História Rock Me (Reescrevendo) - Prólogo

Anne Pov's

   Acordar cedo não é meu forte, me deixa com um mal humor terrível, com o barulho irritante do despertador piora a situação. 

  Bem me chamo Annelise Cowell, tenho 18 anos e moro no Brasil. E sim sou sobrinha de Simon Cowell, mas isso não vem ao caso agora.

 Levantei e dei um longo bocejo, desliguei aquela merda de despertador e fui pro banheiro. Fiz minha higiene matinal, optei por uma calça jeans preta, uma blusinha cinza e meu vans preto. Soltei os cabelos, peguei minha mochila e desci pra tomar café. 

  — Bom dia. — minha voz soou pela cozinha.

     — Bom dia querida. — mamãe disse me olhando brevemente, pois estava terminando de fazer o café. — Dormiu bem?

    — Sim, teria dormido mais se o despertador não tivesse tocado. — revirei os olhos.

  Minha mãe riu e veio em minha direção, logo senti um beijo sendo depositado em minha bochecha. Sorri apreciando o gesto e ela me serviu. 

Mal comecei a comer e meu pai entrou resmungando, com a gravata toda torta, me fazendo prender o riso. 

Meu pai era uma pessoa maravilhosa, eu tinha uma imensa admiração pelo seu caráter. Mesmo após todos os obstáculos da vida, nunca perdeu sua essência.  Com seu bom coração, ele conquistava todos ao seu redor. Era um homem incrível. 

— Bom dia mulheres da minha vida. — um beijo foi depositado na testa de minha mãe, seguido de sua mão bagunçando meus cabelos.

— Pai! Bom dia. — resmunguei vendo seu sorriso, enquanto eu passava a mão pelos fios tentando arrumar.

— Eu adoro seu bom humor matinal e o que temos aqui, um banquete, já falei que te amo hoje querida? — direcionou seu olhar para mamãe.

— Você não perde tempo Trev, coma logo, senão vai se atrasar. — mamãe lhe abraçou pelos ombros, lhe dando um beijo casto nos lábios. — E eu também te amo.

Um sorriso leve brotou em meus lábios ao ver aquela cena. Eu amava ver o modo que meus pais se tratavam mesmo com o passar dos anos. Meu coração transbordava de carinho ao ver a forma intensa em que eles se olhavam, as trocas de carinhos e a cumplicidade que compartilhavam.

Era um amor bonito de se apreciar, e eu me sentia feliz por isso, por saber que sou fruto de um amor tão sincero como o deles.

— Tenho que ir, vejo vocês mais tarde.— terminei meu café, pegando minhas coisas pronta pra sair.

— Annelise? 

Ouvi a voz do meu pai me chamando, o olhei imediatamente vendo seu semblante calmo.

— Eu amo você filha, não se esqueça disso.

Um sentimento estranho tomou conta do meu coração, suas palavras tinham um peso maior naquele aquele instante. Trazendo pensamentos indesejáveis.

Meu pai sempre foi uma pessoa extremamente carinhosa. Sempre me deu  muito amor e carinho. Seu apoio era essencial em todas minhas decisões, assim como minha mãe. Eu sabia que qualquer que fosse a merda eles estariam lá comigo, sendo meu ponto de equilíbrio. 

Balancei a cabeça e sorri indo em sua direção. O abracei com força, sentindo seu cheiro que me trazia a tranquilidade de lar, aquecendo meu coração.

— Eu amo você pai e arruma essa gravata pelo o amor de Deus. — sussurei em seu ouvido, sentindo seu corpo balançar devido a sua risada.

Me desvencilhei dos seus braços e mandei um beijo no ar para ambos. Segui pra fora de casa indo até meu carro e logo estava a caminho da faculdade.

Mal eu sabia que aquele era o adeus do meu pai.