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História Rise Up - Grooms


Escrita por: Sasciofa

Notas do Autor


Quem precisa da algo mais , com noivos como esses ?!
Oh , my God !!!

Capítulo 51 - Grooms


Fanfic / Fanfiction Rise Up - Grooms

Grooms 

FÁBIO 

Eu literalmente  estava  contando  os dias que faltavam  para o nosso  casamento. 

Eu tinha a sensação  que o tempo  se arrastava  , fazendo  de propósito  para testar  minha paciência  !!!

Ao menos  a questão  do vestido  estava resolvida  . Faltava  apenas  os últimos  ajustes  do meu terno , que foi feito  sob medida .

Os demais preparativos  já  haviam  sido concluídos.  E até  mesmo a lua de Mel , eu já  havia organizado. 

 Carol não  teria  motivos  para adiar  o casamento  . 

De  verdade , esse era o meu  maior medo  .

E se de repente os pais dela  tentassem  mais uma  artimanha  , algum  golpe  sujo e tivessem  êxito  ?

Apesar  de vê – la determinada  , eu me sentia inseguro  .

Não  conseguia esquecer daquele   babaca do ex namorado  , aparecendo  na porta  de casa com a maior cara de pau  !!!

Mas não  adiantava  nada ficar me martirizado , eu tinha  que me convencer disso e concentrar  no meu  casamento.  E para  ajudar  , eu ainda  tinha  que comprar  os presentes  de Natal  , que claro deixei  para a última  hora .

Precisava de companhia  para aquela  tarefa enfadonha. Liguei  para o meu  irmão  :

- E aí  ? Lucca  preciso de um favor  ...

-  Oi ,manda .

-  Preciso que você  vá  comigo ao  shopping  , eu ainda não  comprei os presentes.  – disse já  prevendo  o esporro que  ouviria.

Dito e feito.

-  Caramba Fábio  !!! Antevéspera  do Natal  e agora você  decide   fazer compras !!! Você  não  tem jeito  .

-  Eu sei ... mas  com essa  correria  do casamento  ...

-  Ah , por favor não  venha com essa  desculpa  esfarrapada  . Você  não  fez nada , além  de tirar as medidas  para o seu terno e conseguiu  chegar atrasado ao alfaiate  .

Pelo seu tom de voz, eu sabia que ele  estava segurando  o riso.

- Tudo bem , eu vou mudar .  Você  está  se sentindo  melhor depois  dessa  bronca ? Vai comigo ou não  ?

-  Primeiro você  não  vai mudar  , escuto isso  desde que éramos  crianças.  Segundo  , estou me sentindo  ótimo  e terceiro  , vou  né  !!!

-  Por um momento  , cheguei  a pensar  que você  me abandonaria, me deixando  sozinho  para enfrentar  essa  batalha  ...

-  Idiota !!! A que horas você  passa aqui  ?

-  Já  estou a  caminho.

-  Ok. Você  paga o jantar  . Até  daqui a pouco.

-  Ok. Até .

Desliguei com um sorriso  no rosto.  

Eu e meu irmão  sempre fomos  parceiros. E tenho  certeza  que isso  nunca  irá  mudar .

Passei  para pegá  -lo e fomos  conversando  amenidades  .

Já  no shopping , enquanto  eu me decidia entre um anel ou uma pulseira para minha mãe  , fazendo  a vendedora  da joalheria  ficar impaciente com a minha indecisão  , perguntei  :

-  Lucca  , você  já  comprou o presente da Allie  ?

-  Sim .

-  E qual é  ?

- Surpresa  . Não  posso  falar  .

-  Por que ?!

- Porque você é linguarudo e ela sabe como tirar as coisas de você .

- Linguarudo ?! Eu  ?! Quando foi que deixei escapar  algum segredo par Allie ?!

Eu estava indignado com aquela acusação. 

- Me deixe refrescar a sua memória  seletiva ... 

O interrompi para concluir a  compra e me livrar do olhar  da vendedora, que era  capaz de congelar o fogo do inferno. Me decidi pela pulseira  de esmeraldas , minha  mãe  adorava jóias e como Lucca daria  brincos da mesma pedra, formaria  um conjunto. 

Saímos  da joalheria e fomos ao Outback  .  Depois  que nos acomodados e fizemos  nossos  pedidos ,  retomei o  assunto :

-  Vamos  refresque minha  memória  . Eu te dei bastante tempo para inventar  algo criativo  ...

-  Pois  muito bem  ... Você  se lembra de quando te contei da viagem que tinha  programado para o chalé  , para comemorar  o primeiro  ano de namoro  com a Allie e te pedi  segredo  ?! -disse  sorrindo com ar de vitória e continuou  - Lembra da festa  surpresa  para o Sam ? Quer que eu continue ? Posso  fazer  isso o dia  todo  ... 

-  Ok . Você  me  convenceu . Mas em minha  defesa digo que eles me manipularam abusando da  minha  inocência  .

 Gargalhamos  até  perder  o fôlego.  E o restante  da refeição  transcorreu  nesse clima bem  humorado .

Apesar  do shopping  estar lotado  conseguimos  nos locomover  com  certa  tranquilidade e  evitamos filas , graças  à  preferência  a que Lucca  tinha direito. 

Mas eu  ainda  tinha um problema  , não sabia  o que dar para Carol.

Lucca  fez uma sugestão  que acatei , sapatos . Não havia como errar  !!!

Mas não  qualquer  sapato como ele disse  com  ar grave . Sapatos Jimmy  Choo . E falou o nome da marca com a reverência que  tínhamos ao  falar de uma Ferrari. 

Na loja ele me  ajudou  a escolher  .  Estava familiarizado  , já que frequentemente  presenteava  Allie.  

Escolhemos scarpins  pretos e  uma bolsa para  combinar. 

Estavamos indo para o caixa ,  quando me deparei  com o par de sandálias  mais sexy que eu já  havia visto !!!

Imediatamente  , imaginei  Carol as usando  com aqueles  pés  lindos e delicados , sem mais  nada. Meu corpo reagiu de forma intensa  .

-  Lucca  olha esse par de  sandálias  !!! Que maravilha !!!

- Linda mesmo !!! Vai levar também ? – perguntou  sorrindo  maliciosamente. 

-  Sim . Com  certeza .

Demos risada. Ele sabia  do meu fetiche  por pés. 

E por incrível  que pareça  , era uma coisa  que eu e Allie  tínhamos  em comum e motivo de  piada , quando  íamos  à  praia  ou piscina  e ficávamos  reparando e dando notas para os pés  das pessoas.

Peguei o par de sandálias  ,  depois  que a vendedora nos atendeu  novamente  com um sorriso alegre .

-  São  bem simpáticas  as  vendedoras dessa  loja . – comentei .

-  E têm motivos  de sobra  para serem  assim ... com essas gordas comissões  . – disse sorrindo sarcástico. 

Não  entendi seu tom , mas  não  prolonguei o assunto  . Ele também  havia pegado um  par de sapatos belíssimos  para Alli , que conforme  ele disse era  inspirado na  Cinderela e tinha um brilho muito delicado.

Finalmente  , fomos para  o caixa e o valor da compra me surpreendeu  ... os sapatos  eram tão  ou mais caros  que  jóias  !!!

Agora  eu entendia seu tom de reverência ao  falar o nome da marca  e o sarcasmo em relação  às  vendedoras. 

Quando  saímos  da loja , não  me contive  :

- Cara vou  largar a engenharia  e virei  trabalhar  nessa  loja !!!

Ele  riu e respondeu  : 

-  Eu já pensei  nisso ... mas nosso  perfil  não  preenche os requisitos  que são  exigidos  pela loja . – disse  fazendo um sinal  com a mão  que indicava homossexualidade .

Caí  na risada.  E seguimos com as compras  até  que conclui minha lista. 

Notei seu cansaço  e fomos  para a casa dos meus  pais. Fiquei  um pouco lá  , conversando  com eles e  depois  fui para casa satisfeito. 

LUCCA 

Sair com meu irmão  , era garantia de  diversão  .

Relembrei de  sua expressão ,quando viu o par de sandálias e caí na risada.

Ele e Allie eram loucos !!! 

Tanta  coisa para olhar e eles ficavam  reparando em pés ...

Por  sorte , os meus eram bonitos  , segundo Allie  .Ou eram , agora com as cicatrizes ...Ela  sempre tecia elogios  para o formato  dos meus dedos , ao  fato de não  ter pêlos  . O que sempre  me fazia  rir , deixando – a brava. As únicas coisas  que  me  agradavam era quando ela  massageava meus pés  ou se excitada com eles .

Mas cada louco com a sua  loucura .

Eu estava cansado da verdadeira  maratona de compras e para variar com dor  , o que não  era novidade. Eu estava  tentando  diminuir  a ingestão  de  analgésicos  , mas hoje  seria  impossível  não  tomar  a  dose máxima. 

E o pior  é  que ainda tinha  que  fazer a última  prova dos ternos  que usaria no casamento  do Fábio  e no meu. 

Pensei em cancelar , mas acabei  desistindo .

No caminho até  a alfaiataria  , me peguei pensando em como seria  a cerimônia  do meu casamento  ... Eu teria que  usar a cadeira  de rodas . Por mais que eu pedisse  ao padre Patrick para ser conciso , eu não ficaria menos  de quarenta  minutos  em pé  . O que sobrecarregaria meu tornozelo direito  que a  doendo  constantemente  . E as temperaturas  abaixo  de zero , também  não  ajudavam. 

Eu não havia  comentado nada com a Allie  , mas já tinha  passado algumas  noites em  claro  , por conta da dor. Eu ficava velando  seu sono. Ela  ficava tão  linda  dormindo ...

Tive que interromper  o fluxo  dos meus pensamentos  para procurar  uma vaga e estacionar.

Algum espertinho  tinha  estacionado  na vaga reservada  à deficientes.  Consegui uma vaga no final da  rua ,  ao sair do carro e me apoiar nas muletas , trinquei os dentes para não gritar . E para ajudar  a alfaiataria ficava à uns 250 metros de onde eu havia deixado o carro , o  que me fez andar um bom pedaço, praguejando contra a  dor e o bendito  que havia  parado  na vaga  reservada. 

Por sorte , seu Giovanni  me atendeu  rapidamente , fazendo  os últimos  ajustes  mais rápido  ainda . Enquanto aguardava sentado  na sala de espera , tentei  desviar  o foco da dor . 

Comecei a pensar  na lua de mel  , nós  iríamos  para Toscana . Será  a primeira  vez de Allie  e  minha segunda . Mas dessa vez,  teria uma emoção  diferente  ... Eu estaria com a minha princesa  . Minha esposa.

Fui tirado do meu devaneio, por Francesco  assistente  do senhor Giovanni  .

- Senhor  Landucci  , está  pronto  . Eu vou  acompanha – lo  até  o carro .

Giovanni  se despediu  com um aceno , enquanto  falava ao telefone. 

Saímos  da loja e na caminhada  até  o carro  , Francesco perdeu  o fôlego  por duas vezes . Ele estava acima  do peso e carregando dois trajes completos.  Tive pena .

-  As pessoas não tem educação . Aposto que quem  estacionou na vaga reservada , não tem  nenhuma necessidade especial . O carro não tem o adesivo para identificação . – ele estava indignado .

-  Provavelmente  você  está  certo .

Disse  querendo  chegar em casa o mais  rápido  possível. Agradeci sua gentileza  e praticamente   e joguei no banco  do carro.

Dirigi até  em casa ,  rezando  para não  pegar  nenhum  farol fechado . E  minhas preces foram atendidas. 

Ao chegar,  fui direto para o quarto . Tomei outro  analgésico  mais  potente , tirei os  sapatos  e me  deixei cair na cama .

Eu queria esquecer  que  pés  ...

Acordei  com  Allie me chamando ,  sentada ao meu lado .

-  Dormindo  à  essa  hora bebê  ? Assim  vai ter insônia  ...

Mal sabia ela .

-  Oi . – minha  voz saiu rouca, eu estava meio desorientado  . – Que horas são  ? 

-  Quase sete ... – ela me olhava atentamente. 

E eu havia  dormido por uma hora e meia . Ao menos a dor havia se tornado suportável .

-  Como foi seu dia ? -perguntei para tentar fazer com que ela  parasse de olhar , como  quem estuda um espécime raro .

-  Foi bem . E o seu ? – ela continuava  me olhando. 

Sentei na cama e consegui evitar  uma careta .

-  Ótimo  . Fui com o Fábio  ao shopping  e depois buscar  os meus  ternos  , que aliás estão no carro .

-  E está  tudo  bem ?

-  Como assim ? O que você  quer dizer ? – me fiz de desentendido  .

-   Nada.  Deixa pra lá  . A Jane me telefonou , nos  convidando  para jantar. O Fábio  e a  Carol também  vão .  Você  quer ir ?

-  Claro . – justo hoje .  Obrigado  universo  . 

-  Eles vão  viajar amanhã  e só  voltam  depois  do ano novo . – ela disse indo  em direção  ao banheiro  .

Levantei cuidadosamente , sentindo  a dor voltar com toda força . Tomei mais dois comprimidos e fui para o closet separar  uma roupa.

Eu não  queria que  Allie percebesse que eu não  estava  bem. 

Justamente  agora que ela estava bem , eu não  queria  preocupa – la.

Ela saiu do banheiro  envolta na toalha de banho , os cabelos  cacheados  presos em um coque  alto . 

Como  era linda !!! E como eu a amava.

Se ela queria  ir jantar na  casa de Robert  e Jane , nós iríamos. 

Fui tomar  banho  , rezando  para que o remédio  fizesse  logo efeito. Saí  do banho e Allie  me esperava já arrumada , sentada  na cama  que tinha  arrumado  e , mexendo  no celular  .

Me troquei  rapidamente  , colocando a órtese  no  meu pé  esquerdo  e o tensor  no direito . Senti um alivio momentâneo.  Calcei a bota no pé direito  e lembrei que com a  órtese  era impossível calçar  qualquer  tipo de sapato .

-  Droga !!! -  resmunguei . Havia  começado  a  nevar e  estava fora  de cogitação  não  usar algo para manter  os  pés  aquecidos .

-  Amor , tudo  bem ? 

-  Sim . Eu não  estava achando  meu suéter  azul . – improvisei .

-  Nossa você está  parecendo uma noiva  para se arrumar . É  só  um jantar  . – ela estava impaciente  .

- Já  estou pronto . 

Quando  será  que o bendito  remédio  vai fazer efeito  ? E esse frio  ...

Quem diria,  que  eu passaria a detestar o inverno .

Sugeri que Allie fosse dirigindo , já  que  havia  gostado tanto  do  câmbio  automático. 

Cada solavanco  , era uma tortura.  Enfim , chegamos ao apartamento e eu  apesar do frio , estava suando e não via a  hora de me sentar.

Fábio  e Carol já estavam  lá  e Robert logo brincou :

- Nossa o que  aconteceu ? Pensei em  mandar  a Swat atrás  de vocês ...

-  Robert  você  esqueceu que eles são  como coelhos  , não se  desgrudam . – disse Fábio  com um sorriso malicioso – Podemos imaginar  o motivo  da demora ...

-  Idiota  !!! – eu e Allie  falamos  juntos  ,  provocando o riso dos outros  .

Carol não perdeu a deixa : 

- Isso  sim é  sintonia , aprendam !!!

Caímos  no riso e por alguns instantes  , esqueci da dor .

O jantar foi agradável  e apesar do incômodo  constante , me diverti.

Nos despedimos ,deseja do uma boa viagem.

-  E  não se esqueçam  dos nossos presentes !!! – Allie disse e nós rimos .

Já  no carro eu não encontrava posição e Allie  percebeu .

-  Agora chega !!! Quando você  ia me falar que está  morrendo de  dor ?! Por que está tentando  esconder ?

-  Eu não queria te chatear  , preocupar ...

-  E ia  ficar sofrendo até  quando  ?! – ela me interrompeu exasperada. 

Eu não  consegui responder ao tentar  me ajeitar  , bati o  calcanhar esquerdo  no extintor embaixo do banco e pensei que fosse desmaiar .

Esse sofrimento  não  acabaria nunca ...  Senti as  lágrimas  escorrendo pelo meu rosto  e não  tentei  disfarçar. 

Quando dei por mim , estávamos no pronto  socorro do Mercy. Por sorte , dr. Edwards  estava de plantão  e me atendeu  rapidamente  .

Depois  dos exames  de  praxe , o  diagnóstico. 

Ele pediu que  Allie entrasse no quarto  e sem meias palavras  disse : 

- Lucca  você tem  uma fratura no calcaneo  esquerdo , deriçado de uma  das microfissuras das quais já havíamos  falado . E seu tornozelo  direito está  trincado . Você  vai ter os dois pés  imobilizados  e o  prognóstico  de  recuperação  é  45 dias no mínimo  . 

-  Qual  a causa doutor  ?  - Allie   perguntou  friamente , virando  - se  para mim , enquanto  ele  ele respondia .

-  Provável  déficit  de cálcio  e movimentos  repetitivos ,  pressão nos  membros. Eu aconselhei  o uso da  cadeira de rodas  , mas agora é  uma ordem  . Depois  que fizerem imobilização  , você  está  liberado .

Ele se aproximou de mim , tocou meu ombro  e falou :

-  Cuide – se . Você  não  quer ficar de vez preso à  uma cadeira  , sem poder se  levantar. Não  jogue  fora o que conquistou  . Boas festas .

Percebi  em seu olhar que ele estava  penalizado com a minha  situação  .

Allie simplesmente  sentou  na poltrona que havia  no quarto  e se manteve em silêncio  .

Mas eu podia sentir a raiva que ela emanava .

Fechei  os olhos , tentando  ignorar  a dor física  e moral.

Que belo final  de ano !!!

Voltar à  rotina de cadeira  de banho , cama  , cadeira de rodas  .

Muito  , mas muito  obrigado  universo  !!!


Notas Finais


Ai meu cuore sofre por ti , Luquinha
😢😢😢


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