História Rock of Love - Happy Birthday

Piper Chapman (POV)

Alguns dias depois...

Hoje é sábado e é o aniversário da Alex. Por isso acordei mais cedo e fui buscar o presente que havia comprado com a ajuda de Red para ela. Pouco tempo depois eu já estava em sua casa e como havia combinado com a russa de cabelos avermelhados, iria preparar seu café da manhã preferido: panquecas com nutella e morango. Mas antes tive que esconder seu presente na área de serviço, onde Red me assegurou que ela não pisaria e nem ouviria nada vindo dali.

Preparei então as panquecas com nutella e morangos com um suco de abacaxi como acompanhante. Quando tudo estava pronto coloquei as coisas preparadas em uma bandeja e me encaminhei em direção ao quarto de Alex.

A encontrei escondida entre vários travesseiros e embaixo do edredom. Ela dormia tranquilamente enquanto abraçava o travesseiro que eu costumo usar quando durmo aqui com ela. Sorri ao vê-la assim e coloquei a bandeja no criado-mudo ao lado cama, me acomodado em seguida ao seu lado.

 Com dorso da mão acariciei delicadamente seu rosto e a senti estremecer com o contanto. Mais uma vez sorri e em seguida deixei um beijo em sua testa e logo depois em seus lábios. Como recompensa, ainda de olhos fechados, ela abriu para mim um lindo sorriso.

-Bom dia meu amor! –Desejei a ela e mais uma vez toquei seus lábios em um selinho.

-Bom dia Pipes! –Desejou de volta, ainda com os olhos fechados e com um sorriso largo no rosto.

-Fiz seu café da manhã. –peguei cuidadosamente a bandeja e a coloquei entre nós. –Feliz Aniversário Al!

-Obrigada Pipes. –ela finalmente abriu os olhos e me permitiu ver a imensidão das suas belas esmeraldas. –Você é tão incrível. –Se sentou na cama ao meu lado e pousou suas mãos em minha cintura, falando contra meu pescoço e me fazendo arrepiar por completa. Logo depois deixou um selinho estalado em meus lábios.  

-Eu amo você. Muito. –falei baixo.

-Eu amo mais.

-Isso é meio impossível. Mas tudo bem.

-Ei! –me olhou feio. –Essa frase é minha. Arranje a sua própria frase.

Mais uma vez naquele dia, um largo sorriso tomou conta do meu rosto. Alex beijou meu pescoço e roçou docemente a ponta do seu nariz na região, dando uma leve fungada e sentido o meu cheiro. Levantou sua cabeça e me olhou nos olhos, ali nos perdemos infinitamente, mas quando voltamos a nós, Alex levou mais uma vez seus lábios aos meus e iniciou um doce e intenso beijo. Quando a falta de ar tomou conta do beijo, elevei meus lábios para sua orelha e plantei um beijo no lóbulo de sua orelha, para seguida sussurrar ali:

-Vamos comer.

* * *

Após Alex comer as panquecas que eu havia preparado e tomado o suco de abacaxi, ela foi até o banheiro e fez sua higiene matinal para então descermos para a cozinha e encontrarmos Red, Nicky e Alexander.

-Oi pequena. –Red caminha até Alex e a abraça forte. –Feliz Aniversário!

-Obrigada Red. – Alex responde gentilmente à russa e retribui o abraço. Em seguida Nicky e Alexander também a abraçam e desejam os parabéns a ela.

Alex Vause (POV)

Não tem forma melhor de acordar: com os carinhos de Piper. Ela realmente me surpreendeu quando apareceu no meu quarto, me acordando no dia do meu aniversário com meu prato de café da manhã favorito ao seu lado. Eu só esperava vê-la no almoço, como havíamos combinado, ou melhor, como ela havia falado.

-Vause, tenho que te dar seu presente. –Nicky fala com um sorriso perverso assim que nos separamos do abraço.

 -Não quero nem ver esse presente. –Comentei, sabendo que Nicky iria aprontar nesse presente.

-Por que não? –perguntou cínica. –Até a loirinha vai amar o presente!

-E por que eu iria gostar do presente da Al? –Piper perguntou à Nicky, desconfiada.

-Porque eu comprei pensando nas duas. –respondeu Nicky. –É uma coisa que vão poder usar juntas, se divertir usando. –piscou para nós duas e saiu, indo até a sala para pegar o presente.

-Vocês sabem que não vai sair coisa boa desse presente, né? –Meu pai nos perguntou e nos apenas concordamos com a cabeça.

-Voltei. –Nicky chegou novamente na cozinha, desta vez com um embrulho nas mãos. –Aqui Alex, seu presente. Abra.

Me entregou o embrulho e eu a olhei com um sobrancelha levantada, já ela apenas fez um movimento com as mãos, me incentivado a abrir. Revirei os olhos e comecei a abrir o tal presente. E como nós já sabíamos o presente não era coisa boa.

Olhei para Nicky como se perguntasse “Serio?”. Na verdade, todos nós olhamos, mas não poderíamos esperar outra coisa de Nicky.

Era lógico que seu presente seria um cintaralho. E o consolo embutido era um tanto, como podemos dizer... Grosso.

-Hãn... Obrigada Nicks. –a olhei enquanto levantava a caixa com o objeto. –Era tudo o que eu queria. –falei irônica.

-De nada sister. –piscou para mim com ousadia e mudou seu olhar para Piper. –Não precisa agradecer loirinha. Se precisar de mais brinquedinhos, é só me ligar.

-Claro Nicky. –falou também com um tom irônico. –Com certeza vou te ligar.

-Nicole, você não tem jeito. –Disse Red com uma falsa seriedade e Alexander segurava o riso.

-Okay. –Alexander encerrou o assunto e jogou para mim uma caixinha. –Eu sabia que você estava querendo muito, então... –deixou no ar.

Peguei a caixinha no ar e logo a abrir. Dentro tinha uma chave. Um tipo de chave que eu conhecia. Uma chave de moto.

-E o que estou pensando? –Perguntei a ele, olhando atenciosamente a chave em minhas mãos.

-BMW S 1000 RR! –Contou o nome da moto animadamente e eu nem me aguntei. Pulei e sorri de alegria.

 -Puta que pariu. –corri até meu pai e o abracei. –Obrigada. Obrigada. Faz tipo... –parei e pensei. –Não sei quanto tempo que quero essa moto.

-Prefiro meu cintaralho. –murmurou Nicky.

-Parabéns amor. –Piper veio até mim e me deu um beijo na bochecha. –E já que todos resolveram te dar seu presente. O próximo é meu e de Red.

-Principalmente de Piper. –comentou Red. – É mais dela.

-É igualmente nosso Red. Eu tive a idéia e você me ajudou a escolher. –rebateu Piper e a mesma deu o assunto por encerrado. –Vou ir buscar. Só um minuto.

E saiu saltitante da cozinha, seguido até a área de serviço, o que estranhei de imediato.

Por que Piper deixaria o presente na área de serviço? –Perguntei-me mentalmente.

 Ouvi alguns barulhos e a voz baixa de Piper vindo do cômodo. Dois minutos depois ela voltou com a coisa mais linda em seu colo.

m pequeno filhote de husky siberiano com olhos azuis tão intensos quanto os seus mordia seus dedos e ela reclamava com o filhote de dor.

Corri com um largo sorriso em sua direção e arranquei o filhote de seus braços, o apertando contra meu colo e o enchendo de beijinhos.

-Obrigada Red. – beijei a bochecha da russa que estava ao meu lado. –Porra. Melhor presente ever! –fui até Piper e pressionei meus lábios contra os seus. –Obrigada meu amor.

-Que bom que gostou. –falou também sorridente. –Quando me pediu aquele dia um cachorrinho, eu só não te dei porque resolvi fazer uma surpresa hoje.

-E eu amei! –mais uma vez beijei seus lábios. –Obrigada. –mais um beijo.  –Obrigada. –e outro. –Você é tão lindo! –falei olhando o filhotinho que agora mordia meus dedos.

-Qual vai ser o nome dele, Alex? –Meu pai me perguntou.

-Apolo. –disse simplesmente. Levantei o filhote e olhei sua carinha fofa. –Você é Apolo! –beijei o topo da sua cabeçinha. –Você gostar de Apolo? –perguntei a ele e ele latiu de volta – Então é Apolo!

-Por que Apolo, pequena? –Desta vez foi Red que perguntou.

-Quando eu era criança, sempre que eu me fantasiava com um cachorrinho, seu nome era Apolo. –contei enquanto entrava em uma pequena briga com Nicky que tentava pegar o cachorro. –E assim que eu olhei para essa gracinha o nome me veio à mente.

-Adorei o nome. –Piper disse enquanto acariciava a cabeça do filhote.

-Que bom que gostou mamãe. Eu também adorei o meu nome. –Falei com uma voz fina e abobada, como se o filhote estivesse falando.

-Mais que gay. –murmurou Nicky. –Agora me dar meu sobrinho aqui, vai. –Tirou o pequeno Apolo de meus braços e começou a acariciar sua barriga e ele se enroscava nela, pedido mais. Um pequeno bico de ciúmes se formou em meus lábios e eu tratei de tomar meu filho de volta.

-Me devolve meu filho. –apertei o filhote contra mim. –Coisa linda da mamãe.

Piper Chapman (POV)

Alex brincando com o filhote é a coisa mais fofa do mundo. Até quando ela e Nicky começam a brigar pela atenção do cãozinho foi incrivelmente fofo. Mas a melhor coisa do mundo foi saber que ela gostou do meu presente, que consegui agradá-la. Isso foi gratificante.

Então Alex, Nicky e o pequeno Apolo começaram a brincar pela casa. Fazendo bagunça e barulho, mas nada que incomode, pois é a coisa mais linda do mundo vê-los assim. Enquanto isso Alexander foi assistir a um jogo de basquete na televisão e eu e Red fomos fazer o almoço.

Preparamos tudo o que Alex mais gosta. Afinal hoje é seu dia, e ela mais do que merece isso, e muito mais. Acompanhando todas as iguarias preparadas, teve seu vinho favorito e seu drink favorito para podermos tomar mais tarde.

 Depois do almoço saímos Alex, Nicky, eu e o pequeno Apolo para comprarmos as coisas necessárias para o filhote. E durante o processo tivemos mais brigas entre Alex e Nicky, Alex mimando o cachorro o tempo inteiro e uma loja de Pet Shop quase comprada, já que parecia que Alex queria comprar até a loja para o pequeno.

Quando fomos voltar para a casa de Alex, no caminho até o carro fomos paradas por alguns paparazzis que pelo menos deram parabéns a Alex e perguntaram a ela se o cachorro era algum presente de aniversário. A mesma toda sorridente contou a eles que era um presente meu e de sua segunda mãe.

De volta à cobertura, nós brincamos um pouco com o cachorro e o vestirmos com varias roupinhas que Alex havia comprado e passamos um tempo olhando as varias e varias mensagens e vídeos que mandaram a Alex desejando feliz aniversário. A minha morena quase chorou com tantas declarações, só não o fez porque voltou sua atenção a Apolo que brincava animadamente com um ossinho.

-Obrigada Pipes. –Alex disse certo momento e eu a olhei, confusa, sem entender o motivo pelo qual ela estava agradecendo.

-Pelo o que, Al? –Perguntei enquanto acariciava o seu belo rosto e ela fechava os olhos, sentido o carinho que fazia nela

-Por tudo. –respondeu baixo. –Por estar aqui. –beijou a mão que estava em seu rosto. –Por Apolo. Por ser você.

-Eu que tenho que te agradecer então. –falei olhando seus olhos. –Você é tão incrível Alex. E eu te amo tanto. –sorri sem mostrar os dentes e ela retribuiu. –Não sei o que seria de mim sem você.

-Provavelmente nada. –brincou enquanto me puxava pela cintura para um abraço.

-Convencida. –a abracei e beijei levemente seu pescoço. –Mas eu realmente não seria nada sem você.

-Eu também não seria nada sem você. Te amo infinitamente.

-Também te amo infinitamente.

-Okay suas gay melosas. –Nicky chegou gritando e nos separando do abraço. –Boate Litchfield hoje à noite. –anunciou. –Cortesia de Sophia Burset e companhia de Big Boo.

-Quem é Big Boo. –perguntei.

-Uma velha amiga. –Alex me respondeu e eu a olhei, tentado saber se é apenas uma velha amiga ou algo a mais.

-Loirinha, pode ter certeza que é apenas uma velha amiga. –Nicky respondeu minha pergunta. –Boo até quis comer a Alex, mas a Vause não quis.

-Boo quer comer todo mundo. –contou Alex e pousou sua mão em minha cintura. –Alias, pode ficar agarradinha comigo hoje. Não quero ninguém te comendo. Apenas eu.

Revirei meus olhos e deixei um rápido selinho em seus lábios, saindo logo depois para ir conversar com Red. Às vezes é bom conversar com pessoas mais maduras que Alex e Nicky juntas.

* * *

-Okay. Estou pronta. Podemos ir. –Avisei enquanto caminhava até onde Alex e Nicky estavam.

-Finalmente. –Mais uma vez reclamou Nicky.

-Você está linda, Pipes. –Alex me deu rápido selinho e então deixamos sua cobertura.

Algum tempo depois estacionamos na entrada da Boate Litchfield e vários paparazzis vieram em nossa direção. Alex entregou a chave do carro para o manobrista e enlaçou nossas mãos.

Adentramos a boate e logo Sophia veio fala conosco. Ao seu lado havia uma mulher baixa de cabelos curtos. Ela usava um terno na cor vinho, então julguei que seja a tal Big Boo, já que Alex e Nicky me contaram que ela adora usar um terno.

-Ei Alex. –Sophia a abraçou. –Meus parabéns. Muitas felicidades!

-Obrigada. –ela agradeceu gentil e eu apenas sorri.

-Aí Vause. Parabéns. –a mulher baixinha veio até ela e elas fizeram um toque de mãos. –Não acreditei quando Nicky disse que estava namorando.

-Pois acredite, eu estou. –falou sorridente e meu sorriso aumentou. Alex me puxou pela cintura, me fazendo ficar ao seu lado. –Essa é Piper Chapman, minha namorada.

-Oi gracinha. –nos cumprimentamos com um aperto de mão. –Sou Big Boo, mas me chame apenas de Boo. Todos me chamam assim.

-Okay Boo. –sorri para a mulher. –Sou Piper.

-Bora beber guys. –Nicky gritou animada enquanto se dirigia ao bar na companhia de Sophia e logo depois de Boo, que as seguiu.

-Vamos lá. –E então Alex me puxou até onde as meninas estavam.

Todas nós pedimos uma bebida e depois nos juntamos em um dos vários sofás do local. Conversamos um pouco sobre assuntos quaisquer e quando músicas mais animadas começaram a tocar, decidimos partir para a pista de dança.

Sophia dançou algumas músicas conosco, mas se distanciou de nós por um tempo para dar atenção a algumas outras pessoas que estavam na boate. Boo um tempo depois também se afastou de nós e foi conversar com uma mulher no bar. Nicky minutos mais tarde seguiu seus passos.

Sozinhas então, Alex e eu voltamos para o sofá onde estávamos e apenas apreciamos a presença uma da outra, trocando vez ou outra, beijos e caricias. Sentada em seu colo, nós ficamos brincando e conversando, perdidas na nossa pequena bolha.

Depois de quase uma hora desaparecidas, Nicky e Boo voltaram para onde estávamos e eu decidi ir buscar alguma bebida para nós, deixando as meninas sozinhas.

Alex Vause (POV) 

-Bela garota que você arrumou Vause. –Elogiou Boo e eu apenas sorri, olhando minha garota caminhar até o bar.

-Eu sei. –disse simplesmente. –Ela é tão incrível.

-Meu Deus! –exclamou Boo e eu a olhei, confusa. –Nunca vi alguém tão apaixonada. -Sorri abobalhada, concordo com a fala de Boo.

-Concordo plenamente com você. –comentou Nicky. –Nunca vi a Vause assim. Tão gay e melosa.

-Okay. Piper me tornou gay e melosa. Assim como Lorna aqueceu o coração frio da Nicky.

-Quem é Lorna? –Big Boo perguntou curiosa.

-A garota pela Nicky está apaixonada. –contei.

-O que? –berrou Nicky. –Apaixonada? Serio?

-Sim. Nicky confesse: Lorna te amarrou.

-Amarrou o caralho! –rebateu. –Eu só gostei dela.

-Ta bom. Vou fingir que acredito.

-Essa tal Lorna é gostosa, Vause? –Perguntou Boo e eu logo entendi o jogo dela.

-Da pro gasto. –a respondi com desdém.

-Da pro gasto? –gritou Nicky e nos a olhamos. –Ela é gostosa pra caralho!

-Se é assim, me apresentem a ela. –Pediu Boo.

-Pode deixar Boo. Vou marcar um encontro entre vocês. –disse a ela.

-Vai merda nenhuma. –Nicky apontou para Boo. –Você nem ouse chegar perto dela.

-Leãozinho, que reação é essa se você apenas gostou da garota? –perguntei

-Vai se fuder Vause! –falou ao perceber que estávamos brincando com ela. E nós apenas rimos de sua reação. –Você também Boo. Vão as duas à merda.

Continuamos a rir e minha Pipes voltou com nossas bebidas e tornou a se sentar em meu colo. Ela perguntou do que estávamos rindo e quando contamos, ela também começou a rir da cara de Nicky.

Entramos em um assunto qualquer e encerramos por hora as risadas e brincadeiras em cima de Nicky. Sophia tornou a se juntar a nós e comemoramos meu aniversário, regadas de muita bebida e brincadeira. E passamos o resto da noite assim. Vez ou outra Piper e eu nos distanciávamos das meninas e íamos para um canto mais escuro da boate, assim como Boo e Nicky faziam.

Era alto da madrugada quando decidimos ir embora e não estávamos nada boas, principalmente Nicky e eu. A mais sóbria ali era Piper, por isso ela ficou de dirigi o carro até minha casa, onde Nicky também ficaria. Nos despedimos de Boo e Sophia e fomos embora.

Minutos mais tarde chegamos em nosso destino. Nicky já se encaminhou cambaleando para o quarto de hospedes que ele diz ser dela. Apolo que estava dormindo em sua caminha, quando nos viu correu até nos e pulou em minhas pernas. Dei um pouco de atenção a ele, mas ela foi roubada por Piper que me chamou pelos dedos para ir até ela. E feito como um cachorrinho, eu fui.

-Você quer meu ultimo presente? –perguntou com um tom malicioso e eu apenas concordei com a cabeça. –Então me espera deitadinha lá na sua cama. Tá bom?

-Uhum. –murmurei e acenei com a cabeça positivamente. Piper riu e acenou com a cabeça as escadas, me mandando ir para o quarto, e eu assim fiz.

 Deitei em minha cama e tirei meus saltos, os jogando longe. Olhei para o teto e para ali fiquei olhando por longos minutos. Pensando em relativamente nada. Até que comecei a achar que Piper estava demorando demais para vir, então a chamei:

-Piper! –nada. –Pipes? –o mais absoluto silêncio.

 Sentei na cama e olhei em direção a porta, torcendo mentalmente para que ela abrisse e Piper surgisse ali, mas nada aconteceu. Bufei frustrada e tornei a deitar. Meus olhos pela primeira vez na noite pesaram, e a vontade de fechá-los foi enorme, mas o barulho da porta abrindo me desperto por completa. E ali apareceu a figura mais linda e sexy que eu já vi. Piper estava usando um espartilho de renda com uma cinta liga na cor vermelha. A cor combinou perfeitamente com sua pele e o quarto sendo iluminado apenas pela luz da lua deu um toque muito mais sexy a ela. Eu estava literalmente babado.

Ela caminhou elegantemente na minha direção e eu tratei logo de sentar e me arrastar até a borda da cama. Olhava seu delicioso corpo com uma fome e desejo sem tamanho. Piper parou na minha frente e deu uma voltinha, me permitido ver todo o seu monumento.

-Você é tão perfeita. –Sussurrei enquanto passeava com minhas mãos pelo seu corpo.

Ela sorriu safada e se sentou no meu colo, rebolando lentamente e causando um atrito gostoso em nossos sexos. Apertei minhas mãos em sua cintura e beijei o vão dos seus seios, subindo depois para os seus doces lábios e iniciando um intenso e desesperado beijo.

-Que tal abrir seu presente, heim? –Sugeriu e eu sorri malicioso.

Levei minhas mãos à parte de trás do espartilho onde tinha uma fileira de botões. De forma desajeita, por causa da pressa, abri os botões e tirei a peça do corpo de Piper, me deliciando com a visão de seus seios desprovidos de qualquer vestimenta. Sorri maliciosa e preenchi minhas mãos com seus pequenos, mas perfeitos seios. Os apertei fortemente até arrancar um gemido de Piper. Mais uma vez sorri e então coloquei um dos seios em minha boca, mamando deliciosamente enquanto estimulava o outro com as pontas dos dedos.

Quando seus mamilos já se encontravam enrijecidos de prazer, Piper me empurrou, fazendo-me deitar na cama mais uma vez. Jogou seu corpo sobre o meu e concentrou sua atenção em meu pescoço, fazendo tudo o que queria ali. Gemidos roucos saiam de minha boca e cada vez mais Piper sorria vitoriosa.

Em um piscar de olhos, Piper havia retirado toda minha roupa e me deixado apenas de calcinha. Enquanto em seu corpo ainda havia uma micro calcina juntamente com a cinta. E tudo o que eu mais queria agora era tirar tudo aquilo dela.

-Espere um minuto. –Piper pediu. –Irei pegar uma coisinha. –saiu de cima de mim e se encaminhou para fora do quarto.

-Não Pipes. Volte aqui. –Gritei, mas de nada adiantou.

Dois minutos depois Piper retornou ao quarto com um copo com gelo na mão. Ela balançou o copo para mim e sorriu confiante. Veio até mim e mais uma vez se posicionou sobre mim. Tocou-me nos lábios em um rápido selinho e se afastou. De forma suave, Piper pegou um dos gelos que estava no copo e o colocou entre seus lábios, me lançou um olhar safado e encostou o gelo em meus lábios. Me contorci com o toque gelado. Ainda com o gelo na boca, ela desceu seus lábios para meu pescoço e passou o gelo ali, fazendo-me gemer com a gostosa sensação gélida.

Piper passou a passear com o gelo por todo o meu corpo, e por onde ela passava, eu me estremecia e gemia com a sensação do gelo em contato com meu corpo que se encontrava quente. E quando gelo derreteu por completo, Piper refez o mesmo trajeto, só que desta vez com a sua língua quente.

Mais uma vez ela pegou um gelo e o colocou entre seus lábios, mas desta vez ela seguiu direto para meu sexo pulsante. E ainda por cima da calcinha, ela passou o gelo, fazendo-me gemer alto pela sensação. Trouxe levemente a calcinha para o lado e novamente passou o gelo em meu sexo, agora descoberto. E desta vez eu gritei.

-Oh baby, pare de me torturar. –Pedi entre gemidos enquanto ela alternava entre sua língua e o gelo em meu sexo.

Por fim, ela retirou minha calcinha e eu fiquei completamente nua. Pegou um novo gelo e começou a chupar meu sexo com o gelo na boca. Gemidos roucos saiam cortantes da minha garganta com a sensação da sua língua quente e do gelo frio em meu sexo. Ela fazia pressão em meu clitóris e o prendia no céu da boca. Outra vez passava a ponta da língua agora gelada na minha entrada e vez ou outra me penetrava. E sem aguentar mais de prazer, gozei deliciosamente em sua boca. Ela sorriu vitoriosa e limpou cada gota do meu prazer que se encontrava em meu sexo.

-O que acha de usarmos o presente da Nicky? –Sugeri quando deitou seu corpo sobre o meu novamente.

-Eu acho que é uma ótima idéia. –Respondeu baixo no meu ouvido e eu sorri sapeca. A deitei na cama e fui buscar o presente que eu havia aguardado em meu closet.

Peguei-o e o tirei da caixa. Voltei para cama e deixei o brinquedinho que Nicky me deu em cima do criado-mudo. Deite-me por cima de Piper e beijei seus lábios ferozmente, e quando o ar nos faltou eu desci para seu pescoço. Plantei vários beijos ali e fui descendo aos beijos até seu sexo ainda coberto pela calcinha rendada vermelha, que logo tratei de tirar.

Retirei a pequena peça de seu corpo e deixei ali alguns beijos. Em seguida eu desci para suas coxas e calmamente eu fui tirando ambas as meias e beijando os locais em que minhas mãos passavam. Após deixar Piper nua, nós trocamos intensos beijos enquanto explorávamos nossos corpos com nossas mãos.

 -Me deixe colocar isso aqui em você. –pediu Piper enquanto pegava a cinta e vinha para colocá-la em mim.

Com a cinta presa em mim, Piper se deitou novamente na cama e abriu as pernas, me enfiei ali e tornei a beijá-la. Durante o beijo eu levei um das minhas mãos até seu sexo que já se encontrava mais do que encharcado e comecei a estimular seus clitóris. Piper gemeu alto contra meus lábios quando a penetrei com dois dedos. Após algumas estocadas, desci meu corpo e deixei meu rosto em frente ao seu sexo. Distribui ali algumas lambidas e chupadas, sentido seu doce gosto em minha boca.

Piper me pedia por mais e para parar com a tortura. Atendi seu pedido e sem mais nem menos, penetrei o consolo em seu sexo. Comecei com estocadas leves e calmas, mas com a passar do tempo fui aumentado minha força e velocidade. Piper gritava de prazer com as duras estocadas que eu dava em seu sexo. Abaixei minha cabeça e passei a chupar seu pescoço e seios, chupadas essas que com certeza deixariam marcas.

Parei com meus movimentos e Piper que estava com os olhos fechados, os abriu e me olhou, confusa, pronta para reclamar, mas antes que pudesse fazer tal coisa, eu virei seu corpo e a deitei de lado, deitando em seguida atrás dela e logo voltado a penetrá-la. E minhas duras estocadas em seu sexo voltaram, assim como seus gritos de prazer. Mas poucos minutos depois, já totalmente alucinada de prazer, Piper gozou deliciosamente, e logo depois meu orgasmo também veio.

Totalmente cansadas e satisfeitas, retiramos a cinta de meu corpo e a guardamos em uma gaveta do criado-mudo, para então nos agarramos e enfim nos entregarmos ao sono.