1. Spirit Fanfics >
  2. Rock of Love >
  3. Tortura

História Rock of Love - Tortura


Escrita por: LudVenuto

Notas do Autor


Olá pessoas.
Estou de volta com um capitulo para vocês. E desta vez eu nem demorei tanto. :D

Boa leitura :)

Capítulo 31 - Tortura


 “ Assim como ela, eu me coloquei de pé, e no me instante ela empurrou algo contra meu peito. Peguei-o, vendo que, na verdade, era uma foto. E assim que vi a foto meus olhos se encheram de água e meu corpo caiu novamente no banco.

- Eu tentei ficar com Alex por bem, me humilharam, agora é por mal. – E começou a se afastar de mim.

Meus olhos voaram até a foto que estava em minhas mãos. Senti meu peito doer e o ar sumir de meus pulmões diante daquela imagem. Eu me vi totalmente sem forças ali.

Com toda certeza eu não deveria ter deixando Alex ir naquela missão idiota. ”

 

Piper Chapman

- Alex. – sussurrei baixo, como se fazendo isso a minha morena voltasse para meus braços.

Em vez disso, eu tinha em minhas mãos uma foto de Alex amarrada em uma cadeira desacordada. Em sua cabeça tinha algum corte ou machucado que parecia está jorrando sangue, em vista que sua cabeça e blusa estavam completamente ensaguentadas.

Como isso foi acontecer com a minha Alex? Eu não deveria ter a deixado ir.

- Slyvia! – Gritei, atraindo atenção de algumas pessoas, mas a maldita mulher que havia me entregado a foto já estava longe.

Minha visão ficou embasada por causa das lágrimas. Meus lábios salgados pelas gotinhas que ali caíram. Apertei a foto com força contra meu peito e chorei. Chorei como nunca havia chorado antes.

Não sei quanto tempo fiquei ali chorando, só sei que quando decidi me levantar ir embora meus olhos doíam e eu me via sem forças. Meu peito já estava destruído.

Caminhei de volta até a cobertura de Alex, com as lágrimas sempre a sair por meus olhos. A dor que aquela foto havia em causado era grande. Eu me sentia sem chão. Sem mundo. Afinal, Alex é o meu mundo.

Eu estava perdida.

De volta à cobertura, assim que a abri a porta alguns pares de olhos se voltaram para mim. Red e Nicky tomaram um susto ao ver meu estado. A russa correu até mim e me recebeu em seus braços. Levou as suas mãos até meus cabelos e fez ali um cafuné, tentando conforta-me.

A foto que estava em minha mão caiu em direção ao chão, e eu me encolhi mais nos braços de Red, chorando ainda mais.

- É tudo culpa minha, Red. – disse entre soluços.

- Pequena, independente do que for que você esteja falando, não é culpa sua.

Ela me levou até o sofá e nos sentou ali, levando minha cabeça até seu colo e acariciando meu rosto. Nicky surgiu a nossa frente e me entregou um copo com água. Mesmo sem forças eu a agradeci e tomei alguns goles.

- Piper... – disse uma voz que logo reconheci como sendo de Poussey. – Me desculpe perguntar assim, mas de onde você tirou essa foto? – Perguntou e eu levantei meu olhar, vendo a foto que Slyvia havia me entregado em suas mãos.

- Slyvia. – disse baixinho, quando inaudível.

- Slyvia? – Nicky arregalou os olhos, com surpresa e espanto. – Aquela vadia te entregou isso?

- Sim. Eu a encontrei no Central Park, e ela me deu essa foto, dizendo que a culpa é toda minha, e eu concordo com ela.

- Eu já te disse Piper, a culpa não é sua. Não é de ninguém!

Eu olhei em volta, vendo espalhados por ali Poussey, Taystee, Mendez e alguns outros agentes. Todos que estavam na missão com Alex. Todos estavam ali. Todos, menos Harrison e a minha Alex.

Levantei minha cabeça do colo de Red e caminhei até Poussey, parando em sua frente e a olhando com um olhar desesperado e perdido.

- P, onde está a minha Alex? – Perguntei e ela abaixou seu olhar e fitou o chão.

- Eu não sei.

- O que? Como assim não sabe? Ela estava com você!

- Eu sei... – sua voz falhou. – Eu sinto muito Piper.

- Piper... – Taystee que estava mais retraída se aproximou e apertou levemente meus ombros. Olhei em seus olhos e pude ver tristeza. – Podemos conversar?

Concordei com um movimento de cabeça e ela me levou até o sofá, sentado-me ali novamente.

- Piper, aconteceu algo. – Poussey disse baixo, com receio.

- Conte-me logo, P. – pedi a ela, desesperada. – O que aconteceu com a Alex?

- Não sabemos o que aconteceu exatamente. – disse, tentando manter a calma. – Sabemos apenas que Alex e Harrison sumiram.

- O que? Como assim?

- Nós éramos quatro grupos, liderados por mim, Taystee, Harrison e Mendez. Alex estava no grupo do Harrison.

- Tudo bem. Isso eu entendi.

- Okay. – Poussey suspirou e se sentou ao meu lado no sofá. – O galpão ficava no meio de uma floresta e próximo dele havia uma cabana. Então decidimos que cada grupo exploraria uma área. Harrison e seu grupo ficaram com a cabana.

- Aqui querida, tome. – Red havia indo até a cozinha e agora voltará com novo um copo de água para mim. 

Agradeci e tomei um gole, logo em seguida fiz um sinal para que Poussey continuasse.

- Bom, não sabemos como aconteceu, apenas de que uma hora pra outra eu perdi o sinal dos pontos de Harrison, Alex e dos outros agentes que estavam com eles. Estranhei aquilo, então eu mais o restante dos agentes que nos acompanhavam fomos até a cabana e... – sua voz falou e ela abaixou a cabeça.

- Encontramos os corpos de quatro agentes. – Taystee continuou. – E Alex e Harrison haviam desaparecendo. Ficamos sem saber o que fazer. Vasculhamos toda área, mas não achamos nenhum sinal deles.

- Era uma armadilha? – Perguntei e ela acenou em positivo.

- Não havia nada no galpão. Nem Kubra, nem Fahri. Aqueles desgraçados armaram uma armadilha para nós. A única coisa que encontramos foram os corpos de Cameron e Ross. – Mendez contou com raiva em sua voz.

- E agora essa foto que Slyvia te entregou confirma nossa teoria de que eles foram realmente sequestrados. – Taystee posou sua mão em meu ombro direito. – Iremos encontrá-los. Iremos achar Alex e Harrison vivos. Eu te prometo isso. 

Ficamos todos em silêncio. Meu peito doía em saber que Alex estava nas mãos daqueles desgraçados. Eu deveria ter ouvido o que meu coração dizia e não te a deixando ir naquela missão estúpida. E agora eu não sabia onde ela estava e como estava.

- Então aquela desgraçada da Slyvia está envolvida com Kubra e Fahri? – Nicky interrompeu o silêncio, dizendo entredentes. Ela parecia querer socar algo.

- Isso não me surpreende. – comentou Poussey. – Já que foi ela que apresentou Alex para Fahri. E nós não sabemos o que ela fez durante todos esses anos. Talvez eles nunca tenham perdido contanto.            

- Eu vou matar aquela vadia!

- Você não vai fazer nada, Nicky. – Red a repreendeu. – Não faça nenhuma bobagem por aquela mulher. Deixe que Poussey e os outros agentes cuidem dela.

Nicky não pareceu concordar com aquilo, mas não tornou a dizer mais alguma coisa relacionada ao assunto. Ela apenas assentiu com a cabeça e se despediu, seguindo para o seu quarto.

Eu sabia que não conseguiria dormir, mas também queria me retirar da sala e me jogar na cama de Alex. Queria vestir alguma roupa sua e me agarrar ao seu travesseiro, tentando senti-la o mais próximo de mim possível. Eu precisava daquilo.

- Bom gente, nós vamos embora. – Poussey avisou. – Passamos aqui apenas para avisá-las, mas agora precisamos ir. Tentaremos descansar um pouco desse dia exaustivo e já iremos começar as buscas por Alex e Harrison.

Ela mais os outros agentes se despediram de mim e Red e nos prometeram achar Alex o mais rápido que conseguissem, e depois deixaram o apartamento. E assim que eles passaram por aquela porta eu me joguei nos braços de Red, procurando ali algum conforto.

Alex Vause

Que dor! Minha cabeça doe. Meus olhos estão pesados. Eu não me sinto bem.

Faço força para abrir meus olhos e com muito custo consigo, mas me arrependo no instante seguinte. Um forte clarão me deixa cega e aumenta ainda mais a dor em minha cabeça.

Fecho novamente meus olhos.

Alguns minutos depois torno a abri-los. Olho em volta com dificuldade por conta da dor e pela falta dos meus óculos. Fecho os olhos mais algumas vezes até me acostumar com aquela luz, e logo depois começo a olhar ao redor, tentando descobrir onde estou.

Tento me mexer, mas meus movimentos são impedidos. Olho para baixo e vejo que estou amarrada em uma cadeira. Forço um pouco as amarras e me remexo toda na cadeira, mas não consigo me soltar. As amarras estão muito bem amarradas.

- Droga! – xinguei baixo. – Onde será que estou?

Paro de tentar força as amaras e começo a observar o lugar onde estou. O espaço é pequeno. As paredes estão machadas e mofadas. A luz que tanto em incomodou veio de uma janela a minha direita. A minha frente há uma porta e ao meu redor não tem nada. A única coisa que tem dentro dessa sala é a cadeira onde estou presa.

Abaixo minha cabeça e vejo meu óculos jogados próximos aos meus pés. Observo meu corpo. Estou sem o colete do FBI e as minhas armas não estão nos coldres.

Sinto uma forte pontada em minha cabeça e logo em seguida sinto algo escorrer por meu rosto, o que reconheço como sangue quando o liquido caiu em minhas coxas.

Que droga! Estou sangrado!

A pontada em minha cabeça vai ficando mais forte, e ficando mais forte, até que minha visão escurece e eu apago.

* * *

- Você me prometeu Alex!

Uma Piper raivosa grita para mim. Novamente não sei onde estou. Na minha frente agora está a minha linda namorada que me encara com raiva. Seus olhos transbordam tristeza e raiva.

Ela aponta o dedo para mim e novamente grita:

- Você me prometeu Alex! Prometeu que voltaria para casa sã e salva. E adivinha só? Você não voltou.

Sinto meus olhos se encherem de lágrimas diante das suas palavras.

- Me perdoe Pipes. Me perdoe. – as primeiras lágrimas saem por meus olhos. – Eu não queria. Por favor, me perdoe.

Ela nega com a cabeça. Lágrimas também saem por seus olhos. Meu peito doe por vê-la sofrer. Doe por saber que eu sou o motivo de seu sofrimento.

- Você prometeu! – sussurra e sua figura começa a desaparecer das minhas vistas.

- Não! – grito. – Piper, volte aqui. Por favor, não me deixe. Eu te amo. Me perdoe meu amor.

Ela some completamente da minha visão e na mesma hora sinto uma água gelada bater contra meu rosto.

 

Sinto algo gelado bater contra meu rosto e eu acordo na mesma hora.

- Não! – grito desesperada. – Piper!

Ouço risadas.

Meus cabelos, meu rosto, minhas roupas estão molhadas. As risadas continuam. Abro meus olhos e vejo... Larry? Sim! Eu vejo Larry e mais dois homens ao seu lado. Estão todos rindo, e nas mãos de Larry está um balde vazio.

- Acordou bela adormecida? – pergunta entre o riso. – Precisei jogar água em você para que calasse a boca.

- O que? – Pergunto baixo, tentando entender o que estava acontecendo ali.

- Você não parava de falar: Piper. Piper me perdoe. Me perdoe Piper. – diz um dos homens que estava ao seu lado, debochado.

- Eu não aguentava mais ouvir sua voz suplicando o perdão da minha Piper. – Fala Larry entredentes, raivoso.

Foi tudo um sonho. Mas ainda sim, eu prometi que voltaria sã e salva para casa e eu descumprir minha promessa. Magoei Piper.

Começo a me situar de onde estou. Ainda estou amarrada a cadeira no meio de um quarto mofado e vazio. Estou só, a não ser pelos três babacas a minha frente que ainda riem pelo fato de terem jogado água em mim.

- Larry? – digo baixo e eles param de rir e me encaram. – Você está envolvido nisso tudo?

- Fahri fez contanto comigo. – falou com desdém. – Me contou seu plano e eu vi ali uma ótima oportunidade para conseguir o que eu quero.

- Você é patético. – Larry bufou e me deu um soco no rosto. Meu rosto virou pelo impacto e senti meu lábio inferior arder. Ele pegou meu queixo e me forçou a olhá-lo.

- Posso ser um patético, mas não sou quem está preso aqui. Enquanto você estiver aqui suplicando pelo perdão de Piper, eu estarei a consolando. Enquanto você está aqui gritando de dor, eu vou está fodendo aquela bocetinha deliciosa dela com todas as minhas forças.

Uma fúria sem tamanho tomou meu corpo quando o ouvir falar daquela forma da minha Piper. Trinquei meu maxilar e tentei me soltar, fazendo com que os três rissem.

- Não fale assim da minha Piper! – dei um chute no meio das suas pernas e ele caiu no chão, chorando de dor. – Não ouse chegar perto dela seu babaca. Piper nunca ficará com um inútil como você!

Seus dois amigos o ajudaram a se levantar e ele me olhou com ódio. Se aproximou da cadeira e começou a me socar com fúria. Eu podia ouvir os outros dois rindo ao fundo enquanto Larry desferia socos por meu rosto e barriga.

Larry ficou alguns minutos me socando. Eu sentia minhas forças se esvaziando a cada soco que dava. A vontade de fechar meus olhos e apagar era imensa, mas não daria esse gostinho a ele. Aguentei firme cada pancada.

- Larry, já chega! – disse um dos homens. – Você sabe que eles não a querem morta.

- Tudo bem. – concordou. – Vocês estão certos. – virou-se para mim. – Até que essa vadia aguentou, ainda está acordada.

Abriram a porta e deixaram o cômodo, mas antes Larry veio até mim e chutou a cadeira onde eu estava. Meu corpo doeu com o impacto e um grunhido baixo saiu pelos meus lábios. Escutei a porta fechar e só então me permiti fechar os olhos.

* * *

- Meu amor, acorde. – Uma voz doce pedia enquanto acariciava meu rosto.

Abri meus olhos e me deparei com o rosto de Slyvia praticamente colado ao meu. Sua mão estava em minha bochecha onde ela fazia alguns carinhos. Me afastei assustada e ela me olhou confusa.

- Slyvia?

- Sim, sou eu meu amor. – tentou se aproximar e eu me afastei mais. – O que está fazendo?

- Fique longe de mim.  

- Eu apenas quero te ajudar.

- Você me sequestrou, sua maluca! – gritei. – Eu não quero sua ajuda! Eu te odeio!

- Não fale assim. – pediu, enchendo os olhos de lágrimas. – Você me machuca desse jeito.

- Eu não ligo. Eu te odeio! Eu odeio você por tudo que já me fez.

- Como pode ser tão ingrata? Eu te trouxe comida e água e você me trata assim? – apontou para uma bandeja em cima de uma mesinha e só agora eu fui começar a reparar onde estava. – Vou deixar você pensar e mais tarde eu volto.

Slyvia deixou o quarto e comecei a rolar meus olhos pelo cômodo. Eles haviam me tirado daquela sala mofada e agora eu estou em quartinho do mesmo tamanho, mas agora as paredes estão pintadas em uma cor mais clara.

Estou sentada em uma cama com um colchão duro e desconfortável, mas ainda sim é melhor que uma cadeira velha. Ao lado da cama há uma mesinha onde está a bandeja com comida e água deixada por Slyvia. Esse quarto, diferente do outro, não há janelas e a porta é de ferro. Uma luz fraca ilumina o quarto, batendo diretamente na parede onde a cama está encostada, consequetemente, batendo em meu rosto.

Olho novamente para a mesinha e encontro meu óculos, o pego e o coloco no rosto, enxergado no mesmo instante com mais clareza. Volto minha atenção para a bandeja e minha garganta se aperta de sede. Pego o copo e bebo o líquido em um só gole.

Foi só tomar a água que meu estômago deu sinal de vida e começou a reclamar pela falta de comida. Olho novamente para a bandeja. Há apenas um pão e uma maça ali. Ambos não estão com uma cara muito boa, mas a fome fala mais alto e eu como a maça e o pão em um piscar de olhos.

Com meu estômago um pouco mais satisfeito, - apenas um pouco, pois ainda sinto fome. – me encosto-me à parede e agarro meus joelhos, os dobrando e colocando meu rosto no vão entre eles e começo a pensar.

Há quanto tempo será que eu estou aqui? – eu me perguntava em pensamentos. – Quanto tempo que eu  fiquei apagada? Como será que está a minha Pipes?

E foi meio a tantos pensamentos que eu mais uma vez apaguei.

* * *

Acordo assustada e com o corpo todo dolorido. Um gemido sai por meus lábios por conta de todo desconforto que estou sentido. Minha cabeça ainda lateja, mas não tão forte quanto antes. Me ajeito na cama e logo o motivo que me acordou ficou mais forte.

Vozes conversavam animado e ao mesmo tempo sério do outro lado da porta. De imediato reconheço a voz de Larry e um instante depois a voz de Slyvia. Além deles há mais duas vozes masculinas, porém essas eu não reconheço.

A porta se abre e quatro pessoas entram no quarto, rindo e me observado animados.

- Vadiazinha, vamos brincar de novo? – Larry pergunta com desdém, vindo até mim.

- Larry, eu não quero que soque o seu belo rosto de novo. – Slyvia fala para ele. – Ele precisa está lindo e radiante para mim.

- Argh! Tudo bem, Slyvia. – resmunga. – Não irei tocar em seu rosto.

- Muito obrigada.

- O que vocês querem? – Pergunto entredentes e com raiva na voz.

- Acha mesmo que está em posição de falar assim conosco, Vause? – O asqueroso e narigudo para a minha frente. – Você não é nada!

- Sou muito mais que você. – cuspo em seu rosto e ele me encara com ódio, limpa o rosto e vem pra cima de mim.

- Larry! – repreende um dos homens. – Agora não é hora para socos.

Larry não parecia concordar com aquilo. Seus olhos transmitiam fúria e eu sorri diante disso. O bebezinho estava irritado.

- Você me paga sua vadia. – disse e a contra gosto ele deixou o quarto, mas não sem antes berrar para os outros dois homens: - E andem logo com isso!

Os outros dois homens começam a andar em minha direção, mas Slyvia levanta a mão e os para, olha para mim com um sorrisinho debochado e fala:

- Garotos, eu quero falar com ela primeiro. – eles assentem e ela se senta ao meu lado na cama. – Sabe Vause, foi tão adorável ver a cara de desespero e medo da Piper quando eu entreguei a ela uma foto sua descordada, sangrado e presa.

- O que você fez com ela? – perguntei com fúria e Slyvia gargalhou. – Fiquei longe dela sua vadia!

- Não se preocupe meu amor. Ela já está sofrendo.

Meu peito doe pela fala de Slyvia. Ela já está sofrendo. Meus olhos se enchem de lágrimas e algumas gotinhas caem e percorrem minha bochecha. Minha Pipes está sofrendo e é tudo culpa minha.

- Não chore querida. – Slyvia tenta limpar minhas lágrimas, mas eu me afasto com rispidez. – Logo, logo Larry irá consolá-la e ela ficará bem.

- Cala a boca! – grito e avanço para cima dela, acerto um soco em seu rosto e quando iria desferir o segundo os dois homens se intrometem e me seguraram.

Tento me soltar de seus braços, mas esse tempo todo presa, o machucado em minha cabeça e os socos de Larry me deixaram fraca. Eles aplicaram um mata leão em mim e aos poucos o oxigênio foi deixando meu corpo, eu fui perdendo a consciência, até que apaguei.

Quando eu recuperei a consciência já não estava no mesmo quarto que antes. Agora eu estava em um quarto com paredes azul claro desbotado. Tentei me mexer, mas não consegui. Novamente estava presa.

Desta vez estava presa em uma maca. Meu corpo estava deitado e meus braços e pernas estavam amarrados no ferro que havia nas laterais da maca. Dos dois lados da maca havia uma mesa repleta de instrumentos médicos e fios estavam presos em meu peito e cabeça. Estranhei, mas já tinha uma ideia do que iriam fazer com aquilo.

Olhei para o lado e vi meus batimentos cardíacos sendo monitorados por uma telinha. É, com toda certeza eu estou certa.

Choque.

Iriam me dar choques.

Mas que droga! Eu odeio levar choques!

Levantei meu olhar para o teto e vi que no canto da sala tinha uma câmera voltada para mim. Sorri debochada para a câmera. Eles devem está vendo isso.

- Ei, seus idiotas. – gritei. – Andem logo com isso. Vamos acabar logo com essa porra.

No mesmo instante a porta se abriu e dali passou um homem vestido um jaleco branco onde havia escrito Dr. Smith, e atrás dele estava o babaca do Larry e um dos homens que havia me aplicado o mata leão.

- Não está se achando muito abusiva não? – Larry questionou. – Espero que goste de levar choque, Vause.

- Está tudo pronto, doutor? – Perguntou o outro homem.

O tal Dr. Smith conferiu os fios que estavam presos em mim e sorriu irônico, se voltou para o homem e disse:

- Sim, Luke, tudo pronto.

- Vamos começar com algo leve. – disse Luke. – Por favor, doutor, voltagem mínima.

Novamente o Dr. Smith sorriu. Ele foi até um computador que havia no canto do quarto e eu escutei o barulho de seus dedos apertando algumas teclas.

Eu comecei a sentir meus músculos se contraírem e uma dor percorreu todo o meu corpo. Me contorci na maca pelo choque e os homens no quarto riram, esperando ansiosos por algum gemido ou barulho de dor vindo de mim, mas eu não daria esse gostinho a eles. Eu aguentaria tudo calada.

Quando o choque parou de percorrer por meu corpo, o Dr. Smith veio até mim e conferiu estava tudo bem comigo. Pelo jeito eles não queriam um estrago muito grande.

Ao confirmar que estava tudo bem com meu corpo, o homem sorriu e se virou para os outros dois que estavam no quarto, perguntando animado:

- O que acham de aumentarmos a voltagem?

- Eu acho que seria ótimo. – Larry concordou. – Por favor, Smith, aumente a voltagem.

O doutor voltou para trás do computador e mais uma vez eu senti meus músculos se contraírem. A dor voltou a percorrer meu corpo, porém, desta vez elas eram mais forte.

Voltei a me contorcer na maca, assim como os três homens voltaram a rir.

- O que acham de gravarmos isso, heim? – escutei Larry sugeri para os homens. – Podemos mandar para a minha Pipes. Com certeza ela irá adorar o presente.

Apesar de toda dor, mais uma vez um fúria se apossou de mim. Ouvir Larry chamando Piper como sua me dava nojo, ódio. E o fato deles quererem gravar isso e mandar para a minha Piper doía meu peito. Tudo bem eles me machucarem, mas ela não.

Mas infelizmente eu não podia fazer muito coisa. Eu mal conseguir falar com todo aquele choque percorrendo meu corpo. Apenas fechei meus olhos e aguentei tudo calada.

Novamente os choques acabaram e o Dr. Smith veio conferir o meu corpo.

- Ela é forte. – falou aos dois homens. – Está aguentado tudo calada. Confesso que você está me surpreendendo.

- Vamos ver se ela continuará a surpreender se aumentarmos a voltagem. – disse o tal de Luke, maléfico. – Por favor, doutor.

E a tortura com choque continuou.

A cada novo choque eles aumentavam a voltagem. Meus músculos doíam. Todo meu corpo doía, mas em nenhum momento eu fiz algum barulho. Fiquei o tempo todo calada, me contorcendo na maca.

Em minha mente vinham imagens de Piper. Da minha bela namorado dormindo, sorrindo, com carinha de brava, brincando com Apolo e séria, concentrada em seu trabalho. Todas essas imagens passaram por minha cabeça, me dando forças para aguentar cada novo choque que me era dado. Ela era meu mundo, meu motivo para viver. E era por ela que eu aguentaria cada choque. Era do meu amor por ela que eu tirava forças para permanecer firme.


Notas Finais


Confesso que esse capitulo me agradou bastante. Saiu do jeito que eu tinha imaginado. Espero que tenha agradado vocês também.

Até o próximo capitulo da nossa saga Vauseman <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...