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História Road to Hell - Vamos juntos para o inferno


Escrita por: soodesune

Capítulo 1 - Vamos juntos para o inferno


O hyung estava sem camisa quando entrei pela janela do quarto. O pai, pastor, rigidamente convicto de que aquele pecado levaria a alma do pequeno filho diretamente às chamas do inferno. Desta forma, o manteve preso em seu quarto para não o cometer novamente. Assim, a única maneira que conseguir adentrar a casa fora pela janela do quarto, que fica no andar superior, mas por sorte encontrei uma escada perto da garagem, já que o pastor não me deixaria ver o filho sabendo que eu era o causador do seu desvio sexual.

Deitado na cama sem camisa, vulnerável, nem percebera a minha presença no cômodo. Aproximei-me sorrateiramente, emitindo o mínimo ruído possível. O vi abrir os olhos lentamente e espantado olha para mim.

-O que está fazendo aqui? - o maior sussurrou.

-Vim ver você, já estava com saudades. - eu disse sorrindo ao notar seus lábios carnudos e os pequenos olhos assustados.

Abracei-o e afoguei meu rosto em seu pescoço, beijando e dando leves mordidas na área, o que o fez soltar um gemido abafado por uma das mãos. Resistiu, tentando nos separar, mas era muito tarde para isso. Meu membro já estava rígido, latejante em meus jeans apertados. Com o peitoral exposto e colado ao meu, ainda coberto por uma camiseta larga, exacerbava o meu desejo de tocá-lo sem camadas que nos separasse de um real contato físico. Tirei as peças de roupa entre nós, ficando apenas com a peça íntima.

Sem a necessidade de muitas palavras, acheguei nossos corpos. Puxando-o pela nuca, junto nossas bocas e sinto seus lábios umedecidos. Entre leves mordidas e carícias, o toque de nossas línguas encostando uma na outra, tinham um sabor indecifrável naquele momento. O aroma do perfume levemente amadeirado penetrando minhas narinas, acirrava a minha excitação. Mergulhou os delicados dedos em meus cabelos loiros. Seguro em sua cintura com ambos os braços e o jogo bruscamente na cama. Ofegante, apoio minha estrutura acima da sua, aprofundando e intensificando o beijo.

Separo nossas bocas e o vejo ainda de calça. Desejo tirar aquela peça o mais rápido possível e o faço. Deixo-o apenas com a peça íntima de fina espessura e continuo deixando marcas na região do seu peitoral e abdômen. Com as unhas curtas cravando em minhas costas nuas, desce até a linha da cintura, adentrando a mão no pano e toca meu membro bastante rígido. Selo meus lábios aos dele e agarro suas coxas, arranhando e sugando-as na parte interior, ao que ele responde puxando meu cabelo e tentando conter seus gemidos que agora se faziam um pouco mais altos.

Em um movimento rápido ele já está sentado na cama. Puxa-me para si, trazendo meu corpo ao dele, sento em seu colo e as mãos vão direto às minhas nádegas. Introduzindo-as no tecido, retira-o impetuosamente.

Via em seus olhos o quanto me desejava, sua atitude mudara em um segundo. De garotinho ingênuo fora a macho dominante. Eu sabia o meu efeito sobre o Jaebum hyung. Entendia os motivos de seu pai mantê-lo afastado de todos, principalmente de mim. Im Jaebum é puro demais para andar com um garoto como eu, ou pelo menos é o que o pai dele acha. Sua ''pureza'' desaparecia em minha presença e, por mais que eu adorasse sua ingenuidade, era delicioso ver o seu ar de menino dar lugar a um homem completamente diferente. Selvagem, o seu toque. Era preciso algumas provocações até que ele se entregasse por completo, mas quando entregava-se não conseguia mais contê-lo, e então a vontade tomava conta de suas ações dali em diante. Se o pai sequer imaginasse as coisas que fazíamos tinha o mandado para um reformatório na China talvez, ou quem sabe em Londres, garantindo que ficássemos o mais afastado possível um do outro.

Com meu corpo completamente desnudo assentado sobre o seu, apalpa meu traseiro vorazmente, o que me faz gemer sem que eu tentasse conter os sons emitidos. Conduz meu quadril mais próximo ao seu, friccionando sua intimidade na minha, sustento-me em seu abdômen, rebolando em cima do hyung e o vendo perder o fôlego e a calma por não ter ainda o seu membro em minhas mãos.

Rapidamente tomei a liderança, arrancando a peça que faltava e o despindo completamente. Passo a língua entre os lábios, mentalizando o que faria em seguida. Beijo o pescoço do Jaebum, deslizando minha boca por toda a região abdominal do mais velho. Por mais que eu adorasse me deliciar com o gosto de seu corpo em minha boca e tê-lo submisso em minhas mãos, vê-lo mudar de personalidade na cama e assumir o domínio sobre mim era de tirar o fôlego. O que ele fizesse comigo a partir dali eu aceitaria.

Seguro seu pênis em uma das mãos, pronto para colocá-lo na boca, e com a outra escorrego meus dedos pela coxa do menor. Ainda segurando, fito meu olhar em sua face, analisando sua expressão de prazer e angústia pela tortura que eu o causara não aliviando logo sua excitação. Com os olhos fechados pende a cabeça para trás, abre a boca na tentativa de recuperar um pouco do ar que havia perdido.

-Jackson-ah... - pronuncia rouco em meio a um baixo gemido.

Sorrio maliciosamente, começando com leves lambidas na área da glande. O vejo segurar o lençol da cama com força entre os dedos e ofegar lentamente. Os músculos do abdômen contraem-se e relaxam conforme a sua respiração acelera. Seguro seu membro rígido, fazendo movimentos com a ajuda das mãos e boca, lubrificando o genital com a minha saliva.

Sem falar nenhuma palavra, aproveita que retiro minha boca do local e se movimenta, me deixando abaixo dele dessa vez, com os braços sustentando seu corpo na altura dos meus ombros. Morde com delicadeza e sensualidade o lóbulo da minha orelha, descendo à área do pescoço deixa mordidas e chupões que com certeza ficariam marcados em minha pele clara.

Deixa um rastro de beijos pelo meu peitoral e para nos mamilos, chupando e lambendo o lugar em movimentos circulares com a língua. Os pelos de todo o meu corpo se arrepiam. Percebe que causara o efeito desejado em mim e dirige sua boca vermelha para um novo trabalho, agora no meu pênis. Com movimentos mais rápidos e intensos que os meus, massageia o membro com a boca e a mão destra. Sinto sua cavidade e língua quentes tocando a extensão que seguia a linha das veias saltadas. Sua cabeça subia e descia. Fiquei ébrio pela cena de mim entrando e saindo dos lábios grossos e avermelhados embebedados pela mistura da sua saliva com meu pré-gozo.

Solto um gemido nada contido, mesmo sabendo que o seu pai poderia estar em casa não me preocupei tanto, apenas não consegui fazer esforço para contê-lo já que meu falo estava dentro da sua boca e o prazer que ele me proporcionava naqueles instantes me fazia incapaz de segurar a voz.

Ele me provoca, não terminando e consequentemente eu não chegara ao ápice ainda. O vejo levantar e observo-o procurar algo. Vejo que ele encontra um pequeno pacote que notei ser uma camisinha. Enquanto abria, avisei que eu havia trago um pequeno frasco de lubrificante. Pega-o do bolso da minha calça e com a embalagem do preservativo aberta, retira-o e encaixa em seu pênis, demonstrando uma certa habilidade.

Volta para cama e agarra minha cintura. Umedecendo um dos dedos com a substância escorregadia, o introduz em meu ânus e derrama um pouco do líquido nele, colocando minhas pernas em sua cintura e faz a mesma coisa com outros dois dedos em seguida. Beija meus lábios, segura o próprio membro e penetra o mesmo em meu orifício lentamente, encaixando-o na região com cuidado, à medida em que observava a minha expressão facial melhorar, conforme a penetração se fazia mais confortável.

Puxa bruscamente minhas pernas, segurando-as pelas coxas, aperta enquanto introduzia-se em mim entrando e saindo devagar. Afoga o rosto em meu pescoço, mordiscando o lugar, agora com mordidas mais agressivas, que não deixavam de me causar prazer. Segura meus pulsos, elevando-os acima da minha cabeça, prende cada um deles com uma de suas mãos, deixando-me em uma posição vulnerável, a qual me incapacitava de impedir qualquer movimento seu.

Fecho os olhos e sinto sua boca quente encostando meu peitoral e sugando toda a região. Ele conhecia as minhas fraquezas e especialmente aquela, de mãos atadas, percorrendo meu corpo com os lábios grossos, me deixava completamente excitado. Adentra-me com mais intensidade, dando estocadas mais profundas, permanecia com a boca em meu abdômen.

Segura-me um pouco mais delicado, envolvendo-me em um abraço, move nossos corpos juntos e eu fico sentado em seu colo. Era a minha vez de assumir. Rapidamente monto nele, apoiando-me nas coxas, controlo a força e velocidade das cavalgadas. Levo minhas mãos ao seus cabelos, puxo-os e deixo o pescoço dele à mostra. Percorro a língua no mesmo, sabendo o quanto aquilo o excitava. Coloca as mãos em meu quadril e o comanda, penetrando-me mais fundo.

-Jaebumie...- eu disse em meio a gemidos.

Beija meu peito e coloca as mãos na minha cintura. Passa pelas costas e crava as unhas nelas, deslizando por toda a extensão da coluna até chegar na lombar, para e aperta minha bunda com vigor. Com as mãos em seus ombros, rebolo no colo dele, e ele responde dando-me uma palmada. Gemo. Penetra-me mais uma vez e rebolo em cima de seu membro com mais velocidade, escuto-o gemer alto o meu nome.

-Jackson-ah... Mais rápido... - Ele pede em súplica.

Atendo seu pedido e o beijo. Seguro no queixo dele, mordendo seu lábio inferior. Ofego em busca de ar já pelo esforço físico do ato. Toco a nuca dele e aproximo da sua face, juntando nossas bocas, beijo-o. As línguas dos dois se tocavam e eu roçava minha intimidade na sua. A mão dele fricciona meu pênis, masturbando-o. Levanta-me um pouco pelo quadril e coloca meu membro na boca para umedecê-lo.

-Você me prometeu que não deixaria que o meu pai fosse um motivo pra nos separarmos. - ele pronunciou.

-Jaeb...- gemi com sua mão ainda tocando meu pênis. - Eu sei disso, por isso estou a... - Tentei responder.

Eu fizera a promessa de não deixar nada, muito menos o pai dele nos afastar, e eu a quebrara. Enfraqueci quando o vi retirar o garoto de perto de mim. No início ele apenas proibiu o Jaebum de andar comigo. Mais tarde, quando viu que estávamos violando essa regra, proibiu a companhia de qualquer pessoa que me tivesse em seu círculo de amizade. Quando percebeu que nada mais poderia fazer para nos separar, trancou-o em sua própria casa. Eu não sabia se era um castigo temporário ou se ele procuraria aulas particulares para o filho, tirando-o de vez de qualquer possível contato que tivesse comigo. Se ele soubesse deste nosso reencontro a situação só pioraria.

Meus olhos marejavam e não consegui segurar as poucas lágrimas derramadas em minha face. Eu não lutei o suficiente para tê-lo perto de mim. Poderia ter enfrentado seu pai, mas não o fiz, por medo de distanciá-lo ainda mais e as coisas tomarem um rumo diferente, que seria péssimo para todos os lados. Jaebum é a única pessoa com quem me importei nos últimos dez anos, não poderia permitir que ele fosse tirado de mim dessa forma só por eu ter cometido o pecado de amá-lo.

-Jacksonie, eu me decepcionei com você. Pensei que fosse menos covarde. - ele disse sem pestanejar. Fiquei estático, sentado em sua pelve e apoiado nos ombros dele. - Sabe... - continuou. - Jackson-ah merece uma punição...- ele sorri sugestivamente, analisando meu tronco, passa a língua entre os lábios.

Segura forte em minha cintura, trazendo-me para si, beija minhas clavículas uma a uma. Para no meio do pescoço e inclina a cabeça para o lado, deslizando seus lábios molhados por ali. Lambe o lugar, em seguida, dá leves sucções enquanto aperta minha cintura e eu sinto seu membro encostar no meu. Aperta minhas nádegas, dando palmadas mais fortes. Sinto meu rosto corar e um gemido escapar. Ele me olha com um sorriso travesso entre os lábios e junta nossas bocas. Sua língua pede passagem e eu cedo, controlando o beijo com a mão na nuca dele.

Abraça-me, girando nossos corpos, fica por cima outra vez. Trilha uma linha de beijos até um pouco abaixo do umbigo. Pega meu pênis e senta em minhas coxas. O vejo abaixar a cabeça e tenho novamente a visão de mim entrando pela sua cavidade bucal. Respiro fundo e ele reinicia os mesmos movimentos anteriores, contudo, mais intensivos nesta rodada. Gemo e respiro fundo, enchendo e esvaziando meus pulmões de ar. Meu coração acelera e sinto a pulsação aumentar. Meu corpo esquenta e a única visão que tenho quando abro os olhos é do Jaebum percorrendo as veias alteradas do meu membro com a língua. Me delicio com a imagem e quanto mais ele me apertava entre os dedos, eu ficava sem fôlego e sentia o orgasmo se aproximando.

-Hyung... mais rápido. - eu falei dessa vez, com os olhos cerrados e apertando o lençol com as mãos. Minha cabeça pendia para trás e o meu peito estufava de ar, subindo e descendo no colchão.

Fez a minha vontade aumentando a velocidade do manuseio. Sinto uma imensa onda de prazer me dominar, chegando ao ápice, vejo o líquido ejaculado derramado em sua mão destra. Sorrio e o puxo pelo braço, beijando-o nos lábios. Retornamos à posição anterior, comigo sentado em seu colo. Noto o sorriso travesso formar-se outra vez entre os lábios grossos e avermelhados do mais velho.

-Não... eu disse que te puniria. - segura em meus ombros e me deita de bruços.

Rapidamente já está por cima de mim, ainda de costas para ele. Desliza a mão sobre o meu bumbum e penetra seu falo no mesmo. Apoia-se pelos braços na altura da minha cabeça. Penetra-me com vontade enquanto acaricia minhas costas com beijos estalados e leves mordiscadas no local e no pescoço. A área mais sensível do meu corpo era o pescoço. Ele sabia disso e assim usava a estratégia contra mim, fazendo-me amolecer e entregar-me inteiramente a ele com apenas alguns toques.

A cada estocada de seu pênis em meu ânus eu sentia o corpo dele mais colado ao meu. Os músculos definidos do abdômen tocando as minhas costas e a linha da coluna vertebral, faziam-me sentir arrepios por todo o corpo. Deslizou a mão esquerda pela lateral do tronco, parando na bunda. Aparentemente ele gostava daquela área do meu corpo, já que sempre que podia estava tateando o local. Brinca com três ou quatro dedos ali, antes de dar uma leve palmada seguida de uma mais forte. Dei um pequeno espasmo e soltei um gemido abafado pelo travesseiro no rosto. Ainda sustentado por um dos braços e o outro dando-me palmadas, colocou o membro mais a fundo e aumentou o ritmo das pancadas e colisões dos nossos corpos.

Ouvi o hyung gemer e arfar com mais intensidade. Conforme o volume do som dos gemidos crescia, os movimentos eram mais profundos e eu sentia sua intimidade esquentar e latejar dentro de mim. Sabia que ele estava perto de chegar ao ápice e dito e feito, soltou um último ruído antes de reduzir a rapidez da atividade e beijar minha nuca. Saiu de cima de mim e deitou-se ao meu lado, jogando o corpo na cama, exibindo cansaço.

Virei-me em sua direção e analisei o corpo nu exposto aos meus olhos. Ele permanecia ofegante, o corpo exalando suor mesclado à olência de seu perfume. Aconcheguei-o embaixo do braço, tocando seu peitoral úmido. Ficamos na posição por uns minutos antes de vê-lo levantar-se rumo ao banheiro. Volta sem o plástico que cobria o genital e para olhando em direção à mim.

-Estava com saudades de você, dongsaeng. - ele diz com um sorriso torto formado nos lábios e a cabeça inclinada para o lado.

Desvia o olhar, mirando o chão e abaixa a cabeça. Encosta na porta do banheiro e pende o pescoço para trás.

-Esse tempo foi muito difícil pra mim, acho que nem pelo fato de eu ter estado trancado em casa, mas sim por eu ter ficado sem você. - ele quebrou o silêncio. - Sempre admirei sua coragem e doçura, então acabei esperando que você não tivesse desistido daquela forma tão facilmente. Perdi a fome só de pensar no que o meu pai seria capaz de fazer com você se eu me aproximasse outra vez. Jackson-ah, não foi sua culpa. Não me arrependo nem por um segundo de ter me apaixonado por ti, independente de o meu pai achar isso certo ou não, é o que ele acredita, não eu.

Levantei e aproximei-me dele, segurando em seu queixo, olho diretamente nos olhos que brilhavam pela luz de um poste na rua incidindo na janela.

-Jaebumie, eu não me importo com o seu pai, mas sim com você. No início, pensei que estava apenas fazendo o certo me distanciando de você para que não se prejudicasse. Mas... eu percebi só agora que isso foi terrível para nós dois. Eu não permitirei que ele fique entre nós novamente. - Puxei-o pelo queixo e juntei nossas bocas.

Senti uma pequena lágrima cair do rosto dele e encostar no meu. Segurei em seu cabelo e ele em minha cintura. Minha língua pediu passagem e ele cedeu, acariciando uma a outra, nos entregamos ao beijo. Suas mãos apertavam-me fortemente, assegurando-se de que eu não escapasse dali. Aproveitando o embalo, fiz o mesmo. Abracei-o pelo pescoço com um dos braços e com o outro, afogava meus dedos em seus fios um pouco maiores que da última vez que nos vimos.

Separei as bocas, finalizando com beijos estalados nos lábios dele. Sorrio entre o beijo, lembrando-me que estava com ele, Im Jaebum, nu com o corpo colado ao meu. Mordo sua orelha, arrancando sem machucá-lo, o pequeno brinco pendurado no lóbulo. Mostro a pecinha entre meus dentes e ele sorri, pegando o objeto da minha boca. Ele sela nossos lábios e nos separa.

-Acho que está na hora de eu ir. - comentei. - O seu pai está ai?

-Você acha que eu seria louco de transar com você se ele estivesse em casa? - Ele ri e eu devolvo o sorriso, balançando negativamente a cabeça em resposta à pergunta retórica.

-Sendo assim, acho melhor eu ir antes que ele resolva aparecer. - terminei, recolhendo as peças de roupa espalhadas pelo chão e as vestindo.

Jaebum, apenas de cueca, aproxima-se de mim.

-Você não deveria ir, queria tanto que ficasse. - estica um pouco o corpo para me dar um beijo na testa.

-E você acha que eu queria ir embora e te deixar aqui? - encarei-o, segurando em sua cintura e ele com as mãos em meus ombros. Inclino minha cabeça e aproximo mais o meu rosto do seu, beijando-o nos lábios.

Afogo meu rosto em seu pescoço, deixando o cheiro penetrar minhas narinas. Ficamos por um tempo abraçados naquela posição, até que eu nos separo e dirijo-me à porta do quarto. Desço as escadas e chego à porta da frente, pronto para abri-la e o faço, dando de cara com a figura de um homem mais velho que eu rapidamente notei ser seu pai. Fico estático e sinto meu rosto empalidecer. O vento de fora passava pela porta e eu sentia a pele esfriar.

-O que você está fazendo aqui? - diz o homem com trajes religiosos carregando uma pasta escura em uma das mãos e um livro que aparentava ser a bíblia na outra. Ele transparecia calma mesmo sabendo exatamente quem eu era e o que eu provavelmente tinha feito ali, em sua residência.

-E-eu vim ver o seu filho. - gaguejei.

-Eu já havia informado ao meu filho sobre a proibição de seus encontros e tenho certeza que está ciente disso. - ele falou formalmente.

-Lamento senhor, ma... - interrompeu-me.

-A conversa está encerrada, tratarei com Jaebum sobre o assunto. Quanto a você, vá para casa. - Demonstrou certo desgosto ao olhar para mim. Pediu licença e entrou na casa, indicando-me a saída.

-Mas eu não acabei. - eu falei sério, empurrando a porta contra ele, o impedindo de fechá-la. - Eu sei e compreendo os seus motivos ao tentar me afastar do seu filho. Sei que o senhor, pastor, é um homem bastante religioso e crente em sua fé. Não posso dizer o mesmo sobre mim. Não fui criado desta maneira, religiosa. Cresci praticamente sozinho e, para o senhor, eu sou um perdido. Não questiono a educação que deu ao Jaebum, mas não posso fingir que concordo e aceito, sabendo tudo o que fez para me separar dele.

-Garoto, basta. Vá embora.

-Eu amo o seu filho. - falei sem hesitar.

-Você não sabe o que é amar, não tem idade suficiente para isso, ainda mais... um homem? Como pode amar um homem desta forma... sexual? Isso não é permitido em minha residência nem em minha família. - argumentou.

-Eu o amo da mesma forma que o senhor amava a sua esposa. - respondi.

-Não ouse falar da minha esposa. - aumentou o tom de voz.

-O seu filho tem idade para decidir o que ele quer, não sou eu quem está o obrigando a fazer algo que não queira, mas sim você. - deixei os modos formais de lado e virei de costas, deixando o local.

...

Não estava arrependido de dizer o que eu queria e precisava falar. Eu não conseguia me conformar com ele mantendo o próprio filho ''enjaulado'' e preso a si por conta da escolha pessoal do garoto. O fato de ele ser um obstáculo na minha relação com Jaebum me angustiava.

Tentei deixar os pensamentos de lado e dormir, mas naquela noite era quase impossível. Revirei-me por horas na cama até conseguir cair em um sono leve, porém suficiente para um descanso.

Abro os olhos devido à claridade que incomodava meu rosto. Levanto-me da cama e vou ao banheiro fazer minha higiene matinal. Escuto a campainha tocar e me dirijo à porta. Abro-a e vejo o Jaebum parado. Sorri ao me ver com o semblante de quem acabara de despertar, já ele não esboçava essa aparência. Muito bem arrumado, os brincos de argola dourados em suas orelhas, camisa azul e calça jeans com um tênis branco despojado. Seus cabelos escuros bem alinhados. Noto protuberâncias avermelhadas em seu pescoço e algumas mais claras nos antebraços, que indicavam mordidas e sucções feitas na noite anterior. Abri um sorriso sugestivo e espontâneo, convidando-o para entrar.

-O que o traz aqui, JB? - perguntei caminhando até a sala de costas para ele.

-Vim te fazer uma visita, não posso?

-Claro, mas quanto ao seu pai...

-Esquece ele, o importante é que estou aqui. - eu queria perguntá-lo os motivos que fizeram seu pai permitir que ele saísse de casa, mas apenas aproveitei a presença e companhia do Jaebum em minha casa, a sós.

...

Vou até ele, puxando-o subitamente para mim pela camisa. Beijo sua boca e o fito. Analiso a expressão dele e demonstro certo conforto por tê-lo junto a mim. Abraço-o afetuosamente e permaneço por uns instantes até que ele nos separa e retorna a beijar-me nos lábios. Acaricia meu lábio inferior com a língua e belisca-o com os dentes. Meu corpo esquenta e as mãos dele vão à minha cintura, adentrando a camisa preta e tocando-me na pele.

Beija-me levemente na região do pescoço, trilhando um caminho de beijos até a boca novamente. Encara minha boca e a cola na sua, fazendo carícias entre os lábios de ambos sem a necessidade do uso da língua. Quando o beijo tornou-se mais intenso, passou a adentrar a língua calmamente e toca-la na minha, de modo que eu sentia o gosto das nossas pastas de dente se misturarem.

Afundo os dedos em seus fios de cabelo, puxando-os para trás. Deixo exposto seu belo pescoço delineado e coberto por poucas, entretanto visíveis, marcas deixadas por mim em sua pele pálida. Sorrio ao notar tais vermelhidões que eu havia causado. Passo os dedos pela área, beijando-a delicadamente em seguida.

Caminho empurrando-o para trás, enquanto nos beijávamos e ele cai sentado no sofá de couro sintético marrom da sala. Sento em suas coxas, segurando-o pelo queixo, aproximo a boca dele da minha e a analiso, inalando como uma droga o ar que ele expirava. Aperto o cabelo do hyung entre os dedos e puxo-o forte, mas lentamente, e ele fecha os olhos exibindo uma expressão de prazer.

Agarra minha cintura, apertando-a puxa para si. Leva meu corpo mais junto ao dele, nossas intimidades próximas e separadas por algumas camadas de tecido.

-Rebole para mim, Jackson-ah. - ele diz sério, expressando ordem.

Obedeço, remexendo meu quadril sobre o dele e atritando o pano da minha calça moletom nos jeans azuis e apertados do maior. Sinto meu membro enrijecer, mas me controlo para que não finalizássemos numa transa matinal. Por que eu não deveria? Não importava o quanto eu quisesse aquilo, o momento não era adequado, precisávamos resolver a nossa situação.

-Hyung...- eu disse já nos separando e saindo de seu colo. Sento ao lado dele e continuo. - Você sabe que o seu pai tentará nos impedir novamente, o que vamos fazer sobre isso?

-Eu não quero mais me importar com o meu pai, já sou maior de idade e posso muito bem sair de casa e cuidar da minha própria vida.

-Jaebum, por mais que eu concorde com você e te apoie mais que tudo, ele já fez isso antes, por que não faria novamente?

-Porque dessa vez quem vai impor os limites sou eu. -  falou sério e rapidamente muda sua expressão para aliviar a tensão do clima pesado que pairava sobre a sala. - Vamos continuar? - sorriu.

Dessa vez montado em meu colo, permite-me assumir o controle dos movimentos dele. Seguro forte em seu quadril, e com a ajuda de seus movimentos, o faço remexer em cima da minha intimidade, roçando-a lentamente, mas com intensidade, na sua. Adentra as pequenas mãos rechonchudas na camisa que eu vestia, deslizando os dedos pelo meu torso delicadamente, enquanto mantinha a boca colada na minha e beijava-me com desejo.

Ambos sabíamos que provavelmente o pai dele não desistiria tão fácil. Para ele, as ações do garoto iam contra tudo o que pregava. Talvez ele se importasse mais com a opinião alheia sobre a homossexualidade do filho que de fato o pecado que o mesmo cometera ao amar uma pessoa do mesmo sexo. A sua atitude para com a situação fora demasiadamente exagerada, o pastor tinha uma visão equivocada sobre certo e errado. Agir como ele agiu requeria uma reação do Jaebum, não poderia e nem iria mais ficar calado e parado apenas deixando que o pai fizesse o que queria em favor de seus próprios ideais egoístas.



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