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História Rise Up - I Tried


Escrita por: Sasciofa

Notas do Autor


O que vocês estão achando ?

Capítulo 7 - I Tried


Fanfic / Fanfiction Rise Up - I Tried

I  TRIED

POV Alicia

Voltei para casa após  a  recepção  de boas vindas , me sentindo aliviada e feliz por termos nos entendido. Quando  nos beijamos , senti que nos braços  dele era meu lugar ... ele era a minha pessoa .

Percebi que vovó Celie estava muito  calada e resolvi  puxar papo.

- Vovó  está  tudo  bem ?

- Sim querida. Só  estou pensando  ...

-  Posso saber em que ? 

-  Ah , nada demais – me respondeu  sem me olhar nos olhos. Notei o seu constrangimento  e insisti.

-  Vovó  nunca tivemos  segredos  , não  vamos  começar  agora. Por favor , me fale o que a perturba ...

-  Allie, meu bem , você  sabe que o Lucca  irá  enfrentar  muitos  desafios  e por estar com ele, você  tambem sofrerá ... está  preparada ? Você  sempre comentava como ele é  lindo , perfeito... lindo, ele continua, mas perfeito ... Eu tenho medo que vocês  se magoem .

Eu não soube o que responder de imediato para minha  avó.  Ela me conhece como ninguém,  me lê  como se eu fosse a página  de um livro. Pensei um pouco  antes de formular uma resposta.

- Vovó  a senhora  sabe que eu sempre dei muita importância  a aparência física  , eu não  posso negar ... Eu nunca pensei  que tivesse  que enfrentar  uma situação  como  essa , estou com medo de falhar com  ele , decepciona -lo. Porém  esses dias longe dele , foram os piores da minha vida !!! Eu quero estar com ele ... preciso aprender como  lidar com tudo  isso é sei que não  será  fácil.  Mas eu preciso tentar , por mim, por ele , pelo nosso amor ...

Ela me olhou com um ar de dúvida  e ao mesmo  tempo de encorajamento. 

-  Filha , eu espero  sinceramente  que você  consiga superar esse aspecto da sua personalidade  ... e que vocês  possam ser felizes, independentemente  das circunstâncias. Mas antes de qualquer coisa você  precisa se conhecer  , saber quais são  os seus limites ...

-  Eu sei vovó  ...

-  Será  uma longa e árdua  jornada. Não  esqueça que o Lucca vai precisar de todo o apoio nessa caminhada e que vocês  terão  que renunciar a muitas coisas...

-  Eu o amo.

-  As vezes só  o amor não  é  o suficiente  ...

-  Vó  parece até  que a Sra quer que eu termine com ele ... Não  estou entendendo. 

- Não  , Allie  . Eu só não  quero  que vocês  se machuquem. 

Ficamos em silêncio  o resto do caminho.  E quando  chegamos em casa , me despedi e fui para o meu quarto. Tomei um banho demorado, pensando em nosso  beijo , no cheiro dele  , no calor de suas mãos.  Para mim ele sempre seria  lindo, meu príncipe,  meu bebê. 

E depois,  havia  a possibilidade  de ele voltar a andar ... Eu havia conversado com o Fábio  e ele me disse que o médico  havia afirmado que ele tinha como reverter  a paralisia.  E eu estava apostando  minhas fichas  nisso.

Eu só  não  conseguia entender  o porquê  da minha aversão  a esse tipo de deficiência.  Se eu tivesse a mesma  crença  que os meus  avós,  poderia  achar que isso  vem de outras vidas. Seria uma ótima  explicação ... De qualquer  forma eu teria que me dominar para poder ajudar o Lucca nesse momento  difícil. Peguei meu note e comecei a fazer umas pesquisas  para saber o que  fazer , falar ... acabei adormecendo com o PC no colo.

No dia seguinte  ...

Saí  de casa cedo, ansiosa em ver meu bebê. Passei em uma cafeteria  e comprei várias  guloseimas para o café  da manhã  e claro , em especial  o que o Lucca mais gostava : profiteroles.

Enquanto  dirigia , cantava com o rádio  do carro , me sentia  feliz  ... Aparentemente  cheguei  muito  cedo, já  que o Lucca  ainda estava dormindo . Mas os pais dele já  estavam acordados  e me receberam  muito  bem , como sempre ( por conta da resistência  do meu  avô  em aceitar nosso namoro , nós  passávamos  muito tempo na casa dele e os pais dele sempre foram muito  amorosos comigo ).

Peguei as sacolas no carro  e disse contente:

- Café  da manhã  especial !!!!

- Oba !!! O que temos nessas sacolas ? – perguntou meu sogro, sorrindo  abertamente.

-  Gian Carlo, se comporte – minha sogra disse rindo  - lembre  -se da dieta !!!

- Ah , hoje a dieta que se dane !!!

-  Bom, para o senhor eu trouxe presunto  de Parma ...

- Hum , que maravilha – Ele disse lambendo os lábios  e nós  duas rimos.

-  Para a Sra. , temos croissants  e para o Fábio,  meu cunhado preferido : baguete de tomate seco e queijo.

- Meu Deus é  um banquete !!! – disse d. Marina risonha.

-  E por último  , mas não  menos importante  : os profiteroles do meu amor  !!! – eu sorria,animada.

-  Bom, então  vamos  acordar esses preguiçosos,  eu estou faminto !!! 

Nesse momento  ouvimos  um baque surdo e um grito.  Corremos  todos  para o quarto  do Lucca e o vimos  no chão.  Eu fiquei  sem reação  , mas meus sogros tomaram  a frente  da situação.  

-  Filho , o que aconteceu  ? – perguntou  o pai.

-  Você  se machucou ? – perguntou  minha sogra, enquanto  meu sogro o colocava sobre a cama e minha sogra desvirava  a cadeira de rodas. Eu continuei parada à  porta do quarto  , em silêncio. 

- Eu tentei  ir para a cadeira sozinho  e ela virou ... mas estou  bem. Só morrendo  de vergonha  ...

-  Filho , eu admiro sua pro atividade , mas você poderia ter se machucado – disse o pai.

-  Nós  estamos  aqui para te ajudar,  meu amor. Por favor  , nos chame .

Eu decidi  interromper  o momento  embaraçoso.  Ele não  tinha reparado na minha presença. 

-  Bom dia !!! 

-  Ah ... Bom dia , princesa. – disse  envergonhado. 

-  Adivinha  o que  eu trouxe para o café  da manhã  ? 

-  Hum ... profiteroles,  acertei ?

- Na mosca , bebê  !!! – e tentei  dar meu  melhor  sorriso  - Eu vou  arrumar  a mesa para  o café,  enquanto  você  se arruma , ok ?

-  Obrigada  Allie. Em dez minutinhos  , nós  já estaremos  lá. – respondeu d. Marina. 

Saí e meio que corri para  a cozinha. Meu coração  estava  apertado por  vê – lo naquela situação  e percebi  que eu não  saberia  o que fazer. Tomei um copo de água  para  me acalmar e comecei a colocar a mesa na cozinha mesmo.

Eles chegaram  e eu me dei conta de que havia esquecido de tirar uma cadeira, fiquei sem jeito.  Mas o meu sogro resolveu a situação  ,tirando a cadeira que ficava à  cabeceira da mesa . O Lucca se aproximou com a cadeira de rodas e só  aí  eu percebi que a mesma era motorizada. Nós acomodados ( Eu sentei próxima  a ele é segurei em sua mão  ) e comecamos  a comer e conversar .

Logo o Fábio  se juntou  a nós  com a maior cara de sono e já foi dizendo  que eu era sua cunhada  preferida. Rimos e assim  passamos boa parte da manhã  , como costumavamos fazer. Senão  fosse pela cadeira de rodas, eu acharia que era mais um dia corriqueiro em nossas  vidas.

Quando  terminamos  o café  , que mais pareceu um almoço,  fomos  para o quarto do Lucca e eu me surpreendi com o apuro e bom gosto da decoração  , apesar  de ser um quarto adaptado. Me acomodei na cama e ele ficou de frente para mim, na cadeira.

Não  conversamos , os nossos  olhares se encontraram e  começamos  a nós beijar. O desejo e a saudade explodiram , não  tinham como ser contidosa Eu puxava os cabelos dele, apertava seus braços  fortes e descia as mãos  pelo seu peito largo. Queria  me fundir a ele. As mãos  dele , passeavam  pelas laterais do meu  corpo , me apertavam  e  me deixavam mais e mais excitada. Quando ele tocou  meus seios por cima da camiseta que eu usava , não  contive o gemido rouco que saiu dos meus  lábios  e  pareceu excita-lo ainda mais.  Ele me tocou por cima da calça jeans, fazendo pressão  sobre  minha intimidade  e eu já  estava  no auge da excitação,  comecei a morder o lóbulo  da sua orelha , desci para o pescoço,  peito, abdômen definido, mas parei subitamente  quando cheguei a sua intimidade ... Eu não  sabia como perguntar se ele ainda tinha sensibilidade. 

- Hum ... bebê  você  ...Ahn ainda sente, sabe ...

-  Sim. Ainda tenho sensibilidade. Continuo sendo um homem ...

-  Eu não  disse isso  !!!

- Que tem ereção  - continuou , como se eu não  houvesse  o interrompido. 

Senti a tensão  dele  e  percebi  que não  havia  mais clima para continuarmos.  Tentei  mudar de assunto .

- Então   a que horas o fisioterapeuta  vem ?

- Por volta das 14 h. – me respondeu  secamente .

-  Ele virá  todos  os dias e no mesmo horário  ?

-  Sim.

-  Que bom. 

-  Por que ? – percebi a sua ironia  e impaciência  quando  me fez essa pergunta.

- Porque assim  terei todas as manhãs  com você  e vou trabalhar  no período  da tarde. Eu aceitei a proposta  de emprego da Universidade  e  vou lecionar na escola dos filhos  dos funcionários.  Assim  tenho como escolher meu horário  . Não  é  ótimo  ?

-  É  princesa, é  sim ... – Mas ele não  parecia muito feliz. 

 - Você  está  bem ? – perguntei, pois ele estava  inquieto, como se estivesse sem posição. 

-  Na verdade, eu preciso me deitar. Minhas costas estao doendo e meu pé  está  me matando ... você  pode por favor , chamar meu pai ?

- Você  quer que eu te ajude ?

-  Melhor não.  Eu sou muito  pesado.

-  Tudo  bem, eu vou chamá – lo ...

-  Allie ... desculpe.

-  Pelo o que ?

-  Por  tudo ...

-  Eu  é  que peço desculpas. Eu vou procurar  me informar , aprender ...

-  Eu só  quero  que você  fale comigo sem receio , como sempre nos  falamos , ok ?

-  Ok !!! – dei um selinho em seus lábios  e fui chamar me sogro.

Pelo jeito,  ia ser mais difícil  do que eu pensei ... mas estou tentando. 


Notas Finais


Beijos de luz.


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