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História Rock of Love - New facts


Escrita por: LudVenuto

Notas do Autor


Olá pessoas.

Nada a declarar sobre o capitulo, somente um aviso. Provavelmente o próximo capitulo deva demorar um pouco para sair, já que essa semana estarei cheia de compromissos e seja provável que eu não arranja tempo para escrever. Mas não é certeza, talvez eu consiga escrever sim o capitulo,
Enfim...

Boa leitura :)

Capítulo 39 - New facts


Fanfic / Fanfiction Rock of Love - New facts

“ - Alex? – Piper me chamou e seu tom de voz estava estranho, assim como sua expressão.

Com um aceno de cabeça ela apontou para o centro da sala, e ao levantar meu olhar eu encontrei Poussey, Taystee e Harrison, os três com os olhares não muito bom, olhares receosos eu diria, mas ao mesmo tempo excitante, como se esperassem muito por algo. Mais ao canto estavam Red e Nicky.

Me  coloquei de pé, ainda com Apolo em meu colo, e esperei o que fosse acontecer em seguida.

- Alex, nós precisamos conversar. ”

 

Alex Vause

- Sim?

Harrison leva as mãos até seus cabelos. Um claro sinal de que algo o incomoda.

- Kubra e Fahri. – ele disse por fim.

Ao ouvir esses dois nomes, eu senti todo o meu sangue ferver de ódio e raiva. Eu queria apenas enfiar uma bala na cabeça de cada um deles.

- O que têm eles? – perguntei ríspida.

- Temos novas informações dos dois. – contou Poussey, se intrometendo no assunto. - O caso ainda está em andamento.

Eu sentia o olhar que Piper me lançava queimar minha pele. Eu sabia exatamente o que estava passando por sua cabeça. Que eu iria voltar para o caso e novamente ficaria em perigo e faria ela passar por toda aquela angústia de novo. Mas não. Eu tenho a consciência de que ela já sofreu demais por mim.

- Me desculpa gente, mas não posso ajudar vocês dessa vez.

- Nós sabemos disso, Alex. – disse Poussey, me deixando confusa. – Sabemos tudo o que passou e não estamos aqui para fazer você voltar para equipe. Isso é uma decisão inteiramente sua,

- Então... Por que estão aqui?

- Como eu havia falado, temos novas informações e todos nós concordamos que mesmo que você esteja fora do caso, você merece ficar a par dos novos fatos.

Soltei o ar que nem sabia que segurava. Relaxei meus ombros e deixei Apolo no chão.

- Obrigada. – ela apenas acenou com a cabeça. – Então, o que vocês descobriram?

- Podemos usar seu escritório? – perguntou Taystee, falando pela primeira vez no dialogo. – Sabe, para mostrarmos a vocês as imagens que descobrimos e outras informações.

- Ah, sim, claro. – E fomos todos para o meu escritório.

Já no escritório, Taystee tirou de dentro da bolsa que carregava um notebook e um projetor. Ela ligou todos os cabos necessários e em alguns instantes a tela do notebook estava projetada em uma das paredes do meu escritório.

- Bom, depois que eles seqüestraram você e o Harrison e nós achamos o esconderijo deles e tals, eles literalmente sumiram do mapa. – começou Taystee. – Não havia nada sobre Kubra e tão pouco sobre Fahri, mas isso vocês já sabiam.

- Nós continuamos as investigações, mas não estávamos encontrando nada. – continuou Poussey. – Mas acabamos por descobrir um apartamento.

- Um apartamento. – questionei.

- Sim. – respondeu Harrison que estava de braços cruzados e cara amarrada. – Eles estavam escondidos lá.

Nesse momento apareceram várias fotos do tal apartamento na parede. O prédio não estava em um estado muito bom. Provavelmente é do tipo barato e que não faz perguntas. Perfeito para eles ficarem a ali.

Taystee mostrou mais algumas fotos do edifício, porém de outros ângulos, e então continuou a falar:

- Nós colocamos alguns agentes para vigiar o prédio para podermos saber de todos os seus passos, mas nossa ideia foi por água abaixo por conta do pessoal deles que também vigiavam a região, impedindo nossos passos. Então tivemos que os observar a distância, mas...

Naquele momento o telefone de Harrison tocou, interrompendo a fala de Tasytee, que juntamente com Poussey o observou. Ele tirou o celular do bolso, olhou alguma coisa no aparelho e depois fez um sinal para que Tasytee continuasse.

- Continuando... Percebemos que eles estavam utilizando o prédio como uma espécie de base, já que sempre víamos pessoas entrando e saindo, além de várias entregas que foram feitas naquele endereço. Mas não conseguimos descobrir muito mais do que isso.

- Desculpe Taystee, mas aonde vocês querem chegar com isso? – perguntei, pois eu realmente não estava entendendo o objetivo deles com isso.

- Quero te deixar a par das novas informações e dos passos deles e dos nossos passos. Você merece isso.

- E eu agradeço por isso. Mas ainda não estou entendendo aonde quer chegar com isso.

- Para mim te contar o presente, eu tenho que primeiro te explicar o passado. – disse sabiamente. – Então para mim te contar as nossas ações hoje, eu gostaria de antes te mostrar como chegamos a esse ponto.

Assenti e fiz um sinal para que ela continuasse. E antes que recomeçasse a falar, Piper se aproximou mais de mim e abraçou meu braço, apoiando sua cabeça em meu ombro. Abracei seu corpo e beijei o topo de sua cabeça.

- Prosseguindo... Certo dia nós percebemos que o local estava praticamente vazio; havia poucos homens ali, provavelmente algo grande deve ter acontecido para que tivesse que sair dali. E nós vimos ali uma oportunidade perfeita que podia muito bem não acontecer de novo. Nós aproveitamos que o prédio estava vazio para colocar uma escuta ali, e foi a partir daí que tudo aconteceu.

Novas imagens foram mostradas. Fotos de agentes prendendo algumas pessoas ou entregas. Caixotes apreendidos com armas e drogas dentro. Fotos de todos os tipos de armas.

- Foi a partir dessa escuta que colocamos que nós descobrimos uma boa parte do esquema deles. – disse Poussey. – Entregas importantes, locais de esconderijos, enfim, milhares e milhares de informações em nossas mãos. O único problema era que ainda não tínhamos absolutamente nada sobre Kubra ou Fahri.

- Felizmente isso mudou alguns dias atrás. – contou Taystee com um sorriso no rosto. – Kubra e Fahri percebendo que estávamos descobrindo todo o esquema deles, viram que eles teriam que deixar a cidade por um tempo. E através da escuta que nos descobrimos que eles irão deixar a cidade daqui a dois dias.

Eu senti uma corrente elétrica percorrer todo o meu corpo ao ouvir isso. A adrenalina nas minhas veias. Taystee havia acabado de contar que Kubra e Fahri estão andando na direção de nossas mãos e eles ao menos perceberam isso.

- Se descobrirmos como e por onde eles irão deixar a cidade... – comecei a falar, mas fui interrompida por Poussey.

- Nós já descobrimos.

- O que?

- Nós já descobrimos como e por onde eles irão deixar a cidade. – respondeu calma e com um sorriso no rosto. – Às vezes eu me pego pensando em como eles foram tão estúpidos a ponto de nos contar todos os seus planos e nem se dar conta disso.

- Então vocês já sabem como e por onde eles irão deixar a cidade? – novamente perguntei. Não estava acreditado que aquilo estava realmente acontecendo.

- Sim, nós sabemos. – o sorriso ainda estava nos seus lábios. – Eles irão usar um helicóptero ilegal que não existe nos nossos sistemas, no caso...

- Se vocês não soubessem disso, eles irão usar um helicóptero desconhecido que não está nos sistemas e eles iriam fugir sem serem percebidos. – completei e ela assentiu.

- Mas, felizmente, nós sabemos. – disse Taystee. – E também sabemos que eles irão partir de um heliporto abandonado às 10 horas da noite daqui exatos dois dias.

- Eu não acredito nisso! Nós literalmente os temos em nossas mãos.

- E agora estamos organizando tudo para prendê-los daqui a dois dias. – Harrison disse serio. – Estamos tomando todo o cuidado para que nada dê errado para daqui a dois dias aqueles dois desgraçados estejam atrás das grades.

- Eu confio em vocês.  – eu disse mais para Harrison do que para Taystee ou Poussey. Não porque acredito mais nele do que nelas, mas porque eu sei o que ele está pensando. – Eu sei que vocês vão conseguir.

E pela primeira vez naquele dia, Harrison sorriu. E eu sorri, pois sabia que ele havia entendido o que eu estava tentando falar.

* * *

- Vocês não sabem o tamanho da adrenalina que estou sentido. É tanta excitação que está me dando arrepios.

Taystee, Poussey e Harrison já havia indo embora. Eles me contaram suas táticas com maiores detalhes e após eu lhes desejar boa sorte, eles foram embora.

Meu sangue agora fervia de adrenalina e nervosismo. Já fazia muito tempo que estou esperando por esse momento. E agora me vejo contando os dias para finalmente ver aqueles dois desgraçados atrás das grades, onde sempre foi e sempre será o lugar deles.

E nesse exato momento eu estou comentando toda essa explosão de sentimentos com Piper, Nicky e Red na cozinha. E enquanto eu falava e falava, elas apenas escutavam.

As três me olham receosas e estavam sempre a trocar olhares entre elas. Pareciam querer me dizer algo, mas parecia lhes faltar coragem. E quando eu finalmente percebi isso, já fui logo perguntando a elas:

- O que foi? – novamente elas se entreolharam. – O que? Aconteceu alguma coisa?

Nenhuma das três falou durante um tempo, até que a minha bela noiva resolveu falar por elas:

- Al, você não está pensando em ajudar eles nessa missão, né?

- O que? Não! Por que pensaram isso?

- É que você está empolgada e está falando sem parar sobre isso. Ficamos com medo de você resolver que quer ajudá-los de novo. – Piper novamente falou, desviando seu olhar do meu e fitando o chão.

- Eu não vou fazer isso, está bem? Eu estou realmente muito empolgada com essa missão e confesso que gostaria de ajudá-los. – seus olhares novamente se amedrontaram. – Mas eu não vou fazer. Não seria justo com vocês. Já fiz vocês sofrerem muito. Não irei fazer novamente.

As três respiraram aliviadas.

- Você promete? – pediu Red. – Sabe, só pra assegurar.

- Eu prometo. Não irei fazer isso, okay?

- Okay. – Elas responderam.

* * *

- E como você e a Lorna estão? – perguntei a Nicky.

Estávamos jogando videogame na sala enquanto Red e Piper preparavam almoço.

- Estamos bem. – ela sorriu. A felicidade estava estampada no seu rosto. – Confesso que essa coisa de namorar é dez vezes melhor do que eu havia imaginado.

- Descobriu que nem tudo na vida se resume a sexo?

- Sexo é bom.

- Eu sei que é. É maravilhoso.

Sorrimos.

- Mas digamos que eu estou gostando desse carinho que estamos compartilhando.

Bati meu corpo no seu, sorrindo largo. Nunca imaginaria essas palavras saindo da boca de Nicole Nicols.

- E com o tempo só melhora.

Continuamos a jogar e conversar sobre algumas bobagens. Nicky contava detalhes do seu recente namoro com Lorna, sempre com uma pitada de erotismo, afinal, se  não tivesse sexo no meio, não seria Nicky Nicols falando.

Conversamos também sobre o meu novo álbum que estávamos começando a montar e decidir os detalhes quando toda aquela merda com Fahri e Kubra aconteceu. Nicky contava em como meus fãs estavam chateados com meu sumiço e com todos aqueles cancelamentos de shows e entrevistas. E o fato de eu ter lhes magoado doía o peito, afinal eu devia toda a minha carreira e o que sou hoje a eles. E por isso começamos a conversar também sobre formas de recompensá-los.

Durante toda a nossa conversa eu tentei evitar o assunto “ prisão de Kubra e Fahri”, pois eu sabia que mesmo com todas as minhas juras de não me intrometer no caso, o assunto ainda incomodava Piper, Nicky e Red. E elas têm toda a razão.

Logo Piper e Red nos chamaram para almoçar, mas Nicky teve que recusar, pois já havia combinado com Lorna de almoçar com ela. E eu só sabia sorrir de felicidade com o fato da minha amiga está se empenhado tanto no seu relacionamento com Lorna.

Após o almoço Piper decidiu que queria ir à gravadora, já que havia deixado de ir durante a manhã para buscar a minha aliança e logo depois pela visita de Poussey, Taystee e Harrison. Então ela se arrumou daquele jeitinho formal que ela se vestia quando ia à gravadora e partiu. Red acabou por decidir ir passar à tarde na casa de meu pai com o objetivo de deixá-lo a par das novas informações. E com isso eu acabei por ficar só, quer dizer, ficar apenas eu e meu fiel companheiro Apolo.

Meu pequeno lobinho já não estava tão pequeno assim. Ele havia crescido e muito de uns tempos pra cá, mas mesmo assim não deixava de ser o meu pequeno filhote. O meu lobinho.

Brincamos por todo o apartamento e mais ao fim da tarde eu decidi levá-lo para caminhar no Central Park. Apolo estava precisando sair daquele apartamento, pois apesar dele ser bem espaçoso e atender todas as suas necessidades, o lobinho precisava respirar ar puro.

Demos várias voltas pelo parque, às vezes correndo e outras apenas caminhando mesmo. E quando ambos ficamos cansados, parei em uma cafeteria que ficava ali perto e tomei um café.   

Tive que sentar ao lado de fora da cafeteria por causa de Apolo, mas isso não me incomodou, gosto de ficar ao ar livre, o que realmente me incomodou foi o paparazzi que estava me seguindo desde que deixei o prédio onde moro. O homem já havia tirado milhares de fotos e parecia que elas não eram o suficiente, pois ele continuava lá, com sua máquina na mão, apontando para minha direção. Apenas o ignorei como estava fazendo desde que o vi, e assim que terminei meu café retornei para casa.

Ao chegar em casa, percebi que Red e Piper já estavam, mostrando o quanto eu havia demorado em minha caminhada.

- Se não fosse pelas suas fotos na internet caminhando com Apolo, eu estaria morta de preocupação nesse momento. – Piper disse assim que me viu passar pela porta.

A roupa formal já havia indo embora, dando lugar para uma mais casual. Ela usava um short jeans desbotado e uma blusa de banda qualquer que, na verdade, é minha. Um coque desleixado e um lindo sorriso.

- Desculpa minha princesa. – beijei seus lábios. – Acho que me empolguei um pouco.

- Acha é? Porque eu tenho certeza.

Sorri e novamente beijei seus lábios.

- Vou tomar um banho e já volto. – caminhei até a escada, parei e a olhei. – Pode darr água para o Apolo por mim?

- Claro. – sorrimos. – Vê se não demora.

- Pode deixar. – e subi a escada pulando os degraus.

* * *

- Não tem literalmente nada de bom passando. – reclamei, passando de um canal para o outro na TV.

Piper saiu do banheiro sorrindo e eu fixei meu olhar no seu corpo. Ela vestia um short curto e blusa fina, um pouco transparente que deixava seus seios levemente a mostra.

- Eu aposto que deve ter muita coisa boa passando, é só você que é uma rabugenta e não gosta de nada.

Sorri sacana e a puxei pela cintura, fazendo com deitasse na cama e logo me posicionei deitada um pouco em cima do seu corpo e a outra metade na cama. Segurava sua cintura com firmeza enquanto nos olhávamos e sorríamos.

- Quer dizer que sou rabugenta é?

- Hunhum. – murmurou, mordendo os lábios.

- Safada! – pressionei meus lábios contra os seus. – Não sei o porquê de você ter colocado essa roupa. Eu vou ter todo o prazer de tirá-la mesmo.

Sem enrolar mais, enfiei minha língua em sua boca e iniciamos um beijo intenso e gostoso, dando assim inicio a uma longa e deliciosa noite de amor.

* * *

- Bom dia, pequena! – Red desejou assim que entrei na cozinha na manhã seguinte.

- Bom dia, Red! Dormiu bem? – me sentei em um dos banquinhos enfrente ao balcão e servi um copo de suco para mim.

- Muito bem, obrigada. – a russa respondeu alegre. – E você?

- Deliciosamente bem.

Um pequeno sorriso nasceu em meus lábios ao me lembrar da noite anterior.

- Imagino que sim. – disse Red maliciosamente, piscando um olho pra mim, me fazendo corar fortemente. – Onde está a Piper? – ela mudou de assunto e eu agradeci a ela mentalmente por isso.

- Está tomando banho. Daqui a pouco ela desce.

Red não disse mais nada, apenas concordou com um movimento de cabeça. Ela me serviu um prato com ovos mexidos e bacon enquanto eu passava manteiga em uma torrada. A noite passada havia me deixado faminta.

Alguns minutos mais tarde Piper desceu as escadas com o celular no ouvido, conversando com alguma pessoa. Ela se sentou ao meu lado no balcão e desligou o celular.

- Bom dia, Red! – sorriu para a russa e me deu um selinho.

- Bom dia, pequena! – e Red também serviu a minha noiva com ovos mexidos e bacon. Piper sorriu para a mulher em agradecimento.

- Jimmy ligou. – Piper disse para mim. – Perguntou se vai lá mesmo ao estúdio gravar a as músicas.

- Vou sim. O álbum já está atrasado e os meus fãs desapontados.

- Tudo bem. – ela levou o garfo até a boca. – Quando eu chegar a gravadora eu confirmo com ele.

- Obrigada.

Ela me deu mais um selinho.

- Você vai lá que horas?

- Não sei, acho que à tarde. – parei e pensei em quanto eu não queria sair de casa essa manhã. – Com certeza à tarde.

- Okay. – e então encerramos o assunto e voltamos toda a nossa atenção para o café da manhã.

Quando estávamos totalmente satisfeita, Piper se levantou do banquinho onde estava sentada e abraçou Red e logo depois veio até mim, segurou meu rosto com ambas as mãos e juntou nossos lábios, e alguns instantes depois se afastou.

- Eu tenho que ir. – disse ainda segurando meu rosto. – Vou olhar algumas coisas com Jimmy sobre a produção das suas musicas e estou cheia de contratos na mesa para ler e assinar.

 - Tudo bem. – beijei seus lábios. – Nos vemos mais tarde?

- Hunhum. – murmurou ainda com os lábios colados aos meus. – Nos vemos mais tarde.

Ela me deu um último selinho e disse um “tchau Red” para a russa e saiu da cozinha, logo depois passou pela porta ao apartamento, indo em direção a mais um dia de trabalho na gravadora.

Como não iria fazer nada durante a manhã, resolvi ajudar Red na limpeza da cozinha. Conversávamos animadas enquanto ela lavava e eu secava e guardava as vasilhas. Quando finalizamos a cozinha, Red foi ir assistir um dos seus programas russos que passava durante a manhã enquanto eu mexia em minhas redes sócias, atualizando-as. Conversei com alguns fãs e matei a saudade que estava deles.

Após o almoço tomei um longo e delicioso banho e me arrumei para uma longa tarde de gravações.

- Hey, sumida. – Jimmy disse animado assim que entrei no estúdio e logo correu para me abraçar.

- Oi, Jimmy. Como vão as coisas por aqui?

- Chatas sem você aqui, devo dizer.

- Você me ama tanto. – debochei e ele riu.

- Amo o mesmo tanto que você me ama. – e sorrimos. – Vamos gravar algumas músicas?

- Vamos lá. Estou empolgada pra isso. – entrei na cabine e logo coloquei o fone. – Piper vem aqui mais tarde?

- Ela disse que sim. – sua voz soou nos meus ouvidos. – Vamos do inicio, okay? – concordei. – Tudo bem. Faixa um. – e assim começamos a gravar.

* * *

- Alex, isso está perfeito!

Terminei de cantar a terceira música e tirei o fone do ouvido, sorrindo largo.

- Você que compôs essa música? – perguntou Jimmy, entrando na cabine.

- Sim. Escrevi ela há um tempo, quando eu e Piper meio que brigamos uma vez. Piper gostou dela e tem um significado para nós, então decidi colocá-la no algum.

- Muito bom. Perfeito. – ele elogio mais uma vez e eu sorri. – Bom, vamos fazer uma pausa de cinco minutos.

- Pode ser 15? – ele me olhou torto. – Quero falar com Piper.

- Tudo bem, Alex. Quinze minutos. – e saiu da cabine.

Liguei para Piper e conversamos durante esses quinze minutos. Ela contou que estava cheia de trabalho, mas que tentaria dar uma passadinha aqui depois. Eu contei alguns detalhes de como estava ficando as músicas e então encerramos a ligação.

Jimmy retornou para o estúdio e me entregou uma garrafinha com água e logo em seguida prosseguimos com as gravações.

* * *

- E encerramos por hoje.

Tirei o fone do ouvido com um sorriso no rosto. Estava cansada da tarde de gravações, mas satisfeita com todo o progresso que tivemos.

- Continuamos amanhã? – perguntei e ele concordou sorrindo.

- Mesma hora?

- Sim. Bom, agora me deixe ir. Estou com saudades da minha noiva.

Nos despedimos e deixamos o estúdio. E enquanto o Jimmy pegava o elevador para o térreo, eu pegava para a cobertura, onde fica a sala do meu pai, a minha e a de Pier. Passei por minha sala e parei na mesa da secretaria da Piper, Maritza.

- Boa tarde, Maritza!

- Boa tarde, senhorita Alex! – fiz uma careta pelo “senhorita” e logo ela consertou: - Alex!

- Bem melhor.  – sorrimos. – Piper está aí, não está?

- Na verdade, ela não está não.

- Não? – ela confirmou com a cabeça e eu franzi o cenho em confusão. – Onde ela está então?

- Bom, ela saiu a quase meia hora dizendo que ia se encontrar com você na cafeteria que fica aqui em frente ao prédio.

- Se encontrar comigo?

- Sim. – o rosto de Maritza mostrava tanta confusão quanto o meu. – Vocês não combinaram de se encontrar?

- Não. Quer dizer, ela falou que ia passar lá no estúdio, coisa que ela não fez, mas não em uma cafeteria.

- Mas foi isso o que a Piper me falou. Ela até me liberou para ir embora, porque da cafeteria ela voltaria com você para o estúdio e de lá vocês iriam para casa.

- Estranho. – peguei meu celular que estava no bolso da calça. – Vou ligar pra ela.

- Faça isso.

Liguei para Piper e coloquei o celular no ouvido. Chamou e chamou até que caiu na caixa de mensagens. Estranho. Piper está sempre com o celular na mão. Liguei de novo e mais uma vez caiu na caixa de mensagens.

- Só caí na caixa de mensagens.

- Talvez ela tenha tido um imprevisto e teve que ir para casa.

- É, pode ser.

 Essa historia ainda está muito estranha.

- Se precisar de algo, pode contar comigo.

- Obrigada Maritza. – tentei ligar mais uma vez para Piper. – Vou ir para casa.

- Tudo bem. – Maritza sorriu gentil. – Você vai ver, não é nada. Apenas um desencontro.

- Assim espero.

O meu peito já doía de preocupação. Não ter noticias de Piper estava me matando.

- Boa tarde, Maritza!

- Boa tarde, Alex!

Peguei novamente o elevador, desta vez com os pensamentos longe.

Por que motivos, Piper iria para uma cafeteria se não havíamos marcado nada. E ela ao menos foi me encontrar no estúdio ou me mandou sequer uma mensagem.

Entrei em meu carro e eu fiz o máximo de força possível para manter minha atenção no trânsito, mas não estava nada fácil. Ao chegar à porta de casa eu não conseguia enfiar a chave na fechadura, tamanho era o meu nervosismo.

Abrir a porta e já fui olhando ao redor para ver se Piper estava ali. Ela não estava em nenhum canto.

- Pipes? – chamei, mas não obtive resposta. – Piper! Piper, você está aqui? – gritei ainda mais alto e novamente nenhuma resposta.

Continue a gritar, até que Red e Nicky saíram da cozinha com caras esquisitas. Olhei por cima de seus ombros, tentando ver se Piper também estaria com elas. Mas também não estava.

- Vocês viram a Piper? – perguntei apressada. – Ela passou por aqui ou ligou? Sei lá, qualquer coisa do gênero?

- Não. Nada disso. – Red respondeu com uma cara confusa. – Aconteceu alguma coisa? A Piper está bem?

- Eu não sei Red. – senti meus olhos se encherem d’água e sem forças eu me sentei no sofá. – Eu não sei onde ela está.

- A Chapman? – Nicky perguntou também confusa e eu apenas concordei com a cabeça.  – Ela sumiu?

- Eu não sei Nicky.

As duas se sentaram ao meu lado e começaram a fazer perguntas que eu não respondi. Estava muito ocupada tentando mais uma vez ligar para Piper, enquanto sentia as lágrimas queimando minhas bochechas.

E então, para meu alivio, meu celular começou a tocar. Me animei na hora, pensando que Piper estaria me ligando e teria uma ótima explicação para onde estava. Ela iria falar que já estava chegando em casa e nós iríamos ir da minha afobação, mas não, não a minha noiva que estava me ligando.

O nome Harrison estava no centro da tela do meu celular e logo abaixo estava uma foto dele, sério como sempre. Pensei em não atender. Não estava a fim de falar agora. Apenas queria a minha Pipes ao meu lado. Mas ficou insistido e insistido, e por fim eu atendi.

- Oi? – falei sem nenhuma animo, ainda com as lágrimas quentes saindo por meus olhos.

- Alex, eu tenho uma noticia não muito boa pra te falar. – e o meu corpo entrou em alerta. – É sobre a Piper. 


Notas Finais


É isso aí.
Eu gosto de um mistério. Eu estava dando sinais desde o capitulo anterior que algo ia acontecer, mas acho que ninguém percebeu. O inicio foi claro que algo ia acontecer. Talvez vocês tenham pensando que fosse com Alex. Sei lá.

Enfim, espero que de alguma forma ou em algum momento eu tenha agradado e até o próximo capitulo da nossa saga Vauseman.

Ps: A música que eu falei que a Alex compôs foi aquela que ela escreveu na época da treta com a Slyvia, até que elas se beijaram e depois a Alex passou uma madrugada no sofá da Piper compondo. Enfim, pra quem não se lembrava, é essa aí.


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