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História Rock of Love - Pensamentos causam Problemas


Escrita por: LudVenuto

Notas do Autor


Olá pessoas.
Não muito o que falar, apenas espero que gostem :3
Boa leitura :)

Capítulo 19 - Pensamentos causam Problemas


Fanfic / Fanfiction Rock of Love - Pensamentos causam Problemas

Alex Vause (POV)

Alguns dias depois...

-Obrigada pessoal. Boa noite!

-Você foi ótima, Alex. –elogio-me Daya após minha saída do palco.

-Obrigada Daya. –agradeci enquanto me caminhava até o meu camarim onde estava Nicky e Piper.

-Meu Deus, loirinha. –ouvi os gritos da Nicky antes mesmo de chegar no camarim. –Chega de roubos!

-Chega de choro! –agora foi Piper que gritou, seguida de uma risada.

-Oi minha princesa. –entrei no camarim e já fui logo beijar Piper. –E Nicky, não é roubo, e só você que não sabe jogar. –debochei.

-Quer saber? –eu e Piper fizemos não com a cabeça. –Cansei de vocês. Eu vou embora!

-Nós vamos comer pizza. –Piper cantarolou quando Nicky começou a caminhar em direção a porta do camarim.

-Quer saber de novo? –novamente perguntou e novamente respondemos não com a cabeça. –Eu até que gosto de vocês.

-Você nos ama. –debochei mais uma vez. –Mas tudo bem. Vamos comer pizza!

Como fizemos em todos finais de shows que fiz essa semana, saímos do local do evento e partimos em direção a algum lugar para comer, e desta vez vamos comer pizza. Fomos então para uma pizzaria e compramos nossas pizzas para levar. De lá seguimos para minha casa, onde comemos as pizzas enquanto assistíamos a um filme.

Quando o filme acabou ainda ficamos mais um tempo na sala apenas conversando e implicando uma com as outras, como sempre fazíamos. E teríamos ficado mais, porém Nicky recebeu uma ligação de Lorna e ela foi saltitante para seu quarto para conversar com a garrota de batom vermelho.

Sozinhas então, Piper e eu decidimos subir para meu quarto e assistir mais alguns episódios da série que havíamos começado a acompanhar na televisão do meu quarto, onde poderíamos ficar mais confortáveis deitadas na cama.

Então nos enrolamos no cobertor e nos agarramos debaixo do pano quente, nos aquecendo do conhecido e já acostumado frio de New York. Piper deitou sobre meu corpo e eu a contornei com meus braços, a deixando quente, confortável e protegida ali.

Após assistir dois ou três episódios da série, decidimos tomar um relaxante e satisfatório banho onde acabou por acontecer algumas coisas a mais que um simples banho, mas ainda assim relaxante e satisfatório. E ao voltarmos ao quarto, vestirmos alguma roupa mais simples e leve, nos agarramos mais uma vez na cama e nos permitimos na navegar nas doces ondas do sono e maravilhosos sonhos.

Na manhã seguinte, acordamos mais cedo do que desejado, já que teríamos uma reunião na gravadora e não poderíamos faltar. Por isso tratamos logo de levantar e nos arrumamos.

Devidamente vestidas e arrumadas para o trabalho, descemos e como sempre encontramos Red já de pé e seu famoso e admirado farto café da manhã.

Tivemos de comer sem a ilustre presença da Nicky, já que a mesma havia apagado e não queria levantar por nada. –aposto que ficou até tarde conversando com Lorna. – E tenho certeza que ela vai se da mal por isso, pois meu pai fez questão da sua doce presença na reunião, o que foi motivo de resmungos durante dias. Porém Red garantiu que a acordaria e a faria chegar na hora para o compromisso.

Pouco tempo depois já havíamos chegado à gravadora e infelizmente nos separado, seguindo cada uma para sua devida sala, mas não sem antes trocar alguns beijos e carinhos de despendida. Porém escondidas, claro. Não queremos perder a “pose de profissionais” dentro da gravadora.

 E como prometido, minutos antes da reunião começar, Nicky chegou à gravadora, molenga e quase dormindo em pé, mas chegou. Então assim, fomos para a reunião marcada por meu pai, nós e mais alguns funcionários.

E após quase uma hora e meia de uma reunião, certamente chata e cansativa, voltamos para nossas salas e trabalhos. Mas antes de Piper, Nicky e eu nos separarmos de uma vez, nós combinamos de almoçarmos juntas, porém teria que ser aqui na gravadora mesmo, pois hoje iria vir alguns novos possíveis clientes e não teríamos tempo de sair, para ir a algum restaurante e voltar.

Chegando à hora do almoço, Nicky e eu fomos até a sala de Piper onde nosso almoço já nos esperava. Nos acomodamos por ali e começamos a comer.

-Não querendo me intrometer no relacionamento de vocês... –Nicky começou a falar.

-Você sempre se intromete. –murmurei enquanto comia e Nicky apenas me ignorou e continuou sua fala.

-Mas acho que já está mais do que na hora da Vause conhecer a família Chapman.

Na mesma hora eu parei de comer e petrifiquei. Eu não era muito de conhecer a família das garotas com quem me envolvia, afinal nunca era nada serio. Mas Piper e eu somos uma coisa seria, e mesmo achando que ter conhecido Carol e Carl tenha sido suficiente, Nicky tinha uma certa razão.

-Acha? –Perguntei baixo enquanto tentava me distrair com mais um pouco de comida.

-Acho! –confirmou com um sorriso maroto no rosto.

-Uhum, legal. –murmurei. –Sei lá... Quem sabe... Não sei.

-Você ta nervosa, Alex? –perguntou uma Nicky debochada.

-Não Nicole. –neguei firmemente apesar de estar realmente nervosa com uma possível opinião de Piper. –Como eu disse, quem sabe. –diminui meu tom de voz. –Talvez você esteja certa, mas sei lá... Eu já não conheci a família da Piper, não? –desta vez falei mais alto.

-Não toda. –Piper falou pela primeira vez e parecia calma e bem. –Só minha mãe e meu irmão. Ainda não conheceu meu pai.

-É... Seu pai. –falei baixo.

-Ou todo o resto da família Chapman. –completou Nicky, divertida. –Ouvi falar que ela é bem grande.

-Só tenho alguns tios, tias, primos, primas, avó... –comentou Piper com desdém, como se sua família não fosse nada grande.

-Só? –perguntei irônica.

-Estou brincando. –Virou levemente o rosto e me beijo. Automaticamente senti todo meu corpo relaxar.

-Se você quiser, nós podemos viajar para Boston e conhecer sua família. –sugeri a ela com um tom baixo. –Eu, no caso. –corrigi-me.

-Apenas se você quiser meu amor. –novamente selou nossos lábios. –Não irei te forçar a nada. –Obrigada meu Deus. -Agradeci mentalmente.

-Mais pra frente podemos ir a Boston. –Falei e forcei um pequeno sorriso enquanto Nicky tinha um largo no rosto sem esforço algum.

De repente eu realmente havia ficado nervosa com a idéia de conhecer toda a família Chapman. Isso é muito, muito novo pra mim. Tenho medo de não estar pronta e decepcionar Piper, ou não ser o que a família dela espera para ela. Meu Deus! São tantos receios.

Respirei fundo e balancei a cabeça, limpando a mente desses pensamentos que mais um pouco e eles me enlouquecem. Mais calma, voltei a participar da conversa que Piper e Nicky estavam mantendo.

Piper Chapman (POV)

Faltava apenas vinte minutos para que acabasse o meu horário de trabalho. E como Alex teve que passar o dia todo aqui hoje porque iria receber possíveis novos clientes., decidi então passar na sua sala e ficar ali até podermos embora.

Cheguei até sua sala e estranhei Daya não estar ali, talvez Alex tenha deixado ela ir embora antes já que falta poucos minutos para o fim do expediente.

Bati na porta e a chamei enquanto abria a mesma: - Alex?

Terminei de abri a porta e tive uma ampla visão da sua sala, mas meu olhar estava focado no centro da sua sala, para ser mais exato na sua mesa, onde Alex estava escorada nela e uma mulher que logo reconheci como Slyvia estava a sua frente a beijando ferozmente.

A cena me deu ânsia, um forte baque me veio no estômago e uma insuportável pontada na cabeça. Revirei meus olhos e percebi que as duas se distanciaram. Slyvia tinha uma expressão vitoriosa no rosto, enquanto Alex tinha uma expressão de desespero.

Eu preciso sair daqui. –Era tudo o que passava em minha mente, mas meus pés não me obedeciam. Eles continuavam ali e me obrigavam a continuar com aquela tortura.

Alex que até agora estava intacta começou a se mexer e a vir em minha direção, porém Slyvia a puxou pela mão e a fez ficar do seu lado.  Seu sorriso debochado e orgulhoso me dava nojo. Isso foi o limite para mim.

E então meus pés passaram a me obedecer. Saí apressada daquela sala e já corria em direção ao elevador. Não ouvia e nem via nada, apenas queria sair dali o mais rápido possível. De fundo ainda consegui ouvir os gritos desesperados de Alex me chamado.

Entrei no elevador e minha visão começou a ficar embaçada por conta das lágrimas que ali acumulavam. E sem mais nenhuma força, as lágrimas começaram a sair de meus olhos e não pareciam que iriam parar tão cedo.

Cheguei no estacionamento e só então me veio a mente que estava sem meu carro. Havia vindo com Alex hoje, mas isso não foi nenhum problema. Logo um táxi ali passou e corri em sua direção e adentrei o veiculo.

O taxista me perguntou para aonde deveria ir. Minha mente estava embargada de pensamentos e eu apenas queria ir para um lugar calmo e tranquilo, sem todo esse barulho que parecia sambar em minha cabeça. Eu sabia que logo Alex apareceria em minha casa, então não podia ir para lá. E apena um lugar me veio à mente, e era para lá que eu iria.

Alex Vause (POV)

-Com licença Alex. –Daya bate levemente na porta e em seguida já a abre, entrando em minha sala.

-Oi Daya. –cumprimentei a mulher. –Precisa de algo?

-Ah sim. –falou tímida e eu apenas acenei com a cabeça para que prosseguisse. –É que falta pouco tempo para terminar meu horário de trabalho e um das minhas irmãs está doente e eu queria te pedir para sair esses minutinhos mais cedo. Prometo que amanhã chego mais cedo para poder compensar. –Pediu-me nervosa. Daya nunca me pediu favores ou algo do tipo. E eu não via problema nenhum em deixá-la sair esses minutinhos mais cedo.

-Sim. Claro, Daya. –a mulher suspirou aliviada e eu sorri sem mostrar os dentes. –E não precisa chegar mais cedo amanhã.

-Obrigada Alex. –deu-me um belo sorriso. –Muito obrigada.

-De nada, Daya. Pode ir. –ela já se preparava para sair da sala quando eu a chamei mais uma vez. –Se amanhã sua irmã ainda estiver doente, não precisa vir trabalhar.

-Tudo bem. Mais uma vez, obrigada Alex. –agradeceu mais uma vez e saiu da minha sala.

Voltei então aos meus afazeres, mas não consegui me concentrar por muito tempo. Piper me veio à mente. Pensei também que não faria mal algum se nós também fossemos embora agora.

 Sorri alegremente e comecei a arrumar minhas coisas para que pudesse ir chamar Piper para irmos para casa. Ajeitei de forma rápida toda a papelada que estava em minha mesa e coloquei tudo que era meu na minha bolsa.

Com tudo pronto, me preparei para deixar minha sala, porém batidas na porta me atrapalharam. De inicio pensei que fosse Daya. Que por algum motivo ela tivesse voltado, mas não. Para meu desagrado, era Slyvia.

-Alex! –entrou em minha sala. –Como vai? –perguntou cínica e eu a olhei com desgosto e raiva.

-O que faz aqui, Slyvia? –Perguntei a aquela mulher de forma impaciente.

-Por que tanta grosseria minha querida? –mais uma vez cínica e eu apenas revirei meus olhos. –Apenas quero conversar.

-Não tenho nada para conversar com você. –falei com os dentes trincados. –Apenas quero mais uma vez te dar esse aviso: Fique longe de Piper e de mim. Você não vai gostar de se mexer comigo.

-Por falar nessa... Piper. –Citou o nome de minha doce Piper com repulsão, e isso me irritou de uma forma sem igual. Primeiro por está falando de minha Pipes. Segundo: pelo tom de voz usado.

-Confesso que fiquei surpresa quando voltei e descobri que estava em um relacionamento sério. –continuou. –E fiquei ainda mais ao descobri que o pedido de namoro foi feito no show do seu pai, o doce Alexander.

-Mais uma vez Slyvia, o que você quer aqui? –Minha paciência para Slyvia e qualquer coisa ligada a ela estava abaixo de zero.

-Mais uma vez... Eu apenas quero conversar.

-Já conversamos. Agora eu vou embora. –me encaminhei até minha porta, mas Slyvia me barrou.

-O que você viu naquela loira oxigenada? –Isso foi a gota d’água. Não aceito que ninguém fale assim da minha princesa.

-Não ouse falar assim dela mais uma vez. Ou da próxima vez você não terá boca para falar. –A ameacei com a voz séria e grossa. Daria medo em qualquer um.

-Está vendo? –apontou para mim e eu franzi o cenho, confusa, mas ainda com raiva. –Por que ela te deixa assim? Você nunca foi assim, com ninguém!

-Isso é fácil, Slyvia. –sentei na borda de minha mesa. –Porque eu a amo. Um amor infinito. –sorri ao me lembrar de como nos declaramos no dia do meu aniversário. “Eu te amo infinitamente.“ – O que nós temos, é um amor infinito. Um amor sem igual. –sorri boba. –E quando nós amamos alguém, o sentimento de proteção vem junto no pacote. 

-Eu... –Slyvia ia falar algo, mas cortou sua fala e apenas olhou um ponto qualquer de minha sala.

-Olha Slyvia. – a chamei. – Vai embora, tá bom. Nos deixe em paz. O que tínhamos acabou. Qualquer coisa que nós tivemos. –apontei para mim e depois para ela. –ficou enterrado no meu passado. Siga em frente.

-Eu não aceito isso! –se aproximou um pouco mais de mim. –Você é minha! E sempre será minha! –falou entre dentes.

Se aproximou mais um passo de mim e eu apenas coloquei minha mão na frente, a impedido de qualquer coisa. Mas antes que ela pudesse fazer alguma coisa em si, ouvimos uma batida na porta e a doce voz da minha Pipes.

Olhei no rosto de Slyvia e ali um sorriso perverso tomava conta. Ela acabou com todo o espaço entre nós e forçou seus lábios contra os meus. Tentei empurrá-la, mas ela me prensou contra a mesa. E nos meus ouvidos apenas veio o som da minha porta sendo aberta. Me entristeci completamente por saber que Piper está vendo isso, mesmo não sendo minha culpa.

Finalmente consegui empurrar Slyvia e automaticamente limpei minha boca do toque asqueroso dos seus lábios. Olhei para Piper e em seu belo rosto não havia nada. Nenhuma emoção.

Ela estava petrificada ali, assim como eu fiquei no momento, sem saber o que fazer. Mais logo voltei a mim e comecei a caminhar em direção a Piper, porém Slyvia me puxou bruscamente pela mão e me forçou a ficar do seu lado. E então o rosto de Piper mostrou emoções: Tristeza. Decepção. Ódio. Nojo. E o pior: dor. Tudo de ruim que vier a sua mente estava em seu belo rosto nesse momento.

Seus olhos se encheram de lágrimas e isso me quebrou por inteira. Meu coração se tornou pequenos cacos por saber que eu a deixei assim, mesmo que não fosse intencional. Magoei Piper, e isso não tem perdão.

Piper então começou a se mover para fora da minha sala. Chamei-a. Gritei por ela. Corri atrás dela. Mas ela parecia não me ouvir. Entrou no elevador e as portas se fecharam antes mesmo que eu pudesse chegar perto.

Lágrimas começaram a sair por meus olhos e a derramar pelo meu rosto. E logo o gosto salgado chegou aos meus lábios. Limpei as lágrimas e voltei a minha sala, onde Slyvia ainda estava. Com um sorriso travesso e uma expressão vitoriosa no rosto.

-Eu te odeio! –berrei e a empurrei contra a parede da minha sala. –Você sempre tem que estragar minha vida! Sua desgraçada!

Prendi seu corpo contra a parede e apertei uma das minhas mãos em seu pescoço. Tudo o que eu sentia agora era ódio por Slyvia. E eu sabia que meus olhos transmitiam isso, pois a expressão de Slyvia agora era de medo. E isso mais do que me encheu de prazer.

-Eu vou te matar! –apertei mais minha mão em seu pescoço. –Sua doente-mental! Eu te odeio! –apertei mais ainda minha no pescoço dela e seu rosto começou a ficar vermelho e levemente roxo.

-Alex? –Nicky entrou em minha sala e flagrou toda a cena. –O que está fazendo?

-Estou matando essa desgraçada de merda. –contei a ela entre dentes enquanto sorria vendo o pavor tomar conta do rosto de Slyvia, que agora se debatia e tentava empurrar meu corpo do seu, mas minha força era bem maior.

-Para com isso Alex! –Nicky tentou me afastar de Slyvia que estava quase desmaiado. –Você é melhor que isso. Você acha que Piper vai gostar disso? –ela tentava ao todo custo me fazer soltar Slyvia.

-Piper é motivo disso tudo. –ao ouvir o nome de Pipe eu afrouxei o aperto de minha mão, mas não a tirei da ali.

-O que? Como assim? –Nicky ficou realmente confusa com o que eu disse. –Pense em Piper. Independente do que aconteceu. Vocês se amam e essa aí não vai mudar isso. –pensei em Piper e afrouxei um pouco mais a força de minha mão. –Slyvia não vale a pena, Alex.

 -Você não vale a pena. –Soltei Slyvia, mas não sem antes de dar um belo de um soco em seu rosto. Ela escorregou até o chão e começou a tossir desesperadamente, tentado recuperar o ar que eu tirei.

 -Não chegue mais perto de mim ou muito menos de Piper. –peguei seu queixo com força e a forcei a me olhar. –Eu tenho nojo de você! E se Nicky não tivesse chegado, você estaria morta agora. Eu vou atrás da minha Piper, e você vai sumir daqui.

Dei um forte tampa em seu rosto que estava entre um tom de vermelho e roxo. A deixei ali no chão e comecei a andar apressadamente para fora desse lugar. Preciso encontrar minha Pipes, minha princesa.

-Alex? Alex me espere! –ouvia os gritos de Nicky atrás de mim, mas não ligava. A única coisa importante agora é Piper.

Entrei em meu carro e antes que saísse dali cantado pneu, Nicky abriu a porta e entrou no veiculo, e só então eu acelerei para fora dali.

-O que aconteceu? –Nicky me perguntou, mas minha mente estava longe demais para responder. –Alex?

-O que foi? –gritei nervosa.

-O que aconteceu porra? –Nicky não se abalou com meu grito e eu agradeci mentalmente por isso.

-Slyvia aconteceu. –falei simplesmente e Nicky me olhou confusa, querendo mais detalhes. –Aquela desgraça me beijou quando Piper entrou na minha sala. Ela viu tudo e julgou errado e saiu correndo de lá.

-Puta que pariu! –deixou escapar, mas não liguei. –Agora entendo porque perdeu a cabeça. –colocou a mão em meu ombro. –Mas Vause, Piper te ama, assim como você a ama. E tenho certeza que ela vai te entender, ela apenas precisa de tempo, afinal o que ela viu não foi nada fácil.

Suspirei e por um segundo fechei meus olhos, mas logo os abri e foquei minha atenção no trânsito. Eu dirigia em direção ao apartamento de Piper. Sabia que ela não estaria lá, mas precisava conferir.

-Vai tudo certo, Alex. –Nicky apertou levemente meu ombro e eu a olhei de relance.

-Obrigada. –falei num tom baixo e também de relance eu vir ela acenar a cabeça como se fosse um singelo “De nada”.

E num piscar de olhos e tormenta de pensamentos, chegamos ao apartamento de Piper. E como esperado, minha amada não estava lá. Ao encarar com esse fato, a decepção me tomou em cheio, mesmo que eu já estivesse esperando por isso. Talvez lá no fundo eu tivesse esperanças de encontrá-la ali, segura em sua casa.

Depois disso, mesmo não querendo, totalmente forçada por Nicky, passamos em minha casa, onde lógico que Piper também não estava. E para completar tudo o que eu não precisava no momento, eu tive que ouvir um sermão de Red por deixar isso tudo acontecer.

 -Mais é obvio que você iria estragar as coisas, não é Alex? –me deu um peteleco na cabeça e eu levei a mão na região, havia doido. –Qual é o seu problema?

-Eu não tive culpa! –tentei me defender. –Eu não sabia que Slyvia ia me beijar.

-Primeiro de tudo, por que você estava com aquela garota? –perguntou, mas nem me deu tempo para responder. –E por que você tinha que corresponder àquela porcaria de beijo?

-Mas eu não correspondi! –berrei e logo em seguida recebi um olhar reprovativo de Red, então apenas abaixei a cabeça e continuei em um tom mais baixo. –Eu não correspondi! Slyvia entrou na minha sala e eu apenas falei sobre o meu amor e o de Piper para ela. Sobre como nos amamos. Sobre como eu amo! –falei em um sussurro e mais uma vez as lágrimas insistiram em sair de meus olhos.

Red fez um sinal de negativo com a cabeça e veio até mim e me abraçou forte. Era um verdadeiro abraço de mãe. Me entreguei ali naquele abraço. Eu precisava dele. Me permitir desabar e não tentei mais segurar as lagrimas. Permitir que saíssem.

A russa de cabelos vermelhos me amparou em seus braços e ali me mantive quente e protegida. Longe de qualquer problema.  Um tempo se passou e até Nicky se intrometeu no abraço. Elas eram tudo o que precisava agora, além de minha Pipes, claro.

Limpei minhas lágrimas. Levantei a cabeça e firme e forte fui atrás do que é meu. Desta vez eu fui sozinha, mesmo com a insistência de Red e Nicky para levá-las. Eu precisava fazer isso sozinha.

Entrei em meu carro e comecei a rodar pela cidade. Indo em todos os lugares onde Piper poderia estar. Lugares marcantes para nós, ou às vezes apenas para ela. Mas para minha infeliciadade, Piper nunca estava nesses lugares.

Novamente me vi perdida e sem saber o que fazer. Tentei diversas vezes ligar para seu celular, como esperado: desligado.

E com uma força sem tamanho, me veio à mente momentos juntos nossos. E com isso uma grande esperança me atingiu. Nosso amor é maior que isso tudo. É maior que Slyvia. Mas o medo também veio. O medo do que será que está passando na cabeça e no coração de Piper. Eu realmente preciso encontrá-la.

Meu celular tocou algumas vezes, mas eram apenas Red e Nicky querendo respostas. Respostas essas que eu não tinha. E eu apenas ainda mantive o celular ligado, pois sempre que eu ia desligá-lo para poder pensar melhor, um fio de esperança de que Piper pudesse me ligar me atingia. E apenas por isso o pequeno aparelho de fazer barulho e atrapalhar meus pensamentos se matinha ligado.

E em meio de um turbilhão de pensamentos. Me lembrei de como Piper gosta de água. Ela sempre me fazia levá-la em lugares onde ela pudesse ter um contato mais especial com a água e tudo que a compunha. Me lembrei do nosso lugarzinho que arranjamos para quando queríamos nos desligar do mundo.

Eu sei onde ela está! –gritei em minha mente atrapalhada.

Era como se um balde de água tivesse me atingido e fizesse me voltar ao mundo, me fazendo lembrar o nosso cantinho. Um lugar apenas nosso. E era lá que Piper estaria.

Pier A Harbor House é um píer aqui em New York localizado no Battery Park. O local tem uma bela vista do Rio Hudson. Também tem várias opções de bebidas e comidas, os melhores ‘pôr do sol’ da cidade e uma bela vista para a água. E o melhor, fica aberto até alto da madrugada.

Piper eu fomos lá algumas vezes quando queríamos no esquecer do mundo. Tínhamos achado um cantinho no lugar aonde ninguém ia e lá podíamos ficar complemente isoladas. E eu sabia que era lá que Piper estaria.  No nosso cantinho.

Tornei a ligar o carro e dirigi o mais rápido possível para lá. Estava meio distante, mas com a velocidade que dirigia e o número de sinais que ultrapassei, estaria lá em alguns minutos.

Como esperado, pouco tempo depois cheguei ao lugar e como sempre ele estava com um número grande de pessoas, mas não um número desconfortável. Porém o número de pessoas que havia no local no momento não me importava. Apenas uma dessas pessoas era realmente importante para mim.

Caminhei apressadamente até um ponto mais isolado dali e em segui em direção a duas poltronas que ficavam mais afastadas de todas as outras. Ali não iam muitas pessoas, na verdade quase ninguém. E ali naquele lugarzinho havia uma bela visão do Rio Hudson.

Mas olhando para aquele cantinho, a mais bela visão que eu poderia ter é da minha loira sentada em uma das poltronas, abraçando seu próprio corpo e com o olhar fixo na vista a sua frente. Essa visão com toda certeza é a mais perfeita de todas.

 -Pipes. –falei baixo. –Minha Pipes. Eu te encontrei.


Notas Finais


Se alguém de vocês tiver realmente acreditado que Alex traiu a Piper com a Slyvia, eu vou ficar muito decepcionada.
Mas e aí, será a Piper vai acreditar na Alex? O que será da nossa Vauseman?
Hahah, espero que tenham gostado e até o próximo capitulo da nossa bela e doce saga Vauseman <3

Ps: Pier A Harbor House realmente existi e é um lugar muito bonito e com um bela vista do Rio Hudson, principalmente durante o pôr do sol. E ele realmente fica aberto até da madrugada. Tem dias que fica aberto até uma da manhã e tem dia que fica até as quatro da madrugada.


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