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História Rock of Love - Jealousy


Escrita por: LudVenuto

Notas do Autor


Olá pessoas!

Acho que tem alguma força nesse mundo que não quer que eu poste os capítulos. SEMPRE acontece alguma coisa. Quinta, o dia que falei que ia postar o novo capitulo, eu fiquei ruim, mas muito ruim. Acho que fazia muito tempo que eu não ficava tão doente como nesses últimos dias. Anyway, está 7 mil belas palavras para vocês <3

Boa leitura :)

Capítulo 49 - Jealousy


Alex Vause

- Não entra aí sua idiota! – Nicky gritou para a televisão. – Não seja burra!

Nicky, Piper e eu estamos nesse exato momento assistindo a um filme de terror. O filme é sobre uma garota que foi morta por um assassino encapuzado e agora revive o dia da sua morte, tentando evitar que o assassino a mate mais uma vez. E Nicky, escandalosa como é, sempre grita para a personagem nos momento de tensão como se ela pudesse ouvi-la e mudar o rumo da história.

A garota do filme, segurando uma tesoura, entrou na cozinha e o assassino saiu de trás da porta, assustando a todas nós: nós três e a garota do filme.

- AAAAAAAAAH! – gritamos juntas e Nicky deixou a vasilha de pipoca cair, enquanto Piper escondia o rosto em meu peito.

Nicky levou a mão ao peito, na direção do coração, massageando a região e tentando controlar a respiração ofegante.

- Eu disse para você não entrar aí sua estúpida. Eles sempre estão na cozinha. Sempre.

A personagem do filme mais uma vez foi morta por seu assassino e mais uma vez ela terá que reviver esse trágico dia.

Piper tirou o rosto do meu peito e se levantou, pegando o controle da televisão.

- Eu cansei. – disse e desligou a televisão, arrancando reclamações nossas. – Eu disse a vocês que não queira ver esse filme.

Nicky olhou feio para minha noiva.

- Chapman, deixa de ser estraga prazeres. Qual é? Nós estávamos assistindo!

- Você estava é se cagando, isso sim. – rebateu e saiu da pequena sala de cinema.

Nicky revirou os olhos e depois fez uma careta ao olhar para as pipocas no chão.

- Vai dar um trabalho pra limpar.

- Eu é que não vou limpar isso. – avisei. – Você se vira aí.

Também me levantei do sofá e andei para fora da sala.

- Vause! – ouvi Nicky me chamar. – Volta aqui!

A pequena sala onde fica a televisão – ou cinema, como nós gostamos de chamar. – dar para ocorredor onde ficam todas as camas. E esse corredor leva para a cozinha com uma pequena sala de estar em conjunto e um banheiro. Mais a frente era a porta do ônibus e a cabine do motorista. Nós utilizamos dois ônibus durante a turnê. Um com um espaço para guardar os equipamentos e metade da minha equipe e outro, que é no qual eu viajo, comigo e o restante da equipe.

Minha noiva está agora na cozinha com Daya. A metade da equipe aqui no ônibus está espalhada. Alguns estão dormindo, outros estão conversando na pequena sala de estar.

- Desistiram de ver o filme? – Daya perguntou com um sorriso divertido nos lábios enquanto preparava um sanduíche.

Dei de ombros.

- É, desistimos. – olhei para o sanduíche que ela fazia. – Manteiga de amendoim com geleia de morango?

Daya olhou para mim antes de confirmar.

- Uhum. – terminou de passar a geleia e fechou o sanduíche. – Eu adoro. – e deu uma mordida.

- Eu também. – disse com um olhar pidão. Daya e Piper caíram na gargalhada.

- Meu Deus! Alex, você é tão folgada! – ela disse ainda rindo e eu apenas dei de ombro. O que eu podia fazer? O sanduíche estava com uma cara boa. – Tudo bem, eu faço um pra você.

Abri um largo sorriso e dei um beijo estalado em sua bochecha.

- Obrigada.

Piper, que já havia se recuperado do riso e tinha terminado agora de tomar um gole d'água, se virou para Daya.

- Se eu fosse você, pediria um aumento de salário.

- Pipes... – chamei manhosa. – Não dá ideia.

E as duas caíram em uma nova gargalhada.

- Além de folgada – começou Daya. – É pão-dura.

Apenas revirei meus olhos e esperei Daya terminar de montar meu sanduíche. Eu estava com fome. Muita fome.

Após tanto tempo fazendo shows, nós finalmente estávamos voltando para casa. A turnê ainda não havia acabado, porém já estava planejada essa pequena pausa, e Piper e eu iríamos aproveitá-la para o nosso casamento. Nós vamos nos casar, vamos para a nossa lua de mel e eu ainda ficarei um bom tempinho em casa antes de voltar para a turnê. Simplesmente perfeito.

Durante esse tempo de shows, Piper voltou para Nova York uma vez para alguns compromissos na gravadora e logo voltou para me acompanhar. Enquanto isso, nem eu nem a Nicky voltamos para casa, então estamos mortas de saudades. Nicky mais ainda, já que está esse tempo todo sem ver sua namorada, que infelizmente só pôde vir vê-la uma vez e ainda assim não ficou muito tempo por conta dos compromissos.

Sobre os shows: foi incrível. Eu simplesmente amo estar perto dos fãs e durante essa turnê eu pude me aproximar muito deles. O carinho que recebo deles é inexplicável e eu tento retribuir a altura, mas acho que isso nunca será possível. As músicas do novo álbum estão sendo um sucesso e os shows estavam todos lotados. E durante esse tempo eu ainda tive o privilégio de conhecer novas regiões e culturas, de conhecer o novo. Foi, sem sombras de dúvidas, uma das melhores experiências da minha vida. Sempre é.

Apesar de viajar em turnê ser maravilhoso, eu não vejo a hora de chegar em casa. Não vejo a hora de matar a saudade de Red, Alexander e dos meus amigos e do meu pequeno Apolo. A vontade de comer a comida da Red novamente e de dormir na minha cama é tão grande que eu estou até sonhando com isso. E agora, finalmente, estamos rumo à Nova York, a caminho de casa.

- Pessoal – um dos motoristas, o Henry, falou, chamando nossa atenção. – Vamos fazer uma parada de vinte minutos, tudo bem? – avisou e todos nós assentimos.

Logo sentimos ônibus perder velocidade até que parou. Henry abriu a porta do ônibus para quem quisesse descer, no caso, todos. Nas paradas nos podemos esticar um pouco as pernas e comer aquelas comidas gostosas que sempre vendem. Eu sempre tomo chocolate quente sabor alpino da máquina de café que fica dentro do restaurante. Já Nicky, sempre compra cheetos sabor pimenta. Eu não sei o porquê, mas Nicky é viciada nesse salgadinho.

Desci do ônibus e olhei para trás, onde o outro ônibus também havia estacionado e o pessoal começava a descer. Esperei por Piper e assim que ela parou ao meu eu entrelacei nossas mãos.

- Vamos. – comecei a puxá-la em direção ao restaurante. – Eu quero tomar chocolate quente.

Piper revirou os olhos.

- Alex, nós fazemos várias paradas durante o dia e você sempre toma chocolate quente. Não acha que está na hora de mudar o cardápio não?

Parei de andar por um segundo e olhei para seu rosto e a respondi:

- Às vezes eu como um biscoitinho.

Piper novamente revirou os olhos e eu voltei a andar.

Peguei meu habitual copo de chocolate quente sabor alpino e desta vez eu também peguei panquecas. Já Piper pegou um copo de suco de laranja e alguns biscoitos de nozes que ela ama, e então nos juntamos a Daya e Nicky que estavam sentadas em uma mesa no canto esquerdo do restaurante.

- Adoro cheetos de pimenta. – disse Nicky e jogou um salgadinho na boca. Um prazeroso sorriso estampava seu rosto.

- Nicky já deve ter gastado uns mil dólares só nessas máquinas de salgadinho com cheetos de pimenta. – comentou Daya, sorrindo.

- Só mil? – perguntei, arqueando uma sobrancelha, também sorrindo. – Eu aposto que foi o dobro, talvez triplo.

Nicky revirou os olhos.

- Me deixem. Vocês também gastam todo o dinheiro em chocolate quente sabor alpino, - apontou para o meu copo. – Biscoito de nozes, - Piper fingiu que não era com ela e comeu mais um biscoito. – E bolo de cenoura com calda de chocolate.

- A culinária brasileiro é maravilhosa! – Daya defendeu-se, praticamente babando em seu bolo de cenoura. – Bolo de cenoura com calda de chocolate é uma obra-prima feita pelos deuses.

Nicky cansou de discutir e deitou o corpo na cadeira, comendo mais do seu salgadinho. Eu apenas dei de ombros e passei a devorar as minhas panquecas e o meu chocolate quente.

* * *

- Pipes, seu celular está tocando!

Piper, do banheiro, me respondeu:

- Al, você pode atender pra mim?

- Tudo bem.

Peguei o celular de Piper que ligava sem parar e olhei quem ligava para minha noiva. Polly. Uma foto da melhor amiga de Piper aparecia na tela do celular junto com seu nome.

- Alô?

- Alex, cadê aquela peste da sua noiva? – Polly perguntou, raivosa, sem ao menos me cumprimentar.

- Ah, oi Alex! Tudo bem com você? Eu estou ótima, obrigada. – disse irônica e ouvi a mulher bufar do outro lado da ligação. Eu podia vê-la revirar os olhos.

- Não estou para gracinhas, Alex. Onde está Piper? Por que vocês ainda não estão aqui em Nova York?

Resolvi parar de enrolar. Brincar com uma mulher grávida, ainda mais essa mulher sendo a Polly, não pode resultar em coisas boas.

- Piper está no banho. E nós estamos a caminho de Nova York. Acho que chegamos amanhã, talvez.

Polly mais uma vez bufou.

- Passa esse celular para aquela loira aguada. – iria mais uma vez dizer que Piper estava no banho, mas Polly foi mais rápida. – E eu não me importo se ela ainda está no banho.

- Tudo bem, senhorita Harper. Espere um minuto, por favor.

Afastei o celular do ouvido e parei em frente a porta do banheiro, dei uma batidinha e entrei. Piper estava dentro do box, cantarolando e lavando os cabelos.

- Pipes. – chamei e ela deu um pulinho de susto. Rir da sua feição assustada. –É a Polly. – apontei para o celular e Piper fez uma careta.

- Está nervosa? – perguntou em um sussurro e eu concordei com um aceno, sorrindo. – Droga!

A minha noiva fechou os olhos e respirou fundo, como se estivesse se preparando para falar com a amiga. Ela abriu os olhos e encarou o celular, pedindo para mim:

- Por favor, Al, coloque no viva-voz.

Fiz o que me foi pedido.

- Oi Polly. Saudades. – Piper disse com uma voz amável. Mais uma vez sorri.

- Oi Polly. Saudades. – Polly a imitou com desdém. – Onde você está Piper Chapman? Era pra vocês estar aqui, do meu lado! E não na porra de um ônibus. Se você não sabe, seu afiliado está querendo nascer.

- Oh Polly! Eu já estou chegando, aguente mais um pouco.

- Aguente mais um pouco? – gritou. – Eu já aguentei nove meses! A porra de nove meses e você me vêm com aguente mais um pouco?

Piper fez uma careta. E eu novamente apenas rir. A cena estava hilária.

- Desculpa Pol, me expressei mal. Mas irá dá tempo, vai dá tudo certo. Está marcado para o Finn nascer apenas depois de amanhã.

- Eu quero você aqui amanhã. – avisou raivosa e desligou. E então eu não segurei mais a gargalhada.

- Polly está uma fera comigo. – contou em um sussurro. – Ela está soltando fogo pelas narinas porque está marcado para o Finn nascer depois da manhã e eu ainda não cheguei em Nova York.

Parei de rir. Piper parecia amedrontada, afinal, Polly consegue assustar qualquer um. Deixei seu celular escondido no meio de suas roupas, como uma forma de segurança para que não molhe, e entrei no box, logo a apertado em meus braços, sem me importar se estava de roupas e ficaria toda molhada.

- Princesa, não fique assim. – beijei sua bochecha. – Todos nós sabemos como a Polly é. Ela está apenas estressada.

- Ela vai me matar se eu não estiver lá para o nascimento do bebê.

- Meu amor. – segurei seu rosto com ambas as mãos. – Amanhã há essa hora você estará ao lado da Polly e você poderá aguentar a chatice dela de pertinho.

Piper revirou os olhos e me deu um tapa no ombro.

- Não fale mal da minha amiga. Ela está grávida.

- E daí? O que isso munda? – novamente revirou os olhos. – Exatamente, nada!

- Você é uma idiota. – sorri e recebi um selinho. – Agora tire essa roupa e tome um banho comigo.

- Agora.

Logo minhas roupas, encharcadas, estavam jogadas em qualquer canto daquele banheiro e as mãos bobas de Piper passeavam por todo o meu corpo enquanto nos beijávamos com urgência e desejo, e não demorou muito para que o clima dentro do banheiro se tornasse quente e sensual. Nos amávamos com fervor e sem se importar com o resto a fora.

* * *

- É normal demorar tanto assim? – perguntou Piper, nervosa.

- Sim, Piper, é normal. – respondi com tédio e a puxei pela mão, fazendo com que ela se sentasse na cadeira ao meu lado. – Por favor, querida, sente aqui comigo. Você está muito nervosa.

Piper concordou com um aceno e se sentou. E então começou a bater os pés no chão, inquieta. Cinco minutos depois ela estava andando de um lado para o outro mais uma vez.

- Chapman! – Nicky gritou, assustando minha noiva. – Você quer ficar quieta? Está me irritando.

Novamente a loira se sentou na cadeira e desta vez ela ficou quieta, porém, ainda nervosa e ansiosa

Havíamos chegado em Nova York durante a manhã e foi literalmente uma festa. Meu pai, Red, Lorna e alguns de nossos amigos nos esperavam em casa. Matamos a saudade de todos e, principalmente, da deliciosa comida da Red. Mas, quem fez a verdadeira festa mesmo foi Apolo. O pequeno lobinho começou a latir antes mesmo que eu tivesse entrado em casa e quando me viu, se jogou em meu colo. A nossa espera estava também uma farta mesa de café da manhã com todas as comidas que gostávamos. Nos servimos em um clima leve e amigável enquanto contávamos a todos como havia sido a turnê.

Após todos irem embora logo depois do almoço, nós três, Piper, Nicky e eu, decidimos seguir para os nossos quartos e descansar, afinal a viagem havia sido longa e estávamos mais do que cansadas. E bastou apenas um relaxante banho de banheiro e repousar nossos corpos nos confortáveis colchões para nos entregar aos braços de Morfeu. E confesso que já fazia muito tempo que não dormia tão bem assim. Eu estava morrendo de saudade da minha cama.

Acordamos no fim da tarde, com um belo por do sol, com o celular de Piper tocando insistentemente. Era, mais uma vez, Polly. A mulher estava revoltada por termos chegado e ainda não termos indo visitá-la. Por estar no nono mês da gravidez e um dia antes da data marcada para o bebê nascer, Polly não pôde vir nos receber aqui em casa durante a manhã como os outros. E então, depois de muito ouvir da mulher, nos arrumamos e seguimos caminho até a sua casa, que ela havia comprado recentemente para poder abrigar o pequeno Finn com mais conforto.

As duas amigas se abraçaram e choraram quando se viram. Eu até brinquei falando que entendia Polly, pois estava hormonal e tals, mas não entendia o motivo da minha noiva estar chorando também. Pra que? Conselho de amiga: não brinque com duas amigas, ou melhor, melhores amigas que ficaram muito tempo sem se ver.

Polly e Pete nos apresentaram a casa, pois ainda não a tínhamos visto. E devo dizer que a casa era um luxo. Era aconchegante e moderna. Muito bonita e, literalmente, a cara de Polly Harper.

Nos sentamos no sofá da sala e começamos a colocar o papo em dia. Enquanto Piper e Polly se perdiam nos mais variados assuntos, Pete e eu conversávamos sobre esporte e música. O cara conhecia bem ambos os assuntos e estava sendo divertido conversar com ele.

Durante a conversa, de repente, Polly começou a sentir contrações e quando percebemos, sua bolsa havia estourado. Pete entrou em desespero. Piper estava um poço de nervos e ansiedade e Polly gritava e gritava. Como a última esperança, tive que acalmar a todos e só então conseguimos nos dirigir até o hospital onde Polly estava tratado da sua gravidez, pois ela queria que o seu médico fizesse o parto e ninguém tiraria sua ideia da cabeça. Durante o percurso, Piper avisou em nosso grupo do Whatsapp que Polly estava em trabalho de parto e logo estávamos todos nós reunidos na sala de espera do hospital, esperando ansiosamente o nascimento do pequeno Finn.

A porta da sala de espera se abriu e por ela passou um sorridente Pete. Ele vestia uma roupa de hospital verde azulado e sorria abertamente. Parou a nossa frente e anunciou:

- O meu filho nasceu!

Foi uma gritaria. Pulamos e gritamos. Abraçamos Pete e o demos os parabéns. O mais novo papai estava mais do que emocionado. Seus olhos estavam molhados e ele contava com alegria e orgulho o parto do seu filho.

- Foi tão incrível. O melhor dia da minha! – seu sorriso parecia aumentar a cada palavra que dizia. – Quando eu o peguei nossos braços... Nossa! Acho que meu coração parou. Gente, ele é tão lindo!

Pete continuaria a contar mais sobre seu filho, mas parou a história para voltar a fazer companhia para a sua mulher e para o seu filho. E, poucos minutos depois, uma enfermeira nos liberou para ver o bebê, porém de dois em dois. Piper nem esperou a mulher terminar de falar e já foi logo me puxando pelo pulso em direção ao quarto onde sua amiga estava.

Ao entrarmos no quarto, encontramos Polly amamentando o pequeno Finn com um largo sorriso no rosto. Pete estava ao seu lado, também sorrindo, olhando emocionado para o filho nos braços da mãe. Polly desviou os olhos do filho para nós quando ouviu a porta do quarto abrir. Seu sorriso não diminuiu, apenas aumentou. Piper, também sorrindo, se aproximou da cama e eu a segui.

- Ele é lindo, amiga. – elogiou, passando a ponta do dedo indicador com delicadeza na bochecha gordinha de Finn.

- Obrigada. – agradeceu Polly, hipnotizada no seu pequeno.

Quando Finn se viu satisfeito, ele largou o peito de Polly e lentamente foi fechando os olhinhos. Uma enfermeira entrou no quarto e o pegou dos braços de Polly e o colocou para arrotar. Piper aproveitou para pegar as mãos da morena e acaricia-las com carinho.

- Como você se sente?

Polly suspirou.

- Feliz. – sorriu para minha noiva. – Eu me sinto feliz e realizada.

Sorri para a interação das duas amigas e me inclinei para beijar a bochecha de Polly.

- Parabéns. – disse a ela, que alargou o sorriso. – Ele é lindo.

Dois minutos depois, talvez mais, a enfermeira entregou um Finn adormecido para a minha loira, que sorriu largamente ao pegá-lo e ninou o afiliado com carinho e amor. Olhando aquela cena, eu me peguei imaginado como seria os nossos filhos. Eu os imaginava loirinhos dos olhos azuis, a cópia de Piper. Seriam tão perfeitos. Mas não importa como eles serão, eu irei amá-los de qualquer jeito e tenho duas certeza: eles serão as crianças mais lindas do mundo e Piper será uma ótima mãe.

* * *

- Piper! – meu sogro chamou a sua filha, animado, assim que a viu.

Piper se soltou de meus braços e foi até o pai, o abraçando apertado. Carol sorriu, como eu, olhando para a cena.

- Oi, pai. – Piper beijou sua bochecha. – Estava com saudade.

- Eu também estava, minha filha.

Bill beijou a testa de Piper e a loira se virou para a mãe, que estava ao lado do marido. Ela também a abraçou e beijou sua bochecha, repetindo as mesmas palavras que disse para o meu sogro.

Estávamos agora na casa, ou melhor, na mansão do meu pai, Alexander. Piper e eu decidimos dar um jantar como uma forma de comemorar nossa volta e também matar a saudade que ainda era grande.

Planejamos tudo. A comida que será servida, o vinho que irá acompanhar, a sobremesa, música, enfim, tudo. E nós acabamos por achar que o jantar seria muito mais agradável se acontecesse na mansão Vause. Alexander adorou a ideia e até nos ajudou com alguns palpites. E então o jantar acontecerá à beira da linda piscina a luz da estrelas e da lua.

Nós também decidimos que não seria um jantar muito grande, seria algo mais pessoal. Então convidamos apenas os amigos mais íntimos e nossas famílias, inclusive, claro, os pais de Piper, que vieram de Boston apenas para o nosso jantar.

- Senhor e senhora Chapman! – me aproximei dos três, alegre, depois de mais uma onda de beijos e abraços. – Que bom vê-los. Obrigada por virem.

- Alex! – Bill me abraçou, dando uma batidinha em minhas costas. – Também é muito bom vê-la. E eu que agradeço pelo convite. Estava com saudade de vocês.

Bill sorriu gentilmente para mim e eu retribui o sorriso. E então me voltei para minha sogra, Carol Chapman.

- Senhora Chapman. – peguei sua mão e beijei o dorso com delicadeza. Podia jurar que vi suas bochechas ficarem vermelhas. – Também é muito bom vê-la.

- Obrigada Alex. E, por favor... Eu não acredito que vou dizer isso. – sussurrou a última parte e eu a olhei com mais atenção. – E, por favor, Alex, apenas Carol.

Meus olhos se arregalaram em surpresa e aos poucos um sorriso foi nascendo em meus lábios. Eu realmente havia conquistado essa mulher. Nada que um tiro e um pequeno coma não façam.

- Certo. Tudo bem. Apenas Carol. – ela assentiu com um aceno e eu soltei sua mão.

Piper, que estava ao meu lado, limpou a garganta:

- Vamos entrar?

Os dois concordaram e nos entramos na enorme casa.

- Piper. – Carol a chamou e ela olhou para a mãe. – Onde está Polly? – deu uma olhadinha ao redor. – Pensei que ela estaria aqui.

- Ah! Polly ganhou o bebê. O pequeno Finn finalmente nasceu, então ela não pôde vir.

Carol olhou para nós, surpresa.

- Sério? – confirmamos com um aceno e sorrisos. – Bill, precisamos visitá-la.

- Nós iremos, querida.

Nos aproximamos de Carl, Neri e Alexander que conversavam no centro da sala, próximos da porta de correr que levava até a área da piscina.

- Mamãe! – Carl abraçou a mãe. – Estava com saudades. Papai! – e também abraçou o pai.

Carol, surpreendentemente, estava com os olhos molhados. Ela rapidamente os limpou e sorriu, dizendo:

- Acho que não está dando muito certo os meus dois filhos morando em Nova York.

E nós rimos com seu comentário. Essa Carol era nova e confesso que prefiro ela do que a antiga.

Depois de conversamos um pouco na sala e todos os convidados chegarem, nós seguimos até a área da piscina, que estava enfeitada com luzes brancas e coloridas e o jardim bem aparado. O céu estava limpo e estrelado, perfeito para o nosso jantar. A mesa estava forrada com um pano azul e branco, combinando com o céu da noite. Estava tudo lindo e perfeito.

Nos sentamos cada um em seu assento e o jantar começou a ser servido. Piper estava louca para comer lasanha, então pedimos como o prato principal uma lasanha de carne com cogumelo. Já a sobremesa, pedimos mouse de limão com raspas da fruta. Estava divo, devo confessar. E fiquei imensamente feliz de ter conseguido agradar a todos.

Durante o jantar conversamos com todos e sobre tudo, mas falamos principalmente sobre a turnê, para quem não estava na nossa recepção de manhã quando chegamos e alguns detalhes a mais que ainda não havíamos contado. Eu podia ver que estavam todos felizes e se divertido. A noite estava mais do que agradável. E durante a sobremesa, enquanto ainda comíamos do mouse, Piper e eu nós colocamos de pé, entrelaçamos nossos dedos e pedimos a palavra.

- Boa noite! – comecei. – Primeiramente eu gostaria de agradecer a todos por terem vindo. É muito importante para nós. – olhei para Piper e beijei sua bochecha. – Nós estamos muito contentes com essa noite e esperamos poder repeti-la mais vezes.

Todos concordaram com um aceno e sorrisos.

- Novamente, muito obrigada por terem vindo. – agradeceu Piper. – E agora, que voltemos a comer.

A mesa riu e nos voltamos a nos sentar, reiniciando a conversa.

E o jantar se seguiu tranquilo. Tudo o que planejávamos aconteceu. Matamos a saudade dos amigos e família e degustamos de uma deliciosa comida e um maravilhoso vinho. E a pedido de Carol, por incrível que pareça, nós também brincamos de mímica.

* * *

- Pipes, nós precisamos mesmo ir lá? – perguntei manhosa.

- Sim, Alex. – ela respondeu impaciente. – Pela quinta vez: nós precisamos ir, sim!

Bufei e me joguei na cama, revirando os olhos.

- Tudo bem. – levantei as mãos em rendição. – Mas... Por que eu tenho que ir?

Piper suspirou cansada. Hoje ela acordou dizendo que precisávamos ir à gravadora, coisa que não quero fazer. Então tenho tentado evitar nossa ida até lá, o que tem irritado minha noiva.

- Se você não sabe ou esqueceu, - começou irônica. – Você é a dona da gravadora, e certos documentos só podem ser assinados pela dona da gravadora.

Me sentei na posição de índio e a olhei.

- Certo. – sorri de canto e a vi, mais uma vez, suspirar. – Meu pai também é o dono. Por que eu, justamente eu, que tenho que ir?

- Alex, o que custa você ir? – perguntou, passando as mãos no cabelo. – Eu já tenho que ir lá hoje por causa de um contrato, então o que custa você me acompanhar?

Abri um biquinho, tentando amolece-la, mas não pareceu dar muito certo.

- Ah, Pipes, é só que... Eu não queria sair de casa. Eu acabei de chegar e não queira ficar pensando em trabalho. – peguei sua mão e a acariciei de forma sugestiva. – Queria ficar aqui e nos curtir um pouquinho.

Piper fechou os olhos e respirou fundo, logo depois vindo até mim e se sentando a minha frente. Ela pegou minhas mãos e as beijou.

- Você pode ir lá comigo hoje? – ao contrário dela, o biquinho e os olhos pidões surtem efeito em mim. – Por favor, Al. Eu prometo não demorar.

Aaah! Por que eu não consigo dizer não para essa carinha de cachorrinho sem dono?

Tentei evitar olhar para as suas feições, mas parecia uma missão impossível. Piper segurou minhas mãos com mais firmeza e eu desisti. Aquela mulher consegue tudo de mim. Eu nunca serei párea para ela.

- Tudo bem, eu vou com você. – Piper abriu um largo sorriso e beijou minha bochecha. – Mas me prometa que não vamos demorar lá. Eu queria curtir o dia com você.

Piper segurou minha cabeça com ambas as mãos e encheu meu rosto de beijos, fazendo-me sorrir abertamente. Por aquela mulher eu faço tudo.

- Obrigada Al. – mais um beijo. – Prometo não demorar. – trocamos um selinho. – Agora, vai tomar banho!

Suspirei e joguei as pernas para fora da cama de forma lenta e gradativa. Eu realmente não queria sair da cama hoje.

- Alex! – Piper brigou comigo quando viu minha lentidão para sair da cama.

- Tudo bem. Tudo bem. Desculpa. Já estou indo. Você pode escolher minha roupa? – ela assentiu.

E para não acordar a fera, decidi parar de enrolar e ir logo para o banho. Quanto mais cedo fossemos, mais cedo nós voltávamos.

Não demorei muito no banho, fiquei apenas o tempo suficiente para ficar limpinha e cheirosa. De banho tomado, caminhei até meu closet e vesti a roupa que Piper havia separado para mim como eu tinha pedido. Ela havia escolhido basicamente uma calça preta colada, regata também preta com uma camisa xadrez vermelha por cima e coturnos, do jeitinho que eu gosto. De resto, eu deixei os cabelos bagunçados de forma sexy e passei uma maquiagem básica e leve, afinal, não estava a fim de me produzir toda.

Piper já estava pronta, apenas me esperando para irmos. Nos despedimos de Red e Apolo e, ao meu pedido, seguimos de moto até a gravadora. Piper não queria ir de moto, queria que fossemos de carro ou até mesmo com Joseph, mas como eu já estava fazendo um gosto para ela, Piper decidiu que o mínimo e justo seria fazer um gosto para mim também. Então nós fomos de moto e, ambas, adoramos. Era muito boa a sensação de liberdade e adrenalina que a moto nos dava. O vento batendo no rosto, bagunçando os cabelos, não havia melhor.

- Bom dia, Maritza! – Piper cumprimentou a latina de forma gentil, que retribuiu com um alegre sorriso.

- Bom dia, Piper! Alex, bom dia!

- Bom dia para você também Maritza!

- Obrigada, Alex. – agradeceu gentilmente. Tão educada essa latina. – Piper, - se voltou para minha noiva. – Pensei que não viesse trabalhar por agora.

- Pensei o mesmo Maritza. – contei a latina e recebi um olhar feio de Piper. Encolhi os ombros.

- Não irei. – Piper a respondeu, me olhando de canto de olho. Maritza a olhou, confusa. – Vim apenas assinar um contrato pendente e Alex um documento importantíssimo.

- Ah, sim! Tudo bem, então. Bom ver vocês.

- Digo o mesmo para você. – disse a ela que mais uma vez sorriu.

- Obrigada.

Piper agarrou minha mão e entrelaçou nossos dedos, me puxando em direção a sua sala.

- Obrigada, você Maritza. Nós vamos estar lá na minha sala, tudo bem? – a latina assentiu e Piper continuou a me puxar. Eu apenas sorrir.

Na sua sala, Piper revisou e assinou o contrato e me entrou o documento para que eu pudesse analisar e logo depois assinar. E como Piper havia dito: era realmente um importantíssimo documento. Quando terminamos tudo o que tinha para ser feito, abracei Piper por trás e apoiei meu queixo em seu ombro, fazendo-a sorrir. Beijei sua bochecha.

- Podemos ir, baby? – beijei seu pescoço e a senti arrepiar. – Heim? Eu quero passar o resto do dia coladinha com você.

Piper suspirou e apertou meus braços que estavam ao redor de sua cintura. Ela virou um pouco o rosto para o meu lado e selou nossos lábios.

- Sim, Al, nós podemos ir agora.

Abri um largo sorriso e biquei seus lábios antes de me afastar de seu corpo e entrelaçar nossos dedos, a puxando para fora de sua sala. Escutei sua gargalhada e meu coração bateu feito louco no peito.

- Que pressa para ir embora, love. – ela brincou e novamente riu, obrigando-me a rir junto.

Nos despedimos de Maritza com um aceno quando passamos por sua mesa e entramos no elevador. As portas do cubículo de ferro estavam para se fechar quando alguém gritou pedindo para que segurássemos as portas. Uma mulher de cabelos curtos e cheia de tatuagens entrou no elevador.

- Obrigada. – ela agradeceu ofegante. Então levantou seu olhar e viu minha noiva, abrindo um sorriso logo em seguida. – Piper! Que bom te ver!

Ainda sorrindo, a tal mulher se aproximou de minha noiva e a abraçou, me ignorando completamente.

O que? Quem é essa? Que intimidade toda é essa?

- Stella! – Piper disse surpresa. – Oi. Tudo bem?

Olhei a mulher de cima a baixo. Então essa é a tal Stella?

Se separaram do abraço, porém Stella continuou a segurar a mão de Piper, a olhando de forma carinhosa, o que eu não gostei nada.

- Melhor agora. – Stella a respondeu e eu a olhei, incrédula. Quem ela pensa que é para ficar cantando a minha mulher?

Limpei a garganta e Piper desviou seus olhos para mim, abrindo um largo sorriso e soltando sua mão de Stella para voltar a entrelaçá-la com a minha. O ato não passou despercebido pela australiana, que pela primeira vez parecia me ver ali naquele elevador.

- Stella, essa é a Alex, minha noiva. – Piper nos apresentou e Stella abriu um sorriso forçado, esticando sua mão em minha direção. – Al, essa é aquela cantora que o Alexander me pediu ajuda, Stella.

- Olá Alex! Prazer, Stella Carlin.

Apertei sua mão com firmeza. Talvez com mais força do que o necessário, mas eu não me importei.

- Alex Vause. – e mais uma vez a olhei de cima a baixo.

Stella limpou a garganta e soltou sua mão da minha, voltando seus olhos para minha noiva e se desfazendo do sorriso forçado. Bufei.

- Piper, eu não sabia que tinha voltado.

- Pois é. Eu voltei faz alguns dias.

- Eu estava com saudades.

Percebi que Piper ficou surpresa com a fala da mulher. Que porra de intimidade toda é essa? Eu estava ficando irritada. Não estava gostando nem um pouco dessa tal Stella.

- Uh, bom... – Piper parecia não saber o que falar e eu agradeci internamente por isso. Quem sabe assim essa Stella não cai na real?

- Piper, que tal fazermos aquele passeio agora? – Stella perguntou e eu olhei as duas mulheres, confusa. Que passeio?

- Agora?

- Não, quer dizer, não exatamente agora. Mas, sabe, talvez amanhã.

Olhei intensamente para Piper esperando sua resposta. Ela olhou para mim e engoliu em seco quando viu meu olhar furioso.

- Desculpe Stella. – Piper começou e eu vi a mulher murchar. Sorri vitoriosa. – Mas eu estou muito ocupada. Agora que voltei de viagem, estou cheia de documentos pendentes para analisar.

- Tudo bem. Eu entendo. – respondeu triste e as portas do elevador se abriram. Era o andar que Stella iria descer. Finalmente!

- Piper, tchau. – Stella beijou a bochecha de Piper e eu bufei furiosa. A australiana riu. – Tchau Alex.

Novamente bufei e Stella piscou para Piper, logo depois saindo, rindo, do elevador. Quem essa babaca pensa que é?

Piper olhou para mim. Seu olhar era uma mistura de culpa e medo. Eu estava irritada. Quem aquela mulher pensa que é para cantar a minha mulher assim na minha frente? Na verdade, irritada era pouco para o que eu estava. Eu estava era furiosa.

- Alex... – Piper me chamou, receosa.

- Piper, não! – disse e ela se encolheu. Eu não queria papo agora. Estava com raiva daquela mulher.

O elevador chegou na garagem e eu saltei para fora dele, andando em passos rápidos até a moto. Queria chegar logo em casa.

* * *

Abri a porta de casa e atravessei a sala como um furacão, ignorando os chamados de Red e os latidos de Apolo. Escutei a porta fechar à minhas costas e, saltando degraus, eu subi a escada. Em poucos segundos eu já me encontrava em meu quarto. Virei meus passos em direção ao banheiro e durante o caminho, fui tirando peça por peça de roupa do meu corpo, chegando então ao banheiro completamente nua. Coloquei a banheira para encher e joguei os sais minerais. Eu precisava urgentemente relaxar.

Enquanto a banheira enchia, parei meu corpo em frente ao espelho e fitei meu reflexo. Apenas olhando minhas feições, qualquer pessoa conseguiria ver que eu estava explodindo de raiva. Quem aquela mulher pensa que é pra dar cima da minha mulher? Vagabunda!

Abri a torneira e juntei as mãos em concha, as enchendo com a água que caia e logo em seguida molhado meu rosto; uma tentativa em vão de me acalmar. Frustrada, olhei para a banheira e percebi que ela já estava cheia. Fechei então a torneira e fiz um coque desleixado em meus cabelos. Entrei na banheira e um suspiro relaxado saiu por meus lábios ao sentir a água quente em contato com meu corpo. Fechei meus olhos e me permiti relaxar.

Afastei Stella e suas atitudes de meus pensamentos e esvaziei a mente. E com as costas apoiada na parede da banheira e a cabeça na borda, eu me permitir sentir a sensação de estar flutuando pelas nuvens que a água quente me transmitia. Apenas para melhorar o momento, eu liguei a hidromassagem. Então esse foi o meu fim. Em poucos segundos eu estava entregue aos braços de Morfeu.

* * *

- Al. – uma voz distante me chamou. – Al, acorda meu amor.

Lentamente fui abrindo meus olhos e enxerguei apenas borrões.

- Al? – a voz agora estava mais próxima e a era a doce voz de minha noiva. – Acordou? – perguntou quando voltei a fechar meus olhos. – Alex, amor.

Ainda de olhos fechados, eu a respondi:

- Tudo bem, Piper. Já acordei.

Eu podia, mesmo de olhos fechados, vê-la sorrir.

- Um minuto. Eu já venho.

Abri novamente os olhos pisquei diversas vezes, tentando, em vão, acabar com os borrões e focalizar minhas vistas.

- Aqui. – Piper colocou meus óculos em meu rosto e eu agradeci por isso. – Prontinho. Melhor agora?

Apenas concordei com um aceno. Corri os olhos pelo cômodo e depois pelo meu corpo, logo percebendo que eu havia dormido dentro da banheira.

- Você dormiu. – ela disse o óbvio com um risinho. – Desculpe te acordar, é que você já está aí faz uma hora.

Arregalei meus olhos em surpresa. Uma hora? Já passou isso tudo? Meus dedos enrugados confirmam que sim.

- Tudo bem. – a tranquilizei e ela respirou aliviada.

- O almoço já está pronto. – avisou.

Me coloquei de pé dentro da banheira, derrubando um pouco de água. Os olhos de Piper percorreram meu corpo com malícia. A ignorei e peguei minha toalha, enxugando meu corpo.

- Certo, mas eu não estou com fome. – respondi sua pergunta depois de um tempo.

- Isso não importa. Você vai comer, nem que seja um pouquinho. – revirei meus olhos. Piper estava agindo como minha mãe. – E não revire os olhos para mim. Viu?

- Okay. – levantei as mãos em rendição. – Desculpa.

Entrei dentro do box e lavei rapidamente meu corpo, tirando a espuma dos sais minerais. Um curto tempo depois, eu enrolei meu corpo novamente na toalha e passei reto por Piper, como se ela fosse apenas mais um móvel do banheiro.

- Alex! – Piper me chamou brava. – Não faz isso comigo!

- Fazer isso o que? – me passei por desentediada e inocente. Piper bufou e puxou os cabelos. – Eu estou normal. – reafirmei.

- Não, não está. Você está sendo infantil!

Foi a minha vez de bufar.

- Me deixa, Piper. – pedi, entrando no closet. – Não estou a fim de brigar com você.

- Então não me ignora!

A voz de Piper parecia falha, e me arrependi amargamente de ter olhando em sua direção. Seus olhos estavam cheios de lágrimas e ela parecia prestes a chorar. Piper simplesmente odeia quando alguém a ignora e naquele momento eu me senti a pior pessoa do mundo por ignorá-la.

- Tudo bem. Me desculpa.

Piper fungou e olhou para o teto, tentando não deixar as lágrimas cair. Meu peito se apertou diante daquela cena.

- Por que você está fazendo isso? – perguntou com a voz falha e eu abaixei a cabeça, envergonhada. – Eu não fiz nada! Eu somente fui educada.

Permaneci de cabeça baixa. Não queria olha-la nos olhos. Eu fui uma completa babaca com ela.

- Me desculpa, Pipes. Eu perdi a cabeça. Você sabe como eu morro de ciúmes de você. Não aguentei ver aquele projeto de Justin Bieber versão australiana dando em cima de você.

Piper soltou um riso baixo, já eu bufei. Eu estava sentido a raiva percorrendo minhas veias novamente. Aquele canguru conseguiu me tirar do sério.

- Al... – Piper se aproximou e levantou meu rosto com suas delicadas mãos, fazendo-me fitá-la. Meus olhos, de repente, se encheram de lágrimas. – Não fica assim. Você mais do que ninguém sabe que a Stella não tem nenhuma chance comigo, afinal, eu já tenho você, o amor da minha vida. – sorri sentido as primeiras lágrimas descerem por minhas bochechas; Piper a limpou com beijos. – Confia em mim?

Olhei em seus olhos, não acreditando naquele seu pedido estúpido, e me afastei de seu corpo.

- Eu confio você, Pipes! Eu confio a minha vida a você! Porra! Como pode duvidar disso?

Piper respirou fundo e apoiou as mãos na cintura.

- Alex, você entendeu errado. Eu sei que confia em mim, assim como eu confio em você, e não duvido disso.

- Então eu realmente não entendi seu pedido. Eu sei que errei agindo daquele jeito, mas, porra, eu morro de ciúmes de você! – puxei meus cabelos com raiva. – Que porra! Eu confio em você! – reafirmei. – É só que... Aquela Stella me tirou do sério. Você é minha!

Piper sorriu e voltou a se aproximar de mim, beijando minha bochecha e segurando meu rosto com ambas as mãos.

- Podemos parar com essa briguinha tosca? – pediu manhosa. Apenas concordei com um aceno, sentindo-me relaxar com seu toque. – Esquece isso. Esquece a Stella, afinal, eu sou sua, não sou?

Levei minhas mãos até sua cintura fina e apertei a região, trazendo-a mais para mim.

- Você é minha! – reafirmei. – Minha!

- Sua! – e selou nossos lábios em um beijo ardente.

Ela puxou os cabelos de minha nuca e entreabriu os olhos, um pedido mudo para aprofundarmos o beijo, e foi o que eu fiz. Nossas línguas entraram em contato e eu suspirei entre o beijo. Desci minhas mãos até sua cintura e a impulsei para cima, fazendo com ela enlaçasse minha cintura com as pernas. E a passos cegos eu caminhei até a cama, onde joguei o corpo de Piper.

Desfiz o nó de minha toalha e a puxei para fora do corpo, jogando o pano para qualquer canto do quarto. Subi em cima da cama e apoiei meu corpo em cima do corpo de minha noiva, logo empurrando meus lábios contra os seus novamente. Suas unhas se fincaram em meus ombros e foram descendo, rasgando a minha pele, até que parasse em minha bunda, onde ela deu um tapa estalado. Eu gemido rouco saiu pelos meus lábios. Afastei nossos rostos e fitei seu olhar safado.

- Safada! – disse diante de seu olhar e ela sorriu maliciosa, levando uma de suas mãos até minha nuca e me puxando de volta para um novo beijo.

Rolamos pela cama em meio a gemidos e beijos. Piper em poucos segundos estava tão nua quanto eu. Suas unhas rasgaram toda a minha pele e eu marquei todo o seu corpo com meus beijos, assim como ela, fazendo questão de marcar território. O ar a nossa volta era quente e exalava o mais puro cheiro de sexo. Nos amamos e fizemos questão de ressaltar o quanto pertencíamos uma a outra e ninguém mudaria isso. Nós nos entregamos ao mais puro dos sentimentos: o amor.


Notas Finais


Guys, eu estou tendo um pouquinho de dificuldade para escrever o próximo capitulo. To com um bloqueio do além. Escrevo um tiquin e paro, mais um tiquin e paro. Enfim, não sei quando vou postar o próximo, mas vou tentar não demorar.

Espero que tenham gostado e até o próximo capitulo da nossa saga Vauseman <3


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