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História Rock of Love - Travel to Los Angeles


Escrita por: LudVenuto

Notas do Autor


Olá pessoas. Demorou um pouquinho para chegar, mas chegou.
Guys, este capitulo está gigante. Nunca havia escritos capitulos tão grande, então se estiver uma merda, me perdõe, fiz o melhor que pude com esse capitulo. E foi até essa a razão de eu ter demorado uma semana para escreve-lo. Além de ter falado que faria um capitulo único e grande, eu queria uma coisa bem feita. Mas tive uma semana corrida e só tinha tempo para escrever de madrugada. E também a minha inspiração só vinha de madrugada, então não fez muita diferença.
Enfim, realmente espero que gostem desse capitulo e please, sejam sinceras sobre o que acharam.
Boa leitura :)

Capítulo 24 - Travel to Los Angeles


Alex Vause (POV)

-O que você está fazendo? –Perguntei para Nicky que estava sentada no sofá com um pote de sorvete nas mãos.

-Não está claro? Estou assistindo filme e tomando sorvete de chocolate.

-Mas por que você está fazendo isso?

-Não é isso o que as pessoas fazem quando levam um pé na bunda? Assistem a um filme tomando sorvete?

-Bom, é. –me sentei ao seu lado no sofá. –Mas, pelo que eu sei, é assistir filme de romance, não?

-Eu não gosto de romance, então coloquei terror mesmo.

-Quem sou eu para julgar. –Peguei o pote e passei a assistir ao filme e a tomar sorvete junto com Nicky.

Era cinco da tarde de uma quinta-feira e Nicky ainda estava magoada pelo sábado passado. E para piorar, durante esses dias ela recebeu três ligações e algumas mensagens de Lorna. Ela ignorou tudo, mas ainda assim deu para ver sua tristeza por Lorna a ter a procurado depois de tudo que aconteceu.

Apesar do desanimo e de só ter ficado em minha casa nos últimos dias, Nicky não voltou a chorar mais, pelo menos não na nossa frente, e conversava normalmente e até fazia algumas piadas, poucas, mas fazia. Por isso foi uma grande surpresa vê-la fazendo esse “ritual”. Não a impedi, ou a julguei, apenas me sentei ao seu lado e fiz companhia para ela.

 Quase uma hora e meia depois, com o filme quase acabando, Piper chegou da gravadora e meus batimentos se aceleram ao vê-la. Praticamente não havia nos visto esses últimos dias. Piper preferiu ficar em sua casa para que eu pudesse ajudar Nicky. Ela queria dar uma “privacidade” a mais para nós. Eu achei isso uma grande bobagem, mas ela insistiu na ideia e com isso nós ficamos alguns dias sem nos ver, apenas conversando por telefone e mensagens.

Então ao vê-la passar pela porta da sala um enorme sorriso brotou em meus lábios e o mesmo ocorreu com Piper. Levantei-me rapidamente do sofá e fui abraçá-la, a apertando fortemente contra meu corpo. Levantei-a do chão e rodeie um pouquinho, arrancando risos seus que aqueceram todo o meu corpo. Forcei meus lábios contra os seus e a beijei intensamente.

-Estava com saudades. –Disse a ela entre vários selinhos.

-Eu também. Muita.

Deixei mais um longo selinho em seus doces lábios e voltei para o sofá, a trazendo para se sentar em meu colo. Minha loira se virou e cumprimentou Nicky com um sorriso que a retribuiu da mesma forma.

-O que vocês estão fazendo?

-Eu estou afogando as minhas mágoas em filme e sorvete. –explicou Nicky.

-E você? –olhou para mim.

-Eu estou apenas fazendo companhia.

Piper acenou com a cabeça e passou a olhar para a televisão. E não demorou muito e um expressão intrigada se formou em seu rosto, provavelmente sobre o estilo de filme que Nicky havia escolhido para afogar suas mágoas.

-Me tirem uma duvida. Geralmente as pessoas não assistem a filmes de romances para esse tipo de coisa? –E ela finalmente fez a pergunta.

-Eu disse a mesma coisa.

-Bom, eu não gosto de romances. Achei a escolha de terror melhor. –Nicky se explicou. –Acho que romance é muito clichê.

-Tudo bem. Irei tomar um banho. Estou morta de cansaço. –tocou meu lábios em um selinho. –Tchau Nicky.

-Tchau Chapman.

Piper me deu mais um selinho e se levantou do meu colo e andou em direção as escadas. A olhei até que ela sumisse das minhas vistas e então voltei minha atenção para a televisão, onde ainda passava o filme, mas de canto de olho eu conseguir ver Nicky me olhando.

-O que foi Nicky? –Perguntei quase dois minutos depois de Nicky não ter tirado os olhos de mim.

-Pode ir lá.

-O que? –eu realmente não havia entendido o que ela quis dizer. –Ir lá aonde, sua louca?

-Ir lá com a Piper. Vocês ficaram quase uma semana sem se verem por minha causa e eu sei que você está louca de vontade para ir lá tomar aquele banho com ela.

Ergui mina sobrancelha direita e a olhei como se disse “Serio?”, então me joguei no sofá, deitando minha cabeça em seu colo e jogando meu braço esquerdo em seu rosto.

-O único lugar que quero estar é aqui.

-Mas que mentira da porra! –tirou meu braço do seu rosto. –É sério Vause. Pode ir lá curtir sua namorada.

-Nicky. –novamente me sentei no sofá e em seguida a olhei. –Não vou mentir dizendo que não estou com saudades, pois estou. Mas eu realmente quero ficar aqui com você. Não por dó ou pena, mas porque eu quero. Tudo bem?

-Okay Vause. –e deitou a cabeça em meu ombro.

Continuamos a assistir ao filme que não demorou muito e acabou. Nesse meio tempo Piper terminou seu banho e se juntou a nós no restinho do filme. Ela ficou sentada ao meu lado, abraçando o meu braço esquerdo enquanto Nicky estava deitada com a cabeça em meu colo. Em pouco tempo Red também apareceu e nós decidimos assistir Discovery.

Estava passando umas historias antigas sobre a Rússia e Red ficou mais do que animada. Contava sempre alguns detalhes que o programa não falava ou até mesmo uma “visão russa” do que havia acontecido.

Quase uma hora depois o programa acabou e com ele nós ouvimos duas batidas na porta de entrada. E todas nós já sabíamos quem era. Alexander, meu pai, era o único que batia na porta em vez de tocar a campainha. Red se ofereceu para atender e já foi logo se levantado para abrir a porta. E como esperado, a figura de meu pai apareceu assim que a mulher de cabelos vermelhos abriu a porta.

Ele entrou em casa, veio até nós e deixou um beijo na testa de cada uma. Se jogou na poltrona que ficava ao lado do sofá e apoiou os pés na mesa de centro. Um grande sorriso se mantinha em seus lábios.

-O que foi? –Perguntou Nicky enquanto olhava para ele, desconfiada.

-Vamos passar o final de semana em Los Angeles! –se levantou da poltrona em um pulo. –Porra! Estou animado para isso.

-Está falando sério? –Questionei animada. Estava com saudades daquele lugar.

 -Sim! E vamos pegar o jatinho logo cedo. Então vão fazer suas malas e seria bom se vocês descansassem um pouquinho antes da viagem.

 -E quem disse que eu vou?

-Ah cala a boca Nicky. Você é umas das que mais precisa dessa viagem. –falei impaciente pela brincadeira de Nicky. –Vou ir fazer minhas malas e depois passamos na sua casa e na de Piper para vocês fazerem as suas.

Levantei-me do sofá em um pulo e já fui logo em direção às escadas. Durante o caminho ainda conseguir ouvir Nicky, Alexander, Piper e até mesmo Red que não é muito fã de viajar, falar animadamente sobre passar esses dias em Los Angeles. Os quatros já até estavam fazendo alguns planos do que poderiam fazer lá. E confesso que eu também estava.

Já em meu quarto eu peguei uma mala pequena, afinal só iríamos passar um final de semana lá. Não iria precisar de muito coisa. Coloquei em minha mala apenas o essencial. Roupas íntimas, calças jeans, algumas blusas, short e biquíni. Ah, e não podia me esquecer da minha jaqueta.

Quase uma hora depois já estava com tudo pronto. Então peguei a chave de meu carro para poder passar na casa de Piper e de Nicky para que elas pudessem fazer suas malas. Alexander já havia indo embora e Red já estava arrumando sua mala também.

Primeiro eu passei no apartamento de Piper já que era mais próximo de minha casa do que o apartamento de Nicky. E enquanto ela ia fazendo sua mala eu e Nicky ficamos sentadas no sofá da sua sala, relembrando vários momentos que já tivemos naquela casa e como estávamos com saudade daquele lugar. Foi uma completa nostalgia.

Assim como eu, Piper não demorou em arrumar o que seria necessário para a viagem. E dali nós rumamos então para a casa de Nicky. Já na casa de minha amiga, Piper e eu nos acomodamos no sofá da sala, exatamente como havíamos feito na casa da minha loira. Piper apoiou seu corpo no meu e nós ficamos agarradas ali até Nicky terminar de arrumar sua pequena mala.

-Alex, pare. –Piper pedia entre risos enquanto eu beijava seu pescoço e me esfregava ali, causando cócegas. –Al.

-Serio que vocês vão mesmo se comer no sofá na da minha sala? –Perguntou Nicky, parada na nossa frente com uma garrafa de vinho e três taças.

-Primeiro: vai se ferrar. –Piper e eu nos ajeitamos no sofá. –Segundo: passa uma taça para cá.

Nicky derramou o vinho nas taças e entregou uma taça para cada, se sentou no tapete felpudo que ficava em frente ao sofá e logo empurrou um gole da bebida garganta abaixo.

-Eu só queria agradecer por terem me ajudado essa semana. –disse baixo, timidamente. –Ficaram do meu lado e sabe... Ajudaram. Olha, não sou boa com palavras, mas obrigada.

-Nicky Nichols agradecendo algo? –brinquei com ela e a mesma me mostrou o dedo do meio. –Tudo bem. Desculpa. Mas Nicky, não precisa agradecer. Estamos aqui pra isso.

-Pode contar com a gente para o que precisar, Nicky. –completou Piper.

Os olhos de Nicky ficaram levemente marejados. Ela então piscou repetidas vezes, impedido de que alguma lágrima caísse e de que seus olhos continuassem molhados. Depois se levantou e nos abraçou de forma desajeitada.

-Lorna mexeu mesmo com você. –disse quando ela voltou a se sentar no tapete. –Nunca te vi tão sentimental.

-Ah cala a boca, Vause.

Piper Chapman (POV)

No dia seguinte...

Acordamos bem cedo na sexta para podermos ir para Los Angeles. Por sorte eu já estava com bastante trabalho adiantado e não iria ter problemas de pegar esse dia de folga. Então me nos levantamos cedo, tomamos um bom café da manhã e partimos rumo ao aeroporto aonde Alexander nos esperava no jatinho Vause.

Nos acomodamos nas confortáveis poltronas e assim a longa viagem até Los Angeles, no outro lado do país, começou. Durante as quase seis horas ou mais de viajem, nós tivemos que parar para abastecer uma vez e a maioria de nós dormiu quase todo o trajeto.

Era quase meio dia quando finalmente chegamos na cidade. Alexander havia alugado um carro para podermos chegar à casa de praia. Colocamos todas as malas no carro e Alexander dirigiu o veiculo até a casa, o que demorou aproximadamente uma hora e quinze minutos, já que o local ficava um pouco longe do aeroporto e ainda tivemos um pouco de trânsito no caminho. 

E quando chegamos a casa, me vi encantada com a maravilha do lugar. A casa tinha dois andares e era localizada exatamente dentro de uma praia. Por estarmos em um condomínio fechado, não havia muitas pessoas ali, apenas algumas, mas que permaneciam no seu canto.

A casa de dois andares era feita em um estilo madeira, com um ar totalmente rústico. Havia enormes janelas com cortinas de decoração e na frente da casa havia uma pequena varanda com um pequeno jardim bem cuidado. Pude observar um pequeno lugar na praia com trocos e um espaço para fogueira. Mais ao lado, presa entre dois coqueiros, havia uma rende vermelha e eu já me imaginei ali deitada com Alex, com a gostosa brisa do mar batendo em nossos rostos.

Eu fui tirada de meus pensamentos com uma mulher que apareceu na porta da casa. Ela tinha praticamente a mesma altura que Red. Seus cabelos eram curtos, acima dos ombros, e da cor castanho claro, quase loiro. Pele clara e olhos escuros. Provavelmente a mesma idade de Red. Ela sorriu ao nos ver e todos ali retribuíram o sorriso, até eu que não a conhecia me vi contagiada por aquela onda de sorrisos nostálgicos. E depois que todos abraçaram a mulher, Alex me puxou até ela e nos apresentou.

-Piper, essa é a Norma, uma velha amiga da família. –apontou a mulher que ainda sorria e agora estava a minha frente. –E Norma, essa é a minha namorada, Piper Chapman.

-Prazer, Piper. –Estendi minha mão em direção a mulher que no mesmo instante a apertou.

-Oh querida, muito prazer. –disse gentil. –Red já me contou muito sobre você e fico feliz que Alex tenha encontrado alguém como você.

Fiquei sem saber o que falar perante as palavras da mulher. Apenas agradeci de forma tímida e uma conversa entre todos começou, mas não durou muito. Estávamos todos cansados pela viagem e queríamos tomar um banho antes de almoçarmos.

-Me fale de Norma, Al. – Pedi a morena assim que nós entramos em nosso quarto.

-Bom, ela está na família há tanto tempo quanto Red. Meu pai antes de ir morar mais próximo de mim e de minha mãe, praticamente morava aqui. E Red e Norma sempre cuidaram das coisas por aqui. Quando ele foi para New York, Red foi com ele e Norma ficou para poder cuidar das coisas por aqui. Basicamente é isso.

-Eu gostei dela. Me pareceu ser uma pessoa muito gentil.

-Apesar de não falar muito, ela é uma boa pessoa. E ela e Red sempre foram grandes amigas. Elas mantêm contanto sempre.

-Deu para perceber. –me pendurei em seu pescoço. –Mas, será que podemos tomar banho agora? –uni nossos lábios.

-O que você quiser meu amor.

* * *

O nosso primeiro almoço na casa foi arroz temperado com carne assada. Preparado especialmente para nossa chegada.

Após todos tomarmos banho e relaxarmos um pouco o corpo da longa viagem, descemos novamente para o primeiro piso e já encontramos tudo a nossa espera na sala de jantar. Nos sentamos nas cadeiras e nos servimos do delicioso almoço.

Durante o almoço, principalmente Alex e Nicky, passaram a contar historias que havia passado aqui na casa em Los Angeles. A famosa dupla contará várias da suas travessuras já feitas e todos caímos na risada com cada doideira dita, que alias, eram faladas com muito orgulho pelas duas. Às vezes envergonhadas, mas o ar travesso e sem nenhum pingo de arrependimento continuava lá.

E depois de quase uma hora de historias e piadas, nós decidimos andar a cavalo. Depois da casa, um pouquinho distante daqui na verdade, havia um campo onde tinha um celeiro com vários cavalos que poderíamos montar e dar uma voltinha por aquele campo.

Então vestimos roupas mais adequadas para andar de cavalo e passamos a caminhar até o lugar. Depois de mais ou menos quinze minutos de caminhada nós chegamos ao pequeno campo e fomos recebidas por um jovem rapaz chamado Bennett.

-Ei John, eu vou querer o meu Pégaso de sempre. –Disse Alexander para o rapaz que foi até uma das varias portinhas do celeiro e voltou com um belo cavalo de pelagem negra.

Alexander abriu um sorriso animado ao ver o animal e ajudou Bennett a colocar a cela no mesmo. Bennett depois de ajudar Alexander com seu cavalo foi buscar mais dois cavalos. Um de pelagem branca com marrom que era para Nicky e outro de pelagem na cor mel que seria para mim e Alex. Colocamos as celas nos cavalos e os montamos.

-Vem Pipes, deixa eu te ajudar. –Alex que já estava montada no animal me estendeu a mão e me ajudou a subir no mesmo. Me sentei na sua frente e ela passou os braços pelo meu corpo, segurando as rédeas para poder controlar o cavalo.

De inicio começamos de devagar, andando em um passo mais lento e apreciando a vista a nossa volta. E então passamos a correr. Sentido o vento bater em nossos rostos e bagunçar nossos cabelos enquanto o cavalo galopava animadamente por todo o campo. A adrenalina correndo por nossas veias a cada galope do garanhão.

Voltamos ao passo mais lento e tranquilo e com isso Alex passou a dar vários beijos por meu pescoço, ombro e nuca. Eu me arrepiava toda com o contanto dos seus lábios quente em minha pele e com isso, mais Alex me beijava.

-Vocês estão transando ou andando de cavalo? –Perguntou Nicky ao passar ao nosso lado com seu cavalo. E para melhorar, bem na hora que ela perguntou Alex apertou levemente minha coxa e com isso um suspiro saiu de meus lábios.

-Vai se fuder Nicky! –Responde a morena e na mesma hora Nicky saiu em disparada com seu cavalo com um sorrisinho travesso no rosto.

E continuamos a andar com cavalo. Hora em passos mais lentos e calmos, hora em rápidos galopes. E todo momento Alex fazia alguma caricia ou distribuía algum beijo em meu corpo, tornando o momento ainda mais mágico do que já era.

Ficamos quase uma hora e meia andando de cavalo. Na maioria do tempo nós duas andávamos sozinhas. Afastadas dos outros. Mas algumas vezes andamos lado a lado com Alexander ou Nicky e outras vezes com ambos.

E quando estávamos guardando novamente os cavalos no celeiro, Bennett contou que eles iriam precisar tomar um banho e nós nos oferecemos para dar banho nos que havíamos andando. E eu fiquei particularmente animada com a idéia. Sempre gostei muito de animal e tinha uma “quedinha” por cavalos desde pequena.

Colocamos os cavalos na área de banho e cada um cuidou do seu cavalo. Jogamos água neles com uma mangueira e depois passamos shampoo e ficamos um bom tempo massageando e fazendo carinho.

Enquanto dávamos banho nos cavalos Alex me contou que Bennett é um ex-namorado de sua assistente Dayanara e que o relacionamento deles era tão sério que ela chegou a engravidar, porém Daya perdeu o bebê e com isso as coisas entre o casal começaram a dar errado e no fim eles terminaram. Bennett então se mudou aqui para Los Angeles e passou a trabalhar na casa cuidando dos cavalos e Daya continuou a ser assistente de Alex lá em New York. Admito que fiquei surpresa com isso, e formando uma imagem deles em minha cabeça, eles formavam um belo casal e Alex até confirmou minha imaginação.

Com os cavalos de banhos tomados, nós fomos deixar o celeiro e o campo ao pôr do sol. E a vista estava tão bonita que antes de entrarmos novamente na casa, nós nos sentamos na areia à beira do mar, admirado aquela beleza no céu enquanto a água batia em nossos pés. A viagem mal começou e ela já está sendo tão fantástica e tão mágica e eu apenas quero que o tempo não passe. Que possamos aproveitar o máximo desse lugar maravilhoso.

Voltamos para a casa e tomamos mais um banho. Desta vez separadas. Eu tomei o meu primeiro enquanto Alex me esperava no quarto. Quando saí, vesti uma roupa confortável, short jeans e uma blusa qualquer, e esperei Alex tomar seu banho deitada na cama.

Eu estava me sentindo tão cansada pela longa viagem e do dia andando de cavalo e depois dar banho nos mesmo, que assim que me deitei na cama eu senti minhas pálpebras pesarem e eu fiz o máximo de força que consegui para manter-los abertos, mas foi em vão. Meus olhos se fecharam e eu me entreguei ao sono. Mas eu não dormi muito, na verdade eu apenas cochilei.

Trinta minutos depois Alex saiu do banheiro e a morena sorriu boba ao ver a namorada dormindo tranquilamente na cama. Piper estava tão fofa dormindo que Alex ficou com dó de acordá-la, mas ela tinha certeza que a loira estava com fome depois de passar o dia inteiro sem comer. Então vestiu sua roupa e foi acordar sua loira.

-Pipes. –beijou suas bochechas. –Acorda meu amor.

-Hum. –abriu os olhos, sonolenta. –Estou com sono.

-Eu sei, mas você ficou o dia inteiro sem comer. Vamos jantar.

-Tudo bem. –Espreguiçou-se na cama e as duas desceram para o primeiro piso onde todos as esperavam para jantar.

* * *

Depois de jantarmos, Alex e Alexander pegaram um violão para cada um dos dois. O de Alex era preto com detalhes em branco e o de Alexander era de madeira branca. Fomos até a praia, acendermos a fogueira e nós sentamos nos troncos. Eu e Alex em um. Nicy sentado no pequeno troco ao nosso lado. E Red, Alexander e Norma dividiam um troco grande.

 Alex e Alexander passaram a tocar o violão e a cantar músicas. Algumas de Alex, outras de Alexander e até mesmo de outros cantores e bandas. Vez ou outra nós, eu, Nicky, cantávamos juntos com eles, mas na maior parte do tempo preferíamos apenas assistir ao belo espetáculo que era ver pai e filha cantando e tocando juntos.

Estava tão bom ficar ali com a companhia da lua e das estrelas. Sentido a brisa do mar bater em nossos corpos e bagunçando nossos cabelos. A quentura do fogo elevar a temperatura ambiente e deixar o clima ainda mais gostoso. E para completar, as vozes de Alex e Alexander juntamente com o som produzindo pelos violões entrando por nos ouvidos e bailando em nosso interior. Não tinha como o momento ficar mais perfeito.

E então Nicky pediu para cantar a música I’m not an Angel da banda do Alexander. A música falava exatamente sobre o seu “relacionamento” com Lorna e o que estavam passando. Alex e Alexander começaram a tocar os primeiros acordes da música e Nicky começou a cantar.

You made a mistake / Você cometeu um erro

On the day that you met me / No dia que você me encontou

And lost your way / E perdeu o seu caminho

You saw all the signs / Você viu todos os sinais

But you let it go / Mas deixou-os ir

You closed your eyes / Você fechou seus olhos

 

I should told you to leave / Eu deveria te dito para você ir

Cause I knew all the time you couldn’t handle me / Porque eu sempre soube, você não pode lidar comigo

But you’re hard to resist / Mas você é difícil de resistir

When you’re on your knees / Quando está de joelhos

Begging me / Me implorando

 

I tear you down / Eu vou te derrubar

I make you bleed / Eu vou te fazer sangrar

Eternally / Eternamente

Can’t help myself / Não posso me impedir

From hurting you / De te ferir

And it’s hurting me / E isso está me machucando

I don’t have wings / Eu não tenho asas

So flying with me won’t be easy / Então voar comigo não será fácil

Cause I’m not an Angel / Porque eu não sou um anjo

I’m not an Angel / Eu não sou um anjo

 

Nicky cantava cada letra da música com uma grande emoção na voz. Ela fechou seus olhos e a música parecia apenas fluir por seus lábios e essa mesma música comovia a todos e as estrelas.

I hate being that wall / Eu odeio ser a parede

That you hit / Que você bate

When you feel like you gave it all / Quando você sente que deu tudo

I hate taking the blame / Eu odeio levar a culpa

When we both know that I’ll never chance / Quando nós sabemos que eu nunca vou mudar

 

I tear you down / Eu vou te derrubar

I make you bleed / Eu vou te fazer sangrar

Eternally / Eternamente

Can’t help myself / Não posso me impedir

From hurting you / De te ferir

And it’s hurting me / E isso está me machucando

I don’t have wings / Eu não tenho asas

So flying with me won’t be easy / Então voar comigo não será fácil

Cause I’m not an Angel / Porque eu não sou um anjo

I’m not an Angel / Eu não sou um anjo

 

I wasn’t always this way / Eu nem sempre fui assim

I used to be the one with the halo / Eu costumava ser aquela com auréola

But that disappeared when I had my first taste / Mas isso desapareceu quando eu provei pela primeira vez

And fell from grace / E caí em desgraça

It left me / Isso me deixou

In this place / Nesse lugar

 

But I’m starting to think / Mas eu estou começando a pensar

Maybe you like it / Que talvez você goste

 

I tear you down / Eu vou te derrubar

I make you bleed / Eu vou te fazer sangrar

Eternally / Eternamente

Can’t help myself / Não posso me impedir

From hurting you / De te ferir

And it’s hurting me / E isso está me machucando

I don’t have wings / Eu não tenho asas

So flying with me won’t be easy / Então voar comigo não será fácil

Cause I’m not an Angel / Porque eu não sou um anjo

I’m not an Angel / Eu não sou um anjo

 

Nicky terminou a canção com seus olhos e rosto levemente molhados por lágrimas. Os acordes dos violões acabaram assim como as letras da música que Nicky cantava. Um silêncio tomou conta do ar. Com todos nós emocionados não conseguíamos falar nada. Nicky limpou o rosto molhado, respirou fundo e abriu seus olhos e em seguida sorriu ternamente. E todos nós soubemos que ela estava bem de novo.

Ficamos ainda mais um tempo envolta da fogueira. As horas iam se passado e estávamos completamente perdidos na música. Já era tarde da noite e Red e Norma resolveram entrar para descansar e nós três decidimos ficar mais um tempinho, conversando.

Depois de um tempo eu já estava sentido o cansaço tomar conta de mim novamente. Meus olhos ficando mais uma vez pesados e a vontade de me jogar em uma cama e dormir só aumentava. Eu estava ficando cada vez mais fora das conversas por causa do sono, então decidi que era realmente a hora de me levantar e seguir o caminho de Norma e Red.

-Gente, eu acho que pra mim já deu por hoje. –disse enquanto me levantava do troco onde estava sentada. –Estou morta de cansaço. Preciso urgentemente dormir.

-Bom, eu tenho a cura para esse seu sono.

Dito isso, Alex também se levantou do troco e me pegando de surpresa, pegou-me no colo e saiu correndo comigo em direção ao mar. Quando percebi o que queria fazer comecei a tentar sair de seus braços e pedia para me largar no chão, mas de nada adiantou. E quando eu vi Alex já havia me jogando dentro da água gelada do mar.

Ouvi sua risada rouca e gostosa ecoar por todo lugar junto com aquele vento gélido. Mas ela sumiu de repente o que eu estranhei de imediato. E quando retornei a superfície, entendi o motivo disso. Nicky a havia empurrado e agora ela também estava dentro da água. E foi a minha vez de rir.

 Nicky e Alexander correram e entraram animados na água. E uma guerra de água começou. Era cada um por si e só se via água e mais água em nossos rostos.

E novamente de surpresa, Alex se aproximou de mim e me enlaçou pela cintura. Unimos nossos lábios sob a luz da lua e das estrelas. O beijo ficando cada vez mais intenso. Nossas línguas se enrolando uma na outra. Alexander e Nicky passaram a jogar água em nós.

E mais uma vez Alex Vause comprovou que ela tem o poder de transformar os momentos ainda mais perfeitos do que já são.

Alex Vause (POV)

No sábado eu e Piper acordamos tarde por temos ficando até alto da noite na praia. E quando acordamos ainda ficamos um bom tempo na cama trocando carinhos e beijos.

Piper estava deitada em meus braços e eu fazia cafuné em seus cabelos enquanto ela mantinha sua cabeça apoiada em meu peito. Vez ou outra ela levanta seu rosto e tocava meus lábios em um beijo. Assim como eu beijava o topo de sua cabeça e testa.

E quando enfim levantamos da cama já era quase meio-dia. Nós tomamos um banho e fizemos nossa higiene pessoal, para só então descermos e encontrarmos Red e Norma conversando animadamente enquanto preparavam o almoço.

-Onde está meu pai e Nicky? –Perguntei a elas quando não os vi ali.

-Foram no centro. –Respondeu-me Red.

-O que foram fazer lá?

-Não sei pequena. Eles não falaram. Acho que foram andar a toa.

-Tudo bem. Piper e eu vamos deitar lá na rende.

Avisei as mulheres e peguei algumas frutas para que pudéssemos comer como café da manhã. Fomos até a praia e entre dois coqueiros estava preso a rende e nós nos sentamos ali enquanto nos deliciávamos das frutas.

Completamente satisfeitas, eu me deitei na rende e Piper se deitou de lado com metade do corpo em cima do meu. Seu rosto enterrado em meu pescoço e meu nariz bem a cima dos seus belos e sedosos cabelos, sentido todo aquele doce perfume me invadir.

Ficamos quase meia hora ali deitadas. Admirando o mar com a sua água cristalina a nossa frente e aquela imensidão de areias brancas. O calor do sol em contanto com nossas peles juntamente com vento que pairava em nossos rostos. E a sensação do corpo de Piper colado ao meu tornava aquilo tudo ainda melhor. 

Com a chegada de Nicky e Alexander o almoço ficou pronto e nós duas deixamos aquele maravilhoso conforto para nos juntar a todos os outros dentro da casa.

* * *

Quando terminamos de almoçar e eu decidi que queria dar uma volta de lancha com a Piper. Avisei a todos que iríamos que iriamos sair e pedir a ela para trocasse de roupa e vestisse um biquíni. Ela imediatamente fez o que eu pedi e eu também fui fazer o mesmo.

Com as roupas trocadas e biquínis no corpo, nós fomos até a lancha. Ajudei Piper a subir e logo já estávamos na imensidão azul.

Eu estava em pé em frente ao volante da lancha com Piper sentada no banco ao lado. A minha loira mantinha seu olhar no mar a todo o momento, mas de vez em quando ela direcionava seu olhar para mim e abria aquele sorriso encantador que eu tanto amo. Infelizmente seus dois belos diamantes estavam cobertos pelos óculos de sol, assim como os meus olhos também estavam.

Alguns minutos mais tarde nós chegamos a alto mar, porém ali havia uma pequena caverna e a água ficava mais rasa por aquela região, nos permitido nadar sem correr o risco de nos afogarmos. Piper dividiu comigo um sorriso animado, ansiosas para nadar naquele mar. Mas antes eu queria me deliciar com aqueles lábios.

Agarrei-a pela cintura e apertei seu corpo contra o meu. Ela enlaçou meu pescoço com seus braços e nós nos fitamos com sorrisos maliciosos nos lábios. Levei meus lábios até os seus e perdi permissão para que pudesse entrar com minha língua, o que foi rapidamente concedida.

Durante o beijo Piper me empurrou até um dos bancos e me fez sentar ali para em seguida se sentar em meu colo. E em momento algum ela interrompeu o quente bailar de nossas línguas. Com a falta de ar eu desci meus lábios até seu pescoço e gemidos baixos começaram a sair pelos seus lábios.

Como Piper estava sem blusa, eu desci minhas mãos até os lanços da parte de cima de seu biquíni e o soltei, deixando seus belos seios expostos. Direcionei minhas mãos até eles e os apertei fortemente e Piper gemeu alto. Passei a estimulá-los com a ponta dos dedos enquanto voltava meus lábios para os seus.

Piper começou a rebolar em cima do meu colo, causando um gostoso atrito em nossos sexos que ainda estavam cobertos pela calcinha do biquíni e shorts. Rapidamente Piper se levantou do meu colo e tirou seu short e calcinha do biquíni, ficando completamente nua para mim. Ela ficou de costas para mim e empinou sua deliciosa bunda, me provocado. Dei um tapa estalado na nádega esquerda e virei seu corpo, deixando-a novamente de frente para mim e a trouxe de volta para meu colo.

Rocei meus lábios em seu pescoço e ombros e a senti se arrepiar. Ao mesmo tempo eu arranhava sua costa com minhas curtas unhas e ela deitava sua cabeça em meu ombro, gemendo baixo. E sem nenhum aviso, eu levantei seu corpo e penetrei três dedos em seu sexo mais do que encharcado. Piper gemeu alto e eu sorrir travessa, mais do que feliz por arrancar aquele gemido dela.

Piper tomou as rédeas da situação e passou a cavalgar em meus dedos ao mesmo tempo em que rebolava em cima deles. Seu sexo cada vez mais os engolindo e os abrigando dentro de si. Com a minha mão livre eu acaricie sua bochecha direita e deixei um beijo ali. E então direcionei minha mão até sua costa e a empurrei contra mim. Esmagando seus seios contra os meus que ainda estavam cobertos pelo biquíni e uma regata.

Não demorou muito e Piper começou a gozar deliciosamente em meus dedos. E sentido todo aquele seu liquido molhar meus dedos e ver sua expressão de prazer ao liberar seu gozo, eu não me aguentei e gozei junto com ela. E não foi preciso um toque da loira para que isso acontecesse.

A minha loira desabou seu corpo sobre o meu, escondendo seu rosto suado em meu pescoço enquanto tentava recuperar o ar perdido. A abracei fortemente e fechei meus olhos, me permitido sentir ainda mais aquele doce contanto entre nossos corpos. Desejei mais do que tudo para que aquele momento, aquele contanto, nunca acabasse. Seu corpo que se encaixava tão perfeitamente ao meu. O desejo de que aquele encaixe durasse para sempre e sempre. Exatamente como nos filmes da Disney. Afinal ela era minha princesa e aquele era o nosso momento mágico.

-Eu te amo infinitamente Pipes. –sussurrei em seu ouvido.

-Eu te amo infinitamente Al. – E eu senti meu coração acelerar e pular de alegria com suas palavras. Mesmo já as tendo ouvido várias e várias vezes, meu coração e alma nunca iam deixar de se alegrar em ouvi-las mais uma vez.

* * *

Assim que nos recuperamos daquele gostoso momento, Piper se levantou do meu colo – para minha infelicidade. – e começou a vestir seu biquíni novamente, mas eu a impedi antes mesmo de começar a colocar a calcinha e por isso eu recebi um olhar intrigado da mesma.

-Podemos nadar nuas.

E assim que ela ouviu minhas palavras um sorriso safado se apoderou de seus lábios. Mandei uma piscadela para ela e me levantei do banco, tirando minha regata e short e seguida o biquíni. Ficando então completamente nua. Exatamente como Piper estava.

A abracei por trás, roçando meu sexo em seu bumbum empinado e esmagado meus seios contra sua costa. Deixei um beijo em seu ombro para então apoiar meu queixo ali. Desci minha mão pelo seu corpo. Passando pela barriga e a sentido se arrepiar. E quando cheguei ao alcanço de seu sexo e iria tocá-lo, ela me impediu com sua mão que passou a segurar a minha "mão boba”.

-Podemos brincar mais um pouquinho, mas será depois.

-Irei cobrar por isso. –mordi o lóbulo da sua orelha. – E não iremos brincar um pouquinho. Iremos brincar muito, e muito.

Plantei um beijo estalado em sua bochecha. Ela se virou e deixou um em meus lábios. Sorrimos bobas e ao mesmo tempo maliciosas. E só então pulamos na água que estava um tanto quanto gelada.

A água ali ao lado do barco estava batendo mais ou menos em nossos peitos. Eu sabia que se nós fossemos para mais perto da caverna a água iria ficar mais rasa. Não muito, mas ficaria. Porém eu queria ficar mais um tempinho ali. E Piper concordou comigo em ficarmos por aqui um pouquinho.

E com o objetivo de deixar a água um pouco mais quente, a minha loira veio até mim, pegou minhas mãos e as deixou na sua cintura e logo depois ela se pendurou em meu pescoço e nós nos beijamos.

-Agora sim. Bem mais quente. –Disse ela quando encerramos o beijo por faltar de ar.

-Você é tão safada, querida.

-Você me deixou assim.

Continuamos a nadar envolta do barco e mergulharmos algumas vezes. A água que agora já estava mais quente molhando nossos cabelos. A sensação maravilhosa de mergulhar naquela imensidão desconhecida percorrer nossos corpos. Sem saber o que havia embaixo de nossos pés. O que tornava aquele momento e todas aquelas sensações ainda melhores.

Começamos a nadar em direção a pequena caverna que não estava muito longe da lancha. Apenas algumas braçadas e já estávamos na sua entrada. Ao entrar na caverna, nós pudemos contemplar aquela bela visão. A luz do sol que invadia o lugar pela abertura da caverna se misturava com o azul da água causando um belo efeito no teto e paredes da caverna. Tudo estava em um tom de azul escuro e um azul mais cristalino com detalhes em dourados. Era espetacular.

Piper Chapman (POV)

Dentro da caverna havia algumas pedras onde nos sentamos. Sentei-me agarrada no corpo de Alex que me abraçou fortemente, beijando o topo da minha cabeça.

-Essa viagem está sendo tão incrível. –Disse a ela enquanto acariciava sua mão direita com o polegar.

-Eu já vim aqui varias vezes. Mas nenhuma delas a viagem foi tão incrível e posso até dizer mágica, como essa está sendo. E é tudo graças a você.

-E a você com sua incrível capacidade de tornar tudo ainda mais perfeito apenas com sua presença.

-Nós somos especiais.

-Com certeza somos. –Virei meu corpo e beijei seus lábios.

Voltamos a nadar pela caverna e alguns minutos mais tarde nós decidimos voltar para perto da lancha. E ao sair da caverna, apostamos uma corrida para ver quem chegaria primeiro a lancha.

Ambas batíamos os braços freneticamente na água. As pequenas ondas atrapalhavam um pouco, mas nada demais. Nadei o mais rápido que pude, mas ainda assim Alex me venceu e chegou à lancha primeiro.

Ao chegar à lancha, Alex subiu a escadinha e se agachou para pegar algo, o que eu estranhei de imediato. O ela estaria fazendo? Alguns minutos depois ela se vira com um boia redonda nas mãos. Ela amarra uma corda na boia e depois amarra a outra ponta da corda na lancha. Novamente Alex se joga na água e olha pra mim com um sorriso sapeca.

Ela sobe na boia e deita seu corpo no espaço aberto. Me chama com seu dedo  indicador e na mesa hora eu fui até ela. Alex ajudou-me a deitar ao seu lado. As pequenas ondas balançam levemente a boia enquanto mexíamos nossos pés na água.

-Isso aqui é tão gostoso.

-Não é? –concordou Alex. –Eu sempre deixo uma boia na lancha para que eu possa fazer isso. É tão relaxante.

-É mesmo.

Fechamos nossos olhos e apenas nos permitimos sentir as ondas do mar balançar a boia. O sol batia em nossos rostos e vez ou outra a água molhava nossos corpos que estavam colados um no outro, dividido o seu calor.

Minutos se passaram e nós apenas ficamos assim. Curtindo essa paz. A tranquilidade do mar e o relaxamento dos nossos corpos em cima dessa boia. Estava tudo perfeito. Como eu já disse. Alex tem essa capacidade.

-Eu quero tirar uma foto assim.

-Nuas?

-Só mostrando o rosto sua idiota. –Dei um leve tapa em seu braço e ela riu sapeca.

-Para a sua sorte. –beijou meus lábios em um selinho. –Eu trouxe meu celular com uma capinha protetora para água.

Alex puxou a corda até que estivéssemos novamente ao lado da lancha. Ela subiu na mesma, revirou algumas coisas e logo voltou para a boia com seu celular em mãos. O tirei de suas mãos e passei a tirar fotos. Todas elas pegando apenas nossos rostos de forma que não mostrasse nossa nudez.

Tirei várias e várias fotos nossas. E as minhas três preferidas foram uma onde a Alex estava meio escondida atrás do meu corpo com seu rosto enterrado em meus cabelos. Em outra, Alex beijava meu pescoço e a terceira nós nos beijávamos.

Irei guardar todas as fotos tiradas, incluindo a do beijo, e só irei postar a foto onde ela está escondida atrás de mim e a que ela beijava meu pescoço. Olhei-as por vários minutos e só então devolvi o celular para a lancha.

Alex empurrou a boia novamente para longe da lancha e voltamos a flutuar pelo mar por longos e maravilhosos minutos. E ficamos quase meia hora ali, apenas deitadas naquela boia, até resolvermos voltar para a casa. Já havíamos ficado muito tempo fora.

Começamos a puxar a corda para que pudéssemos retornar para a lancha, mas então Alex com suas travessuras virou a boia, fazendo com que nós duas caíssemos na água. Meu corpo mergulhou para dentro do mar e quando retornei com minha cabeça para fora da água, Alex já havia feito o mesmo e ria incontrolavelmente enquanto  apontava para minha direção.

-Alex! –Gritei e joguei água em sua cara. A mesma cessou o riso e passou a jogar água em mim também, iniciando uma nova guerra de água.

-Tudo bem. Eu me rendo! –parou de jogar água em mim, mas eu não parei de jogar nela. –Pipes! Eu me rendo! Você venceu. –Gritou enquanto tampava os olhos com as mãos.

Após alguns segundos eu também cessei com a guerra de água. E com isso um sorriso malicioso se abriu nos lábios de Alex. Ela piscou para mim e voltou a jogar água em meu rosto.

-Alex, você é um traíra. –Esbravejei. Com uma das mãos eu tentava proteger meus olhos e com a outra eu voltava a jogar água em Alex.

-Okay, baby. Agora acabou mesmo. –Disse Alex, vindo até mim e abraçando meu corpo.

-Você é tão idiota, Al. –  Agarrei seu pescoço e beijei seus lábios.

-Eu sou, mas você adora. –disse entre o beijo.

Nos beijamos intensamente. As línguas se enroscando uma na outra. Os corpos envoltos pela água do mar. O sol encima de nós. Sorrimos por entre o beijo e puxei o lábio inferior de Alex gentilmente com os dentes. Ela gemeu baixo pelo ato. Eu sorri vitoriosa e encerramos o beijo com vários selinhos.

-E o pior é que eu adoro mesmo.

* * *

Com a chegada da noite nós decidimos que não queríamos ficar em casa. Alexander, Nicky e Alex começaram com suas bombas de sugestões de lugares onde poderíamos nos divertir durante a noite. As sugestões variavam entre boates, bar, restaurantes e até mesmo caminhadas noturna. Mas a vencedora foi a sugestão de Alexander de irmos a uma casa de jogos bem famosa em Beverlly Hills.

Após jantarmos fomos cada um para seu quarto para que pudéssemos nos arrumar. Mas antes de realmente irmos para os quartos, tentamos convencer Red e Norma para irem conosco. As duas mulheres agradeceram, mas recusaram o convite e disseram que isso era programa para pessoas mais jovens, que preferiam ficar no conforto da casa.

Já em nosso quarto, na verdade, no banheiro, Alex e eu tomávamos nosso banho. Resolvermos tomar o banho juntas, porém seria apenas banho, nada a mais que isso. Mas a minha morena tinha um sério problema em seguir o que combinávamos.

Eu estava passado o sabão pelo corpo quando Alex se aproximou e me abraçou por trás. Ela circulou minha cintura com seus braços, deixou um beijo em meu ombro e depois apoiou seu queixo ali. Suspirei e me aconcheguei mais em seus braços.

-Você é tão linda. –beijou meu pescoço. –E tão gostosa.

Alex subiu suas mãos até meus seios e os apertou enquanto dava leves mordidas em meus ombros e alguns beijos. Aquilo era tão bom. Mas eu sabia que se a deixasse continuar não sairíamos daquele banheiro nunca. Então tive que a interromper.

-Al, nós não podemos.

-E por que não? –Ela começou a descer sua mão direita em direção ao meu sexo. Meu corpo se arrepiou por inteiro com seu contanto em minha pele

-Porque se não iremos nos atrasar. –A respondi com muita dificuldade. Tentando manter o controle enquanto ela acariciava meu clitóris.

-Eu não me importo de nos atrasar alguns minutinhos.

Com isso, ela passou a estimular meu clitóris com a ponta de seus dedos. Vez ou outra ela os descia até minha entrada e ameaçava me penetrar, mas antes que pudesse fazer ela retornava para meu clitóris e voltava com a tortura.

Gemidos altos saíram de minha boca quando de repete Alex desceu três dedos até minha entrada e sem nenhum aviso me penetrou. Seus dedos entraram fundo em mim em movimentos lentos que com cada estocada ia aumentado seu ritmo. Cada vez mais forte e rápido.

Sua mão esquerda continuava em meu seio, estimulado o mamilo e o prendendo entre o dedo do meio e o indicador. Seu sexo quente e molhado roçado em minha bunda. Seus lábios em meu pescoço me enchendo de beijos e mordidas. E o melhor: seus dedos dentro de mim. Com todas essas combinações eu não me aguentei e gozei.

O liquido do meu prazer molhou os dedos de Alex. Minhas pernas tremiam e meu peito subia e descia em uma busca desesperada por ar. Meus olhos fechados e em meu rosto uma completa expressão de prazer. Gemi em protesto quando Alex retirou lentamente seus dedos de dentro de mim.

Abri meus olhos para que pudesse ver Alex levar seus três dedos molhados pelo meu gozo até seus lábios. Ela os sugou para dentro da sua boca e gemeu como se provasse a coisa mais gostosa do mundo.

-Tão bom. –disse ainda com os dedos na boca. –Você tem que provar seu gosto querida. –Tirou os dedos da boca e os levou até meu sexo para então pressioná-los contra meus lábios e fazer-me provar meu gosto. –Está vendo o quão gostosa você é?

-Não tanto quanto você.

Virei meu corpo de forma que eu pudesse ficar de frente para ela. Apoiei meus braços em seus ombros e beijei seus lábios com ferocidade, sentindo meu gosto que ainda permanecia ali. Nossas línguas se encontraram e Alex me puxou pela cintura para mais perto de seu corpo nu.

O ar começou a nos faltar e encerramos o beijo com vários selinhos e uma mordida de lábios. Ainda continuamos com os olhos fechados quando terminamos o beijo, e o quando os abrimos novamente nossos olhares se encontraram. O verde no azul e o azul no verde. A esmeralda no diamante e o diamante na esmeralda. Completamente hipnotizadas.

-Eu te amo. –Dissemos juntas e sorrimos.

* * *

Assim que todos nós ficamos prontos, nos acomodamos no carro e Alexander passou a dirigir até a casa de jogos. Alexander e Nicky sentaram nos bancos da frente e eu e Alex ficamos com o de trás.

Durante todo o caminho eu fiquei com minha cabeça apoiada no ombro da Alex que fazia cafuné em meus cabelos ao mesmo tempo em que deixava beijos no topo de minha cabeça. Alexander havia colocado uma música qualquer para tocar e no carro se instalou um clima agradável.

Certo momento do percurso, eu levantei minha cabeça e fitei os lábios de Alex que agora estavam da cor vermelho vinho por conta do batom. O desejo de tê-los contra os meus me incendiou e quando eu vi já estávamos nos beijando. Um beijo intenso e apaixonado.

 -Não conseguem ficar um minuto sem se comerem não? –Perguntou Nicky que nos olhava pelo retrovisor interno do carro.

-O que? –Alex se faz de desentendida ainda com os lábios colados aos meus.

-Você é tão cínica Vause!

-Cala a boca Nicky.

Encerramos o beijo e eu voltei minha cabeça para o conforto do seu ombro. Alex apoiou sua cabeça em cima da minha e retornamos para o trajeto agora sem nenhuma “pegação”.

Quase quarenta minutos depois que deixamos a casa na praia nós chegamos ao The Spare Room. O The Spare Room é uma casa de jogos com vários games para se passar a noite. O lugar conta com um espaço requintado com um bar que serve drinks modernos e petiscos. O local é sempre frequentado por diversos artistas e é bem conhecido por seu interior diferente e chique.

Ao entrarmos no local eu tive uma ampla visão do lugar. Duas pistas de boliche, mesas de xadrez e de jogos de cartas. Tinha também várias mesas de sinuca e entre outros. Havia mesas, sofás e puffs espalhados pelo local. Podíamos ouvir uma música de fundo misturada com sons de gargalhadas e conversas animadas. Era simplesmente incrível.

Nos acomodamos em uma mesa que ficavam mais afastadas da outras e logo pedimos drinks e petiscos para iniciar a noite. Ficamos conversando enquanto nos decidíamos o que poderíamos jogar primeiro. Por fim escolhemos boliche.

Colocamos os tênis especiais para o boliche e fomos até as duas enormes pistas. Dividimos nós quatro em dois times, Alexander e Nicky e eu e Alex, e começamos a jogar.

Passamos quase uma hora e pouco ali no boliche. O jogo estava entre gargalhadas e discussões bestas sempre que eu time ficava na frente do outro. Vários strikes foram feitos e vários pinos não foram derrubados. No fim, meu time e de Alex venceu.

-Estou falando, Nicky nunca ganha nada. –A minha morena zombou da amiga.

-Mas é lógico que eu nunca ganho nada. Vocês só roubam! Como eu vou ganhar algo assim? –E uma nova discussão começou.

Depois do boliche nós fomos para a sinuca. Que, aliás, eu não sabia jogar nada. Então eu mais babava por Alex naquela calça apertada mostrando todas as curvas do que realmente jogava. Eu me perdia sempre na visão de seu corpo. O que rendia altas piadas para Nicky que não perdia uma oportunidade se quer.

Perdi a noção do tempo em que ficamos ali na mesa de sinuca. Todos nós estávamos nos divertindo ali, inclusive eu, enquanto bebíamos chopp de cerveja e comíamos amendoins. Mas o melhor da sinuca era quando Alex tentava me ensinar o jogo.

Ela se posicionou atrás de mim e contornava meus braços com os seus enquanto tentava me ensinar a como segurar o taco e fazer a jogada. E eu mal prestava atenção em seus ensinamentos. Estava focada em me empinar e roçar em seu sexo. Me divertindo ao vê-la tentado se segurar.

-Vause, a Chapman nem ta ligando pra o que você está dizendo. Ela quer seu corpo nu. –Disse Nicky entre risos durante mais uma das “aulas” da Alex.

-Porra Nicky! Mais respeito com a minha namorada. –Brigou a morena e eu deixei um beijo em seus lábios em forma de recompensa por ela ter me defendido. Mesmo sendo totalmente verdade a afirmação de Nicky.

Depois da sinuca nós demos um tempo nos jogos e fomos andar um pouquinho pelo lugar. Pedimos mais um drink no bar e ficamos a olhar as outras pessoas jogando.

Descobrimos que no fundo do local havia várias máquinas de fliperama. Nicky e Alex ficaram completamente animadas e encantadas com aquilo e foram praticamente correndo comprar fichas para as máquinas.

As duas amigas começaram uma competição entre elas e passaram quase uma hora ali jogando enquanto Alexander e eu as observávamos e conversávamos assuntos bobos. E por incrível que pareça a competição deu empate.

-Eu não aceito isso! –Esbravejou Nicky.

-Quero uma revanche. –Gritaram ao mesmo tempo e já iam saindo para comprar mais fichas, mas Alexander e eu as impedimos. Afinal não poderíamos ficar a noite toda apenas jogando jogos de fliperama.

Dali fomos para os jogos de cartas. Havia mesas onde estavam ocorrendo apostas e outras que eram apenas para diversão. Elas eram sem apostas ou apostas com itens sem muito valor.

De inicio nos ficamos nas mesas sem apostas, jogando apenas para diversão. Jogamos vários estilos diferentes de jogos: buraco, pife (Pif Paf) e entre outros. E em todos nós dávamos muito bem.

Os outros três, principalmente Alex, resolveram que queriam jogar agora com apostas e decidiram que iriam jogar na mesa de pôquer. Que alias tinha várias e várias mesas de pôquer lotadas.

Tivemos que esperar um tempo por conta das mesas lotadas. E durante esse tempo ficamos apenas a observar as pessoas a jogar. Todos concentrados no jogo e em seus lances.

Eu estava olhando uma mesa de pôquer que estava relativamente animada quando Alex chegou por trás de mim e disse baixo naquele seu tom rouco em meu ouvido:

-Será que podemos ir ao banheiro?

-E o que você deseja fazer no banheiro senhorita Vause? –Perguntei provocativa.

-Eu preciso da sua ajuda com algo senhorita Chapman. –Respondeu no mesmo tom e eu me arrepie. Não poderia dizer não. Eu não conseguia dizer não para ela.

Me virei e fitei seus olhos cheios lascívias. Negros de tanto desejo. Sorri maliciosa, toquei seus lábios com os meus. Apenas um toque provocativo, nada de beijo. E sussurrei para que apenas ela pudesse ouvir:

-Te encontro lá, senhorita Vause. –E saí rebolando o quadril com o olhar de Alex sobre mim.

Já dentro do banheiro, Alex entrou, trancou a porta e me olhou com o mesmo olhar de um animal para sua presa. Em seus olhos e lábios havia desejo. Em Alex Vause em si havia o mais puro e sedento desejo. E eu sabia que em mim também havia esse desejo.

Ela veio até mim com ferocidade e prensou meu corpo contra a parede. Pegou minha perna direita e a fez enlaçar seu quadril. Seus lábios encontraram meu pescoço e ali ficaram por um bom tempo.

E em poucos minutos nós nos amamos ali naquele banheiro. Aquele banheiro de azulejos azuis e brancos virou nosso local de amor.

Roupas foram tiradas ali. Seios apertados e sexos penetrados. Nossos corpos ficaram molhados de suor pela energia gasta e nossos lábios se encontraram com um forte amor e desejo entre eles. Nossas línguas em uma batalha em busca de poder. E durante todo esse momento o nosso amor nos cercava e nos aquecia com várias e várias declarações que eram ditas.

Cada “Eu te amo” que eram ali falados por nossos lábios eram muito bem recebidos por nossos corações que saltitavam e vaziam piruetas apenas com essas três palavrinhas. Mas que na real nem eram necessárias serem ditas, apenas sentidas.

* * *

Ao voltarmos do nosso momento mágico no banheiro, uma mesa ficou livre e Nicky nós empurrou até lá e durante o caminho fazia suas famosas piadinhas por termos desaparecido.

Na mesa havia quatro pessoas. Um homem muito bem vestido com um terno com uma mulher também bem vestida que julguei ser sua esposa, ao seu lado. Do outro lado da mesa havia dois rapazes, um loiro e um moreno, que conversavam animados e os julguei com amigos. As quatro cadeiras restantes estavam guardadas para nós.

Assim que Alexander se sentou em uma das cadeiras os dois rapazes pararam de conversar e o encararam. Perplexos. Provavelmente o havia reconhecido. Depois levantaram seu olhar e fitaram Alex que estava parada ao meu lado.

-Vocês não são Alexander e Alex Vause? –Perguntou o garoto loiro.

-Acho que sim. –Respondeu Alexander, brincalhão.

-Puta que pariu! Eu não acredito que irei jogar pôquer com Alexander e Alex Vause. –Gritou o moreno que se virou e bateu um high-five com o loiro.

Nicky riu e se sentou ao lado de Alexander. Ela fez uma piadinha com os dois garotos e implicou com Alexander e Alex por terem sido reconhecidos. Era incrível como Nicky nunca perdia a chance de fazer uma piada.

Alex rapidamente se sentou em uma cadeira e eu fiquei encarado a mesa e cadeira vazia ao lado de Alex. Nunca fui muito boa em pôquer e não estava nada a fim de passar vergonha com Nicky ali do lado. Alex percebeu minha hesitação e perguntou:

-Tudo bem?

-Uhumn. Só não sou muito boa de pôquer.

-Não tem problema. Na verdade é até ótimo.

-Ótimo? –indaguei.

-Sim, ótimo. –me puxou pela cintura até ela. –Você vai ser meu segredinho da sorte.

Alex me sentou em seu colo e deixou um beijo em minha bochecha. E o jogo iniciou e todos ali ficaram sérios.

O tempo foi se passado e eu realmente estava parecendo o “segredo da sorte” de Alex que estava se saindo muito bem no jogo. Eu passei o jogo inteiro sentada em seu colo e ficava brincando com seu cabelo e beijava sua bochecha sempre que ela se dava bem em algum lance. E no fim do jogo Alex ganhou e deixou todos no chinelo.

Ficamos ainda mais um tempo na casa de jogos. Às vezes apenas observando as outras pessoas jogando os vários tipos de game que tinha ali. Outras vezes conversando, comendo petiscos e bebendo algum drink. E também jogávamos. A coincidência em todas elas?  Em todas nós nos divertimos muito.

Alex Vause (POV)

Era dez e pouco da manhã quando eu abri meus olhos no domingo. A claridade que invadia o quarto pela enorme janela havia atrapalhado meu sono. Fechei os olhos mais uma vez para tornar a abri-los instantes depois.

Em meu peito Piper dormia serenamente. A coberta acima de nossos corpos que cobria nossa nudez e esquentava nossos corpos. No quarto eu ainda podia sentir o cheiro de sexo por conta da noite de amor que tivemos depois que chegamos da casa de jogos.

Beijei a topo da cabeça da minha loira e apertei mais seu corpo contra o meu. Nossos seios se encontraram em um gostoso atrito. Fechei novamente os olhos e relaxei a mente o corpo. Quando tornei a abri-los um belo par de diamantes me olhava.

-Bom dia, Al. – Desejou naquele seu tom doce e ao mesmo tempo rouco de quem acabou de acordar.

-Bom dia minha princesa. Dormiu bem?

-Com você ao meu lado não tem como não dormir bem. E você? 

Sorri boba, do mesmo jeito que eu passei a sorrir quando conheci Piper: boba e apaixonada. E beijei sua boca. Nossos lábios, assim como nossas línguas, estavam em total sincronia. A puxei pela nuca, forçado um contanto ainda mais profundo entre nós. Sorrimos entre o beijo e nos separamos.

-Eu também dormi muito bem ao seu lado. E depois desse beijo, estou melhor ainda.

* * *

Todos nós concordamos em passar a nossa ultima tarde aqui em Los Angeles na parte de trás da casa. Aproveitando a piscina e um bom churrasco.

A área de lazer da casa continha uma churrasqueira de tijolos vermelhos com um pequeno bar ao lado e uma enorme mesa de vidro com lugar para oito pessoas à frente. No centro do quintal havia uma enorme piscina com algumas espreguiçadeiras ao seu redor.

Nos espalhamos por todo o lugar. Nicky e eu ficamos sentadas na borda da piscina com uma garrafa de cerveja na mão e os pés dentro da água. Red, Norma e Piper conversavam animadamente sentadas na mesa e Alexander cuidava da churrasqueira ao mesmo tempo em que tomava uma cerveja.

O dia estava quente e ensolarado. Perfeito para uma tarde na piscina. A água parecia que estava mais cristalina que o habitual e apesar de ser o nosso ultimo dia ali, todos mantinham um largo sorriso no rosto. Felizes por aquele momento que compartilhávamos.

-Tenho que admitir Vause, você acertou em cheio ao escolher a loirinha. –Disse-me Nicky que tomava um gole da bebida enquanto olhava na direção de Piper.

-Acertei mesmo. Nunca conheci alguém tão incrível quanto ela.

-Porra! Nunca vi alguém tão apaixonada como você está.

-Nisso tenho que concordar. –Olhei para Piper que no mesmo instaste olhou para mim e nossos olhares se encontraram. Nós nos perdemos por um tempo naquela nossa conexão. Até que ela piscou, sorriu e voltou a sua atenção para as duas mulheres com que ela conversava.

As carnes começaram a ficar prontas e nós nos aproximamos dos outros que estavam sentados à mesa. Me sentei ao lado de Piper na mesa e peguei sua mão, entrelaçando nossos dedos. Nos fitamos e sorrimos uma para a outra. E eu fiz questão de guardar aquele belo sorriso apenas para mim.

Alexander nos serviu a carne e sentou conosco na mesa. Passamos a comer enquanto bebíamos cerveja. Na verdade apenas eu, Nicky e Alexander que tomávamos cerveja. Piper, Red e Norma, havia optando por um suco de laranja.

Norma nos fez prometer que voltaríamos novamente e que desta viríamos mais rápidos. A mulher disse que sentia muito a nossa falta e isso deixou a todos nós emocionados. E todos nós prometemos que voltaríamos em Los Angeles o mais rápido que conseguimos.

Um tempo mais tarde resolvemos entrar na piscina, menos Red e Norma que falaram que ficariam apenas com os pés na água, conversando. Entramos então eu, Piper e Nicky ficamos apenas nadando de um lado pro outro na piscina e dando alguns pequenos mergulhos.

Pousamos na beirada da piscina, ao lado de Red e Norma e ficamos ali conversando com elas. As duas estavam contando uma história da época que em meu pai nem me conhecia ainda e aprontava várias. Até que o mesmo se joga dentro da piscina e molha a todas nós, no caso as duas mulheres que estavam secas.

-Bem feito! Ninguém mandou ficar contando histórias minhas. –Disse Alexander, risonho, para as duas mulheres que agora tinha uma expressão fechada.

E assim passamos a nossa tarde de domingo. Brincando e fazendo desafios dentro da piscina. Conversando e contando historias enquanto comíamos carne e tomávamos cerveja, ou suco.

Pegamos o violão e também tocamos algumas músicas. Assim como tivemos inspiração para compor uma nova. Não estava pronta, mas tínhamos uma bela base. A música tinha uma melodia bonita e algumas das letras que escrevermos também eram perfeitas. Mas o mais bonito da música com certeza foi o fato de a termos escrito todos nós juntos.

Após uma tarde na piscina todos ficamos cansados. Encerramos a diversão por ali e fomos até nossos quartos para arrumar as malas para podermos ir embora. Com as malas prontas todos prontamente concordaram em tirar um cochilo antes de realmente voltar para New York.

Na cama do quarto que eu dividia com Piper eu me agarrei a minha loira e logo fechei meus olhos, me entregando completamente aquele descanso completamente necessário. Mas infelizmente ele não durou muito.

Depois de uma hora que eu havia fechado meus olhos, eles novamente se abriram. Com dificuldade, eu olhei as horas em meu celular e vi que ainda podia dormir mais e que provavelmente todos deveriam estar dormindo também, descasando para a viagem. Mas por algum motivo desconhecido eu havia acordado.

Tentei ao máximo voltar a dormir. Fechei meus olhos. Me agarrei mais a Piper e até tentei contar carneirinhos, mas nada funcionou. Estava acordada e parecia que meu corpo não queria mais dormir. Bufei em frustração e com muito cuidado para não acordar Piper, eu me levantei da cama.

Fui ao banheiro, me olhei no espelho e abri um sorriso fraco ao ver minha cara amassada pela posição em que havia dormido. Lavei meu rosto e escovei os dentes. Ao voltar ao quarto eu sorri ao ver minha bela loira dormindo tranquilamente. Deixei um beijo em sua testa e deixei o cômodo.

Desci as escadas coçando meus olhos e assim que cheguei ao pé da escada e olhei pela janela da sala de imediato estranhei ver a figura de Nicky sentada em uma cadeira na varanda da casa. Bocejei e fui até ela.

Sentei-me na cadeira que tinha ao seu lado e abracei meu corpo, ainda o sentido cansado. Nicky me olhou e abriu um pequeno sorriso sem mostrar os dentes e voltou a observar a praia a nossa frente.

-Esse lugar é tão incrível. Não consigo enjoar daqui.

-Eu também não, Nichols. Aqui vai ser pra sempre nosso lugarzinho especial. –concordei com ela.

-Tia Diane iria adorar aqui. –Disse e me lançou um olhar nostálgico que eu compartilhei com ela.

-Iria mesmo. Mas pelo menos nós tivemos a oportunidade de mostrar esse lugar para a Pipes.

-A loirinha ficou encantada com a casa.

-E quem não ficaria?

Encerramos o assunto por ali e voltamos a olhar a praia. Era uma bela visão. E ficava ainda mais bela a essa hora do dia. O céu alaranjado refletia no azul escuro do mar e formava uma maravilhosa explosão de cores no céu, deixando qualquer um encantado com aquela beleza.

-Você também perdeu o sono? –Perguntei a Nicky depois de minutos de silêncio.

-Eu nem dormi. Não conseguiria.

-Você... Você está bem, Nicky? –Questionei receosa.

-Eu estou bem Vause. –sorriu travessa. –Obrigada por se preocupar. –e deu um leve soco em meu ombro,

-Deixa de ser idiota. –revidei o soco. –Você sabe que eu me preocupo com você.

-I know sister. E eu agradeço por isso.

-Você está mesmo sentimental.

Nicky revirou os olhos e fez uma careta

-Agora quem está sendo idiota é você. E outra. Você está tão sentimental quanto eu.

-Estamos todas sentimentais. Okay? –ela deu de ombros e sorriu. –Acho que está okay.

-Alex, eu queria te agradecer por essa viagem. Me fez muito bem. Estar aqui com vocês e todos esses momentos que tivemos durante esse final de semana foram o máximo. Me ajudaram a esquecer.

-Você sabe que pode contar comigo pra tudo. E bom, eu não fiz mais do que minha obrigação como sister.

-Essa viagem foi especial para todos nós.

-Foi sim, Nicky.

Voltamos a observar aquela bonita arte no céu e no mar, mas quase dois minutos depois nossa atenção foi tomada pela porta da casa que se abriu e dali passou uma bela loira sonolenta, coçando os olhos e com os cabelos levemente bagunçados. Era a coisa mais linda do mundo.

-O que está fazendo aqui? –Perguntei a ela enquanto a trazia para se sentar em meu colo. Ela veio de prontidão e se aconchegou em meu corpo, escondendo seu rosto em meu pescoço.

-Senti sua falta na cama.

Respondeu Piper contra meu pescoço e todo seu ar quente se espalhou ali pela região, fazendo-me arrepiar.

-Vocês são tão melosas. –Disse Nicky fazendo uma careta.

-Nós somos fofas. –Falei a ela e beijei a testa de Piper que já dormia em meus braços.

* * *

Quase uma hora e meia depois já estava tudo pronto para partirmos. Nicky e eu ajudamos meu pai a colocar as malas no porta-malas do carro e depois voltamos para a casa para nos despedir de Norma.

Abraçamos a mulher que novamente nos fez prometer voltar logo e ainda acrescentou mais uma promessa para mim: cuidar de Piper e a não a perder de jeito nenhum. Eu nem precisava de promessa para isso. Faria de qualquer forma.

Norma deu um abraço apertado em minha namorada e encheu sua bochecha de beijos. A encheu de elogios e também pediu a ela para que cuidasse de mim. E minha loira com o maior orgulho garantiu a mulher que faria isso.

Red e Norma se despediram também com um abraço apertado e já estavam marcando de conversarem assim que chegássemos a New York. Mais uma vez nos despedimos e entramos no carro.

Praticamente duas horas depois que deixamos a casa o nosso jatinho decolou rumo a New York. Tivemos um pouquinho de trânsito no caminho da casa até o aeroporto e isso nos atrasou alguns minutos, mas nada demais.

Ainda estávamos todos muito cansados pela viagem e principalmente pelo dia na piscina. Então nos ajeitamos de forma confortável nos assentos e voltamos a dormir.

Mais uma vez não dormir muito, porém desta vez eu não tenho muita noção de quanto tempo dormir. Apenas sei que acordei com um barulho de sussurros que às vezes aumentava o tom de voz e outras diminuía.

Ao abrir meus olhos eu descobri a razão de ter sido acordada: Nicky estava a conversar no celular. Com quem era eu não sabia, mas não parecia ser uma conversa muito agradável. Por isso julguei que a pessoa do outro lado da linha seria Lorna.

Como minha amiga conversava em sussurros eu não conseguir entender o que ela dizia. Prestava o máximo o máximo de atenção em suas falas, mas apenas captava algumas palavras soltas.

Depois que acordei Nicky ainda ficou quase uns cinco minutos conversando no celular. E sempre ela estava a aumentar e diminuir o tom de sua voz, o que dificultava ainda mais para que eu pudesse entender algo.

A única frase que eu conseguir ouvir antes dela encerrar a ligação foi:

- Volta para o seu namorado Lorna. E por favor, me esquece.

Por fim, Nicky desligou o celular e ela ainda não havia percebido que eu estava acordada. Ela fechou seus olhos e suspirou com o celular junto ao peito. E mais uma vez eu me vi preocupada com minha amiga.

Nicky retornou a abrir os olhos e desta vez ela percebeu que não era a única acordada. Ela abre um singelo sorriso, guarda o celular no bolso de sua jaqueta para em seguida dizer em um tom doce e calmo:

-Eu estou bem, Alex.

E realmente estava.

Eu sabia. Eu sentia. Que ela estava bem.

-Eu sei que está, Nicky.


Notas Finais


Não tenho muito a dizer. Apenas que espero do fundo do meu coração que tenha conseguido agrada-las com esse capitulo. Deu um pouquinho de trabalho e também demorou um pouquinho, mas acho que valeu a pena.

Espero que tenham gostado e até o próximo capitulo da nossa saga Vauseman <3

Ps: A música I'm not an angel é da banda Halestorm e eu estou super viciada. Mas na fic a música é da banda do Alexander.


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