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História Rock of Love - Fight


Escrita por: LudVenuto

Notas do Autor


Olá pessoas!

Eu sei, eu sei, eu demorei.... De novo. Mas segunda passada eu tive oito fucking provas e na sexta eu tive mais cinco, então essas ultimas semanas eu fiquei estudando igual uma louca. Não tive tempo nem pra respirar, quem dera escrever capitulo.
Anyway, tamo aí e eu espero que vocês gostem.

Boa leitura :)

Capítulo 51 - Fight


Piper Chapman

“Alex levantou seu olhar e saiu do elevador, dando de cara para a porta da nossa casa, onde Red, Stella e eu estávamos. Red bufando de raiva, Stella cantando uma música romântica para mim e eu com as pernas bambas, com medo da reação de Alex.

Com as mãos trêmulas, segurei os ombros de Stella e comecei a pedir que ela parasse.

- Que porra é essa?”

Stella, finalmente, parou de passar os dedos pelas cordas do violão e parou de cantar, porém, ao contrário do que imaginei, ela não parecia assustada, ela parecia feliz.

- Alex, olá! – Stella se virou para trás, olhando para o rosto furioso da minha noiva.

- O que está acontecendo aqui? – rosnou. – Que porra é essa? – perguntou direcionando seu olhar raivoso para mim.

- Al...

- Pipes? – falou irônica. Meu olhar caiu para as suas mãos. Ela segurava as sacolas com força. Furiosa era pouco para o que Alex estava nesse momento.

- Eu estou indo. – Stella anunciou calma. – Tchau Piper. Nos vemos depois. – jogou um beijo no ar na minha direção e passou calmamente por Alex, que rosnou, e entrou no elevador que ainda tinha suas portas abertas, mas que logo depois se fecharam. Alex estava tão raivosa que não percebeu que Stella estava indo embora. Então quando ouviu as portas do elevador se fecharem, ela jogou as sacolas não chão e, rosnando de raiva, se virou para as portas metálicas que agora estavam fechadas.

- Sua vadia! – deu um soco na parede. – Puta! Vagabunda!

Me assustei com a fúria de Alex e com o soco que ela deu na parede, dando um pulinho para trás.

- Alex, pare com isso! - Red brigou com minha noiva quando ela, mais uma vez, xingou Stella e deu um soco na parede, fazendo com que sua mão sangrasse mais ainda.

Alex, ainda rosnando, se voltou para nós, os olhos verdes estavam negros e pareciam soltar faíscas de raiva.

- O que ela estava fazendo aqui?

E ao ver sua mão pingando sangue que voltei com um choque de realidade.

- Alex, olha a sua mão! – andei até ela e peguei em seu braço que tinha a mão machucada.

Alex afastou seu braço de mim de forma brusca.

- O que aquela vagabunda estava fazendo aqui?

Novamente peguei seu braço e a puxei para dentro de casa e Red passou por nós, indo até as sacolas que Alex havia jogado no chão.

- Vamos cuidar da sua mão primeiro Al.

Ouvi Alex bufar atrás de mim, mas apenas ignorei e subi as escadas em direção ao nosso quarto; e no nosso banheiro eu poderia cuidar da sua mão machucada.

- Pipes, o que ela estava fazendo aqui? – perguntou assim que entramos no banheiro. Sua voz ainda demonstrava sua raiva, mas ela parecia estar se controlando. – Por favor, me fala.

A sentei no banquinho que tinha em frente à penteadeira e peguei a bolsa com remédios e curativos que guardamos no pequeno armário do banheiro. Lavei sua mão com cuidado enquanto ela reclamava que estava doendo.

- Ai Piper! – puxou sua mão para longe de mim. – Está doendo!

Novamente peguei sua mão, ignorando seus protestos.

- Para de reclamar, Alex! – peguei uma faixa para enrolar nos machucados. – Eu não mandei você dar um soco na parede.

Alex revirou os olhos.

Terminei o curativo em sua mão e Alex a puxou para longe de mim, exatamente como uma criança birrenta.

- Você pode me responder agora? – suspirei e assenti. – Então, o que aquela vadia estava fazendo aqui com um violão?

- Eu não sei o que a Stella fazendo aqui. – respondi e ela me olhou de forma cínica. – Estou falando sério! Alguém tocou a campainha e eu pensei que tinha sido você, mas era a Stella. Ela começou a falar que estava com saudade e até meio que discutiu com a Red e, quando eu vi, ela estava cantando uma música para mim. – contei tudo em um fôlego só. E a cada nova palavra Alex parecia se irritar mais e mais.

- Aquela vadia estava cantando para você? – assenti com receio. – Eu vou matar ela!

- Para Alex! Você não vai fazer nada!

- Eu vou sim! – começou a andar de um lado pro outro. – E por que você não mandou ela parar?

- O que você acha que eu estava tentando fazer? Eu não tenho nada a ver com isso!

- Aquela puta! – Alex foi para dar outro soco na parede, mas eu segurei seu braço e ela me olhou com raiva.

- Para Alex! Para com isso! Para de se machucar, por favor.

Alex simplesmente soltou seu braço de minha mão e andou, bufando, para fora do banheiro e logo depois para fora do nosso quarto, e comigo sempre a seguindo.

- Onde você está indo? – perguntei, mas não obtive nenhuma resposta.

Alex desceu a escada pulando alguns degraus e passou praticamente correndo pela sala e pela cozinha. Red olhou para Alex e logo depois para mim, perguntando com o olhar o que estava acontecendo, mas nem eu sabia o que estava acontecendo. Então como eu podia respondê-la?

- Alex! – chamei, mas ela mais uma vez me ignorou. – Ei, - apressei meus passos e peguei, novamente, em seu braço. – Onde você está indo?

- Eu vou atrás da Stella! – respondeu como se fosse óbvio. – Onde mais eu poderia ir?

Tanto Red quanto eu ficamos preocupadas. Alex tinha o histórico de fazer bobagem quando ficava com raiva.

- O que você vai fazer Alex? – perguntei receosa. Eu realmente estava com medo da sua resposta.

- O que você acha Piper? – e se soltou do meu aperto e saiu batendo a porta.

 

Alex Vause

Não esperei o elevador chegar, desci pelas escadas mesmo. Meu sangue estava transbordando de raiva, ou melhor, transbordando de ódio, ódio por Stella. Quem ela pensa que é pra vim fazer uma serenata para a MINHA mulher na porta da MINHA casa?

Entrei no carro, também batendo a porta, e acelerei para fora da garagem. Meus dedos apertavam com força o volante tamanho era a minha raiva. Eu estava mais do que furiosa. Rapidamente peguei meu celular e liguei para o número de Daya, colocando, logo depois, a chamada no viva-voz e jogando meu celular no banco do carona. Ela atendeu alguns segundos depois.

- Alô?

- Daya, eu preciso do endereço da Stella. E agora.

- Alex? – sua voz parecia confusa. – Por que você precisa do endereço da Stella a essa hora da noite?

- Só faz o que eu te pedi, Daya. Porra!

- Nossa! Você está bem? Parece irritada.

- Mais que porra, Daya! Será que dá pra fazer o que eu pedi? Que saco!

- Aí tudo bem. Desculpa. – bufei e ela ficou em silêncio por alguns segundos. – Um instante, eu estou procurando o endereço dela.

Pouco tempo depois Daya me entregou o endereço de Stella e eu finalizei a ligação sem, ao menos, me despedir. Aquela australiana irá se ver comigo.

Dirigi em alta velocidade pelas ruas de Nova York, pouco me importando se corria o perigo de levar uma multa. E pelo percurso, meu celular tocou milhares e milhares de vezes. Era Piper me ligando ou mandando mensagem. Mas eu não atendi, estava muito focada e irritada para isso. Meu foco estava todo e completamente em encher o rosto de Stella Carlin de porrada.

Cheguei ao lugar que Stella morava e, para a minha raiva, era um condomínio. Tentei conversar com o segurança para que ele me deixasse entrar, mas só era permitido a entrada de visitantes com a permissão do morador, e infelizmente eu não conhecia mais ninguém que morasse ali naquele condomínio além de Stella.

Fiquei um bom tempo parada na entrada do local, pensando em alguma forma de entrar. Até pensei em entrar quando outra pessoa fosse entrar, porém àquela hora da noite ninguém parecia chegar, apenas saia, porém os portões de entrada e saída eram diferentes.

Nesse meio tempo, meu celular tocou mais algumas vezes. Novamente era Piper. Desliguei o aparelho eletrônico. Aquele som irritante estava me irritando ainda mais. Minha vontade era de jogar aquela coisa inútil na parede.

Por fim, tive que desisti de entrar no condomínio, mas eu ainda pegaria Stella. Voltei para o carro, porém eu ainda me sentia irritada, então segui com o carro em direção ao píer. Eu precisava beber.

Chegando ao píer, paguei minha entrada e já fui logo andando em direção ao bar. Comprei uma garrafa de uísque e me sentei em uma das poltronas que ficavam do lado de fora do bar, com vista para o Rio Hudson. Eu simplesmente adoro essa vista.

 Abri a garrafa e tomei um longo gole direto do gargalo. A bebida desceu queimando por minha garganta. Fiz uma pequena careta e logo em seguida tomei outro gole. Eu odeio ficar irritada por ciúmes, mas é simplesmente impossível não sentir ciúmes de Piper Chapman. Aquela mulher é uma deusa. A minha deusa. E me irrita ver pessoas se jogando pra cima da minha deusa.

Tomei mais um gole da bebida e outro e mais outro. O álcool queimava minha garganta, mas eu não parava de mandar bebida goela abaixo. Parecia que a cada minuto a imagem de Stella com um violão em mãos cantando para Piper voltava com força para meus pensamentos e eu era obrigada a tomar um novo gole. Beber do uísque fazia com que Stella sumisse de minha cabeça e ficasse apenas a bela imagem da minha loira, a loira que tanto amo.

* * *

Com grande dificuldade, depois de vários minutos tentando, encaixei a chave na fechadura da porta. Empurrei a pesada madeira e entrei, cambaleando, em casa.

- Alex! – a voz raivosa de Piper ecoou em meus ouvidos.

- Alex Pearl Vause! – e agora foi a voz raivosa de Red.

Levantei meu olhar do chão e encarei os rostos raivosos de ambas as mulheres. Elas estavam furiosas. Abri um sorriso de canto.

- Oi. – um simples Oi saiu embolado por meus lábios.

- Serio Alex? Oi?

Ainda cambaleando, caminhei em passos lentos até Piper e abri meus braços, tentando abraçá-la, porém, ela se esquivou.

- Pipes, amor!

- Sai Alex! Você está fedendo a bebida!

Fiz uma pequena careta.

- Eu não acredito que você está bêbada, Alex! – disse Red.

- Me-me desculpa. – fiz um biquinho, mas não consegui amolecer as duas mulheres.

- Nós estávamos morrendo de preocupação e você estava bebendo Alex! – Piper esbravejou. – Eu não acredito nisso! Eu simplesmente não acredito nisso!

Piper bufou irritada e me deu as costas, subindo as escadas em passos rápidos. Eu iria chamá-la, porém minha voz não saiu e eu me desequilibrei em meus próprios pés, caindo de cara no chão. Tentei levantar, mas não consegui. Senti os braços de Red me levantaram do chão e a russa me ajudou a sentar no sofá. Red se afastou e alguns segundos depois voltou com um copo cheio de água, fazendo-me o beber rapidamente.

- Oh pequena, por que você fez isso? – passou a mão em meus cabelos. – Estávamos preocupadas com você.

- Desculpa Red. – embolei as palavras. – Eu só estava nervosa.

Senti meus olhos ficarem pesados e meu corpo começou a cair no sofá. Ouvia Red falar algumas palavras ao fundo, mas não conseguia manter meus olhos abertos ou muito menos ficar concentrada em sua fala. Foi escurecendo, escurecendo, até que apaguei.

* * *

- Para! – mais cócegas em minha bochecha. – Para, por favor.

Virei o rosto para o outro lado, mas as cócegas continuaram. Passei as mãos por trás da minha cabeça e toquei em algo macio. Ouvi latidos ao fundo e no mesmo instante senti minha cabeça pesar. Lentamente abri meus olhos e minha cabeça latejou. Novamente fechei os olhos e demorei bons minutos para abri-los de novo. Na verdade, só voltei a abri-los, pois senti, mais uma vez, as cócegas em meu rosto.

- O que é isso? – olhei para trás e encontrei Apolo com a língua pra fora, lambendo meu rosto. – Apolo!

O pequeno lobinho me deu outra lambida e latiu antes de sair correndo pela casa.

- Apolo. – choraminguei. Minha cabeça estava doendo. E muito.

Assim como minha cabeça, senti meu corpo doer, e só então percebi que eu havia dormido no sofá. Eu dormi no sofá? Eu nem me lembro de ter chegado em casa.

Me sentei e levei minhas mãos até meus cabelos, os puxando um pouco, mas me arrependi na mesma hora; aquilo só fez com que minha cabeça doesse mais ainda. E com a dor, as lembranças aos poucos forma retornando para minha mente. O motivo de ter saído de casa, o motivo de ter bebido tanto.

 - Porra!

A raiva voltou com tudo para o meu corpo e olhei para frente, encontrando um vaso de planta. Sem pensar, o peguei e o joguei com toda minha força e raiva contra a parede.

- Alex!

Red, da cozinha, me lançou um olhar severo e eu apenas revirei os olhos, fazendo a mulher bufar. A russa, de cara amarrada, veio até mim e me entregou um copo com água e um comprimido.

- Obrigada.

Enfiei o remédio na boca e virei toda a água de uma vez, tomando-a toda em um único e grande gole. Deixei o copo da mesinha de centro e encostei minha costa no encosto macio e confortável do sofá.

- Você precisa conversar com a Piper. – Red disse, de repente, após alguns segundos em silêncio. – Ela está chateada.

Apoiei meus cotovelos nos meus joelhos e enterrei meu rosto em minhas mãos, suspirando pesadamente. Que merda eu havia feito? Red, parecendo ler meus pensamentos, respondeu minhas perguntas.

- Ela ficou chateada com seu comportamento da noite anterior. Estávamos preocupadas com o que poderia ter acontecido enquanto você estava bebendo, sem a mínima consideração por nós, sua família.

Mais uma vez suspirei.

- Me desculpa Red. Eu fui uma idiota. Não estava me sentindo bem ontem. Estava nervosa, com raiva, e acabei descontando na bebida.

A russa acariciou meus cabelos com carinho, fazendo parte do incômodo que sentia sumir.

- Eu te desculpo, pequena, mas não é só a mim que você tem que pedir desculpas.

- Eu sei. Irei conversar com ela. Pode deixar.

Red plantou um beijo em minha testa e pegou o copo que eu havia deixado na mesinha de centro, virando-se em direção a cozinha, porém, parou no meio do caminho e disse em um tom ameno:

- Não faz mais bobagens, Alex. Já chega por agora.

Concordei com um aceno e ela seguiu seu rumo em direção a cozinha.

Depois de um tempo, após tomar um longo e relaxante banho e comer um farto café da manhã preparado por Red, subi as escadas em direção ao quarto que divido com Piper. Ao abrir a porta, encontrei a loira da minha vida dormindo em um sono profundo e gostoso. Abri um largo sorriso e me deitei ao seu lado na cama.

Piper parecia estar em um sono gostoso, mais tão gostoso que fiquei com dó de acordá-la. Então fiquei uns bons minutos apenas a admirando. Peguei uma mecha de seu cabelo que estava caída e a coloquei atrás de sua orelha, deixando seu belo rosto livre para que eu pudesse acariciá-lo. Piper abriu um sorriso durante o sono. Beijei seus lábios e só então minha noiva despertou do seu gostoso sono.

De início, Piper abriu um sorriso ao me ver, o mesmo sorriso que ela sempre abria quando eu a acordava de manhã. Mas, passados alguns segundos, o sorriso morreu e ela fechou a cara.

- Sai Alex. – me empurrou e se virou, ficando deitada de costas para mim. – Não quero você aqui. Estou chateada.

Sorri de canto e aproximei mais meu corpo do seu, ignorando seus protestos e suas tentativas falhas de empurrar meu corpo para longe do seu. Passei meu braço por sua cintura, abraçando seu corpo, e me encaixei perfeitamente atrás de si.

- Oh minha princesa, me desculpa por ontem. – pedi, a ouvindo resmungar. – Eu sinto muito. Estava estressada, com raiva. Não fui justa com vocês.

Ela mais uma vez tentou se afastar, porém eu apertei mais seu corpo contra o meu, praticamente a impedido de se mexer.

- Para Alex! Eu não quero você perto de mim. – fez uma carinha emburrada que eu acho linda, quer dizer, ela é linda! – Eu aqui toda preocupada com você, no que poderia ter acontecido, o porquê de você está demorando tanto para voltar para casa quando, na verdade, você estava enchendo a cara, sem a mínima decência de pelo menos atender as minhas milhares de ligações. – soltou tudo em um único fôlego, completamente chateada comigo. E cheia de razão.

Dei um beijo em sua nuca.

- Desculpa Pipes, eu sei que errei. Eu só estava com raiva da Stella. Ela conseguiu me tirar do sério. Sei que isso não é desculpa, mas eu não me sentia bem para voltar pra casa. Estava com raiva, com raiva da Stella, com raiva de tudo.

Piper, por alguns segundos, que mais pareceu minutos, talvez horas, não disse nada. Ela parecia pensar se aceitaria meu pedido de desculpas ou não. Até que ela respirou fundo e eu sabia que tinha ganhado. Abri um largo sorriso.

- Por que eu não consigo ficar com raiva de você? – perguntou retoricamente e se virou, ficando de frente para mim. – Mas eu ainda estou chateada com você.

Assenti e beijei seus lábios com delicadeza.

- Me perdoa? – passei as pontas dos meus dedos em sua bochecha. – Prometo não fazer isso de novo.

- Promete? – pediu manhosa.

- Eu prometo minha loira. – novamente beijei seus lábios. – Eu te amo Piper Chapman.

Piper suspirou e relutou um pouco antes de se entregar a mim, mas parece que eu ganhei a pequena batalha, pois a loira bufou e então beijou meus lábios.

- Eu também te amo Alex Vause.

* * *

- Alex, pare de bater esses dedos!

O sinal fechou e frei com o carro até que ele parasse, então virei meu rosto em direção a Piper, que estava sentada no banco do passageiro, e a olhei, indignada.

- O que foi? Eu quero chegar na gravadora logo.

Piper bufou e revirou os olhos.

- Alex, por favor, não vá arrumar brigar logo na gravadora.

- Eu não prometo nada. – Piper suspirou. – Se aquela canguru estiver na gravadora, ela irá se ver comigo.

Depois de me resolver com Piper, tomamos café da manhã, quer dizer, Piper tomou seu café da manhã, e então minha noiva se lembrou que precisava ir à gravadora para resolver alguns documentos pendentes. Eu vi ali a oportunidade perfeita. Ainda estava com raiva e ainda queria dar uma lição em Stella; ensina-la a não mexer com a mulher dos outros. E eu também não queria que Piper ficasse sozinha perto da daquela mulher, então juntei o útil ao agradável.

Logo chegamos na gravadora e, poucos segundos depois, já estávamos na cobertura, o principal andar do prédio, onde fica a minha sala, a sala de meu pai, a sala de Piper e algumas salas de reunião. Cumprimentamos Maritza e Daya, que hoje estava de serviço aqui na gravadora. Andamos então em direção a sala de Piper, comigo sempre olhando para todos os lados, esperando encontrar a australiana a qualquer momento.

- Quer parar com isso? – pediu Piper, abrindo a porta da sua sala. – Vai ver ela nem está aqui.

Revirei meus olhos e me joguei no divã de sua sala. Aaaah, boas lembranças desse divã!

- Tudo bem, foi mal. Apenas seja rápida aí.

Piper se sentou na sua cadeira, concordando com meu pedido com um aceno. Ela fez um coque desleixado e passou a folhear alguns documentos. Uma hora depois, minha noiva já estava me chamando para ir embora.

- Até que você foi rápida. – comentei enquanto ela guardava seus pertences em sua bolsa. – Tem vez que você demora muito mais.

Piper sorriu e veio até mim, dando um longo selinho em meus lábios.

- Eu sei, então não reclame.

- Não estou reclamando. – rebati e Piper entrelaçou nossos dedos, me puxando para fora de sua sala.

- Vamos para casa, baby.

- Por favor. – ela riu da minha manha.

Paramos a mesa de Maritza que sorriu a assim que levantou seu olhar e nos viu.

- Piper, Stella esteve aqui a procurando.

Meu sangue ferveu só de ouvir esse nome. Senti Piper apertar minha mão e olhei para ela, que dizia mentalmente para mim manter a calma. Mas é mais fácil falar do que fazer.

- Uhum... – começou Piper. – O que ela queria?

- Não sei. Acho que nada demais. Eu falei que iria ligar para sua sala, avisando que ela estava aqui, mas quando contei que Alex estava aqui também, ela deu um jeito de fugir.

- Agora ela não quer ficar perto de mim, não é? – resmunguei e mais uma vez senti Piper apertar minha mão.

- Esquece ela amor.

Piper puxou minha mão e em direção aos seus lábios e a beijou. Sorri largamente. Minha noiva é tão linda.

- Piper! – Mas ela precisava estragar o momento não é mesmo?

A raiva que eu sentia por aquela mulher voltou com tudo para o meu corpo e eu me vi tremendo tamanho era a minha irritação. Soltei minha mão de Piper e olhei para trás, encontrando Stella com um sorrisinho debochado nos lábios e acenando para minha noiva. Sem mais nenhum controle sobre mim, andei em passos rápidos até a australiana e fechei minha mão em punho, logo acertando um belo de um soco no maxilar da mulher.

- Alex! – ouvi Piper me chamar. O tom de sua voz era assustado.

O rosto de Stella caiu para o lado e ela levou a mão até o lugar que meu punho havia acertado. Quando minha mão acertou seu maxilar, ouvi um forte estalo. Espero imensamente que tenha quebrado.

- Você ficou louca?

- Isso é pra você aprender a não mexer com a mulher dos outros!

Stella voltou a ficar ereta e abriu e fechou a boca algumas vezes, soltando uma risada cínica e debochada logo depois. Ela também fechou as mãos em punho e quando vi ela já havia me acertado um soco. Ainda mais enfurecida, eu o revidei. Depois foi tudo um borrão.

Ouvi gritaria ao fundo. Piper, Maritza e Daya gritavam pedido para pararmos enquanto uma dava um soco mais forte que o outro, chegando até cair no chão. Eu estava em cima de Stella e a dominava, impedido que tocasse em mim enquanto ela tentava, desesperadamente, sair de baixo de mim.

- Alex! – era Alexander.

Senti braços me puxarem para longe da mulher enquanto eu lutava para dar mais um murro naquela cara lavada. Stella se levantou do chão e tentou andar em minha direção, mas Nicky a segurou e puxou seus braços para trás de seu corpo.

- Me solta! – pedi aos gritos.

- Não! – respondeu meu pai e aumentou seu aperto em meus braços. – Fica quietinha!

Tentava me soltar de seus braços, mas ele era mais forte. Stella bufava nos braços de Nicky. Seus lábios e supercílio estavam sangrando e o olho direito estava vermelho, assim como o maxilar, provavelmente ficará roxo em breve. Sorri com meu resultado.

- Sua louca! – ela gritou.

- Ah, cala a porra da sua boca! – novamente tentei me soltar. – Não venha se fazer de santa agora!

- Vocês querem parar com isso? – Alexander gritou. – Olha a confusão que estão arrumando!

Olhei ao redor, e realmente tinha alguns funcionários da gravadora ali. Mas eu não me importava. Eu queria acabar com aquela cara feia de Stella.

Senti mãos macias segurarem meu rosto com delicadeza. Era Piper. Ela me fez olhar para seus olhos, enquanto eu tentava mais uma vez me soltar. Estava tremendo de raiva daquela mulher.

- Alex. – me chamou. – Alex. Alex, para, por favor. – pediu e segurou meu rosto com mais força. – Para com isso.

Tentei desviar meu olhar do seu, mas ela segurou meu rosto com mais firmeza ainda e fui obrigada a olhar para seu rosto.

- Para com isso, meu amor. – beijou meus lábios e em um rápido selinho. – Esquece ela. Foca só em mim.

Olhei por cima dos ombros de Piper e vi Nicky e mais um segurança levarem Stella para dentro do elevador enquanto a mulher ainda gritava para mim. Os três entraram no elevador e antes que as portas se fechassem, Nicky saiu da caixa metálica e só então Alexander me soltou.

- O que aconteceu aqui? – ele perguntou.

- Ela aprontou de novo, não é? – Nicky perguntou enquanto se aproximava de mim.

Concordei com um aceno e Nicky soltou um palavrão. Daya apareceu com uma bolsa de gelo e a entregou para mim. Agradeci com um sorriso enquanto Piper me puxava em direção a uma cadeira e, depois de me sentar, pressionou o gelo contra meu rosto.

- O que aconteceu entre vocês duas? – perguntou Alexander. Eu não havia contado para ele nada do que Stella andava fazendo. E quando terminei de contar a história, ele parecia revoltado. – Ela não fez isso, fez? – respondi com um simples sim. – Eu não acredito! Ela parecia tão educada!

- Mas não é! Aquela vagabunda ficava me provocando e ontem foi o fim!

Alexander levou as mãos até os cabelos negros.

- Aquela vadia teve o que mereceu. – Nicky me apoiou e eu sorri para ela, agradecendo. Já os outros lançaram olhares repreendedor para ela. – O que?

- Não estou dizendo que ela estava certa. – começou meu pai. – Mas violência nunca é o caminho.

Revirei meus olhos e Piper me deu um tapa no ombro, me olhando de cara feia. Ela odeia quando reviro os olhos.

- Eu sei. Me desculpa. – me rendi a eles. – Mas estava morrendo de raiva. Não consegui me segurar.

- Tudo bem. – disse Alexander. – Só não faça mais isso. – concordei com seu pedido. – Vou buscar uma água para você.

- Obrigada dad. 

Ele se afastou de nós e Piper deu um beijo no topo de minha cabeça.

- Odeio que você brigue.

- Desculpa. – pedi novamente.

- Agora já passou. – tirou meu cabelo da frente do meu rosto. – Me deu um desespero quando vocês começaram a brigar. Fiquei com medo de que se machucasse.

- Ela saiu bem pior do que eu, isso eu tenho certeza. – rebati e ela riu.

- Isso não importa. Você também machucou um pouco e eu odeio que você se machuque. Já não basta a sua mão? – apontou para minha mão enfaixada e só agora que fui perceber que mais uma vez ela estava sangrando e agora doía como no momento em que a machuquei.

- Desculpa Pipes. Não faço mais isso.

- Espero mesmo que sim. – beijou meus lábios. – Agora vem, vamos cuidar de você.

* * *

Uma semana e meia depois...

- Eu simplesmente não acredito que aquela mulher teve a coragem de fazer isso! – esbravejou Alexander, irritadíssimo.

- Acredite pai, ela fez.

- Tio Ale, foi quebra de contrato. – Nicky completou minha fala. – Já era de se esperar.

- Mas é muito audácia depois de tudo o que ela fez. – continuou ainda mais irritado.

- Isso só prova o quão sem caráter ela é. – apertei seus ombros. – Está tudo bem dad. O máximo que vamos ter que fazer é pagar uma taxa pela quebra de contrato, talvez uma taxa cara, mas nada que vá nos deixar pobres.

Alexander suspirou cansado e se sentou no sofá da sala, levando as mãos até os cabelos negros e brilhosos.

- Eu só fico bobo que ela teve a coragem de nos processar depois de tudo o que ela fez, principalmente para você. – apontou para mim e eu concordei um singelo aceno.

- É como a Vause disse, tio Ale. – disse Nicky. – Sem caráter.

Mais uma vez ele suspirou.

- Eu vou embora. – anunciou. – Stella conseguiu me deixar irritado e cansado. Eu agora apenas quero tomar uma boa taça de vinho e me jogar na minha cama.

Caminhei até ele e o abracei, recebendo um carinhoso beijo na testa.

- Tem certeza? – ele assentiu. – Por que não fica aqui? Temos vinho.

- Você sabe que prefiro minha caminha gostosa. – nós três rimos.

- Me desculpa. – pedi e ele me olhou confuso. – Pelo processo. Se eu não tivesse brigado com Stella, você não teria quebrado o contrato dela e ela não estaria processando a gravadora. Eu sinto muito.

- Oh my little girl, está tudo bem. – apertou mais seus braços ao meu redor. – Eu que peço desculpas por trazê-la para nossas vidas.

- Você não tem culpa. Não a conhecia.

- E nem você tem. – mais um beijo em minha testa. – Pelo menos agora nós a conhecemos. All right?

Alexander me olhou e esperou que eu repetisse. Relutei um pouco, mas por fim concordei.

- All right.

- Muito bom. – abriu um largo sorriso. – Mas agora eu vou indo.

- Tudo bem. Nós vemos amanhã? – perguntei e ele concordou com um aceno. Me deu mais um abraço e outro em Nicky, só então indo embora.

- Sister, não foi culpa sua. – Nicky reafirmou a fala de meu pai. – Está tudo bem. E, aliás, você vai se casar em alguns dias. Esquece isso.

Concordei com um aceno e Nicky sorriu, me fazendo sorrir também.

- Agora que está tudo certo, eu também vou indo embora. – ela pegou sua jaqueta de couro enquanto falava e eu fiz uma careta.

- Ah não. – reclamei. – Vão todos me deixar aqui sozinha?

- Deixa de drama. Daqui a pouco a Red chega com a sua linda donzela, vulgo, Piper Chapman.

- Elas foram fazer compras. Vão demorar.

Nicky deu de ombros.

- Talvez, mas Lorna me mandou mensagem me chamando pra ir até o apartamento dela, e eu não vou perder a oportunidade, não vou mesmo!

- Nicky, você só pensa em sexo! – acusei e ambas rimos.

- E daí? Você também só pensa em sexo. Sexo é bom. Sexo é vida. – deu um beijo em minha testa e foi até a porta, a abrindo. – E agora eu vou até a casa da minha namorada para fazer sexo. Beijos. – acenou e saiu, deixando-me sozinha.

Revirei meus olhos.

- Idiota.

* * *

- Eu não acredito que ela fez isso, Pipes. – deitei ao seu lado na cama. Já era tarde da noite e Piper e eu nos preparávamos para dormir, enquanto eu contava sobre o processo que Stella abriu contra a gravadora.

- Al, esquece ela. Stella apenas quer nos provocar, e nós somos melhores do que isso.

Deitei minha cabeça em seu colo e ela passou a fazer um gostoso cafuné em meus cabelos.

- Eu só fiquei irritada. Aquela mulher me irrita. Primeiro você, agora a gravadora.

- Al, você não está esquecendo ela. – Piper avisou, dando uma pequena risada e logo depois deixando um longo selinho em meus lábios. – Vamos deixar a Stella de lado. Nós vamos nos casar em alguns dias, e é isso o que importa.

- Certo. – concordei. – Nós vamos nos casar em alguns dias e é isso o que importa.

Piper mais uma vez beijou meus lábios.

- Se nem Kubra, Fahri, Slyvie ou Larry nos separaram, não vai ser a Stela que vai o fazer.

Sorri com suas palavras.

- Eu te amo, Chapman.

- Eu te amo, Vause.


Notas Finais


O próximo é o casamento Vauseman! E, infelizmente, devo demorar um pouquinho pra postar. Pq, tipo, é o casamento delas e eu quero fazer uma coisa especial, afinal, é o fucking casamento Vauseman babys.

Espero que tenham gostado e até o próximo capitulo da nossa saga Vauseman <3


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