eu não  tinha  o essencial : amor de  mãe .
Assim  que  chegamos ,  a levei no colo para o meu quarto  .
-  Ai que exagero  !!! Eu posso andar !!! Fábio  , você  está  me ouvindo  ? – ela  reclamava , enquanto  eu subia as escadas. 
-  Não  . Estou concentrando minhas  forças  para não  te  deixar cair ... você  não  é  nenhuma  pluma .
-  Ora seu ... você  está  me chamando  de gorda ?! 
-  Não  . De gostosa . Minha gostosa !!! -  disse  sorrindo e a devorando com o olhar. 
Ela  riu . E contra todas as recomendações  médicas  , nos amamos .
Há  melhor remédio do que o Amor ?!

-  

 

 


Notas Finais


Beijos de Luz !!!
Trilha : Michael Bolton , How I supposed to Love you .


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