— Olha filha. — A mãe da pequena menina disse sorrindo, e se abaixando para ficar na altura da filha. — Temos vizinhos novos.
A menininha sorriu e se dirigiu tímida para casa ao lado, junto com sua mãe. Ao chegar, logo encontrou um menino loiro. Ele sorriu para ela, e abaixou sua cabeça envergonhado. As mães das crianças se cumprimentaram, e marcaram de tomar café mais tarde.
— Cumprimente a menina, Matthew. Não seja mal-educado. — A mãe do garoto disse. Matthew se aproximou, e beijou o rosto da garota, e logo se afastou.
— Oi, sou Matthew. — Ele disse sorrindo.
— Oi. — A menina respondeu se encolhendo entre as pernas da mãe. As mães gargalharam da vergonha da pequena garota.
— Matthew, essa é Amanda. — A mãe da garota disse. Matthew assentiu sorrindo e as mães se despediram.
(...)
Brincando com suas bonecas no parquinho, Amanda observava Matthew. O garoto não parava de rir por um segundo, e Amanda achava sua risada estranha. Na verdade, ela achava o menino todo estranho. O jeito desengonçado quando ria, o cabelo estranho e a além de achar que o menino era retardado. Amanda decidiu falar com ele.
— Oi. — Ela disse ao se aproximar dele.
— Oi. — Ele respondeu rindo.
— Você é esquisito. — Amanda disse, Matthew pareceu ficar confuso. — Sua risada é escandalosa.
— Minha mamãe acha engraçada. — Matthew respondeu. — Você é esquisita. — Matthew disse. — Gostei de você! — Completou sorrindo.
— Também gostei de você. — Amanda respondeu.
Três anos depois.
— Parabéns, Amanda. — Todos da festa gritaram. As pessoas aplaudiram e gritaram animadas.
— Parabéns pelos seus dez aninhos. — A mãe de Amanda disse sorrindo, e logo em seguida abraçando a garota. Amanda estava tão feliz que nem percebeu Matthew a puxando para longe da festa.
— Matthew, aonde estamos indo? — Amanda perguntou.
— Quero te dar um presente. — Ele respondeu. — Vamos na nossa casa da árvore. — Matthew disse, Amanda assentiu e seguiu Matthew. Eles subiram as escadas, e entraram em seu lugar particular.
Desde três anos atrás, quando Matthew chegou a cidade, e se estabeleceu como vizinho de Amanda, eles usavam aquela casa na árvore. Ali, era o paraíso particular deles. Dias de desenhos e pinturas estavam marcados naquelas paredes. Fotos de seus sorrisos espalhadas pelo ambiente.
— Presente? — Amanda perguntou. — Onde um presente pode se esconder aqui? — Ela perguntou rindo.
— Não é bem um presente material, é do coração. — Matthew respondeu sorrindo.
— Um presente do seu coração? Que esquisito. — A menina disse fazendo careta.
— Amanda você não está me entendendo. — Matthew respondeu. — Não é algo que você pode segurar, ou guardar. É algo momentâneo. — Matthew disse.
— Ok, então me dê. — Amanda respondeu sorrindo.
Matthew se aproximou da amiga, e segurou seu rosto levemente com as duas mãos. Amanda não entendeu o que Matthew estava fazendo e deixou que ele prosseguisse. Matthew beijou a garota lentamente, aproveitando cada momento do contato de seus lábios. Apenas um longo selinho, se Amanda o correspondesse talvez quando tivessem mais idade, eles poderiam tentar algo mais avançado. Matthew se distanciou sorrindo, e encarou Amanda que estava sem emoção. O rosto de Matthew perdeu a cor.
— Feliz aniversário, Amanda. — Ele disse se forçando a sorrir. Ele procurou pelos olhos dela, e os achou completamente confusos, o ambiente estava escuro e ele não sabia decifrar o que a menina poderia estar sentindo. Será que ela não havia gostado? Será que não foi a hora certa? Mil e uma perguntas rodeavam a cabeça de Matthew, mas por incrível que pareça todas elas perderam a importância quando ela sorriu.
— Obrigada, Matthew. — Ela disse abraçando o amigo. — Esse foi o melhor presente de todos.
Sete anos depois.
— Me deixe em paz, Espinosa. — Amanda gritou.
— Te deixar em paz? Você estragou minha noite com a Stassie. — Ele gritou.
— Estraguei nada, vocês só iam transar, isso você faz todo dia. — A menina retrucou. — Não aguento mais ouvir gemidos de suas parceiras de cama, do meu quarto.
— Isso é ciúmes, Amanda? — Matthew perguntou rindo.
— Transar está afetando seu cérebro, Matthew? — Amanda perguntou. — Claro que não!
— Aposto que você queria muito ser uma delas. — Matthew provocou.
— Eu tenho repulsa de você. — A menina gritou. — Não acredito que já fui melhor amiga de um ser como você.
— Lindo, maravilhoso, extremamente adorável e sexy? — Ele perguntou sorrindo.
— Não. Um idiota, tapado e um palhaço. — Amanda respondeu. — Agora, saia da minha casa.
— Eu odeio você, Dolabella. — Matthew murmurou saindo da casa, extremamente irritado.
— Como se eu não sentisse o mesmo. — Amanda disse dando de ombros.
Hoje em dia brigas e discussões são normais quando se trata de Amanda e Matthew, mas em breve tudo vai mudar. Um segredo precisara ser guardado a sete chaves, pois para bem ou para mal os papeis serão invertidos. Você está pronta para guardar esse segredo?
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