História Rock of Love - Back To Home

Piper Chapman

“ Ainda segurando o seu rosto entre minhas mãos, aproximei meu rosto do seu e selei nossos lábios.

- Eu também te amo.

A voz fraca e rouca sussurrou contra meus lábios e eu me afastei; o coração errando a batida.

E lá estavam elas. As belas esmeraldas que eu tanto amo. Tão límpidas e me fitando com tanta intensidade. ”

Alex ficou em coma durante sete dias, e agora finalmente ela estava acordada.

Eu sentia meu coração acelerar ao ver a beleza de seus olhos verdes me olharem com atenção. Eu estava com tanta saudade deles.

- Vause! – Nicky exclamou atrás de nós. – Eu irei chamar o médico.

E saiu apressada do quarto.

Voltei minha atenção para Alex. Ela estava com uma expressão confusa no rosto e buscava freneticamente meus olhos.

- Al, meu amor. – juntei nossos lábios. – Eu estava com tanta saudade.

- O que? Que médico?

Sua voz estava baixa, fraca e ainda mais rouca. Os olhos confusos.

- Oh, me desculpe. – lhe dei mais um selinho. – Vou deixa para o doutor Lee lhe explicar tudo.

- Quem é doutor Lee?

Mas antes que eu pudesse lhe responder, a porta do quarto foi aberta e por ela passou uma Nicky ofegante, o doutor Lee e uma enfermeira.

- Então ela finalmente acordou? – perguntou Lee, se aproximando da cama.

- Sim. – minha voz tremia de emoção.

Tentei me afastar da cama para que o doutor Lee pudesse examiná-la, mas Alex segurou minha mão de forma firme, não me deixando me afastar dela.

- Pipes... – choramingou.

- Al, - segurei seu rosto. – Está tudo bem. Eu estou aqui com você, okay?

Ela assentiu devagar.

- Está tudo bem. – lhe dei um beijo. – Eu vou estar aqui do lado.

Aos poucos, ela soltou minha mão. Beijei carinhosamente sua testa antes de me afastar e parei ao lado de Nicky, um pouco atrás do doutor Lee e da enfermeira. Os olhos de Alex estavam fixos em nós, como se em busca de proteção.

- Tudo bem, Alex? Eu sou o doutor Lee. – ele se apresentou de forma gentil. – E eu vou apenas te examinar, okay?

Ainda nos olhando, Alex concordou com um pequeno aceno de cabeça.

Nos minutos seguintes Adam fez uma série de exames em Alex e no fim ele constatou que ela estava bem, mas ainda assim pediu um exame mais completo da cabeça, que era o que mais o preocupava, por conta da batida.

- Bom, parece que está tudo certo. – disse para nós e se virou para minha noiva. – Alex, você sabe onde está?

- No hospital? – respondeu incerta. Os olhos ainda fixos em mim e Nicky.

- Sim. E você sabe por que você está aqui?

Alex pareceu pensar por um tempo, e então respondeu:

- Não.

- Tudo bem. Isso é normal. – anotou algo em sua prancheta antes de continuar sua fala: - Bom, irei deixar vocês a sós agora. Mais tarde iremos fazer o exame na cabeça.

- Tudo bem. – concordei. – Obrigada.

Lee fez um movimento de cabeça e se aproximou da porta.

- Irei cuidar de outros pacientes, mas se algo acontecer, por favor, me chame.

- Vamos sim. – respondeu Nicky. – Obrigada doutor.

E com isso ele e a enfermeira saíram do quarto, nos deixando sozinhas.

Nicky e eu nos voltamos para Alex, que ainda carregava uma expressão confusa no rosto.

- Vause, nunca mais faça isso na sua vida! – Nicky exclamou, pegando em sua mão. – Eu sou cardíaca, sabia?

- O que eu fiz? – perguntou inocente e eu sorri.

Deus! Como Alex fazia falta.

* * *

- Então... Coma?

Alex e eu estávamos sozinhas no quarto, e ela ainda se sentia confusa com tudo o que​ estava acontecendo, então ela me pediu para responder suas perguntas.

Nicky havia ficado por volta de vinte minutos conversando com Alex. Eu realmente nunca a tinha visto tal feliz, nem quando anunciou seu namoro com Lorna. E agora, com um pouco de relutância, havia saído para ligar para Red e Alexander para avisá-los de que Alex havia acordado me dando a oportunidade de responder as perguntas de Alex.

- Sim, querida.

- E quanto tempo eu fiquei em coma?

- Sete dias.

Alex arregalou um pouco os olhos, assustada.

- Nossa. – seus olhos percorreram todo o quarto e pararam em meu braço que estava com o gesso. – O que aconteceu com seu braço?

- Eu quebrei no acidente. Você não se lembra do acidente?

- Mais ou menos. Eu sinto um grande vazio na minha memória.

- Quando eu acordei também estava assim. Depois você se lembra.

- Quando você acordou? – perguntou confusa. – Como assim “quando você acordou”?

- É, ainda tem muito o que te contar.

A expressão de Alex passou de confusa para preocupada.

- Piper! Me explica isso direito. Você está bem?

Sorri pelo seu jeitinho preocupado e ela fez uma cara de brava, achando ruim que eu estivesse rindo dela.

- Estou sim, meu amor. – biquei seus lábios. – Agora que você acordou, eu estou bem melhor.

Alex agora sorria como uma criança que acabou de ganhar o seu doce preferido.

- Eu te amo. – sussurrei em seu ouvido e senti ela se arrepiar. Sorri largo diante desse fato.

- Eu também te amo. – beijou meus lábios. – Agora, me conta essa história direito.

- Hum! Tudo bem sua chata.

Dei um leve tapa em seu ombro e ela riu. E foi um riso tão gostoso que aqueceu meu coração.

- O que foi? – esfregou o local onde bati, fazendo cara de coitada. – Eu estou apenas preocupada com a minha princesa. Posso?

- Pode sua idiota.

Sorrimos e ela beijou minha bochecha.

- E então... Vai terminar de contar ou não? – perguntou implicante; um sorriso travesso nos lábios.

Não me aguentei. Alex havia acabado de acordar e já estava me fazendo rir e me derreter por ela como uma boba apaixonada que sou. E mais uma vez selei nossos lábios, antes de continuar a contar tudo o que aconteceu​.

* * *

- Oh meu Deus! Alex!

Quase uma hora depois que Nicky havia saído do quarto para ligar para Red e Alexander e avisá-los sobre Alex, a russa junto com pai da minha noiva entraram apressados no quarto. Red parecia que estava prestes a chorar e meu sogro não estava nada diferente. 

Me afastei da cama, dando espaço para que Red pudesse abraçá-la.

- Oh, Alex. Eu estava tão preocupada com você.

A russa apertava Alex contra seu corpo e afagava seus negros e belos cabelos enquanto lhe dizia em seu ouvido o quanto estava preocupada e o quanto amava. Eu olhava a cena emocionada. Red é uma verdadeira mãe para Alex.

- Ei, Piper. – Alexander me chamou e eu desviei minha atenção da cena de carinho entre Red e Alex para olhá-lo. – Seus pais estão lá fora. Eles me pediram para falar para você que desse um pulinho lá, se você puder.

- Ah, sim. Obrigada, Alexander.

- De nada, querida.

Olhei novamente para Red e Alex. Planejava avisar para Vause que iria lá fora conversar com meus pais, mas ela estava tão envolvida naquela bolha de amor e carinho com Red que decidi não atrapalhar.

- Alexander, você poderia avisar para Alex onde eu fui?

- Claro. Vai lá.

- Obrigada.

Dei uma última olhada em minha noiva e sai do quarto. Andei o longo corredor onde ficava o quarto de Alex e logo na sala de espera, sentados, estava meus pais. Os dois, loiros com toda aquela pose de grandiosidade que tinham, conversavam baixo, apenas para eles.

- Hey!

Eles se calaram e viraram seus olhos para mim ao ouvir minha voz.

- Pie!

Meu pai se levantou da cadeira onde estava sentado e andou até mim de braços abertos​, pronto para me dar um daqueles seus abraços de urso que eu tanto amo.

- Piper, querida, Alex realmente acordou? – perguntou-me Carol assim que Bill se afastou.

E um sorriso nasceu em meus lábios ao me lembrar que Alex havia acordado. A minha felicidade simplesmente não cabia em mim de tão grande.

- Sim mamãe. E eu estou tão feliz. Estava com saudades dela.

- Que bom, minha filha. – Bill me abraçou lado. – Fico feliz que Alex tenha acordado. Eu gosto muito dela.

Ao dizer a última frase, meus pais trocaram os olhares de forma estranha, o que me deixou um pouco intrigada. Mas parei de pensar nessa troca de olhares com uma pergunta ainda mais estranha de Carol:

- Piper, será que eu... Será que eu posso vê-la?

- Você quer ver a Alex?

E mais uma troca de olhares entre meus pais.

- Se eu puder, sim.

- Hã... Tudo bem. Vamos lá.

Virei-me, me preparando para voltar para o quarto de Alex, mas a voz de Carol me manteve no lugar:

- Mas a Red e o Alexander não estão lá? Eu pensei que só pudesse ficar duas pessoas dentro do quarto.

- Ah, sim. Mas agora que ela já acordou, eu acho que não precisa mais disso.

- Ah, tudo bem, então.

Carol parecia receosa e nervosa com algo, e devo confessar que nunca a vi assim.

Voltei para o quarto, acompanhada por meus pais. E assim que abri a porta, as conversas se interromperam e os quatro – Red, Alexander, Nicky e Alex. – voltaram sua atenção para nós.

- Oi meu amor. – parei ao lado de Alex e beijei seus lábios, a fazendo sorrir.

- Você demorou lá fora.

- Eu nem fiquei tanto tempo assim lá fora.  

Alex mordeu o lábio inferior e eu lhe dei mais um selinho.

- Alex, que bom que você acordou. Fiquei muito feliz.

Meu pai parou ao meu lado e apertou o seu ombro de maneira gentil. Minha morena sorria para ele.

- Eu também estou muito feliz. – olhou rapidamente para mim. – Preferia estar fora dessa cama, mas estou feliz por estarmos todos nós bens.

- Hum! – Carol tossiu fraco, chamando nossa atenção para ela. – Alex, eu gostaria de falar com você.

E Carol estava me surpreendendo cada vez mais.

- Sim? – Alex também parecia estar bastante “perdida”.

- Sabe, eu... – se aproximou da cama. – Gostaria de pedir desculpas.

- Pedir desculpas? – perguntei, não acreditado em meus ouvidos.

Bill me repreendeu com um olhar severo.

- Sim, pedir de desculpas. Eu gostaria que você soubesse, - disse para Alex. – que eu apenas queria o melhor para minha filha e... Eu estava cega. Cega pelos padrões da sociedade. Tão cega que estava rejeitado a sua felicidade.

Carol cortou sua fala por um momento, parecia emocionada e mostrava claramente o quanto aquilo estava sendo difícil para ela; não por estar sendo forçada, mas por estar admitido seus erros.

- E diante de tudo isso que aconteceu​ nos últimos dias, as atitudes de Larry com você e com minha filha e como você a defendeu naquele dia no aeroporto, como você a colocou a cima da sua própria vida, todos esses fatos me mostraram que, na verdade, o melhor para Piper é você.

Os olhos de minha mãe estavam molhados e ela parecia prestes a chorar. Carol abaixou sua cabeça e fitou o chão, como se estivesse envergonhada. Alex​, realmente emocionada com suas palavras, pegou uma de suas mãos e a apertou com carinho.

- Está tudo bem, Carol.

- Eu estava errada. Me perdoe. – Carol olhou para mim. – Você também, querida. Me desculpem.

- Está tudo bem, mamãe. – a abracei de lado, ainda com Alex apertando sua mão. – Eu te desculpo.

- Eu também, sogrinha. – Alex disse risonha.

Carol sorriu pelo “sogrinha”.

- Aproveitando a deixa, - ela recomeçou a falar: - Eu dou a vocês a minha benção.

Alex soltou um gritinho, fazendo com que todos nós no quarto a olhasse, assustados.

- Está vendo! – gritou para mim, animada. – Eu disse que iria fazer a sua mãe me amar!

- Alex, sua idiota! – eu disse​ a ela, rindo junto com todos no quarto.

- Eu também te amo minha sogrinha!

!* * *

Durante mais um tempo nós ficamos conversando, mas o papo não rendeu muito, pois Alex continuou a tomar os seus remédios, que a deixaram sonolenta e ela acabou dormindo.

Assim que Alex dormiu, meus pais decidiram ir embora, avisando que iriam contar a Carl que a minha noiva havia acordado, já que ele estava realmente triste por Alex e torcia para que ela acordasse logo. Já Red, aproveitando a deixa de Alex estar dormindo, me obrigou, literalmente, a sair do quarto e ir fazer um lanche na lanchonete do​ hospital, - já que eu não queria sair do hospital. – e ainda por cima me acompanhou, para ter certeza de que eu estava me alimentando direito.

- Aqui pequena. Coma tudo. – Red colocou uma bandeja repleta de comida a minha frente.

Tinha de tudo ali. Torradas, frutas, cereais, waffles, pão, leite, café, suco... E por aí vai.

- Red, você quer que eu melhore ou engorde? – perguntei, espantada com a quantidade de comida.

- Ambos. Você está muito magrinha.

- Eu estou no meu peso ideal.

- Piper, não discuta comigo. – passou geléia em uma torrada e a ofereceu para mim. – Ou você quer que eu chame o doutor Lee?

Bufei frustrada e Red me repreendeu com um olhar.

- Okay. Tudo bem. Você venceu.

E Red sorriu vitoriosa.

* * *

Quatro dias depois...

Hoje Alex finalmente irá receber a alta. E todos nós, sem nenhuma exceção, não cabemos de tanta felicidade.

Esses quatro dias foram difíceis. Alex não estava se lembrando de muita coisa dos últimos acontecimentos, e ainda há coisas que ela não se lembra totalmente. Além disso, ela passou por uma série de exames médicos para se certificar de que estava realmente bem, já que a batida na cabeça e o coma foram bem preocupantes. E desde ontem Alex tem andado manhosa e muito, muito dengosa. Sempre dizendo o quanto ela quer voltar para casa logo. Na verdade, ela está um poço de fofura, mas odeia quando eu falo isso com ela. Além do mais, está tudo bem.

Nesse meio tempo, Alexander contou para os fãs que Alex havia acordado e eles, incríveis como são, mandaram milhares e milhares de mensagens carinhosas, dizendo o quando a amava e o quanto estava torcendo por ela. E reforçavam dizendo que queria vê-la logo em cima de um palco. E Alex ficou completamente emocionada com as mensagens e passou quase uma tarde inteira as respondendo e agradecendo.

E nesse exato momento, enquanto todos esperavam do lado de fora, eu e Red a ajudávamos a trocar de roupa. Na verdade, eu apenas estava fazendo companhia e conversava, já que por conta das costelas e do braço quebrados eu não podia fazer muita coisa. Sem contar que Alex estava de muletas e com o braço onde a levou o tiro de raspão, enfaixado.

Com Alex devidamente vestida, nós saímos do espaçoso banheiro e voltamos para o quanto, onde Nicky,Alexander e o doutor Lee nos esperavam.

- Tudo certo? – perguntou Adam e concordamos com um aceno. Ele anotou algo em sua prancheta. – Então está tudo certo. Você está liberada para ir para casa, Alex.

- Finalmente! – a minha morena jogou as mãos para cima. Um largo sorriso no rosto.

Alex se colocou de pé e de forma desajeitada, por conta das muletas, me puxou pela cintura e colou seus lábios nos meus em um longo selinho.

- Vamos para casa? – perguntei em um sussurro contra seus lábios.

- Hunhum.

A nossa saída do hospital desta vez foi mais fácil. O próprio hospital, diante do​ grande número de paparazzi e alguns fãs que estavam nas entradas e saídas, liberou para nós a porta de acesso dos funcionários. Dessa forma, ainda com alguns seguranças apenas por precaução, conseguimos sair tranquilamente e logo chegamos ao estacionamento. E ao chegarmos em casa, Alex foi literalmente atacada. Atacada por Apolo, que assim que sentiu seu cheiro correu em sua direção e pulou rumo ao seu corpo. Alex apenas não caiu de bunda no chão porque Nicky o segurou, mas ela se desequilibrou um pouquinho. E o que se passou a seguir é que eu perdi a minha noiva para o pequeno lobinho.

Completamente ignorados, Red, Alexander, Nicky e eu fomos para a cozinha. E enquanto eu e a russa preparávamos algo para Alex comer, Alexander e Nicky conversavam conosco.

Mais tarde, Carl e Neri vieram para ver Alex, já que eles apenas a visitaram uma vez no hospital depois que ela acordou. Mas não por falta de interesse, - logicamente, afinal Carl é um dos maiores fãs da Alex e do Alexander. – mas sim porque antes de toda essa confusão acontecer eles ainda estavam em fase de mudança e com tudo isso a mudança ficou parada e virou uma completa bagunça.

Durante toda a tarde, Alex, - com Apolo sempre deitado em seu colo. – Nicky, Alexander e Carl ficaram horas na frente da televisão jogando videogame enquanto Red, Neri e eu conversávamos.

E quando o dia já estava se acabando, Red começou a brigar com os quatro, dizendo que Alex precisava ficar de repouso e não sentada em um sofá jogando videogame. Emburrada, Alex deixou a sala e subiu as escadas, com a ajuda de Alexander, em direção ao seu quarto.

- Vem, vamos tomar um banho. – a chamei e ela concordou com um sorriso largo no rosto. – Não vamos fazer nada. - e o sorriso morreu.

- Chata.

E sem aceitar uma ajuda minha Alex andou até o banheiro. Porém, com a banheira já cheia, a história foi diferente. Não apenas por conta do gesso e das muletas, ajudamos uma a outra a tirar a roupa, assim como os coques no cabelo.

Entramos na banheira e um gemido manhoso escapou por meus lábios com a sensação da água morna me envolvendo.

- Você não quer fazer nada, mas também não colabora comigo. – minha noiva reclamou. Um pequeno bico se fazia presente em seus lábios.

- Hum, Al, não faça isso.

Com a mão boa eu acariciei seu rosto e ela fechou os olhos com o contato.

- Mas é verdade.

Lhe dei um selinho.

- Você está parecendo um adolescente cheio de hormônios

Ela riu.

- Estou com saudades, Pipes.

- Eu também estou com saudades, mas...

Alex nem me deixou terminar, se virou animada para mim, sorrindo, e perguntou:

- Pois então, o que nos impede?

- Um braço quebrado, minhas costelas, sua perna... Quer mais?

Alex fez uma careta.

- Isso não é nada. Podemos improvisar.

- Alex...

E ela fez aquela carinha de cachorrinho sem dono.

- Pipes, por favor.

- Talvez... Mas antes eu quero tomar o meu banho.

- Baby, você vai tomar o melhor banho da sua vida.

E Alex não estava brincando.

Uma hora eu estava de olhos fechados e, de repente, sinto os lábios quentes de Alex em meu pescoço e seus habilidosos dedos explorando meu corpo. Os gemidos, no início, baixos e contidos, simplesmente começaram a sair de minha boca.

Alex me fazia sentir do céu ao inferno em poucos minutos. O prazer de ter seus dedos estimulando os mamilos de meus seios enquanto beijava minha pele era simplesmente indescritível. O ar no banheiro foi se tornando a cada instante​ cada vez mais quente e o único som que era ouvido eram os meus gemidos.

Meu corpo se arrepiou por inteiro e meu coração se acelerou em expectativa quando seus dedos trilharam o caminho de meus seios até o meio de minhas pernas e pararam em meu clitóris.

Minha noiva carregava um sorriso safado no rosto. Os olhos agora estavam negros de excitação. Os lábios marcando meu pescoço e colo e seus dedos estimulando o meu ponto sensível.

Eu me sentia no paraíso. A saudade antes tão grande dava lugar agora ao prazer. Meu coração batia forte contra o meu peito enquanto me enlouquecia e me entregava ao momento, sem me importar com algo ou alguém.

Quando Alex parou com seus movimentos, a sensação foi a mesma de ter levado um balde de água fria. Iria reclamar, mas a voz rouca e sexy de minha noiva me impediu:

- Senta na minha boca, querida.

Alex se ajeitou na banheira e eu fiz o que me foi pedido.

Um alto gemido escapou por meus lábios quando senti a língua quente de Alex em meu sexo. Vause chupava o clitóris de forma voraz. O prendia entre os dentes e pressionava no céu da boca, me fazendo revirar os olhos e fincar as unhas em seus ombros. E sem mais nenhum controle sobre meu corpo, eu rebolava em seu rosto. Sua língua agora em minha entrada, saindo e entrando com facilidade. E em uma explosão de prazer, me liberei em sua boca.

Alex continuou com seus movimentos em meu sexo, limpando meu gozo com sede. E quando se deu por satisfeita, como forma de provocação, mordeu meu clitóris.

Ainda extasiada pelo grande prazer que senti, não reclamei, apenas gemi.

Meu corpo mole caiu dentro da água novamente. Os meus estavam olhos fechados, a boca entreaberta, e estava cansada, porém satisfeita.

- Eu te amo minha princesa. – Alex sussurrou em meu ouvido.

- Eu te amo, Al

Alex riu.

- Mas foi ou não foi? – ela perguntou e eu abri meus olhos, fitando seu sorriso safado, confusa.

- Foi o que?

- Foi ou não foi o melhor banho da sua vida?