Sério. Aquele garoto me tirava do sério, o silêncio estava começando a me incomodar, então liguei o rádio que tocava "They don’t know about us_1D", comecei a mexer os dedos na minha coxa, quando percebi que Zayn me olhou.
- Você canta bem - falei sem pensar, bosta!
- Obrigado - me olhou brevemente e diminuiu a velocidade, parando em frente a um enorme prédio, o olhei confusa.
- Aonde estamos? - tirei o cinto
- Na gravadora, Simon pediu que lhe trouxesse pra cá - deu de ombros e saiu do carro.
Fiz o mesmo que ele, porém quando saí fotógrafos vieram pra cima de mim, me deixando sem reação. Mas logo braços me rodearam, ergui meu olhar e me surpreendi ao ver Zayn me protegendo, sem contar na troca de olhares que rolou me deixando mais confusa ainda. Rapidamente grudei em sua camiseta me aconchegando em seu peito, passamos por eles com cerca dificuldade. Entramos no elevador e nos soltamos, mas eu não queria o soltar, meu Deus o que tá acontecendo comigo? Eu tenho namorado.
- Obrigada - saiu como um sussurro.
- Por nada - virou o rosto, revirei os olhos.
Ficamos em um silêncio chato até chegar no andar do escritório. Assim que o elevador parou sai quase correndo, eu não podia ficar mais ali, seu cheiro perfume estava me matando. Encontrei tio Simon falando ao telefone, me sentei na poltrona e fiquei aguardando. Logo ele terminou e veio na minha direção me abraçando.
- Desculpe, houve uns assuntos pendentes.
- Não tem problema tio - forcei um sorriso.
- E onde Zayn está? - olhou ao redor.
- Não faço idéia e nem quero saber - cruzei os braços e ele gargalhou - O que foi?
- Nada querida, nada. Bom vou chamar ele pra te mostrar a gravadora - foi até sua mesa.
- Não tio! Não tem outra pessoa pra fazer isso - levantei - Sabe, Zayn e eu não nos damos bem.
- Desculpe mas todos tem afazeres - piscou e eu bufei.
Comecei a olhar cada detalhe da sala, puxou tempo depois o moreno entrou na sala, enquanto os dois conversavam, reparei em um quadro que ali havia: mamãe, papai e meu tio. Senti meu coração apertar e por instinto apertei meu colar, deixando uma lágrima cair. Enxuguei meu rosto rápido quando ouvi a voz de meu tio me chamar.
Olhei pra Zayn que estava com cara de tédio, revirei os olhos e o segui. Ele apenas falava o necessário, explicando cada lugar e o que faziam, enquanto eu olhava tudo com vontade de sair correndo. Zayn bufou e passou a mão por seu cabelo.
- Você está com fome? - parou no meio do corredor.
- Um pouco - cocei as têmporas
- Vem, vou te levar na lanchonete - estendeu a mão e eu recusei.
- Eu sei andar sozinha, só me fala aonde é que eu vou - cruzei os braços e ele abaixou a mão.
- Anda logo garota chata - saiu na frente me dando a visão de seu belo corpo, mordi o lábio.
Suspirei com meus pensamentos, balancei a cabeça e fui atrás dele. Me sentei em uma mesa afastada e esperei Zayn com os pedidos. Minutos depois ele chegou com um sanduíche e uma coca. Agradeci e comecei a comer.
Depois de comer, Zayn pegou minhas coisas e me levou embora. O caminho de volta estava pior que o da vinda, para amenizar o clima liguei o rádio e comecei a cantar baixinho.
- Da pra parar? Esta me incomodando - me olhou brevemente e voltou a encarar a rua.
- Que saco, eu não posso fazer nada e você já se estressa. Você é insuportável - cruzei os braços nervosa.
- Digo o mesmo a você. Se liga garota - respondeu no mesmo tom e parou o carro no sinal.
- Quer saber? Não vou ficar aqui ouvindo merda, eu te odeio Zayn! - não sei porque, mais doeu falar aquilo. Peguei minhas coisas e sai do carro, batendo a porta com força.
Zayn desceu do carro e começou a gritar meu nome, fingi não ser comigo e continuei andando. Logo ele parou e entrou no carro, por conta da buzina de outros motoristas.
Peguei um taxi e fui pra casa. O Zayn é um mané, e se continuar assim vai cair do cavalo!
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