Johnny permaneceu ao lado de Joanna enquanto ela amamentava o pequeno Vince.
- Não consigo encontrar palavras pra descrever o que estou sentindo nesse momento, meu amor... - diz enquanto segura uma das mãozinhas de seu filho.
- Acho que sei como você deve estar se sentindo... A felicidade de ter um filho novamente é tão grande que parece até que vamos explodir! - ela responde com os olhos inundados.
- Obrigado, amor... - Johnny lhe dá um beijo suave na testa - Obrigado por mais uma vez fazer com que eu me sinta o homem mais feliz do mundo.
- E eu te agradeço por me amar, me compreender, me aceitar do jeito que eu sou, e por me dar mais esse presente lindo que é o nosso filho... - ela beija a testa de Vince com carinho.
- E eu que pensei que não poderia ser pai outra vez por causa da minha idade. Aí você apareceu em minha vida e pôde me provar que, apesar de já ter passado dos 50 anos, eu poderia sim ser pai novamente...
Os dois se beijam mas são interrompidos por Deena que pigarria.
- Perdão, senhores. Dona Jô, eu posso buscar a Luna para conhecer o irmãozinho? Ela deve estar muito ansiosa!
- Claro que sim! E se permitirem, traga a Alexia e o Sean também! Preciso agradecê-los pelo o que fizeram por mim.
- Sim, senhora! Com licença! - Deena sai ao encontro dos demais, ansiosa para contar sobre o nascimento do pequeno Vince.
Ao entrar na sala de espera, Deena se assusta ao dar de cara com Alice.
- Que susto, senhor Cooper!
- Nossa! Eu sabia que era feio, mas não sabia que era tanto assim a ponto de assustar alguém! - Alice brinca.
- Cadê a minha mãe e meu irmãozinho, tia Deena?
- Estão no quarto! A dona Jô pediu pra eu vir chamar vocês! Vamos? - Deena os leva até o quarto onde Joanna está.
Luna corre na frente de todos e é a primeira a entrar.
- Mamãe! - ela sorri e se aproxima da cama - Então esse é o meu irmãozinho?
- Sim, amorzinho! Veja como ele é lindo! - Joanna inclina um pouco o bebê, mostrando seu rostinho para Luna.
- Ah, que gracinha! Ele é muito fofinho! - Luna acaricia a mãozinha do irmão.
Os demais entram e ficam em volta de Joanna, curiosos.
- Parabéns, John! Mais um herdeiro! - Alice abraça Johnny.
- Obrigado, meu amigo!
- Oh meu Deus, que bebê lindo! Parabéns, dona Jô! - diz Alexia.
- Obrigada, Alexia! Cadê o Sean?
- O tio Sean tá ali fora... - Luna responde, sem desviar o olhar de seu irmão.
- Eu vou chamá-lo! - Alexia abre a porta do quarto e pede para Sean entrar.
- Com licença. - Sean se aproxima.
- Oi, Sean... Quero te agradecer por tudo o que fez por mim. - Joanna estende a mão e Sean a segura e lhe dá um beijo.
- Não precisa agradecer, senhora. É o meu trabalho.
- Eu sei. Mas vem sendo paciente comigo desde o dia que começou a trabalhar pra mim. Te ignorei, te xinguei, te empurrei, gritei com você, fui muito ignorante. E nos momentos que eu mais precisei você estava por perto. Muito obrigada mesmo, de coração!
- De nada, senhora... - Sean tenta disfarçar a emoção que sentia.
- Eu também tenho que te agradecer, Sean. Pelo seu profissionalismo e por sua amizade. - diz Johnny abraçando-o.
Já era madrugada quando todos voltam para casa. Apenas Johnny ficou para cuidar de Joanna e do filho.
Assim que amanheceu, a notícia do nascimento do bebê correu por toda a mídia, chamando a atenção de todos os familiares e amigos de Johnny e de Joanna. Todos comemoraram a chegada do pequeno Vince.
- Ai, como eu odeio comida de hospital! - Joanna faz caretas enquanto almoça.
- Eu também não gosto, mas você precisa se alimentar! - diz Johnny enquanto lhe dava comida na boca.
Joanna terminava seu almoço quando uma enfermeira entra no quarto.
- Senhora Depp, tem umas pessoas aqui fora querendo vê-la e conhecer seu filho. Posso pedir pra entrar?
- Visitas? Claro! Pode deixar entrar! - ela termina de beber o suco e limpa a boca com um guardanapo.
A enfermeira recolhe o prato e pede para que as visitas entrem.
- Com licença, família! - diz Paul Stanley ao entrar no quarto junto com Gene.
- Oi!! Que surpresa linda! - Joanna sorri surpresa ao vê-los.
- Viemos pra cá assim que soubemos da notícia! - Gene cumprimenta Johnny e Joanna em seguida.
Paul abraça Johnny e dá um beijo na testa de Joanna.
- Fico muito feliz por vocês virem aqui! - ela se emociona.
- Que bom que vieram conhecer nosso filho! - Johnny vai até o bercinho onde Vince está e o pega no colo, levando-o até os amigos.
- Olha aí o meu xará... - Gene o pega no colo com todo cuidado - Posso tirar uma foto com ele?
- Claro que sim! - Johnny pega o celular de Gene e tira uma foto.
- Vocês me permitem segurá-lo um pouquinho também e tirar uma foto com ele? - perguntou Paul.
- Certamente! - Johnny responde e logo Gene passa o pequeno Vince para Paul segurá-lo.
Depois de encher o bebê de elogios e parabenizar o casal, Paul entrega o pequeno à Johnny que o coloca de volta no bercinho.
- Jô, eu trouxe um presente pra você! - diz Paul - Vou ali fora buscar! - ele sai do quarto e logo volta com uma caixa grande com um laço vermelho.
- Posso abrir agora? - Joanna indaga estica as mãos para pegar a caixa.
- Sim, por favor! - Paul coloca a caixa em cima da cama e Joanna abre a caixa.
Ao abrir, ela se depara com uma belíssima guitarra Washburn preta.
- Nossa!! - ela põe as mãos na boca, surpresa com o presente - Que linda! É igual a que você usa nos shows, não é?
- Sim, é uma das minhas! - Paul pega uma caneta com tinta prateada e assina seu autógrafo na guitarra.
- Olha isso, amor! Ele ainda autografou pra você! - Johnny pega a guitarra e dedilha qualquer coisa.
- Está com ciúmes, Johnny? Quer que o Paul lhe dê uma guitarra autografada também? - Gene brinca.
- Eu? Com ciúmes? De forma alguma! Eu fico muito feliz em ver como minha esposa é querida e agradeço pelo carinho que vocês tem por ela! - Johnny entrega a guitarra à Joanna.
- Ela é perfeita, Paul! Muito obrigada! - ela desliza os dedos sobre as cordas.
- Disponha, querida! Fico feliz e satisfeito em ver que você gostou do presente!
- Bem, acho melhor nós irmos embora agora, antes que alguma enfermeira apareça por aqui e nos coloque pra fora! - diz Gene, olhando o relógio.
- Ah, que isso! Fiquem um pouco mais! - Johnny pega duas cadeiras que estavam num canto da sala - Sentem-se!
- Infelizmente não poderemos ficar, Johnny. Gene tem razão, a enfermeira disse que não poderíamos demorar aqui no quarto...
- Apareçam lá em casa quando voltarmos! Faremos uma reunião só com os amigos e assim teremos mais tempo pra conversar e curtir o Vince! - Joanna abraça Paul e Gene.
- Vamos sim! É só nos dizer o dia! - Gene responde enquanto se despede de Johnny.
- Combinado! Assim que tivermos a data, eu comunico vocês! - Johnny os acompanha até a porta.
- Até breve, Jô! - Paul acena da porta.
- Até breve! E obrigada mais uma vez!
À noite, Joanna recebe a visita de Christi que se oferece para passar a noite com ela para lhe fazer companhia e ajudar com o bebê.
- Pode ir pra casa, John! Eu vou ficar e cuidar bem dela e do bebê, fique tranquilo! - Christi diz ao irmão, tentando acalmá-lo.
- Não se preocupe, amor! Vamos ficar bem! - Joanna o abraça.
- Cuide bem dos meus tesouros, Christi. E qualquer coisa, é só ligar pra mim que eu volto correndo! - Johnny se despede da irmã e do filho, e em seguida sai do hospital indo para casa com Jerry.
De madrugada, Joanna acorda assustada depois de ter um pesadelo.
- O que houve, Jô? - Christi acorda ao ouvir Joanna chorando.
- Cadê meu filho, Christi? Traz ele pra mim, preciso ver meu filho!
- Calma, ele tá dormindo! - Christi tira o bebê do berço e o leva para Joanna.
- Oh, minha vida... Que bom que você está aqui... - Joanna o abraça aos prantos.
- Calma, querida... Foi só um pesadelo... - Christi a abraça para acalmá-la.
- Mas foi horrível, Christi! Sonhei que tiravam meu filho de mim e levavam pra longe, e eu não podia fazer nada!
- Está tudo bem, seu filho está bem, volte a dormir. Pode deixar que eu estou aqui tomando conta de vocês. - Christi pega o bebê e o coloca de volta no berço.
Depois de alguns minutos, Joanna volta a dormir.
Pela manhã, Joanna acorda com Vince chorando e levanta da cama para pegá-lo e amamentá-lo. Em seguida ela troca a fralda do pequeno.
- Bom dia! - a enfermeira entra no quarto com uma bandeja com o café da manhã - Hora do café, mãezinha!
- Ah, obrigada! - Joanna termina de arrumar o filho e o deixa com Christi para ir ao banheiro fazer sua higiene matinal.
Assim que ela volta para o quarto, Christi já havia deixado Vince dormindo no berço.
- Olha Jô, ele é tão calmo. Quase não chora...
- Sim, ele só chora quando tá com fome ou quando a fralda tá suja! - ela senta na cama para tomar café.
- Jô, eu vou sair rapidinho pra comer alguma coisa, tá bem?
- Ok!
- Eu vou chamar a enfermeira pra ficar com você até eu voltar. - Christi sai do quarto e chama a enfermeira para ficar com Joanna.
Saindo da cafeteria, Christi recebe uma ligação de sua mãe querendo saber sobre Joanna e o bebê. Por conta do barulho do trânsito na rua, ela não consegue ouvir sua mãe e decide atravessar a rua e entrar em seu carro para conversar com ela.
No quarto, Joanna amamentava Vince quando uma outra enfermeira entra.
- Bom dia! Meu plantão começa agora, você já pode ir pra casa. - ela diz à enfermeira que auxiliava Joanna.
- Está bem. Eu já vou indo, senhora Depp! - ela sorri e acena para Joanna, saindo do quarto em seguida.
- Como vai, senhora Depp? Precisa de algo? - a enfermeira pergunta enquanto abre a cortina e a janela.
- Eu estou bem, só preciso colocar meu filho no berço pra ir ao banheiro. Preciso de um banho! - ela sai da cama e leva o filho até o berço.
- Pode ir, senhora! Eu tomo conta dele! - ela senta na poltrona ao lado do berço.
- Ah, obrigada! Não vou demorar!
Enquanto Joanna estava no banheiro, a enfermeira pega seu celular de dentro do bolso do jaleco.
- Alô? Já estou no quarto dela. O quarto é o 301, no terceiro andar. Só preciso de alguém pra despistar o segurança dela que fica aqui do lado de fora do quarto.
- Pode ficar tranquila quanto à esse careca brutamonte, meu amigo vai dar um jeito. Tranque a porta do banheiro para aquela vagabunda não sair. Pegue o bebê e me espere, já estou subindo. - Amber lhe dizia enquanto terminava de vestir seu disfarce de enfermeira dentro do carro.
- E agora? O que eu devo fazer? - Andrew pergunta enquanto colocava um boné e óculos escuros.
- Você vai até o terceiro andar e vai tirar aquele segurança de merda de lá da porta do quarto pra eu poder entrar lá e pegar aquele bebê!
Andrew sai do carro e entra no hospital. Ele entra no elevador até o terceiro andar. Logo ele avista Sean parado no corredor em frente a porta do quarto de Joanna. Enquanto isso, Amber sobe pelas escadas do outro lado do corredor.
- Ah, senhor! Poderia me ajudar com esse aplicativo? - Andrew mostra o celular para Sean - Eu queria chamar um táxi através desse aplicativo, mas não entendo muito bem!
Enquanto Andrew conversava com Sean, Amber consegue entrar no quarto e rapidamente amarra a enfermeira que ela havia subornado numa cadeira e a amordaça para fingir que ela seria mais uma vítima.
- Assim que eu conseguir finalizar meus planos eu lhe entrego o seu dinheiro... - ela cochicha para a mulher.
Amber pega o bebê e sai do quarto em direção às escadas.
- Realmente esse aplicativo é bem complicado, meu rapaz! Tenta pedir ajuda a mais alguém ou então terá que chamar um táxi pelo modo tradicional! - diz Sean ao devolver o celular à Andrew.
- Pois é, acho que eu vou descer e chamar o táxi pelo modo tradicional como o senhor falou! Até porque estou com um pouco de pressa! Mesmo assim, muito obrigado!
- Disponha!
Andrew entra no elevador e desce até o térreo, disfarça e corre até o carro.
- Vamos, Andrew! Rápido, antes que chegue alguém aqui!
- Pra onde vamos?
- Pegue a estrada principal que vai pra Santa Monica! Vai, rápido! - ela ordena impaciente e Andrew obedece, saindo em alta velocidade.
Joanna tenta abrir a porta do banheiro e fica nervosa ao perceber que está trancada pelo outro lado.
- Oi!! Enfermeira!! Quem trancou a porta?! - ela encosta o ouvido na porta tentando ouvir algo, e nada - Por favor!! Abram a porta!! Acabou a brincadeira, quero sair daqui! - ela dá tapas na porta - Enfermeira!! Tem alguém aí?! Eu quero ver meu filho!!
Joanna entra em pânico e começa a esmurrar a porta. Do lado de fora, Sean ouve as batidas e entra no quarto. Ele se assusta ao ver a tal enfermeira amarrada na cadeira e o berço vazio.
- Tem alguém aí?! Socorro!! - Joanna grita, aflita.
- Estou aqui, senhora! - Sean tenta abrir a porta e não encontra a chave.
- Sean! Me tira daqui!!
- Estou tentando, mas não acho a chave! - Sean vai até a enfermeira e tira a mordaça - Onde está a chave?
- Eu não sei! - ela finge estar chorando - A mulher que entrou aqui e levou o bebê deve ter levado a chave também!
Christi chega e fica aturdida ao ver a enfermeira amarrada e ouvir Joanna batendo na porta.
- Oh meu Deus! O que houve por aqui?! - ela joga a bolsa em cima da cama e tenta abrir a porta do banheiro.
- Está trancada, senhora! A enfermeira disse que entrou uma mulher aqui e que ela levou o bebê. E que possivelmente tenha levado a chave do banheiro! - diz Sean enquanto desamarrava a mulher da cadeira.
- Entrou uma pessoa estranha aqui e você não viu, Sean? Por acaso anda dormindo durante o serviço? Ou você saiu da porta quando eu fui tomar um café? - Christi chama a atenção de Sean e ele se sente culpado.
- Me distraí por um momento apenas. Um rapaz veio me pedir ajuda e... - ele é interrompido por Christi.
- Chega, Sean! Guarde suas explicações pro meu irmão! Agora dê um jeito de tirar a Jô desse banheiro!
Sean respira fundo e se aproxima da porta.
- Dona Jô, afaste-se da porta o máximo que puder, por gentileza! Eu vou ter que arrombar, não há outra forma de abrir!
Joanna se afasta da porta, encostando-se na parede do box.
- Pronto, Sean! - ela avisa.
Sean dá alguns passos para trás para pegar impulso e chuta a porta com o máximo de força que pôde. A porta cai e Joanna corre para o quarto.
- Cadê meu filho? - ela olha o berço vazio - Cadê meu filho?! Pra onde levaram ele?! - ela grita, chorando e descontrolada.
- Calma, Jô... - Christi a abraça - Nós vamos encontrá-lo...
- Meu filho!! Eu quero o meu filho!! - Joanna grita e desmaia, sendo amparada por Christi e Sean, que a leva nos braços e a deita na cama.
- Não fique aí parada só olhando, enfermeira! Vá logo chamar o médico! Rápido!! - Christi grita, em pânico.
- Sim, senhora! - ela sai do quarto.
- Sean, liga pro Johnny! Diz pra ele vir aqui o mais rápido possível!
- Sim, senhora! - Sean sai do quarto para ligar para Johnny.
Em casa, Johnny está em seu estúdio organizando sua coleção de guitarras quando ouve o telefone tocar.
- Alô?
- Senhor Depp! Venha até o hospital! É urgente!
- O que houve, Sean?! Aconteceu alguma coisa com minha esposa ou meu filho?! - Johnny fica atordoado.
- Senhor, me perdoe, eu me distraí por um minuto e entrou alguém aqui no quarto, trancou sua esposa no banheiro e sequestrou seu filho! - diz com pesar.
- Sequestraram meu filho?? Estou indo pra aí agora mesmo! Me mantenha informado se acontecer mais alguma coisa! - Johnny termina a ligação e corre pela casa até a garagem. De dentro do carro ele liga para Jerry pedindo para que ele o encontrasse no hospital.
Enquanto o médico examinava Joanna, Christi explicava o ocorrido.
- Não se preocupe, ela vai ficar bem. - o médico explica - O que ela teve foi apenas uma queda brusca da pressão devido a forte emoção. Eu apliquei um calmante no soro, isso vai ajudar. Vou levar o caso até o diretor do hospital, ele vai analisar as imagens das câmeras de segurança e tentar descobrir quem entrou aqui.
No caminho para o hospital, Johnny recebe uma ligação.
- Alô?!
- Oi, Johnny... Como vai, querido? - Amber fala em tom sarcástico.
- Amber? O que você quer? Estou dirigindo, tenho que desligar! - Johnny já ia desligar a ligação quando Amber chama sua atenção.
- Não desliga! Se você desligar, eu mato o seu filho! - dispara, deixando Johnny aflito.
- Foi você, não é? Foi você quem roubou meu filho no hospital! - Johnny se altera e Amber dá gargalhadas.
- É óbvio, meu amor! Ou você pensou que eu ia deixar barato o que vocês fizeram comigo?
- Sua desgraçada! Onde está o meu filho?!
- Calma, querido... Na hora certa você saberá... Fique atento, logo entrarei em contato com você novamente!
- Amber?! Amber!! - Johnny grita, mas ela já havia desligado - Que filha da puta!!! - ele esmurra o volante e continua dirigindo até o hospital.
A notícia sobre o rapto do bebê já estava circulando por toda a mídia, deixando familiares, amigos e fãs aflitos.
Ao chegar no hospital, Johnny encontra Jerry, que o ajuda a driblar a imprensa que se aglomeravam do lado de fora.
Ao entrar, ele é recebido pelo diretor do hospital.
- Senhor Depp, nós já investigamos as imagens gravadas pelas câmeras de segurança e vim... - o homem é interrompido por Johnny.
- Eu já sei quem sequestrou meu filho! - ele diz, entrando no elevador - Agora eu quero ver a minha esposa! - a porta do elevador se fecha e ele sobe até o terceiro andar.
No quarto, Johnny conta para Christi sobre a ligação de Amber e ela conta sobre o que aconteceu ali no momento do sequestro.
- A polícia já deve estar chegando. Enquanto isso, ficaremos aqui tomando conta da Jô e aguardar a ligação daquela... da Amber. - ele diz enquanto acaricia o rosto de Joanna, que dormia sob o efeito do calmante.
A polícia chega no hospital em pouco tempo e Johnny sai do quarto para conversar com o delegado e explicar tudo o que aconteceu. O delegado pede para chamar a enfermeira que estava no quarto no momento do sequestro, mas ela já não estava mais no hospital. Ele então entra em contato com a Central da Polícia de Los Angeles e pede para que todas as viaturas fechem as saídas da cidade. Durante a ligação, o delegado é informado de que está havendo uma rebelião em um presídio feminino perto dalí e que por conta disso haviam poucas viaturas disponíveis.
O diretor do hospital leva Johnny e o delegado até a sala de monitoramento das câmeras de segurança e os mostra as imagens feitas pelas câmeras do corredor onde fica o quarto de Joanna e da parte externa do hospital.
- Viu, delegado? É ela mesma! É Amber, minha ex mulher! E esse homem que aparece aqui no corredor falando com um dos meus seguranças é o ex advogado da minha esposa. Ele é comparsa da Amber. Veja, - ele aponta para a imagem de Andrew no monitor - é ele quem está dirigindo o carro!
O delegado anotou a placa do Impala preto em que Andrew aparece dirigindo quando Johnny recebe uma ligação.
- É ela, delegado! - ele lhe mostra a tela do celular.
- Atenda e coloque no viva-voz, mas não diga que estou aqui e que a polícia já está sabendo!
- Certo! - Johnny atende e liga o viva-voz - Fala, Amber!
- Eu não disse que eu ia ligar de novo, querido?
- Onde está o meu filho?
- Está bem aqui comigo, dormindo no meu colo...
- Por favor, não faça nenhum mal à ele! Eu pago o quanto você quiser pra ter o meu filho de volta!
- Hum... Então você quer negociar... - ela debocha.
- Faço o que for preciso pelo meu filho!
- Pois bem, eu tenho uma proposta. Se você quiser seu filho de volta, você terá que me aceitar como sua esposa novamente com tudo que tenho direito, e juntos poderemos criar esse bebezinho como nosso filho. Você despacha a brasileira de volta pro buraco de onde ela saiu e todos viveremos em paz! O que você acha? - seu tom cínico deixa Johnny ainda mais nervoso.
- Pensei que você iria apenas me pedir dinheiro!
- Não, querido... Essa é a minha única proposta. Ou você aceita, ou o seu filhinho morre... E então? O que você decide?
- Onde você está? - Johnny anda de um lado para o outro na sala, aflito.
- Estou na Santa Monica Boulevard. Caso você aceite a minha proposta, eu marco um encontro em algum lugar por aqui e a gente segue pra São Francisco... - o delegado anota tudo o que Amber diz.
- Hum... Em que parte da Santa Monica Boulevard você está?
- Não sei exatamente. - diz já com desconfiança.
- Você disse que quer ir pra São Francisco, não é? - Johnny tenta falar o mais natural possível para que Amber não desconfie de nada.
- Sim, meu amor! Quero que nós três possamos viver juntos como uma família! Eu, você e esse lindo bebezinho... - ela sorri para Vince e em seguida para Andrew.
Andrew estava prestando atenção na estrada movimentada mas ao mesmo tempo observava as ações de Amber, e em seu coração começava a surgir arrependimento. Andrew havia realmente se apaixonado por Joanna e tentou conquistá-la de todas as formas possíveis, até mesmo tentar convencê-la a fugir com ele no dia de seu casamento. Enquanto dirigia, ele lembrava de todos os momentos que passou com Joanna, desde o dia em que se conheceram até aquele infeliz momento. Ele agora pensava consigo mesmo se era realmente necessário arriscar a vida de um inocente por conta de um mero capricho. Amber falava ao telefone com autoridade enquanto o pequeno Vince dormia tranquilamente em seu colo. Aquele rostinho angelical fez com que Andrew desistisse de prosseguir com aquele plano incabível. Ele esperaria o momento exato para cessar tudo aquilo e poder levar Vince de volta para os braços de sua mãe, a quem ele ainda amava mas aprendeu de uma forma dolorosa a aceitar que Joanna amava outro e que ele mesmo não teria a menor chance de conseguir conquistar seu coração.
- Johnny, eu já sei onde nós podemos nos encontrar! Está prestando atenção? Tem alguém aí com você? Onde você está agora? - Amber desconfia de que Johnny estaria ludibriando e que mais alguém estaria ouvindo a conversa.
- Pode falar, estou te ouvindo! Estou sozinho no corredor do hospital. Bem, nem tão sozinho porque Jerry e Sean estão por perto, mas não estão me ouvindo porque me afastei deles pra atender sua ligação. - o delegado acena positivamente para Johnny prosseguir.
- Então, como eu estava dizendo, eu sei onde podemos nos encontrar. Já estou quase no final da estrada e quero que você venha me encontrar no Tongva Park. Vou estacionar em frente ao letreiro, bem na esquina.
- Ok, estou saindo daqui agora mesmo! - Johnny sai da sala de monitoramento junto com o delegado que se afasta para contatar a Central da Polícia e avisar sobre o local onde as viaturas terão que se posicionar.
- Que ótimo, amor! Estaremos esperando por você ansiosamente! Eu e o nosso bebê! - diz com euforia.
Apenas três viaturas puderam seguir para o Tongva Park. As outras estavam operando aos arredores do presídio feminino. Os policiais que conseguiram entrar lá tentavam conter as detentas, mas muitas delas conseguiram fugir. O caso também estava sendo repercutido por toda a mídia. No Brasil, os pais e o irmão de Joanna acompanhavam tudo pela TV. Seus amigos viram na internet e todos estavam muito tensos diante de tudo aquilo.
Christi permanece no quarto ao lado de Joanna velando seu sono forçado. Ela liga a TV e fica perplexa ao ver que o caso do sequestro de Vince estava sendo transmitido em todos os canais.
- Meu Deus! A mídia não perdoa! - Christi ouve alguém bater na porta - Pode entrar!
- Com licença! - Sheryl entra e abraça Christi - Como ela está? - diz enquanto se aproxima de Joanna.
- Ela precisou ser sedada. Ela entrou em pânico com o sequestro do filho e desmaiou. O médico veio fazer uns exames e disse que ela teve uma queda de pressão.
- Oh meu Deus... Eu imagino a dor que ela deve ter sentido... - Sheryl acaricia o rosto pálido de Joanna - E o Johnny? Como ele está?
- Johnny ficou apavorado pelo filho ter sido sequestrado e ficou ainda mais nervoso quando soube que foi a Amber quem o roubou daqui.
- Essa mulher de novo? Até quando ela vai continuar com essa obsessão pelo Johnny?!
- E o pior é que não sabemos do que ela é capaz de fazer com o bebê por conta do ódio que ela sente pela Jô. Ela já falou aos quatro ventos que a Jô roubou o Johnny dela, sendo que foi ela mesma a responsável pelo término do relacionamento dela com Johnny.
- Pois é, Christi... Agora só o que podemos fazer é torcer pra que a polícia consiga encontrar essa bandida e trazer o bebê de volta, antes que ela tente fazer alguma loucura!
Sheryl faz companhia a Christi e ambas acompanham as notícias pela TV.
Johnny é levado por Jerry até o Tongva Park, e no caminho ele recebe uma ligação do delegado.
- Senhor Depp, acabei de receber a informação de que as três viaturas já estão posicionadas próximo ao local do encontro!
- Ótimo! Já estamos quase chegando também! - do banco de trás do carro Johnny olha pelo retrovisor e avista o carro do delegado que os seguia até o local combinado - Só espero que aquela mulher não perceba que estamos armando uma cilada pra ela.
Amber já estava no local combinado e dentro do carro ela fica irritada com Vince que começava a chorar com fome.
- Argh!! Odeio choro de bebê!! Andrew, segura aí esse pirralho antes que eu o jogue pela janela! - ela entrega o bebê a Andrew que logo acalenta o bebê em seu colo.
- Esse menino era pra ser meu filho com a Jô...
- Se quiser, pode levar ele junto com você e aquela imunda! - ela diz enquanto retoca o brilho labial.
- Johnny não permitiria... - ele beija a mãozinha do bebê delicadamente.
- Ah, permitiria sim! Ele disse que faria qualquer coisa pelo filho! Se quiser, eu posso dizer à ele que o melhor pro pirralhinho é ficar com a mãe. - sorri convencida.
- Acha que ele vai ceder? - Andrew finge estar interessado.
- Claro! Podemos pensar em algo antes que ele chegue! - ela abre o vidro do carro e olha para todas as direções da rua.
- Eu tenho uma ideia! - antes que ele pudesse concluir, Amber abre a porta do carro ao avistar o carro de Johnny se aproximando.
- O Johnny chegou! Até que enfim! - ela comemora.
Jerry estaciona do outro lado da rua e Johnny sai do carro. Amber corre em sua direção e o abraça. Pelo rádio comunicador, o delegado ordena que as viaturas se aproximem do local e Amber se assusta ao vê-los se aproximar.
- O que é isso? Chamou a polícia, Johnny? - Amber fica indignada.
- Calma, querida... - Johnny sorri friamente, colocando as mãos sobre os ombros de Amber - É pra nossa segurança...
Os policiais saem das viaturas com as armas em punho e o delegado se aproxima.
- Amber Laura Heard, a senhora está presa. - ele tira as algemas do bolso.
- Não!! Vocês não podem me prender!! - Amber grita histericamente, corre até o carro, entra e tranca as portas. Liga o motor e sai o mais rápido possível dali, quase atropelando os policiais.
- Meu filho!! Ela levou o meu filho!! - Johnny grita para os policiais, que entram em suas viaturas e imediatamente saem em busca de Amber.
Johnny já ia entrar em seu carro quando ouviu alguém lhe chamar. Ao virar-se para olhar, ele avista Andrew com Vince no colo. O delegado aponta a arma para Andrew e ele levanta uma das mãos.
- Não atire, por favor! Eu quero apenas entregar o bebê ao pai dele! - o delegado abaixa a arma e Andrew anda até Johnny que caminha lentamente ao seu encontro com os olhos transbordando.
- Meu filho! - Johnny estende as mãos e Andrew lhe entrega o bebê.
- Eu sei que tudo o que eu fiz não tem perdão, e que anos na cadeia não serão suficientes pra pagar por todos os meus erros. Espero que um dia vocês possam me perdoar... - diz Andrew com pesar.
Johnny encara Andrew incrédulo.
- Por que resolveu entregar meu filho? - Johnny franze o cenho.
- Percebi que o que Amber estava fazendo era muita loucura. E o que ela sente por você não é "amor" como ela disse, é obsessão. O que eu sinto pela Joanna sim é amor. Fiz tudo o que pude tentando conquistá-la, mas hoje eu sei que nada do que eu fizer irá fazê-la mudar de ideia. É você quem ela ama. E ver seu filho, uma criança inocente sendo usada pela Amber pra conseguir ter você pra ela, fez com que eu me arrependesse de tudo o que eu fiz. - Andrew deposita um beijo suave na testa de Vince - Seu filho agora está são e salvo. E você tem muita sorte de ter a Joanna como sua esposa e mãe do seu filho. - Andrew é algemado - Boa sorte, Johnny! Desejo toda a felicidade do mundo pra você e sua família!
- Obrigado, Andrew... - Johnny observa o delegado levar Andrew até uma das viaturas - É meu filho, tá mais do que na hora de você voltar pro colo de sua mãe. - Johnny entra no carro e Jerry os leva de volta ao hospital.
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