Good Love
FÁBIO
Os últimos dias haviam sido conturbados.
Com a morte dos avós de Allie , todos nós ficamos envolvidos em uma atmosfera de tristeza e preocupação.
Allie não era mais a mesma .
Tinha voltado ao trabalho e aparentemente estava agindo normalmente , mas seus olhos não tinham mais brilho. Seu riso parecia forçado.
Era a sombra da Allie que conhecíamos.
E Carolina estava preocupadíssima com ela. Eu também.
Aliás com ela e Lucca , que andava aflito por não saber como ajudá - la.
Para sairmos um pouco desse ambiente de tristeza , convidei Carolina para irmos ao cinema e depois jantar.
Mas dessa vez , não iríamos juntos . Eu fiz questão de ir buscá - la em casa , como num encontro de namorados , para quebrar a rotina.
Peguei a moto de Lucca emprestada , já que havia vendido a minha há muito tempo.
E ao pilotar de novo , me passou pela cabeça comprar outra . Minha mãe que não gostaria nada disso ...
Na hora marcada , cheguei ao nosso prédio e telefonei para que ela descesse .
Ela estava linda !!! Com uma calça jeans , camisa branca e jaqueta de couro azul marinho e as botas de couro de salto alto que eu adorava.
Ao vê - la , pensei em desistir do jantar e ir direto para a sobremesa.
Mas nós precisávamos desse momento . Então contive meus impulsos.
- Anjo você está linda !!!
- Você também !!! Tem certeza que quer ir jantar ?! Nós podemos pedir algo depois ... – sua expressão era pura malícia .
- Não senhora . Vamos seguir o planejamento. Hoje eu quero te namorar e garanto que você não vai se arrepender !!!
Ela subiu na moto , aguardei que colocasse o capacete e nos colocamos a caminho do restaurante, que tinha vista para o lago e era bem conceituado.
Chegamos , nos acomodamos em uma mesa reservada dos demais clientes do restaurante por um biombo e bem romântica e fizemos nossos pedidos .
Ela iniciou a conversa. Eu estava embasbacado admirando – a e pensando que a cada dia a amava mais.
- Eu não sabia que você tinha uma moto .
- Eu tive . Depois que caí , vendi . Essa é do Lucca, ele adora pilotar . Quer dizer , adorava .
- Mas você ficou com medo depois que caiu ?
- No começo sim. Mas depois, foi mais por pressão da minha mãe que acabei desistindo . Cada vez que eu ou Lucca saíamos, era um drama . – respondi sorrindo ao lembrar das cenas.
- Imagino. Vocês são muito apegados não é ? – ela disse com um sorriso e eu quase não consigo responder.
- Sim. Sempre fomos. Meus pais eram e são muito presentes em nossas vidas ... sempre nos apoiaram em nossas escolhas e decisões. E Lucca e eu sempre fomos inseparáveis.
- Imagino o quanto você sofreu com o acidente ...
- Sofri muito . Pensei que minha família ia se separar. Meus pais que sempre foram unidos, estavam brigando. Lucca no hospital com aquele diagnóstico terrível e eu sem saber o que fazer ...
- Ainda bem que tudo isso acabou.
- Sim. E eu posso dizer que conhecer você em meio a tudo isso , foi a melhor coisa que me aconteceu !!!
- Mas você não gostou de mim de imediato ...
- Nosso primeiro contato , não foi muito agradável. – Eu falei rindo .
- Foi um acidente . E você reagiu como um ogro ...
- E você foi atrevida e arrogante.
- É , acho que empatamos.
Ficamos em silêncio por um momento, enquanto comíamos.
Contudo , precisava tocar em um assunto delicado.
Tomei um gole de vinho , para angariar a coragem necessária e comecei :
- Anjo , eu sei que esse é um assunto que te incomoda , mas já percebemos que seus pais não querem fazer parte das nossas vidas . Eu sei também , que você sente muito a falta deles , porém nós não podemos ficar esperando que eles se decidam a me aceitar. Eu te amo , quero me casar com você e não aguento mais esperar .
- Eu sei ... Mas eu não queria perder as esperanças. E você quer um evento ...
- Carol se você quiser , amanhã mesmo nós podemos ir à prefeitura e nos casarmos. O que me importa é que você seja minha esposa . E o mais rápido possível.
Eu segurava sua mão por sobre a mesa. Ansioso por uma resposta.
- Não precisamos ser tão radicais. Podemos fazer uma pequena cerimônia, só para os mais intimos. Eu sei o quanto isso é importante para você e seus pais. O que você acha de casarmos no dia dos namorados , 14 de fevereiro ? Com as bênçãos de São Valentim .
- Sério ?! Acho perfeito !!! –
Eu não cabia em mim de felicidade.
- Isso nos dá exatamente, dois meses para organizamos tudo. - ela disse prática.
- Ah , mas nós damos conta. Podemos fazer a cerimônia e a festa no salão principal do Royal Club , minha mãe pode cuidar da organização se você não se importar .
- Mas será que vamos conseguir essa data ? Está muito em cima ...
- Meu pai é amigo de um dos sócios fundadores . Isso não será problema . - tomei um gole de vinho e continuei entusiasmado . - Amanhã mesmo , vou cuidar da parte legal e pedir ao meu pai que fale com o padre Patrick.
- Uau !!! Parece que você já tem tudo esquematizado ... – disse sorrindo .
- É ,andei pensando um pouco sobre isso ...
Rimos. E eu ainda tinha mais uma coisa para dizer :
- Você se lembra daquela casa que vimos à venda , no final da rua da Lucca e da Allie ?
- Lembro . Eu fiquei apaixonada por ela. Pena que aquela família comprou ...
Então tirei uma caixinha do bolso e entreguei à ela , que me olhou surpresa.
- Eu que você preferisse me entregar o anel de noivado na presença da sua família.
- E prefiro . Agora , abra.
Ela pegou a caixa e a abriu , retirando uma chave e me olhando confusa .
- Esse é meu presente de casamento para você . Aquela casa é sua .
Ela ficou boquiaberta. E em seguida seus olhos ficaram marejados.
- É sério ?! Você é louco !!!
- Sou . Louco por você !!!
- Meu Deus !!! Eu não sei o que dizer ... – ela estava trêmula.
Eu levantei e ela fez o mesmo.
Me ajoelhou aos seus pés e disse :
- Carolina Braga Smith , você me concede a honra de ser minha esposa ?!
Eu também tremia.
- Sim!!! Sim !!! E a honra é minha !!!
Ela fez com que eu me levantasse e nos beijamos apaixonadamente.
Fomos para a casa nova e fizemos amor com toda doçura de um amor realizado .
NO DIA SEGUINTE
Fomos almoçar na casa dos meus pais.
Carol irradiava felicidade e eu não estava diferente .
Nós tocávamos a todo instante ,era como se fosse impossível manter nossas mãos longe um do outro .
Durante o café da manhã havíamos conversado sobre alguns detalhes práticos, como quem seriam nossos padrinhos.
- As meninas serão minhas damas de honra. – ela disse e seus olhos brilhavam alegres.
- Estou sendo óbvio , mas o Lucca será meu “ best man “ . Ele foi o primeiro a perceber que eu estava apaixonado por você e sempre apoiou a nossa relação.
- Eu sempre soube que ele é muito sagaz . – disse rindo.
- Engraçadinha.
Quando chegamos , fui direto para o escritório , onde meu pai e Lucca conversavam.
- Bom dia . – disse sorrindo de orelha a orelha.
- Oi filho .
- Oi. Parece que alguém viu passarinho verde ...
- Vi uma ninhada inteira !!! Eu e Carol , marcamos a data !!!
Eles bateram palmas e meu pai me abraçou , dizendo :
- Até que enfim !!! Quem sabe assim , eu consiga ver meus netos antes de morrer ...
Eu e Lucca nós olhamos , caindo na risada.
Meu pai era a personificação do drama .
- É sério ...
- Bom , e quando será o tão esperado enlace ? – disse Lucca ainda com ar de riso.
- No dia dos namorados. – respondi sorrindo.
- Mas filho , só teremos dois meses para organizar tudo !!!
- Eu sei . Mas conto com a ajuda de vocês ...
Minha mãe ficou em êxtase com a notícia .
- Filho , você não imagina o quanto estou feliz por vocês !!! Eu não estou perdendo um filho e sim ganhando uma filha.
Nós abraçamos, minha mãe era a melhor pessoa do mundo.
- Mãe , eu te amo muito.
- Ah , para !!! Assim vai me fazer chorar ... eu também te amo muito filho.
Começou a fazer uma lista de prioridades e me lembrei das listas que Allie costumava fazer. Eu tinha certeza que o nosso casamento seria perfeito.
Enquanto comíamos , falávamos das questões práticas.
- Allie você pode ir comigo na quarta , comprar o vestido ? – perguntou Carolina .
Todos nós olhamos para ela , que parecia perdida em outro tempo e espaço.
- Princesa ... a Carol te fez uma pergunta. – Lucca tentava trazê - la à realidade.
- Oi ? Desculpe .
- Eu perguntei se você pode ir na quarta , comprar o vestido de noiva comigo ...
- Ah , na quarta ... claro . – e deu uma imitação de sorriso.
Nós nos entreolhamos preocupados .
- Então está combinado . Faremos uma noite só das meninas . E vocês garotos podem aproveitar a folga.
- Carol , bem que estou precisando . – disse Lucca , com a clara intenção de provocar Allie.
Contudo ela não reagiu , parecia nem mesmo ter ouvido.
Eu tentei inclui- la na conversa novamente.
- Minha cunhada preferida , nós agora faremos nossas sessões de filmes da Marvel lá em casa , enquanto esses chatos falam sobre as últimas tendências de decoração . Afinal , seremos vizinhos .
Acho que por sentir todos os olhares em si , ela respondeu tentando emprestar entusiasmo à voz :
- Com certeza e o lanche fica por minha conta . Porque você na cozinha ...
- Ora , as minhas torradas são ótimas !!!
Todos nós rimos.
Depois da refeição , eu e Lucca fomos para quarto dele.
- Mano , você está bem ? A Allie está tão distante ...
- Eu não sei se estou bem . Vê - la sofrer , sem poder ajudar, me martiriza .É como se ela estivesse se afastando e eu não pudesse alcança - la .
- Ela parou com a terapia ? Agora é essencial a ajuda de um profissional .
- Ela tem ido . Mas acho que a ferida é profunda demais e vai levar muito tempo para fechar.
- Você precisa ter paciência e calma para poder apoia – la . E nem mesmo os preparativos para o casamento a tiram dessa apatia ?
- Não . É como se nada mais importasse ...
- Desculpe a indiscrição ... E na cama ?
- Ela parece estar ausente . Não fazemos amor há algum tempo ...
- Cara , então a situação é pior do que pensei .
- Sim . Eu tento supri – la com todo o carinho . Mas ela se fechou .
- Eu não sei o que te dizer ...
Eu o olhava penalizado.
- Chega de falar de mim . E você , feliz ?
- Felicíssimo !!! Eu fico cada dia mais apaixonado .
- Fico muito feliz por você !!! E agora a pressão de dar netos aos nossos pais vai recair sobre vocês . Ufa !!!
- Idiota !!! Mas a partir de julho dividiremos a responsabilidade .
Rimos e em seguida , eu disse :
- Lucca , eu quero te fazer um pedido ...
- Fala cara ,por que essa expressão tão séria ?
- Eu quero que você seja meu padrinho .
- Eu me sinto honrado .
- Eu te amo muito.
O abracei e para variar choramos.
Os Landucci emotivos estavam em ação.
Conversamos por mais algum tempo, até Carol vir me chamar para irmos embora.
Nos despedimos de todos .
E já no carro , Carol me mostrou o motivo de sua pressa em irmos para casa.
Começou acariciando minha nuca. Depois passou a deslizar a mão por minha coxa.
- Se você quiser chegar inteira em casa , é melhor parar ... – disse sorrindo malicioso.
- E por que temos que esperar chegar até em casa ?!
- Carol não me provoque ...
- Eu não estou fazendo nada . Só fiz uma pergunta inocente ...
Desviei e entrei em uma rua comercial , que aquela hora estava deserta .
Desliguei o carro e Carolina simplesmente abriu minha braguilha e me colocou inteiro na boca.
Eu arfei e pensei que iria explodir de prazer .
Ela era habilidosa e sabia me excitar. Não aguentando mais e sentindo que ia gozar , a puxei para cima de mim , levantei sua saia e rasguei sua calcinha fazendo - a sentar em minha ereção .
- Você é tão apertada ... tão gostosa.
Ela suspirou e me beijou. Aumentando o ritmo dos movimentos.
- Amor mais rápido ... me fode com força .
Aquele pedido era uma ordem.
Me enterrei nela , repetindo o movimento até que ela gritasse e me molhasse com seu gozo.
Ela continuou a se movimentar e eu sabia que não ia durar muito .
- Carol, eu vou gozar ...
- Goza para mim.
Atingimos o clímax juntos .
- Anjo , eu te amo.
Nunca havia me sentido tão completo.
- Eu também . Eu sou sua para sempre .
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