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História Rock of Love - Tortura (parte II)


Escrita por: LudVenuto

Notas do Autor


Olá pessoas.
Não tenho muito o que falar, então...

Boa leitura :)

Capítulo 32 - Tortura (parte II)


Alex Vause

Novamente meu rosto foi empurrado naquela bacia cheia de água e gelo. Eu sentia aquela água gelada entrado por minhas narinas e atingido meus pulmões. O ar começou a me faltar e eu a me contorcer. Larry puxou minha cabeça para fora da bacia e sorriu.

- Gostando de tomar banho, vadia?

Meu peito subia e descia em um ritmo rápido, tentando desesperadamente puxar algum ar para meus pulmões, ao mesmo tempo em que eu tossia e expulsava toda aquela água dos pulmões.

- Pra que ficar se fazendo de forte, Vause? – perguntou ele, debochado. – Por que não grita logo? Reclame de dor. Reclame de sofrimento.

Eles já haviam feito de tudo comigo. Já havia me batido de várias formas, me deixaram com fome e sede, me afogaram e até a tontura oral fizera, mas em nenhum delas eu gritei ou muito menos reclamei. Aguentei tudo calada, deixando-os frustrados. Eles esperavam gritos de dor de mim, mas eu não daria esse gostinho a eles.

E mais uma vez empurra minha cabeça dentro da bacia e a forçaram contra ela durante vários minutos, me fazendo quase perder a consciência. Quando saí de dentro dela, mais uma sequência de tosse começou.

- Ei, Larry. – um homem, Luke, o chamou. – Chega por hoje. Já são quase seis da tarde e você está com ela desde cedo. Ela precisa descansar para aguentar mais amanhã.

- Ela é forte, aguenta mais uma. – Tentou empurrar minha cabeça novamente contra a bacia, mas Luke o interrompeu dizendo:

- São ordens do chefe.

- Argh! Tudo bem. – me largou no chão e se levantou do banquinho onde estava sentado. – Até amanhã.

Larry deixou a enorme sala onde estávamos e Luke se aproximou de mim. Me tacou uma toalha e eu a peguei, secando meu rosto. Depois ele me pegou pelo braço e me arrastou por vários corredores até chegar ao quarto onde ficava presa.

Eu já estava me acostumado com toda aquela rotina. Eu mal dormia naquela desconfortável cama e comida e água que em davam eram horríveis. Passava a maior parte do tempo com Larry e alguns outros homens que estavam sempre a me bater ou aprontar outra comigo. Não sabia quanto tempo estava aqui, mas para mim, parecia uma eternidade.

Luke me jogou no colchão duro da cama e passou pela porta de ferro, a trancando logo em seguida. Olhei para mesinha ao lado da caminha e havia um pão e mais um copo de água. Os ataquei no mesmo instante.

Quando terminei de comer, peguei o colchão e o coloquei em um canto do quarto. Pelo colchão ser muito fino e já estar desgastado, as barras de ferro da cama machucavam minhas costas. E em minha opinião, eu já estava dolorida e machucada o suficiente.

Deitei no colchão e senti minhas costas estalarem e doerem. Aqueles chutes que havia levado de manhã estavam doendo. Fechei os olhos com força e tentei ignorar toda dor que sentia. Levei meus pensamentos até Piper e fiquei a imaginar nós duas juntinhas, agarradas debaixo do edredom trocando beijos e caricias. Os doces gemidos que escapam por seus lábios quando eu atacava seu pescoço. Ela me amando e me esquentado da fria noite de Nova York.

Ah, Piper, eu sinto tanto a sua falta. Me perdoe por não voltar para casa.

Mais uma vez a perdi perdão por não cumprir minha promessa e só então me permiti dormi, nem que fosse por apenas por alguns minutos como costumava ser.

Piper Chapman

Cinco dias.

Havia cinco dias que eu não sentia o corpo de Alex colado ao meu. Seus lábios carnudos não tocavam os meus há exatos cinco dias!

Há cinco dias eu não sabia onde ela estava e nem como estava. Eu mal comia, na verdade, eu não ligava para mim. Apenas queria que minha Alex voltasse logo para os meus braços.

Poussey e os outros agentes procuraram Alex e Harrison por toda parte, mas não encontraram um fio de cabelo se quer. Eles também mal dormiam e comiam. Estavam completamente concentrados nas buscas.

Nicky nos últimos cinco dias estavam em uma fúria sem tamanho. Ela comprou um saco de pancadas e o instalou no meio da sua sala, e era só ali que ela ficava agora. Nos primeiros dias suas mãos haviam ficado machucadas por conta dos socos, então ela comprou um par de luvas e resolveu o problema.

Alexander e Red também não estavam nada bem. Eles tentavam ser fortes por mim e Nicky, mas o medo e desespero estavam estampados em seus rostos.  

Esses cinco dias sem a Alex não estava fazendo bem a ninguém.

Até Apolo estava sentido. Ele chorava muito a noite e durante o dia ele não saia de perto da porta, com esperanças que ela passasse logo por ali.

E agora eu estava sentada no enorme sofá branco da sala, encarando a televisão desligada. Aquela tarde estava fria, assim como tudo estava ao meu redor sem Alex por perto para me aquecer.

Olhei para minhas mãos e vi minha aliança de compromisso ali. A levei até ponta do dedo, a rodando. Olhá-la me doeu o peito, mas também me encheu de esperanças de reencontrar minha morena.

- Oi pequena. – Red se sentou ao meu lado no sofá. Em suas mãos havia um prato com um sanduíche e na outra um copo com suco de laranja. – Você precisa comer.

- Não sinto fome, Red.

- Mas precisa comer. – insistiu, empurrando o prato para mim. – Alex não gostaria que ficasse doente.

A russa sempre me ganhava com esse argumento. Era só ela falar sobre as vontades de Alex que eu fazia o que ela queria. Era como se eu fazendo isso, eu conseguisse trazê-la de volta pra casa.

Sem nenhuma vontade de comer, eu peguei o prato das mãos de Red e dei uma mordida no sanduíche. Tive que fazer um esforço enorme para engolir. Não porque estava ruim, pois estava uma delicia, mas sim porquê meu estômago realmente não queria aquilo.

Dei uma mordida ou outra no sanduíche e tomei alguns goles de suco e devolvi o copo e o prato para Red. A russa sorriu fraco, ela já havia conseguido muito de mim com essas pequenas mordidas.

Suspirei cansada e passei a observar os pequenos flocos de neve que começavam a cair através de janela. Aquele branco tão intenso só conseguia me fazer pensar ainda mais em Alex. Meu Deus! Eu estou com tanta saudade e preocupação que acho que se eu continuar nesse estado por mais alguns minutos eu irei enlouquecer!

Precisava manter a mente ocupada em outras coisas. E por isso eu resolvi pegar meu notebook e checar meus emails. Como não estava indo à gravadora nesses últimos dias, Maritza havia me avisado que tinha me mandando os documentos mais importantes no meu email para que pudesse analisá-los.

Não estava com cabeça para trabalho, mas era o melhor que eu tinha no momento.

Analisei vários documentos, o que foi ótimo, pois por alguns minutos eu consegui pensar em algo que não fosse Alex. E no meio de tantos emails sobre a gravadora e contratos, um me chamou atenção.

O endereço de email de quem havia me mandado era desconhecido, mas o que realmente me chamou atenção foi que no espaço assunto estava escrito “ Alex Vause ”. Franzi o cenho, confusa e ao mesmo tempo curiosa.

Abrir o email e vi que era um vídeo. Mais estranho ainda. Peguei então um cabo HDMI e o conectei ao meu notebook e logo depois a televisão, podendo ver tudo o que estava em meu notebook agora no eletrônico. Abri o vídeo e na mesma hora meus olhos se encheram de lágrimas.

Uma imagem de Alex presa a uma maca e desacordada apareceu na tela. Alguns segundos se passaram até que ela acordou assustada. Tentou se mexer e olhou ao redor, para só então gritar:

- Ei, seus idiotas. Andem logo com isso. Vamos acabar logo com essa porra.

Escuto um barulho de porta se abrindo e logo depois uma voz que reconheço como de Larry fala:

- Não está se achando muito abusiva não? – Larry mais dois homens aparecem na imagem. – Espero que goste de levar choque, Vause.

- Piper. – Red surge na sala. – O que está assistido? – ela olha para tela e seus olhos se arregalam quando vê Alex ali. – De onde você tirou isso?

- Alguém me mandou por email. – contei a ela, ainda com os olhos cheios de lágrimas e vidrados na televisão.

- Está tudo pronto, doutor? – Perguntou um dos homens que acompanhava Larry, e o homem com jaleco conferiu alguma coisa em Alex e respondeu:

- Sim, Luke, tudo pronto.

- Vamos começar com algo leve. – disse o tal de Luke. – Por favor, doutor, voltagem mínima.

O de jaleco some da imagem e instantes depois Alex começa a se contorcer na maca e as primeiras lágrimas começam a sair por meus olhos. Alex continua a se contorcer na maca e os três homens na sala riem da cena, me fazendo transbordar de raiva e ódio.

Quando Alex parou de se contorcer, o de jaleco foi até e novamente a conferiu. Provavelmente percebendo que estava tudo certo, ele se vira para os homens e pergunta e animado:

- O que acham de aumentarmos a voltagem?

- Eu acho que seria ótimo. – escuto a voz asquerosa de Larry. – Por favor, Smith, aumente a voltagem.

Novamente o de jaleco – agora com um nome, Smith. – some da imagem e Alex volta a se contorcer na maca, assim como a risadas dos homens.

As lágrimas já corriam soltas por meus olhos e bochechas.

- O que acham de gravarmos isso, heim? Podemos mandar para a minha Pipes. Com certeza ela irá adorar o presente.

Escutei Larry sugeri para os homens e eu senti meu sangue ferver. Voltei minha atenção para Alex e eu vi fúria em seus olhos, ela fechou os punhos com força e continuou a se contorcer na maca.

- Ela é forte. Está aguentado tudo calada. Confesso que você está me surpreendendo. – Falou o Smith um tempo depois. E era verdade, durante todo esse tempo Alex não havia feito nenhum barulho. Aguentou tudo calada.

- Vamos ver se ela continuará a surpreender se aumentarmos a voltagem. – disse o tal de Luke, maléfico. – Por favor, doutor.

As imagens de Alex se contorcendo por causa dos choques que levava duraram mais alguns segundos, até que a imagem ficou preta.

- Meu Deus. – murmurou Red, se sentado ao meu lado no sofá. – O que estão fazendo com ela?

Red estava chorando, assim como eu, afinal não era nada fácil ver Alex sofrendo.

Uma nova imagem se formou na televisão. Desta vez Ales estava presa pelos pulsos em uma corrente e essa corrente estava presa ao teto, a deixando pendurada. Ela não usava mais camisa, apenas uma calça e o sutiã.

Em sua barriga e braços havia machas vermelhas e roxas e alguns arranhados. Seu rosto tinha uma expressão cansada e fundas olheiras. E sua magreza era evidente. Eles não deveriam estar dando comida a ela. Talvez o suficiente para deixá-la viva.

Mais uma vez eu escutei uma porta se abrir e logo depois passos, e eu vi a feição de Alex mudar para raiva. Um homem se aproximou de Alex e tocou seu rosto, e ela se afastou na mesma hora.

- Fahri. – rosnou. Sua voz estava baixa e rouca.

Então ele era o Fahri?

- Olá querida Alex. – disse e eu senti nojo da sua voz. – Você não sabe o tamanho que foi a minha decepção ao descobrir que foi você quem entregou o quartel.

Fahri que usava uma camisa social levantou as mangas até um pouco acima do cotovelo e começou a abrir o seu cinto.

- E minha decepção foi maior ainda quando me contaram que mais uma vez você estava ajudado o FBI. – tirou o cinto da calça e o dobrou no meio. – Confiávamos em você. Você era da família. – gritou raivoso. – E o que você faz? Você nos trai!

Fahri se posiciona atrás dela e bate forte em suas costas com o cinto, fazendo seu corpo ser impulsionado para frente. Um grito doído saiu por meus lábios. Já Alex apenas faz uma careta, mas não fez um barulho se quer. Fahri novamente bate em suas costas e as lágrimas voltam a correr por meu rosto.

- Isso é por você ter nos traído. – mais uma vez o cinto acerta suas costas. – Agora você irá pagar por tudo que nos causou! – esbraveja furioso.

Fahri continua a acertar suas costas com o cinto, várias e várias vezes. Suas batidas pareciam cada vez mais fortes. Meu coração estava em pedaços, e ele se quebrou mais ainda quando a vi sussurrar “Piper”. Aquilo foi o fim para mim.

Eu já não via mais nada por conta das lágrimas, apenas ouvia Fahri rindo e as batidas do cinto contra as costas de Alex. Red que também chorava se levantou do sofá e desligou a televisão, dando fim ao nosso sofrimento de ver aquelas imagens, mas não ao sofrimento de Alex.

A russa veio até mim e me abraçou. Me joguei em seus braços e trocamos nossas lágrimas.

As imagens daquele vídeo ficavam voltando à minha cabeça e mais vontade de chorar eu tinha. Machucava tanto saber que a pessoa que amo está sofrendo. E machuca ainda mais saber que ela está sozinha. Que eu não posso pega-la em meus braços e dizer que vai ficar tudo bem.

Não sei quanto tempo se passou que ficamos chorando, mas certo momento Red segurou meu rosto com as duas mãos e limpou minhas lágrimas e depois deixou um beijo em minha testa. E eu entendi a mensagem que ela queria me passar.

Ela estava aqui com comigo.           

Sorri o melhor que pude para a mulher e passei a ponta dos meus dedos por seu rosto molhado. Ela também abriu um sorriso e me chamou para ir até a cozinha onde ela me entregou um copo com água.

- Irei ligar para Poussey. – disse. – Talvez o vídeo possa ajudar a encontrá-la. – assenti e ela deixou a cozinha.

Trinta minutos depois Poussey, Taystee e alguns outros agentes chegaram à cobertura de Alex. Eles nos cumprimentaram e foram até a sala onde montaram uma base improvisada para analisar o vídeo e tentar achar uma possível localização de onde Alex e Harrison estavam.

- Ei, seus idiotas. Andem logo com isso. Vamos acabar logo com essa porra. – Escutei mais uma vez a voz rouca de Alex dizer aquela frase e na mesma hora eu caminhei até seu quarto. Não queria ver aquele vídeo de novo.

Alex Vause

Olhava fixamente para aquela porta de ferro.

Não sei que hora do dia era, mas julgava que já era de tarde, e estava impressionada por até agora ninguém te vindo até aqui para me bater ou fazer qualquer outra coisa que tem feito a mim nos últimos dias.

Escutava as pessoas conversando do outro lado da porta, mas nenhuma delas vinha até aqui.

Alguma coisa estava errada.

Olhei para o meu corpo e suspirei.

Estava descalço e usava uma calça moletom cinza e uma blusa branca que eles haviam me dado. E a blusa já estava até de uma cor amarelada e cinza por conta da sujeira. Já fazia um tempo que não trocava de roupa.

Mas o motivo do meu suspiro mesmo era as várias marcas que eu tinha espalhadas por todo o meu corpo. Algumas ainda doíam. Outras apenas estavam ali. E as que mais me incomodavam eram as das costas, por conta das chicotadas que Fahri havia me dado. Elas ainda doíam muito e vez ou outra eu tinha a impressão de estarem sangrado. Infelizmente eu não podia fazer muito em relação a isso.

De repente todas as vozes que eu escutava ficaram em silêncio. Nada ali parecia fazer um barulho se quer.

Aquele lugar nunca esteve tão silêncio. Era sempre uma barulheira.

E então a porta se abriu e ele apareceu.

- Kubra Balik.

- Alex Vause.

Piper Chapman

- Oi. – disse tímida assim que entrei na sala e todos olharam para mim.

- Oi. – Taystee e Poussey disseram juntas e sorriram pela coincidência. 

Sorri sem mostrar os dentes para as mulheres e deixei a sala, dando espaço para que trabalhasse, afinal, queria que eles encontrassem a minha Alex logo.

Já na cozinha eu encontrei Red, Nicky e Alexander conversando algum assunto aleatório apenas para tentar se distraírem. E ao me verem, os três abriram um sorriso gentil para mim e eu o retribui.

Me sentei em um dos banquinhos enfrente ao balcão, ao lado de Nicky, e Red me entregou um copo com suco. Agradeci e tomei um gole.

Conversamos por um tempo, mas foi mais uma coisa um pouco forçada, pois nenhum de nós queria realmente conversar. Estávamos preocupados demais com Alex. Desanimados para qualquer coisa.

- Ei gente. – Taystee entrou na cozinha e nós quatro olhamos para ela. – Será que podem vir aqui um minutinho?

Em um pulo nos levantamos e praticamente corremos para fora da cozinha.

- Descobriram algo? – Alexander perguntou, afobado.

- Eu sinto muito, mas não. – e toda a esperança que eu havia sentido sumiu em um piscar de olhos.

- Então por que nos chamou? – Eu estava estressada por toda essa situação.

- Vamos do inicio. – Poussey fechou os olhos e depois voltou a nos olhar. – Tentamos descobrir uma localização através do endereço do email. Estávamos tentando descobrir o IP do computador que enviou o email para então achar uma localização. Mas não conseguimos nada. Esses caras sabem se esconder.

- Mas no meio disso tudo nós acabamos por achar uma foto. – disse Taystee.

- Uma foto? – Nicky questionou a ela.

- Sim. – sorriu levemente. – Essa foto aqui. – nos mostrou a tela do notebook.

A foto era uma imagem do Harrison. Seu rosto estava tão magro e cansando quanto o de Alex. A imagem em si não tinha nada de mais, porém havia um endereço de IP. E aquilo significava uma localização.

E pela primeira vez em dias eu pude abri um sorriso verdadeiro.

Alex Vause

- Alex. Alex.

- Kubra. Kubra.

- Você acha mesmo que está em posição para debochar? – perguntou raivoso. – Eu acho que não.

- E quem liga para o que você acha? – um riso escapou por meus lábios e logo depois eu senti o forte baque em meu rosto.

Meu rosto virou pelo impacto e eu senti um forte gosto de metal em meus lábios. Virei novamente o rosto e fitei Kubra. Ele estava com raiva.

- Acho que você deveria ter mais respeito por mim.

- Já eu acho o contrario. – seus olhos faiscavam raiva. – Ah qual é? Eu derrubei o maior quartel de drogas do país. E irei te colocar mais uma vez atrás das grades.

- Alex minha querida, você não está em posição de ameaças. – olhou em meus olhos. – Eu te tenho em minhas mãos.

- Não por muito tempo.

Kubra que estava em pé a minha frente colocou as mãos nos bolsos da sua calça e soltou um riso. Um riso asqueroso que doeu meus ouvidos.

- Eu realmente gostaria de saber seus motivos. – disse, deixando-me confusa. – Você estava conquistado um grande poder no quartel. Em pouco tempo seria uma das pessoas mais poderosas lá, e ainda sim nos traiu.

E foi a minha vez de rir.

- Kubra, olhe para minha vida na época do quartel e olha para minha vida hoje. – rodei a minha aliança, me lembrado de Piper. – Eu estava acabada. E hoje eu tenho tudo. Uma família. Amor.

- Serio que fez aquilo por amor? Família?

- Você não entende.

- Realmente eu não entendo. Como alguém pode jogar o poder no lixo por isso. – apontou minha aliança com desprezo.

- Pra que perder meu tempo falando com você? Você não compreenderia mesmo.

- Não é como se você tivesse muito o que fazer. – pontuou. – Na verdade, você não tem nem tempo. – debochou.

- Fale o que quiser Kubra. – revirei os meus olhos e virei meu corpo, me deitando no colchão e ficando de costas para ele.

- Você é tão patética Alex. – sua voz demonstrava toda a raiva que sentia por mim. – Mas quer saber?

- Não. – Eu disse, mas ele continuou a falar.

- Não importa. Você não importa.

- Você também não importa Kubra. – me virei e fiquei de pé. – Você não é a porra de um deus! – esbravejei e mais uma vez ele acertou meu rosto com um tapa. – Você não é nada! Ninguém se importa com você. Todos que te veneram, na verdade veneram o poder!

- Eu quero que você sofra Alex. – aproximou seu rosto do meu. – Quero que você sofra por tudo que nos causou. E então eu te matarei, e quando você estiver morta eu irei atrás da sua querida Piper.

- Não ouse chegar perto dela. – fitei seus olhos com fúria. – Não ouse se quer tocar em um fio de cabelo dela. Não fale o nome dela.

- Como eu disse. Você não está em posição de ameaças.

- Então tente a sorte.

Meus olhos ferviam de ódio. Podiam fazer o que quisessem comigo, mas na minha Pipes eles não tocavam um dedo.

Ele me olhou de cima a baixo, com tanta raiva quanto eu, e por fim disse:

- Eu irei embora. Já te privei demais do Larry. 

Kubra já estava passado pela porta quando eu disse:

- Já que tocou no assunto Larry. – ele me olhou. - Confesso que me decepcionou com a sua escolha. Ele me da um soco e tudo o que eu sinto é uma vontade imensa de rir.

O vi trincar a mandíbula. Kubra me olhou por uma ultima vez e deixou o quarto, e logo em seguida Larry entrou com seu sorriso sínico e nojento de sempre.

- Estava com saudades Vause? – revirei meus olhos e me preparei para mais algumas horas aguentado Larry.

* * *

Já fazia algumas horas que Larry havia ficado cansando de distribuir socos e chutes por meu corpo e deixou o quarto. Eu achava que não viriam mexer comigo mais hoje, porém estava extremamente enganada.

Eu estava deitada no colchão no chão, fitando o teto e sentido muita dor em minhas costas, mas o que podia fazer? Já estava cansada de ficar sentada e não tinha nenhuma força para ficar em pé.

Em meus pensamentos, como sempre, passavam várias imagens de Piper e momentos meus com ela. Eu sorria como uma boba ao me lembrar da perfeição que é a minha loira e meu peito chegava a doer de tanto amor que sentia por ela. E então a porta do quarto se abriu e eu não me dei ao trabalho de olhar quem era. Apenas mantive meus pensamentos na minha bela Pipes.

- Alex. – disse uma voz asquerosa que eu conhecia bem.

Completamente surpresa eu levantei meu olhar e fitei o homem parado ao lado da porta de ferro.

- Mendez?

- Olá Alex. – fechou a porta atrás de si e caminhou em passos lentos até mim. – Você não sabe há quanto tempo estou esperando por isso.

- Esperando pelo o que? – Perguntei confusa.

O que Mendez estava fazendo ali? – Eu me perguntava, mas em minha mente os pontos já estavam começando a se ligar.

- Para te foder com força. – se aproximou mais de mim e tirou uma seringa do bolso da sua calça. – Para mostrar a você o que é sexo de verdade. E não aquela coisa lésbica que você faz com aquela sua loirinha gostosa.

E mais uma vez o ódio percorreu minhas veias ao ouvir Mendez falar de Piper.

Me levantei do colchão em um pulo e o homem riu.

- Não abra essa sua boca nojenta para falar da minha Piper!

- Você fica ainda mais sexy irritadinha. Mesmo nesse estado que você está. – deu um pequeno riso. - Sabe Alex, desde que você ajudou o FBI a acabar com o quartel que eu tenho vontade de te mostrar o que é um homem de verdade. De te mostrar o prazer que um pau pode dar.

- Sinto muito te decepcionar, mas não é hoje e nem nunca que irá fazer isso.

- Ah, mas é hoje sim. 

Mendez agarrou minha cintura e me prendou contra seu corpo. Usei toda minha força para me soltar dos seus braços, mas todos esses dias presas aqui me deixaram fraca e eu não consegui muito resultado.

- Aceitei logo isso, Alex. – direcionou a seringa para um dos meus braços. – Será mais rápido assim.

- Nunca!

Mendez roçava seu membro contra meu corpo e aquilo estava me dando ânsias de vômito. Pisei em seu pé, ele grunhiu de dor, mas não me soltou.

- Sua puta! – Ele se preparou para enfiar a agulha em meu braço, mas todos os meus movimentos ficavam o dificultado e mais ele ficava nervoso.

 E eu iria mais uma vez pisar em seu pé quando escuto um forte estrondo que me deixou surda e impossibilitou qualquer movimento meu.

- Alex! 


Notas Finais


Queria soltar uns spoiler, mas prefiro o suspense xD

Até o próximo capitulo da nossa saga Vauseman <3


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