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História Rise Up - Sacrifice


Escrita por: Sasciofa

Capítulo 8 - Sacrifice


Fanfic / Fanfiction Rise Up - Sacrifice

Sacrifice

POV  LUCCA

Meu primeiro  dia de fisioterapia,  Allie virá  passar a manhã  comigo  ( espero que possamos  ficar bem, eu sei que nada será  como antes , mas ainda assim  tenho esperança em nosso  relacionamento  ) Meu dia promete ser bem cheio ...

Após  a minha higiene  matinal e o café  da manhã,  fiquei esperando  minha princesa  lendo um livro sobre paisagismo  , mas não  conseguia me concentrar no que lia ... Allie chegou e me deu um beijo , foi logo se sentando  no meu  colo.

- Oi amor , como foi sua primeira  noite de sono em casa?

-  Boa . – respondi suavemente,  enquanto  a olhava como se pudesse decorar seus traços  gravar seu sorriso  e seu olhar, eternizando – os em minha memória. 

-  Muito  bom !!!  Imagino que voce esteja de bom humor ...Tenho uma proposta para te fazer ... – falou toda dengosa. 

-  Qual ?

- Que tal irmos à  cafeteria  ? Assim voce se distrai um pouco ...

-  Não  .

-  Não  ?! Por que não  ?

- Eu não  quero  sair !!! – respondi ríspido  - Não  quero  que me vejam assim  .

-  Ora , Lucca você  só  pode estar brincando  comigo ...

-  Você  acha que tudo  isso  é  uma brincadeira  ?! – eu estava tentando  me controlar para não gritar.

-  Você  tem que  enfrentar a sua realidade !!! Ou pretende ficar  sem sair de casa nunca mais ? E depois diz que eu é  que sou preconceituosa  ... Você  não  se aceita, como quer que os outros o aceitem ? 

- Cala a boca !!! O que você  sabe sobre o que  eu estou passando  ou sentindo  ?! Você  não  tem o direito de me julgar ... Fácil  para você  falar ...

-  Você  me mandou calar a boca ?! Eu não  sei mesmo,  nunca fui aleijada !!! E ficar  com pena de si mesmo,  não  vai ajudar  em nada, assim como se esconder do mundo, também  não !!!

- Alicia  sai daqui !!! 

- As coisas se resolvem assim ? Você  grita , me expulsa  e eu tenho que entender e relevar ?!

- Você  não  tem  que fazer nada !!! Nem estar aqui, e nem relevar nada. Eu só  quero que você  saia daqui  !!! – disse isso  , sentindo meus olhos ficando marejados e tentando  segurar as lagrimas. – O aleijado aqui, não  vai atrapalhar a sua vida . Sinta – se livre ...

-  Como assim  ?! Você  está  terminando  comigo ?! Eu não  acredito !!!

- Eu estou facilitando  para você  .

-  Tudo isso porque eu quis ir à  uma cafeteria com você  ?!

-  Não.  Porque  eu acredito  que você  merece mais do que um cara preso a uma cadeira de rodas, que não  se aceita e que quer se esconder do mundo . Como você disse , nunca foi aleijada , então  não tem como entender  o que sinto .

Ficamos em silêncio  por um  momento  que  pareceu  uma eternidade,  até  que  ela disse :

-  Desculpe ... Me perdoe !!! Eu  não  sei o que me deu !!! Não  sei porque  te disse essas coisas horriveis ... eu só  queria te ajudar, que você  se distraisse ... – falou com uma voz trêmula  , começando  a chorar em seguida.

-  Alicia é  melhor  você  ir embora ... 

-  Não  sem antes você  dizer que me perdoa  - disse , tentando me abraçar. 

-  Tudo bem. Mas é  melhor você  ir ... estou cansado. – só  queria  ficar sozinho. Mais  uma vez senti que eu Allie , estávamos  nos distanciando. 

-  Ok ... mais tarde  eu te ligo para saber como foi a fisioterapia.  – me deu um beijo na bochecha e saiu sem olhar para  trás. 

Eu me sentia  esgotado, magoado e decepcionado. Será  que  ela não  conseguia entender  ? Não  percebia como eu estava me sentindo  ?

Durante todo  o nosso  relacionamento  , nós  sempre nos entendemos muito bem e ate terminavamos as frases um do outro , tamanha era a nossa sintonia. Passei as mãos  pelos cabelos me sentindo completamente  frustrado  e só  me  perguntava o que estava acontecendo conosco , com a minha vida ?!

Mais tarde , naquele  mesmo dia.

Minha mãe  entrou no meu quarto , para me avisar que o meu fisioterapeuta  havia chegado. Me  ajudou a me preparar e fomos para  a academia  que tínhamos  em casa e que agora serviria também  para as minhas sessões  que seriam  diárias. 

O meu fisio , era um homem  alto , por volta de quarenta  anos, simpático chamado Marcus e me explicou o objetivo inicial  do meu plano de fisioterapia  e foi bem  sincero ao me dizer que muitas vezes eu iria  querer  desistir  e até  mesmo esmurra – lo.

-Sério Sr. LANDUCCI,  já  tive pacientes  que  tentaram ... – falou sorrindo.

-  Marcus por favor me chame de Lucca e não  consigo imaginar o que você  possa ter feito para receber  essa  reação  . _ falei  perplexo. 

Ele sorriu enigmático. 

Começamos  a sessão  e na metade , eu já  conseguia  imaginar o porquê  dos pacientes  quererem  bater nele ... eu sentia como se estivesse tendo minhas costas e pernas moídas com alguma  técnica  de tortura. E quando pensei  que  não poderia  piorar,  ele começou  a se concentrar  no meu  pé  esquerdo ...Puta Que Pariu !!! Que dor lancinante !!! Engoli as lágrimas  que me vieram aos olhos  e tentei controlar a ânsia  de vômito. 

-  Por hoje é  só, Lucca. Amanhã  eu volto no mesmo horário.  – me disse com um sorriso  , como se soubesse que eu estava  imaginando mil maneiras de tortura – lo.

Tomei fôlego  e perguntei:

-  Cara , isso é  algum tipo de tortura ? Eu pensei  que a fisioterapia fosse para  eu me sentir melhor  e voltar a andar,  mas desse jeito  ...

-  Lucca , dependendo  do tipo de lesão,  as sessões  iniciais serão  bem dolorosas. Principalmente  o seu pé esquerdo  , que foi o mais  afetado no acidente. Eu percebi que você  praticamente  recuperou  a sensibilidade  completa  das pernas e na anamnese e exame físico,  o controle  de esfíncter  é  quase total. Vamos nos concentrar em fortalecer  essa musculatura  e para  isso  nos teremos  que nos dedicar aos exercícios  e fazer o repouso necessário,  inclusive  mantendo  o uso da cadeira  de rodas. Agora  você  entende  o porquê  da reação  dos outros  pacientes  ? – perguntou  , sorrindo  largamente. 

-  Ah , sim. Como entendo  !!!

Ele me colocou  na cadeira  e me levou até  a sala de estar onde minha mãe  e o Fábio  me esperavam . Trocamos  mais algumas palavras e nos despedimos. Quando ficamos só  nós  três,  minha mãe  perguntou  :

-  E aí filho como foi ?

-  Doloroso.  – respondi,  fazendo  uma careta.

-  Ah , meu amor ele disse que seria  assim  ... mas você  não  pode desistir. 

-  Não  pode mesmo cara !!! – Meu irmão  disse apressado. 

-  Calma gente !!! Eu  disse que foi doloroso  e  não  que  queria desistir. Eu sei que preciso continuar  .

Eles pareceram aliviados com a minha  resposta.  Então continuei  : 

-  Eu sei que nada  será  como antes, mas quero poder me ver livre dessa cadeira .

-  Com essa determinação  você  vai conseguir mano e pode contar comigo.

-  Mãe  será  que  você  pode me ajudar a tomar banho ? – perguntei  cansado  e  com  bastante  dor no meu  bendito  pé  esquerdo. 

-  Claro meu amor. Eu vou arrumar as coisas ...

-  Mãe  deixa que eu faço  isso  !!! Vamos voltar  aos velhos  tempos, eu dando banho no meu  irmãozinho  , enquanto  a senhora  arruma o nosso  jantar.

Nós  três  rimos , mas minha mae parecia  preocupada. 

-  Mãe  pode deixar. – insistiu meu irmão. 

- Então , Tome cuidado  ao transferi – lo para a cadeira de banho e depois o seque bem ...

- Oi , pessoal. É  só  um banho e eu ainda  consigo  falar mãe  , se ele fizer qualquer  coisa  errada , eu te chamo . – falei tentando  manter um sorriso no rosto  , mas me sentia  um fardo para a minha família. 

Minha mãe  me beijou , indo para a cozinha e nós  fomos para  o meu  quarto. Eu e o Fábio  sempre fomos próximos,  lembro  que  estávamos  sempre  juntos , um cuidando  do outro. Portanto,  me sentia  à  vontade  com ele.

Enquanto conversávamos  sobre a sua nova conquista  amorosa e riamos, ao tirar minhas calças,  percebi  que  meu irmão  empalideceu ao ver as cicatrizes  que   recobriam minhas pernas , quadril e pés.  Ele tentou disfarçar,  mas eu o conhecia como ninguém  ...

-  Fábio  está  tudo  bem ... melhor você  chamar a mamãe. 

-  Não  !!! Eu só  não  estava preparado ... Ah , Mano eu queria  poder tirar a sua dor , eu ...- falou me abraçando  e chorando. 

O abracei também e ficamos assim por um momento. Tossi para quebrar o clima e disse :

- Se alguém  entra nesse banheiro  agora , ia pensar besteira  ... dois caras se abraçando  e um está  sem calça  ...

- Otário  !!! – falou rindo e me soltando. -  Vamos logo com esse banho, bebê  da mamãe. 

E apesar do dia estressante e cansativo, estava grato por aquele momento,  meu irmão , meu parceiro.

Na mesma noite ...

Já  estava deitado , tentando suportar a dor e dormir, quando meu celular começou  a vibrar.  Olhei e vi a foto da Allie sorridente,  fiquei segurando  o celular  e  ... deixei cair na caixa postal

Gente


Notas Finais


Gente , será que estou judiando muito do nosso Lucca ? E a Allie está certa ?
Comentem !!
Beijos de Luz


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