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História Rivals - Capítulo 0.2


Escrita por: AnyaScarlet

Capítulo 3 - Capítulo 0.2


O refeitório estava agitado, como sempre. Lucy se via perdida em seus pensamentos, sentada na mesa que se localizava bem no centro de todo o local. A famosa mesa dos populares - ou, simplesmente, os mais ricos, já que mais da metade era odiada. O grupinho era composto por seis adolescentes e, apresentando do menos rico para o mais rico, ficava assim:

Gray Fullbuster, filho de Ur Fullbuster e irmão de Ultear Fullbuster, uma famosa modelo e atriz. Era o herdeiro de toda a riqueza acumulada pelas esculturas de gelo multimilionárias que a mãe fazia.

Gajeel RedFox, filho de Metallicana RedFox, primo de Lucy Heartifilia e herdeiro de toda a riqueza tirada da exploração de petróleo e metais preciosos.

Sting e Rogue Eucliffe, filhos adotivos de Skiadrum e Weisslogia, um casal gay de atores mais que famosos em Hollywood - Assim como Gajeel e Gray, eram novos ricos, ou seja: Não tinham todo um império passado de geração à geração.

Erza Scarlet, filha de Irene Scarlet. Essa tinha um imenso império de cosméticos iniciado, pelo menos, à quatro gerações. Sua imensa riqueza perdia apenas para a de Lucy.

Lucy Heartifilia dispensava apresentações para qualquer um. Filha de Layla Heartifilia e Jude Heartifilia, praticamente donos de Magnólia. Sua riqueza com certeza era mais extensa até que a do personagem fictício Riquinho Ricco. Ninguém além da própria família Heartifilia sabia ao certo quando foi que eles começaram a crescer, maa tinham certeza de que foi à muito tempo.

Pensando naquilo, Lucy lembrou de quando Natsu Dragneel entrou para o internato, por meio de uma bolsa de estudos. Assim que esbarraram um com o outro na entrada do internato, trocaram as primeiras farpas. Ela lembrava como se tivesse sido ontem.
 

Dois anos atrás...

Era bom, para Lucy, estar de volta ao internato. Apesar de odiar todas aquelas pessoas, e achar todas as matérias tediosas, Lucy preferia ser sufocada por gente à bajulando que ficar naquela mansão, sentindo o olhar raivoso de seu pai sobre si em todo e qualquer momento que se cruzavam - o que não era sempre, já que Jude estava sempre trancado em seu escritório, trabalhando como um louco na tentativa de esquecer toda a dor de seu peito. Lucy desconfiava que o plano de seu pai era ignorar os próprios sentimentos, até que estes finalmente sumissem.

Achou que finalmente teria alguma paz quando avistou seus amigos no portão de entrada, claramente esperando por ela. Sua esperança se esvaiu assim que ela se aproximou do grupo mas, eles sequer notaram sua presença. Gajeel, tagarela como sempre, foi o primeiro a falar:

— O que é que ele está fazendo aqui?

— Quem? — Lucy caminhou para frente de seu primo, mas foi puxada para trás. Gray estava com o braço ao redor de sua cintura, fazendo que não com a cabeça.

— Não vale a pena ver, Lucy. Você só vai se irritar. — Mordendo a própria língua, Lucy se soltou do amigo e arqueou as sobrancelhas, se pondo na frente de Gajeel e olhando para a mesma direção que eles. Se tinha algo que não faziam, era dar ordens para uma Heartifilia.

Foi então que ela o viu. Os cabelos rosados bagunçados, a pele bronzeada e o sorriso levemente sarcástico. O maldito ainda usava o mesmo cachecol, Lucy se perguntava como ainda podia caber. Ele vinha em sua direção, segurando uma mala surrada. Parou bem na sua frente e seu sorriso sarcástico apenas aumentou.

— Olá, Luce. Quanto tempo. — Lucy juntou as sobrancelhas. Seu rosto corou de raiva e ela se fez de idiota:

— Perdão, eu te conheço?

Natsu arregalou os olhos por alguns segundos, mas logo voltou ao normal, puxando o cachecol até seu nariz e aspirando o cheiro. Então ele voltou a se pronunciar:

— Dragneel, Natsu Dragneel.

Fez-se de pensativa, apenas para manter o teatro em que só quem acreditava, era ela. Seus amigos e o próprio Natsu sabiam bem que a loira jamais esqueceu aquele nome.

— Ah, Dragneel! Dragneel... — Voltou a seu tom pensativo, mas logo lhe sorriu de forma maldosa, pondo a mão na cintura e jogando suas mechas douradas para trás do ombro. — Não é o sobrenome daquele empresário que faliu por fraude à alguns anos atrás? Patético. — Seus amigos não esboçaram nada mais que sorrisos igualmente maldosos, porém, alguns expectadores curiosos que os rondavam, gargalharam alto.

— E Heartifilia? Não é o nome daquele empresário que ficou famoso àscustas dos Dragneel? — As risadas cessaram. Lucy cerrou os punhos, suas bochechas coradas de raiva. O rosado sorriu de forma vitoriosa, pois sabia que, apesar de serem mais antigos que os Dragneel, a alguns anos várias revistas comentaram que o sucesso de Jude Heartifilia se dava exclusivamente pela amizade com os Dragneel. Mesmo sendo mentira, Lucy odiava aquela suposição. — Patético.
 

E por falar no diabo, Natsu Dragneel acabava de entrar no refeitório. Estava bocejando, seus cabelos estavam mais bagunçados que o normal e ele usava uma calça moletom e regata com uma estampa de um dos álbuns de Bon Jovi, deixando os seus braços musculosos a vista para quem quisesse ver. Parecia ter acabado de acordar, o que explicava o fato de Lucy não tê-lo avistado em nenhuma aula. O preguiçoso ficou dormindo!, pensou ela, enquanto observava-o fazer caminho até a mesa dos fundos, onde o casal incestuoso de gêmeos, Levy e Jellal McGarden, estavam sentados. - Não se sabia ao certo se tinham alguma relação carnal, mas esse foi um dos boatos que Lucy acidentalmente espalhou.

— Se olhar arrancasse pedaço, minha amiga Lucy, você já teria dilacerado o Natsu. — Sting trouxe Lucy de volta a realidade com aquele comentário. A loira o olhou com certa raiva.

— O que está insinuando?

— Ai, Lucy, para de fazer a egípcia né! — Erza parou de comer seu bolo de morango e apontou o garfo para Lucy. — Eu já disse e repito: Esse seu ódio pelo Natsu é vontade de dar! Aposto que se sentasse nele, nem um guindaste te tirava.

Todos da mesa encararam Erza horrorizados. Era claro que ela havia dito o que todos queriam, mas não falavam por medo que Lucy os matasse. Claro que a Scarlet não tinha que se preocupar com aquilo, já que Lucy perdia para si no quesito "assustadora".

Mas mesmo que não pudesse estapear a ruiva, Lucy não ia aceitar aquele linguajar para si sem fazer nada. Ela levantou, batendo as mãos em cima da mesa e chamando a atenção de todos os presentes. Não precisou dizer nada, Erza e Lucy apenas se encaravam de forma que assustaria qualquer um. Por fim, a loira saiu a passos firmes do refeitório, enquanto Erza voltava a comer seu bolo como se nada tivesse acontecido. Aquilo significava a vitória da ruiva.

Do outro lado do refeitório, certo grupo só tirou os olhos da loira quando está bateu, com toda a sua força, as portas do local.

— Ela ainda vai acabar quebrando.

— E daí, Jellal? — Natsu mordeu uma coxa de frango, mastigou e logo continuou sua fala:— Se ela quebrar uma porta, aposto que o pai dela faz construírem um novo refeitório. — Levy não pôde evitar sorrir. Natsu era o único que a entendia.

Sabia que o rosado já tinha sido tão rico quanto Lucy, mas ele era diferente. Ele era humilde. Era gentil com todos, não se importava com o que tinha na carteira - nem sequer tinha carteira. Ele era tão diferente daquela loira azeda e de seu grupinho... que Levy nem conseguia acreditar que um dia fez parte deles.

Passado uns cinco minutos que Lucy saira batendo porta, Natsu se levantou de sua mesa e se despediu de seus amigos. Estava na hora mais preciosa de seu dia: Hora de atormentar uma Heartifilia mimada. Passou depressa pelos corredores, até sair do prédio B e passar desatento pelo jardim até o prédio C, onde ficavam os dormitórios dos guerreiros de segunda-à-sexta. Natsu achava aquilo ridículo. Enquanto bolsistas tinham que ficar no prédio B, junto com os professores, refeitório, e dividindo o quarto com mais dois indivíduos, os riquinhos tinham o prédio C todo para si. Cada um tinha um quarto individual, além de uma despensa com algumas guloseimas.

Ao adentrar no prédio, ele logo avistou Lucy jogada no sofá ao lado da escadaria. Tinha os fones enfiados nos ouvidos e os seus olhos fechados. Natsu não podia perder aquela oportunidade perfeita para importunar a loira. Cuidadosamente, ele se aproximou da garota e se abaixou, ficando de joelhos ao lado do sofá. Ele aproximou seu rosto do dela, fazendo com que seus narizes encostassem um no outro, e então esperou os gritos raivosos, mas estes não vieram. Ela continuou com os olhos fechados e a respiração calma, sem esboçar nenhuma expressão raivosa ou preocupada. Estava dormindo. Natsu suspirou com aquilo e levantou, a pegando no colo e subindo as escadas.

Talvez, como rivais, o mais correto à fazer fosse acorda-la de forma grosseira, mas ele não faria aquilo. Na verdade, não tinha nada contra Lucy. Quando chegou ao internato, imaginou que pudessem voltar à ser amigos, mas ela havia se tornado uma pessoa mimada e que só se importava consigo mesma... apesar de tudo, Natsu não a culpava. Fazia aquilo pelos momentos compartilhados na infância. Mesmo que Lucy o odiasse, pelo menos sua consciência estava limpa. Ele fazia sua parte.

Quando chegou ao último andar, parou de frente para a porta com uma plaquinha dourada, onde estavam gravadas as iniciais "L.H.". Ao girar a maçaneta, Natsu sorriu ao perceber que ela ainda tinha a antiga mania de nunca trancar as portas. O quarto era branco, não era imenso, mas espaçoso. Tinha uma mesa repleta de livros, uma cama de casal e criado-mudo, além de um guarda roupas pequeno e uma porta que dava para um banheiro.

Natsu adentrou o quarto e caminhou até a cama de casal, a deitando com cuidado ali. Se surpreendeu por esta não ter acordado, devia mesmo estar muito cansada. Depois de colocar o celular e os fones de ouvido de Lucy em cima do criado mudo, ele fechou as cortinas, deixando o quarto escuro. Quando se virou para ir embora, porém, ele encontrou Erza ali, de braços cruzados e uma expressão enigmática. Logo ele tratou de se explicar.

— Ela estava dormindo de mau jeito naquele sofá lá de baixo.

Quando passou por Erza para ir embora, está o segurou pelo pulso, se virando e o olhando nos olhos. O que ela disse foi totalmente surpreendente e gratificante.

— Obrigada, Natsu. — Sussurrou, deixando um beijo na bochecha do rosado.

 

Esse beijo inocente o levou para longe, fez voltar anos no passado e recordar boas lembranças de um tempo que não voltaria. 


Notas Finais


E aí, amores, o que acharam desse capítulo?

O que vocês acharam desse Natsu? Comentem, por favor! Interajam com a tia Anya kkk


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