História Rock of Love - Who is she?

Alex Vause (POV)

O que ela está fazendo aqui? Justo agora que minha vida está tão perfeita, tão em ordem. Eu não vou deixá-la estragar minha vida mais uma vez. Eu sabia que aquele carro estava muito suspeito. Só podia ser ela dentro dele.

A encaro para mostrá-la que não tenho medo dela, apesar de que não saber o que ela estar fazendo aqui me deixar aflita. Ouço a voz de Piper e um medo dela fazer algo com minha princesa toma conta de mim.

Na mesma hora puxo Piper pelas mãos e a levo até meu carro. Preciso chegar logo em casa e descobri o que ela está fazendo aqui. Eu necessito de respostas. Mais uma vez ouço sua doce voz, mas preciso saber o que está acontecendo aqui.

Logo chego em casa e corro para meu escritório e tranco a porta para não correr o risco de Piper entrar. Em seguida ligo para meus contatos em busca das respostas para minhas perguntas. Preciso saber o porquê de ela estar aqui e se tem mais alguém deles aqui.

Passo horas em frente ao meu notebook discutindo sobre a presença dela aqui e futuros problemas que podem ocorrer com suas possíveis soluções. As vezes escuto a voz de Piper me chamando e batidas na porta, mas preciso manter o foco aqui para sua proteção.

Era 23:15 quando sai do escritório e a cena que vi me quebrou por inteira. Piper estava sentada no chão ao lado da porta abraçando suas pernas. Seus olhos estavam vermelhos e inchados, sinal de que estava chorando. Todo meu ser se quebrou ao vê-la assim. Meu corpo, coração, alma, tudo. E se partiu ainda mais por sabe que eu fui a causa de deixá-la assim.

A peguei em meus braços e ela automaticamente se aninhou em mim. Olhei seu rosto e ainda havia sua aura angelical de sempre, mas desta vez havia algo mais. Medo. E isso me machucou profundamente. Não aguentei segurar as lágrimas ao vê-la assim. A apertei mais contra meu corpo e seu doce aroma invadiu minhas narinas.

-Me perdoa por deixá-la assim princesa. –pedi mesmo que ela esteja dormindo. –Não foi a intenção.

Beijei seus lábios e então a levei para meu quarto, que já até considero nosso. A deito na cama e deixo um beijo em sua testa. Quando vou levantar para tomar um banho e relaxar o corpo, ela me puxa e não me permiti sair, fazendo-me deitar ao seu lado. Permaneci ali até que ela se sentisse bem. Coloquei um travesseiro em meu lugar e fui até o banheiro com o objetivo de relaxar a mente o corpo.

Fiquei uns vinte minutos debaixo do chuveiro, apenas sentido a água quente descendo por meu quente e o relaxamento vindo em seguida. Bloqueie qualquer tipo de pensamentos da minha mente.

Queria ficar mais ali debaixo do chuveiro, mas tinha medo que Piper acordasse. Por isso logo sai e vesti uma roupa confortável para dormir. Deitei na cama e tirei o travesseiro dos braços de Piper, a trazendo para deitar em meu peito. E enfim dormi.

* * *

Não dormi nada bem essa noite. Tive vários pesadelos sobre meu passado, e em todos eles Piper saía ferida, o que é tudo o que eu menos quero. Apenas quero ela sã e salva, protegida e bem, mas temo que meu passado possa machucá-la e isso me machuca, pois seria tudo culpa minha.

   Acordo e me encontro molhada de suor. Olho para meu peito e lá está minha doce e angelical Piper, dormindo em meus braços. A puxo mais para mim e apoio meu queixo no topo de sua cabeça, sentido o maravilhoso cheiro dos seus cabelos e em seguida beijando a região.

Permaneço assim por longos minutos até que Piper desperta. Ela se meche um pouco e então olhando ao redor e percebendo que estava no quarto, desperta por completa e se senta na cama, me olhando em seguida.

-Bom dia! –Desejei a ela depois de me sentar na cama, ao seu lado.

-Alex... –Sua voz saiu baixa e fraca, e eu sabia o que estava por vim.

 -Oi. –Respondi no mesmo tom baixo dela.

-O que aconteceu? Por que ficou daquele jeito, se trancou naquele escritório? Quem é aquela mulher? –Falou tudo rapidamente e eu sabia que em sua mente um turbilhão de pensamentos passava, a deixando ainda mais confusa, e eu não podia culpá-la por nada disso.

-Me perdoa Pipes. –pedi segurando suas mãos. –Por favor, me perdoa. Não queria deixar-la preocupada ou agir daquela forma, mas foi preciso.

-Você ainda não respondeu nenhuma das minhas perguntas.

-Eu sei. –respirei fundo e abaixei meu olhar, olhando nossas mãos juntas. –Eu só não consigo falar. 

-Você sabe que pode confiar em mim né? –Perguntou, levantando meu queixo com a ponta dos dedos.

-Eu sei que posso. –olhei em seus olhos. –Eu confio em você. Eu mais do que confio em você baby, mas sinto vergonha.

-Não precisa sentir vergonha comigo.

-Mas sinto vergonha das coisas que fiz, das minhas ações. Sinto vergonha do meu passado, que é o está causando tudo isso. –Falei com voz marejada.

-Eu não sei o que fez Al, mas isso não importa. O que importa é o que você faz agora e quem você é hoje. Eu te amo pelo que você é, e não vou deixar de te amar por alguma coisa feita no passado.

-Já te falei o quão incrível você é? –Meus olhos e bochechas estavam molhadas pelas lágrimas que insistiam em sair. Piper se aproximou mais de mim e me abraçou.

-Não precisa me contar o que foi aquilo, só me prometa que isso não irá nos abalar. Que vamos permanecer juntas independente do acontecer. –beijou minha bochecha. –E quando você se sentir pronta, poderá me contar tudo o que aconteceu.

-Eu prometo que não vou deixar isso nos abalar. –virei meu rosto e encontrei seu lindo olhar de diamante. –Eu te amo tanto.

-Eu te amo mais, muito mais. –Beijou meus lábios.

-Eu acho isso meio impossível, mas tudo bem. –Disse entre o beijo e logo voltei a beijá-la.

Continuei a beijá-la e durante o ato fiquei pensando o quão incrível minha namorada é, e na sorte que tenho por ter-la ao meu lado.  E quando as coisas iriam esquentar, escutamos um barulho vindo de minha barriga.

-Acho que alguém está com fome! –Disse Piper após encerrar o beijo.

-Fome de você! –Falei e tentei voltar a beijá-la, não ligando se estava com fome ou não. Mas Piper se esquivou do meu beijo e levantou da cama.

-Amor, você precisa comer. –falou séria. –Nem sei quando foi a ultima vez que você comeu ontem.

-Você é minha comida preferida. –Falei em um tom safado e levei um tapa da Piper no braço. –Ai amor, doeu! –fiz dengo.

-Deixa de ser idiota e vamos tomar café da manhã.

Levantei da cama e antes de irmos tomar nosso café da manhã formos até o banheiro para fazer nossa higiene matinal. E assim que coloquei meus pés na cozinha recebi um intenso olhar de Red, e eu sabia o que aquele olhar queria dizer.

Esperava nunca mais ter que suportar aquele olhar de Red, mas lá estava ele. E desta vez tinha algo a mais acrescentado, medo. Medo de que meu passado estivesse de volta e que a antiga Alex estivesse de volta. Eu também no fundo sentia esse medo.

Em resposta lhe mandei um olhar falando que estava tudo bem e sua expressão se suavizou. Voltei minha atenção a Piper e ela alternava seu olhar entre Red e eu com um ponto de interrogação no rosto, tentando entender a pequena conversa entre olhares que tivemos.

Red também percebendo isso logo tratou de ir conversando com Piper e a levando para se sentar-se à mesa e comer algo. Juntei-me a elas na mesa e comecei a puxar assuntos qualquer apenas para mudar aquele clima estranho que se instalou. Ele ainda durou alguns minutos, mas logo aquele clima de amenidades e familiaridade retornou para o alivio de todas.

Após o café eu me levantei da mesa para arrumar a mesma e lavar a louça suja enquanto Red e Piper conversavam sobre algo qualquer. Piper até que queria me ajudar, mas eu preferi fazer isso sozinha. Ajudaria a limpar a mente de todos esses pensamentos que estão me rodando.

Mais tarde Piper foi se arrumar para ir à gravadora e quando estava pronta eu a levei até o local. Hoje eu até iria ficar na gravadora e resolve alguns assuntos, mas depois de ontem achei melhor deixar isso para depois e resolver algumas preocupações que tinha. Apenas espero que tudo isso se resolva logo e possamos voltar a paz de antes.

Piper Chapman (POV)

Quando acordei por um minuto esqueci-me de tudo que havia acontecido. Da aquela mulher desconhecida, de Alex estranha e se trancando naquele maldito escritório. Até que infelizmente tudo voltou a minha cabeça de uma só vez.

Lembrei-me também de que havia dormindo sentada no chão ao lado do escritório de Alex e olhando ao redor eu percebi que não estava ali, e sim no quarto de Alex, em sua cama para ser mais exato.

E foi só então que percebi sua presença ao meu lado. A olhei e pude ver que ela me observava atentamente, e desta vez parecia mais calma e tranquila, nada parecida da Alex de ontem.

Logo tratei de buscar informações sobre o que havia acontecido, mas Alex apenas pediu perdão e não me deu nenhuma explicação. Novamente pedi por respostas e ela contou-me que confiava em mim, porém tinha vergonha de suas ações passadas. Automaticamente me veio à mente nosso encontro quando me falou que na época da morte de sua mãe havia feito coisas que se não se orgulhava e se arrependia. Então imaginei que aquela mulher estava ligada de alguma forma aquela época e que provavelmente Alex deve ter ficando assustada com algo com sua aparição.

 Compreendi suas ações e o receio de me falar, e assim a tranquilizei que nada que tivesse feito me faria deixa de amá-la e sua expressão se suavizou. Lógico que queria que Alex me contasse o que havia acontecido, mas deixei claro que não precisava e que apenas me contasse quando se sentisse pronta e confortável para isso. Apenas pedi que prometesse que apesar do que aconteça permaneceríamos juntas e assim ela fez.

E mais uma fez fiquei perdida e intrigada quando Alex e Red tiveram uma conversa de olhares. Red parecia em busca de respostas, ao mesmo tempo em que transmitia medo e uma bela de uma bronca em Alex, que logo devolveu a mulher de cabelos vermelhos um olhar tranquilizador como se disse “Está tudo bem”.

Elas percebendo que eu estava ali e tentava entender tudo que se passava, acabaram com a conversa e mudaram suas atenções para a mesa posta com o café da manhã. E quando terminamos de comer Alex foi cuidar das coisas sujas sem me deixar ajudar, então embarquei em uma conversa com Red, indiretamente tentando conseguir pelo menos algumas respostas, mas de nada adiantou, a mulher não me contou nada.

Tratei então de esquecer esse assunto e apenas torcer para que tudo acabasse bem, já que Alex aparentava estar normal e me prometera que ficaríamos bem. Com a mente mais limpa fui me arrumar para ir à gravadora e enfrentar mais um dia de trabalho.

Três dias depois.

Hoje é sábado e por isso Alex, Nicky, as meninas e eu combinamos de irmos a um bar no novo que abriu recentemente. O clima dentro desses três dias havia melhorado bastante e nem parecia que alguma coisa daquele tipo havia acontecido, por isso Alex eu achamos uma ótima idéia sairmos.

Estamos nós duas em sua casa, já que desde que começamos a namorar eu passo mais tempo aqui do que na minha própria casa. Alex já havia terminado de se arrumar e eu estava quase acabando.

-Pipes, vamos logo. As meninas já estão... –Parou com sua fala assim que entrou no quarto e passou a me fitar com aqueles intensos olhos verdes.

-Ficou bom? –Perguntei a ela receosa.

-Você está perfeita amor! –veio até mim e rapidamente me agarrou pela cintura. –Tão perfeita que eu quero ficar aqui e tirar essa sua roupa.

-Vamos ter tempo depois. –Observei enquanto falava que sua atenção estava voltada agora para meus lábios.

-Não quero depois. Quero agora.

-Mas não foi você que veio até aqui me apressar para irmos logo? –Lembrei-a do que veio fazer aqui.

-Lembro disso não. Deve ter sido outra pessoa. –apertou mais meu corpo contra o dela.

Encostei meus lábios nos dela e a beijei em um longo selinho. –Amor, vamos logo. Prometo te recompensar a noite. –Falei após o beijo e depois de minha fala tornei a selar nossos lábios.

-Tudo bem, mas eu vou cobrar heim. –Rendeu-se e deu um beijo em meu pescoço me fazendo arrepiar por completo.

-Se você esquecer eu te lembro.

* * *

Chegamos no bar que havíamos combinado de ir trinta minutos depois, e assim que entramos já nos deparamos com Polly e Pete em um canto do local, Nicky e Lorna conversando em uma mesa e Taryn no balcão pegando uma bebida. Nos direcionamos então para mesa onde estava Nicky e Lorna.

-Hey! Até que enfim chegaram. Estavam transando né? –Nicky logo mandou assim que chegamos à mesa.

-Queria, mas alguém falou que iríamos nos atrasar. –Alex respondeu enquanto revirava os olhos como se estivesse com tédio.

-Vocês sãos duas idiotas. –Falei baixo revirando os olhos, realmente com tédio.

-Mas mesmo assim você me ama. –Alex falou me dando um beijo na nuca.

-Oi Lorna! –Resolvi ignorar e cumprimentar a única pessoa decente ali.

-Pie! –Se levantou e me abraçou.

Quando nos separamos do abraço Taryn chegou à mesa com uma garrafa de tequila e vários copinhos além do limão e do sal.

-Finalmente chegaram. –falou quando viu Alex e eu. –Vai uma tequila? –ofereceu a bebida.

-Lógico. –Alex respondeu já pegando a garrafa.

-Ah não. Tem que fazer direito, Vause. Tem que ser um body shot. –olhou para mim. –Aguenta loirinha?

-Claro! –Confirmei firmemente.

-Opa. Agora sim vale a pena ficar com vocês. –Polly falou se aproximado da mesa.

-Vai ser com a tequila na barriga ou nos peitos? –Perguntou Pete em seguida.

-Não vejo problema nenhum em fazer os dois. –Alex respondeu com um tom animado e malicioso.

-Vamos fazer o seguinte: Alex fica com a barriga e Piper com os peitos. –Nicky decidiu por nós.

Combinamos de que eu seria primeira. Então pegamos uma pintada de sal e passamos na curva do pescoço da Alex. Colocamos o limão em sua boca e equilibramos o copinho com bebida quente no vão de seus seios. Com tudo pronto, todos fizeram uma pequena roda envolta de nós.

Lambi o sal em seu pescoço e pude sentir todos os pelos de seu corpo se eriçarem. Rapidamente desci minha boca para seus seios e com cuidado bebi da tequila, a sentido rasgar minha garganta. E para completar o ritual, levantei meu olhar e fitei sua boca que estava entreaberta segurando o limão. Subi meu olhar mais um pouco e encontrei seus olhos que agora estavam tomados pela cor preta da dilatação das suas pupilas. Sorri e sem mais rodeios toquei seus lábios enquanto chupava o limão e uma careta se formava em meu rosto. Finalizei o shot com um rápido selinho nos lábios de Alex.

Durante toda a ação ouvimos gritinhos animados das meninas e Pete. Logo depois tiramos todas as coisas da mesa para que eu pudesse deitar ali. Refizemos todo o procedimento, mas desta vez em mim e o sal no vão dos meus seios. Colocaram o limão em minha boca e Alex levantou minha blusa até embaixo dos seios, para então despejar a bebida em meu umbigo e assim ela se espalhou por minha barriga.

Alex lambeu o sal que estava na curva de meus seios e assim como aconteceu com ela, todo o meu corpo se arrepio com o contato da sua língua quente em minha pele. Arrepiei-me ainda mais e enlouqueci por completa quando seu língua desceu para minha barriga e se enfiou em meu umbigo, bebendo da bebida e depois escorregou ao redor limpando a tequila que havia se espalhado. E para completar chupou o limão em meus lábios e me surpreendendo, invadiu minha boca com sua língua e iniciamos um beijo intenso e esfomeado, mas fomos interrompidas por Nicky que tirou Alex de cima de mim.

Alex me ajudou a levantar da mesa e depois desceu minha blusa. Colocamos então as coisas novamente na mesa e começamos a tomar shots de tequila.

As horas foram se passado e nós apenas nos divertimos. Improvisamos alguns passos em uma pista que havia sido montada no local, bebemos shots de tequila e entre outras bebidas.

-Ei, vamos dançar? –Lorna convidou Nicky e todos nós a olhamos, surpresas com o convite. Nicky em resposta deu de ombros e elas foram dançar. Acabamos por rir daquelas duas loucas.

Continuamos a conversar e a olhar as duas dançando de forma... Sensual? Sim, de forma completamente sensual. E então do nada as duas sumiram e começamos a olhar ao redor tentado achá-las, e eis que as vejo em um canto mais escuro do bar se pegando.

-Essa é a leãozinho! –Alex fala animada.

-Duas malucas. –Tayrn comenta enquanto tomava uma cerveja. –Sabia que ia dar nisso.

-O que? –Polly pergunta ao chegar à mesa com seu copo de bebida.

-Aquelas duas ali. –Apontei Nicky e Lorna que estavam praticamente se comendo pela boca.

-Hétero uma ova. –disse ao ver as duas.

-Vem Al, vamos ao banheiro. –Puxei Alex pela mão, derramando um pouco da cerveja que bebia.

-Banheiro. –Polly falou e eu a encarei, confusa. –Com certeza vocês ao banheiro.

-Mas nos vamos ao banheiro. –nós não vamos ao banheiro.

-Pra se comerem, né?

-Nós não falamos o que íamos fazer no banheiro. –respondeu Alex. –Falamos que íamos ao banheiro, o que vamos fazer lá é outra história.

-Você é muito cara de pau. –Eu ainda ficava surpresa com o quanto sem vergonha minha namorada é.

-E você adora. –Falou beijando meu pescoço.

-Vão logo suas lésbicas. –Gritou Polly enquanto se abraçava ao Pete.

-Não chorem! Já voltamos. –Alex disse enquanto me empurra para um canto escuro do bar.

Ela me prendeu entre seu corpo e uma parede e agarrou minha cintura com força. Encostou levemente seus quentes lábios em meu pescoço e eu me arrepie toda, e então plantou um beijo ali. Subiu do meu pescoço até meus lábios deixando leves beijos por onde passava, e a cada beijo que dava mais eu ansiava por seus lábios contra os meus. E quando eu menos esperava empurrou seus doces lábios contra os meus e iniciamos um ardente e intenso beijo. Sua língua tomada pelo gosto forte do álcool invadiu minha boca e se enroscou na minha.

Fincou suas unhas em minha cintura e eu levei meus dedos até seus macios cabelos e ali os enrosquei. E assim nos beijamos até nos faltar o ar e Alex voltar sua atenção ao meu pescoço, plantado beijos e lambidas nele. Suspirei contra seu pescoço e mesmo sem vê-la, eu sabia que ela estava sorrindo.

Ficamos ali naquele canto por quase quinze minutos trocando beijos e caricias. Sem nos importar com nada, apenas mantendo o doce e quente contanto de nossas bocas e pele.

Quando voltamos à mesa, Polly e Pete haviam saído novamente e Taryn estava ficando com um cara, ficando ali apenas Nicky e Lorna que já haviam voltado para cá.

-Nicky, você está sorrindo como se tivesse transado pela primeira vez. –Alex debochou assim que viu o sorriso que estava no rosto de sua amiga.

-Pode calar a boquinha Vause porque você está com o mesmo sorriso desde que começou a namorar com a loirinha. –Contra-atacou.

 -Mas nos transamos. –falou e eu revirei os olhos. –E vocês que apenas ficaram?

-Vou ir pegar uma bebida. –Apenas disse por dizer, sabia que ninguém iria ouvir.

Decidi sair dali porque as conhecendo como eu conheço, elas vão começar uma briguinha besta sem sentido e se deixarem elas continuam com ela por dias.

Caminhei calmamente até o bar e quando cheguei pedi uma margarita. Fiquei apenas olhando para o local enquanto esperava o barman chegar com meu pedido. E então do nada uma figura feminina surgiu na minha frente. A olhei melhor e um senti um frio na barriga ao ver que era a mesma mulher que estava parada enfrente ao carro de Alex.

-Prazer, sou Slyvia. –Estendeu sua mão e eu não me preocupei em apertá-la.

-Piper. –respondi seca.

-Tudo bem. –puxou sua mão de volta. –Namoradinha da Alex, né? –perguntou cínica.

-Não que lhe interessa. Mas sim, sou a NAMORADA da Alex. –dei ênfase em namorada.

-Aceita uma bebida? –Apontou com a cabeça o balcão atrás de mim.

-Não, obrigada.

-Não precisa manter essa pose grossa. Só quero conversar com você. –Falou enquanto pedia uma cerveja e o barman me entregou meu pedido.

-Não tenho nada para conversar com você! –dei um gole da bebida. –Agora se me dá licença, tenho que ir. –comecei a caminhar de volta pra mesa e Slyvia me segurou pelo pulso. –Me solta! –mandei entre dentes.

-Mas eu ainda estou conversando com você. –Falou com uma voz diabólica e apertou mais sua mão em meu pulso. Meu copo bateu contra o chão e eu apenas ouvi uma voz rouca e grave atrás de mim.

-Solta ela! –Alex mandou com um tom de voz que eu nunca tinha ouvido antes. –Eu mandei você soltar ela! –Gritou quando viu que Slyvia não fez o que ela havia mandado.

-Olá Alex. –falou cinicamente, ainda segurando meu pulso. –Senti saudades querida!

-Você é surda ou o que? –Alex tinha uma fúria na voz que eu nunca tinha visto antes. Ela pegou a mão de Slyvia que segurava meu pulso e a torceu, a fazendo me soltar.

-Ai sua maldita! –Slyvia gritou de dor, mas Alex não largou sua mão. Olhei ao redor e uma pequena roda começava a se forma envolta de nós.

-Fica longe da Piper. –colocou mais força em suas mãos e pude ver isso nos olhos de Slyvia. –Tá me ouvido? Se você ou qualquer outra pessoa chegar perto dela irão ver comigo, e não vai ficar nada bonito pra quem mexer com ela.

-Me larga! –Slyvia gritou.

-Com todo prazer. –Alex soltou a mão de Slyvia com tanta força que ela até tombou pra trás. –Você está bem? –Perguntou-me enquanto me olhava de cima à baixo.

-Eu estou bem. –Respondi ainda atordoada por tudo que aconteceu.

-Vem, vamos embora. –Fomos até onde estava as meninas e elas também concordaram embora. Ninguém falou nada sobre o que aconteceu. Apenas nos despedimos e fomos para cada para sua casa.

Alex Vause (POV)

Era isso que eu temia. Que Slyvia fosse até Piper e a machucasse. Slyvia ou qualquer outra pessoa. Eu apenas quero minhas Pipes bem.

Quando a vi apertando seu pulso, uma fúria sem tamanho se apossou do meu corpo, e eu deixei que aquela fúria que estava sentido me controlasse. Praticamente voei até onde elas estavam e peguei a mão de Slyvia.

Eu na verdade queria esmurrá-la por todo o meu passado e principalmente por ter tocado em Piper, mas as pessoas já estavam começando a tumultuar em volta de nós e eu não queria uma atenção desnecessária em cima de mim e Piper.  Então apenas deixei meu recado e fui conferir se Piper estava bem. Ao ver que sim, apenas a chamei para ir embora. Não tinha mais cabeça pra isso.

Chamamos um táxi e assim que entramos Piper deitou sua cabeça em meu ombro. Eu circulei sua cintura com meu braço e a trouxe mais para mim, onde sabia que estaria segura.

Estava tão perdida em pensamentos que nem vi quando cheguei em minha cobertura, foi preciso que o taxista me chamasse pelo menos umas três vezes. Paguei ao homem e agradeci. Desci do veiculo com Piper ao meu lado e logo já estávamos dentro de minha casa.

Eu sabia que agora mais do que tudo Piper queria respostas. Ainda sinto vergonha de minhas atitudes, do modo como resolvi as coisas, mas devo isso a ela. Apenas preciso de um tempo e sei que assim como eu, ela não tem cabeça para ter essa conversa agora.

Red já estava dormindo, e pra mim isso foi um alivio, porque ela também iria me cobrar respostas e apenas Piper por agora já é o suficiente.

Como o que mais precisamos agora é limpar a mente, chamei Piper para tomar um banho de banheira, e assim fizemos. Enchemos a banheira e colamos o sais de banho, e quando ela atingiu a quantidade de água desejeda, entramos.

Encostei-me a borda da banheira e Piper sentou entre minhas pernas, apoiando seu corpo em meu peito. A abracei e dei um leve beijo em seu pescoço e assim ficamos por um longo tempo. Apenas sentido o quente contanto de nossos corpos e aliviado a mente da insignificante pessoa que nos ronda.

Quando decidimos sair da banheira todos os nossos dedos já estavam enrugados e a água já havia esfriado. Vestimos roupas leves e nos deitamos na cama para dormimos e esquecer por quem sabe algumas horas tudo isso.

Nos acomodamos no meio de travesseiros e cobertas e eu a trouxe para deitar em meu peito. Com o objetivo de passar a ela alguma segurança, mas também sentir a segurança que apenas ela me passa.

-Pipes. –a chamei e ela levantou um pouco a cabeça para me olhar. –Saiba que eu te amo demais e não vou deixar ninguém te machucar.

-Eu te amo tanto Alex. –falou com uma voz doce. –E espero que você saiba que te ver machucada ou algo parecido também é me machucar.

-Vamos ficar as duas bem e salvas. –beijei o topo de sua cabeça. –Eu amo você.

-Eu amo você.